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Brasil
Ano 6 - N° 284 - 28 de Outubro de 2012
PAULO SALERNO
pgfsalerno@gmail.com
Porto Alegre, RS (Brasil)
 

 
 


O Encontro Fraterno com Divaldo foi um sucesso

Participaram do evento 779 pessoas oriundas de 103
cidades brasileiras e representantes do Paraguai,
da Áustria e da Suíça


O Encontro Fraterno com Divaldo Franco 2012 foi realizado no período de 11 a 14 de outubro, nas instalações do Hotel Iberostar Bahia, a 75 km de Salvador, na Rodovia 099, Km 57 – Praia do Forte/BA (fotos).
 

Divaldo Franco, anfitrião exímio, recepcionou pessoalmente, com carinho e gratidão, os 779 participantes que vieram de vários Estados do Brasil, de diversas cidades da Bahia e também do Exterior. Era perceptível a alegria dos participantes. Alguns se reencontravam, outros estabeleciam pela primeira vez vínculos de amizade, de fraternidade. A abertura do evento foi realizada através de momento de preces proferidas por pessoas selecionadas, nos idiomas Português, Espanhol, Guarani, Alemão e Inglês, proporcionando momento inusitado, especial.

O início das atividades foi destinado a uma homenagem que o Ministério das Comunicações e a Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos prestou, por meio da Diretoria Regional da Bahia, lançando, em 11 de outubro de 2012, um Selo Personalizado e um Carimbo Comemorativo assinalando os 60 anos da Mansão do Caminho, completados em 15 de agosto passado. A cerimônia foi dirigida pelo Diretor Regional Adjunto da EBCT, o Sr. Marcelo Schwab Rodrigues, representando o Diretor Regional dos Correios na Bahia, Sr. Claudio Moras Garcia.

Para efetivação do lançamento, o carimbo comemorativo alusivo aos 60 anos da Mansão do Caminho, foi aplicado sobre um selo personalizado, criado especialmente para este evento,

composto por duas imagens distintas separadas pelo picote: o selo postal e a vinheta. O selo postal apresenta elementos significativos dos símbolos nacionais: o mapa do Brasil, preenchido por um ipê florido, e a Bandeira Nacional tremulando sob o céu azul.
 

A vinheta é composta à direita pela bela imagem de Joanna de Ângelis, Mentora Espiritual e idealizadora do projeto da Mansão do Caminho, à esquerda a imagem de São Francisco de Assis que deu a ela o aval para realizar o projeto e ao centro a imagem do 1º prédio da Mansão do Caminho. Abaixo está a inscrição 60 anos 1952-2012.

Para o ato de aplicação do carimbo e assinatura da cartela de lançamento, Marcelo Schwab Rodrigues, Diretor Regional Adjunto, convidou o Professor Divaldo Franco, Médium, Orador Espírita Brasileiro e fundador da Mansão do Caminho.

Para esse ato, também foram convidados para a aplicação do carimbo e assinatura da cartela de lançamento, Nilson de Souza Pereira, fundador da Mansão do Caminho; Telma Sarraf Barreto, coordenadora do setor de eventos da Mansão do Caminho; João Rabelo, representante da Federação Espírita Brasileira; Ana Maria Veronese Beira, representando os benfeitores da Mansão do Caminho; e Jonas Pinheiro Leitão que representou os colaboradores da instituição homenageada.

A fala inicial de Divaldo Franco

Após as palavras de Marcelo Rodrigues enaltecendo o trabalho realizado pela Mansão do Caminho, Divaldo Franco, reconhecido e agradecido, historiou brevemente a trajetória da Mansão do Caminho, seu perfil operacional e suas transformações sucessivas ao longo dessas seis décadas de enobrecedoras obras assistenciais. Marcelo Schwab Rodrigues entregou ao Professor Divaldo Franco uma réplica contendo o Carimbo e o selo recém lançados.

As peças carimbadas e assinadas pelas autoridades convidadas passarão a fazer parte do acervo filatélico dos Correios e servirão como fonte de pesquisa e registro de tão importante acontecimento no contexto histórico e sociocultural. Foi uma belíssima cerimônia com alto significado para o movimento espírita nacional e internacional. Engalanando o ato foi entoado o Hino nacional.

Após pequeno intervalo, foi realizado o culto do Evangelho. O tema foi o estudo das Bem-Aventuranças apresentadas pelo Mestre Nazareno. Divaldo convidou algumas pessoas para explanarem, em breves minutos, as mensagens redentoras do Cristo. Disse Divaldo que o Evangelho é todo ele uma mensagem de alegria, de bênçãos. O arauto do Evangelho frisou que esse Encontro Fraterno, tendo por temática o Amanhecer de uma nova era, deve se constituir, para cada participante, um demarcador, um limite entre o ontem e o amanhã, onde cada um deverá, ao final do evento, posicionar-se em patamares morais mais elevados, rompendo com o passado, estabelecendo uma nova era para si e para a humanidade.

Amanhecer de uma nova era é o título da mais recente obra de Manoel Philomeno de Miranda, psicografada por Divaldo Franco. É uma obra que oferece um desdobramento, uma continuação do livro Transição Planetária, do mesmo autor e psicógrafo. No livro Amanhecer de uma nova era o autor espiritual esclarece que Espíritos evoluídos procedentes de outras dimensões estão reencarnando na Terra, atendendo ao apelo de Jesus, a fim de contribuírem com a humanidade terrestre. 

As atividades da sexta-feira, 12 

As atividades do dia imediato, 12 de outubro, corroboraram os aspectos grandiosos dos primeiros momentos vivenciados na noite anterior. Sentindo, todos, as dúlcidas inspirações para alcançar patamares mais elevados, almejavam estabelecer mudanças íntimas, tão necessárias na vida dos que realmente começaram a despertar para os novos ares que se fazem presentes na face do Planeta.

Sobre os Maias e seu calendário, Divaldo apresentou as conclusões a que chegou o Dr. Orlando Casares, antropólogo do Museu da Cidade do México, considerado a maior autoridade da cultura Maia. O Dr. Orlando informa, com base em seus estudos e pesquisas, que os maias não tinham qualquer conhecimento sobre o fim do mundo. Os Maias começaram a elaborar o seu calendário 3.111 anos a/C. Possuíam um calendário civil e outro religioso. Eles dividiam o tempo em anos, esses formavam as eras curtas, cada uma com 5.125 dias. As eras curtas faziam parte das eras largas, com 144.000 dias, chamada de baktun. As eras largas formavam os ciclos. Segundo esses estudos, 13 baktunes formam um ciclo. É um desses ciclos que está se encerrando no próximo mês de dezembro de 2012, de acordo com o calendário maia.

O que fascina, salientou o nobre expositor, é a exatidão desse calendário, comparado ao nosso atual, são somente 6 horas de diferença, adindo que a proposta maia para as transformações do Planeta Terra foram referendadas por Jesus em Seu Sermão Profético. A Era nova deverá ser da solidariedade, do amor, da fraternidade. Pela Lei cósmica do Amor, a Terra passará a experimentar as características de um mundo regenerador, uma nova era para a humanidade praticar as Leis Morais com maior acuidade.

A atual fase é caracterizada pela chegada de entidades oriundas de outras dimensões mais evoluídas. Sábios, da antiguidade e modernos, estão se reencarnando, renascem, igualmente, os grandes gênios, os pensadores, todos contribuindo para que o Planeta Terra alcance novo estágio mais elevado. Os avanços do conhecimento científico, as crianças prodigiosas que estão renascendo em todas as latitudes do Planeta comprovam, com seus saberes e habilidades precoces, que realmente são os seres da nova era, participando de um novo período.

Várias informações apresentadas pelo nobre autor espiritual Manoel Philomeno de Miranda e que se acham contidas no livro Amanhecer de uma nova era, psicografado por Divaldo Pereira Franco, foram objeto de estudo, como essa citação: a criatura humana, acossada pelos padecimentos contínuos ao longo dos milênios, outra alternativa não encontra, senão a da autoiluminação, como caminho seguro para a mudança da faixa evolutiva pela qual vem transitando.

O Planeta Terra se depura nos aspectos geológicos, sociológicos e morais. Os velhos hábitos devem ceder lugar às novas injunções do progresso, informa o benfeitor Manoel Philomeno de Miranda. Não há outra alternativa para a humanidade, a não ser eleger a sua própria plenitude, saindo da faixa das sensações para a das emoções. O chamado fim do mundo é, na realidade, o fim do mundo moral inferior, onde os velhos hábitos devem ceder lugar às novas injunções do progresso, em uma síntese da palavra lúcida de Manoel Philomeno de Miranda.

Divaldo Franco, o Semeador de Estrelas, apresentou diversas informações de Joanna de Ângelis e que estão contidas em suas obras, ampliando o conhecimento e estimulando os participantes a empreender novas atitudes, reformulando-se intimamente, colaborando efetivamente com Jesus ao se melhorar moralmente, espiritualmente.

O sofrimento, disse o Paulo de Tarso dos dias atuais, é o efeito que as criaturas humanas experimentam por violentar as Leis de Deus. O sofrimento é uma lei da vida, encarregado do processo da evolução. Os fenômenos degenerativos produzem sofrimento, não é o sofrimento. As angústias morais, as ansiedades afetivas são uma forma de sofrimento. Há, disse Divaldo, o sofrimento que é o resultado da ação do bem ao inverso, e o sofrimento que é o desenvolvimento dos valores da vida no caminho da perfeição. É o sofrimento natural da evolução orgânica, material, das manifestações da vida, esclareceu.

Há o sofrimento resultante da má aplicação dos valores do bem durante a vida, contudo, nem todo o sofrimento é sempre uma expressão de resgate, de reajustamento. Sendo o sofrimento um instrumento através do qual se expressa o amor, pode-se compreender o experimentado por Jesus, Francisco de Assis e outros. Assim, nem todo o sofrimento é cármico. É o sofrimento de amor para deixar um legado de coragem e de fé.

Do ponto de vista filosófico e psicológico, o sofrimento no ser humano possui suas raízes nas heranças ancestrais. Ele conduz, no inconsciente coletivo, a presença dos mitos que são os arquétipos mais antigos dos processos antropológico, sociológico e psicológico da evolução.

Na rica mitologia grega encontra-se a demonstração disso através do Mito de Quiron. O mito, amplamente apresentado e analisado, sob a ótica psicológica, por Divaldo, foi o pano de fundo utilizado para elucidar as questões do sofrimento, do poder, do instinto. O mito de Quiron pretende demonstrar como o sofrimento tem as suas peculiaridades, possuindo um significado muito grande. Divaldo interpretou as várias personalidades mitológicas deste conto, oportunizando que cada um, se possível, se identificasse e trabalhasse a sua cura, mesmo que isto custe a mortalidade – do poder temporal, por exemplo -, para lograr a imortalidade, renunciando aos prazeres mentirosos da vida física. A existência da criatura humana na face da terra é a de conseguir dominar os instintos, o primitivismo, desenvolvendo os ideais de amor, os sentimentos elevados.

É necessário que o self, antes de atender as paixões do ego, acautele-se com as ações que irá desencadear. A razão, assim como a criatividade e o senso pela beleza presente nas artes, a disciplina, a vontade, a perseverança são os atributos essenciais para o desenvolvimento. É todo um trabalho de autocontrole de autoconquista, informou o Professor Divaldo.

As circunstâncias adversas que se apresentam na vida são formas de desenvolver aspectos positivos ou promover a libertação da personalidade maior. A dor é uma forma de desenvolver a personalidade, o desafio é para ensejar o crescimento. Sofrer é um processo natural da evolução antropológica. O sofrimento neste belo mito de Quiron, como arquétipo dentro do ser humano, encontra dentro do espiritismo a presença do bem, a presença do mal, cabendo a cada um diluir o mal com todo o bem que lhe esteja ao alcance.

Orador por excelência, Divaldo cativa seus ouvintes, leva-os a refletir profundamente sobre os conteúdos expostos, estimula-os sutilmente a interiorizarem-se para que possam ouvir o chamado íntimo por mudanças salutares, preparando dias de plenitude.

Nas reflexões noturnas, Divaldo iniciou apresentando a resposta de Aldous Huxley, escritor inglês, a seguinte indagação que lhe formulavam frequentemente: Qual é a fórmula para uma vida tranquila? Já um tanto exausto pela insistência na pergunta, respondia com ternura que essa fórmula é a gentileza. As pessoas gentis, já assinalava Buda 540 anos antes de Jesus, são mais saudáveis. Assevera a moderna ciência que as pessoas gentis, produzem quantidade maior de imunoglobulina, encontrada na saliva, e que defende o organismo da ação bacteriológica destrutiva.

Como símbolo de superação, Divaldo Franco, o peregrino do Cristo da atualidade apresentou, com sua eloquência habitual, a história do maestro George Frideric Handel que após recuperar-se de diversas dificuldades, inclusive de saúde, recobrou a autoestima, o destaque. Handel, um dos maiores compositores de todos os tempos, compôs febrilmente durante 24 dias ininterruptos o oratório Messias, uma obra sobre o Mestre Nazareno, cujo ponto culminante se encontra em O Aleluia. Esta ópera foi apresentada pela primeira vez em Dublin, no dia 13 de abril de 1742, quando Handel, após ensaiar um coro de 200 vozes, reconquistou sua fama, sua glória.

George Frideric Handel apresentou este mesmo oratório no Royal Albert Hall, em Londres, Inglaterra, em uma sexta-feira da paixão, quando a realeza e o público novamente o aplaudiram de pé, demoradamente. Após esse feito, anualmente na sexta-feira da paixão, essa colossal obra é apresentada no Royal Albert Hall. Handel transferiu os direitos autorais para um lar de crianças órfãs em Dublin/Irlanda.

Com seu verbo catalisador, capaz de proporcionar a exteriorização de emoções aos mais introspectivos e céticos, Divaldo narrou a comovente história do menino Francesco Leonardo Beira, nascido em 27 de dezembro de 2000, cujo Aleluia é também uma doce canção para uma  trajetória de um anjo, de superação e sublimação. Recebeu o diagnostico de ser portador de um câncer na região que une o cerebelo ao cérebro, quando contava somente com um ano e cinco meses de idade. Toda a sua existência foi essa jornada composta por seis cirurgias cerebrais e vários tratamentos quimioterápicos. Jamais se queixou, apesar do sofrimento que experimentava. Alegre, esforçado, enfrentava a vida com galhardia, um verdadeiro testemunho que só os Espíritos mais preparados podem oferecer.

Durante nove anos, somente em seis meses não necessitou de quimioterapia. Nenhuma reclamação pronunciava. Era um anjo de ternura. Desencarnou em 13 de fevereiro de 2011. Foi uma trajetória que crucificou toda uma família, mas também foi a trajetória da grande libertação, apontando à família o caminho da sublimação pelo seu exemplo. Todos os que o conheceram, amaram-no. Todos os recursos que o amor pode dar foram-lhe oferecidos. Vale a pena viver em qualquer circunstância, salientou o nobre conferencista.

A lembrança terna, amorosa e corajosa de Francesco deu ensejo para que a sua família construísse na zona oeste de São Paulo, Capital, perto de um grande hospital, um lar para abrigar as crianças em tratamento vindas do interior, acolhendo, também, os acompanhantes familiares.

O terno pai de Francesco, acompanhado de perto por sua dedicada esposa, presentes no evento, numa rara e singela homenagem comovedora, entoou suavemente a canção Emoções de Roberto Carlos. Ao finalizar, emocionando a todos, recebeu a participação do público, que unidos em coro, compartilhou ativamente da justa homenagem ao menino-herói, anjo reencarnado, que nunca se deixou abater, sempre sorridente, otimista, cativando o afeto de todos.

Encerrando o profícuo dia de intensas atividades e recheado de grandes emoções, Divaldo liderou uma experiência de visualização terapêutica. Momento especialíssimo em que, cada um interiorizando-se, buscou harmonizar-se verdadeiramente. A vida, disse o incansável orador, é um poema, metade são testemunhos, metade são bênçãos, uma face são os tropeços, a outra são alegrias, mas quando converge para o amor a primeira metade é amor e a outra é amor, também.

As atividades do sábado, dia 13

Que ninguém duvide da excelência do bem, disse Divaldo, iniciando as atividades do dia narrando, com sentida emoção, o encontro de Jesus com seus discípulos, estando Ele em Jerusalém pela última vez, apresentando-lhes suas últimas instruções, bem como o holocausto iminente a que seria submetido. O Messias dominado por infinita compaixão, produzida por misericórdia e amor, anunciou que outro consolador estaria entre os homens, relembrando suas mensagens e ensinando outras que não eram possíveis naquela oportunidade. Ao longo do tempo, próximo ou recuado àquela época, suas predições foram se concretizando.

Naquele momento de despedida, Ele dá as últimas instruções, em um entardecer de fogo na Galileia, diante de quinhentas testemunhas, que se irão reencarnando através da história para repetir as Suas lições que nunca foram esquecidas. Mesmo no período do holocausto esse consolador inspira os mártires, e na noite medieval, apresentam-se como estrelas de grandeza específica, pelo belo, pelo nobre, nas personalidades incomparáveis de Francisco de Assis, de Clara, de Antônio de Pádua, de Teresa D’Ávila, de São João da Cruz e de muitos outros que não permitiram que se apagasse a chama sublime do Evangelho.

Onde quer que o homem se encontre, é incontestável que o bem predomine. É natural, disse o conferencista, que nesse período de ocaso de uma época de sombras, o homem se encontre, em muitos setores do conhecimento, envolvido na ignorância, na violência, na agressividade, na impetuosidade malsã, na herança das velhas jornadas que esculpiram no inconsciente individual profundo, nas marcas terríveis do egotismo que a pouco e pouco vai se libertando. É a consequência natural do demorado período em que se permitiu ficar retido na retaguarda, desenvolvendo mais o sentimento do instinto, do que a experiência da emoção.

A narrativa sobre as ações libertadoras a favor do rabino Eliachim ben Sadoc, entidade infeliz que se tornou adversário de Jesus, desde o fim do século XV, foi simplesmente impressionante, tal como o atendimento a Martina, envolvida no processo de reajuste. Em ambos os casos o amor de suas respectivas mães, com o concurso dos Benfeitores, logrou contribuir para o esclarecimento, consolo e reajuste. Essas narrativas, em todas as suas cores e matizes, estão no livro Amanhecer de uma nova era, de Manoel Philomeno de Miranda/Divaldo Franco, uma obra de grande relevância para as reflexões em torno do amor acendrado do Messias, e seus fies emissários benfeitores, em favor da humanidade que ainda se encontra envolvida nas lutas acerbas entre o bem e o mal.

Nesses processos, onde estão envolvidos personagens que se encontram em planos vibratórios diferentes - material-espiritual -, observa-se a excelência das atividades de divulgação doutrinária, dos passes, do atendimento fraterno que devem ser executados com qualidade nas instituições espíritas. O amor é de essência divina e não isenta o amado de suas responsabilidades, a vitória do bem é ilimitada e nunca a criatura encontra-se a sós, pois que o amor de Deus permeia tudo e todos, destacou o expositor.

A agressividade foi estudada segundo dois parâmetros: a destrutiva e a construtiva. Todos a possui. O assunto é entendido, de um modo geral, como produtor de ações destrutivas. O psicoterapeuta italiano Piero Ferrucci, em uma análise profunda, faz destaque sobre a agressividade construtiva.   Divaldo fez algumas considerações sobre esse assunto conforme o entendimento de Roberto Assagioli, criador da psicossíntese e mestre de Ferrucci. Diz Assagioli: A agressividade é um impulso sério de autoafirmação e de expressão de todos os elementos do próprio ser, sem qualquer discriminação e escolha, sem qualquer consideração pelas consequências, sem qualquer consideração pelos outros.

Com base nos estudos de Ferrucci, Divaldo abordou, primeiramente, a questão relativa aos aspectos destrutivos, tais como: autodestruição, sarcasmo e irritação; crueldade, ressentimento e frustração; mania de criticar, belicosidade e zombaria; sabotagem passiva, queixumes; malevolência e fanatismo; raiva, rancor, mau-humor e hostilidade; despeito e vingança.

Como exemplos de agressividade construtiva, o nobre conferencista citou o grandioso e belo trabalho executado pelos artistas, escultores, compositores. As belíssimas esculturas de Michelangelo exemplificam muito bem o que seja essa agressividade construtiva. Ele as retirava dos blocos brutos de mármore a golpes fortes de suas ferramentas, uma agressividade positiva para produzir a beleza, a arte.


Diversas obras da mentora espiritual Joanna de Ângelis formaram uma base sólida onde Divaldo se apoiou para falar sobre os procedimentos libertadores, tais como esse que se acha estampado no cap. 3 do livro Encontro com a paz e a saúde: O processo de desenvolvimento emocional, de amadurecimento psicológico, inegavelmente, apresenta-se no ser humano, quando este adquire hábitos saudáveis de conduta comportamental, resultado da superação das suas tendências primárias que cedem lugar às aspirações da beleza, da saúde, do bem-estar.


O lúcido Manoel Philomeno de Miranda, em sua novel obra, aqui citada, afirma: Diluem-se as sombras da ignorância, embora persistam alguns desmandos do vandalismo de breve duração. A vitória do bem e do amor torna-se incontestável e, em triunfo instala-se o amanhecer de uma nova era.


O anfitrião do Encontro Fraterno, tal qual um pai amoroso, foi deitando nos corações esperançosos que o escutavam as lições imorredouras da vida. Em continuidade aos estudos doutrinários, apresentou e analisou com acurada visão psicológica cada personagem e situações que compõe o mito de Sísifo, onde são trabalhadas as questões do ego e do self, da astúcia e da realidade, do subterfúgio e da verdade, do tempo - de ansiedade, do poder, dos excessos, etc. -, e o tempo da alma, - da busca da plenitude, do contato com Deus, da viagem interior. O self deve sempre predominar, disse, presidindo os atos que a criatura amadurecida psicologicamente executa. O ego, por sua vez, faz com que a criatura iluda-se pensando ter resolvido o problema, quando na verdade, só posterga, agravando e dificultando a solução.


O sofrimento, destacou Divaldo, tem o propósito de despertar a consciência de sono, de libertar os valores e possibilidades que se encontram na sombra. A culpa possui uma função nobre no psiquismo, o de colocar o ego em contato com a consciência superior. É necessário o constante desenvolvimento do processo de autoconhecimento. Para que a transformação psíquica ocorra é fundamental que se aceite as próprias faltas, por menores que sejam quando comparadas com as do próximo. Não basta somente reconhecer, intelectualmente, que se é portador de fraquezas, é necessário buscar a autoiluminação. Tornemo-nos bem-aventurados e penetremos no reino da plenitude, destacou o peregrino de Jesus, Divaldo Franco.


É necessário que o homem aprenda a domesticar os pensamentos e os instintos, não atendendo aos seus impositivos. Quando o homem psicológico sobrepujar o homem fisiológico, já estará na nova era. No novo período, os dramas obsessivos desaparecerão por não mais encontrar clima psíquico para tal. Nesse intercâmbio planetário, Espíritos de maior envergadura moral, intelectual e detentores de sensibilidade mais apurada, oriundos de esferas mais elevadas, estarão lado a lado com a humanidade terrestre, construindo a trajetória luminífera do amor.


Inúmeras perguntas muito bem elaboradas foram realizadas, ensejando ao conferencista, aglutinador de multidões, prestar mais alguns esclarecimentos sobre os diversos assuntos abordados relativos à temática proposta do amanhecer de uma nova era. Concluído o período das respostas, passou Divaldo a conduzir os participantes em mais um excelente exercício de visualização, com alto grau de aproveitamento.

 

As atividades do domingo, dia do encerramento

O domingo amanheceu radiante. O amanhecer, que se faz presente sempre muito cedo na Bahia, recepcionava, por assim dizer, as criaturas ávidas de bênçãos divinas, dando-lhes a sustentação necessária para empreender as lutas de autoiluminação. Para os participantes do encontro iniciava-se a conclusão de um trabalho repleto de conceitos, experiências, convívio e, naturalmente, provocava lembranças e reflexões sobre os conteúdos expostos nos dias imediatamente anteriores. A expectativa do encerramento, das despedidas, ensejava oportunidades de demonstrações de gentileza, gratidão, fraternidade, amizade, o que efetivamente ocorreu em profusão.

Divaldo Franco, incansável, dinâmico, alegre, atendia a cada um que o buscou para uma palavra amiga. Gestos simples de gentileza, mas plenos de sentimentos fraternais, amorosos, de gratidão pelo muito que cada um pôde absorver nos conteúdos iluminativos expostos durante esse encontro fabuloso, eram plenamente perceptíveis. Foram várias horas de aquisição de conhecimentos de alta significação, fomentadores de mudanças, de capacitação. A transformação da paisagem íntima, para melhor, a autoiluminação serão decorrências naturais do esforço de cada um, tornando-se mais apto, em curto e longo prazo, para realizar a integração harmônica do eixo ego-self.

Na conclusão do Encontro Fraterno 2012, o arauto do evangelho enalteceu, uma vez mais, as virtudes da gentileza. Devotou sua gratidão imensa aos inúmeros membros da família Mansão do Caminho que se desdobraram para bem atender as suas tarefas, bem como a todos os participantes pela convivência fraterna, rica de ternura, de gentileza e espiritualidade. A alegria de conviver, de compartilhar, de viver as experiências da era nova, desde já, ficará indelevelmente gravada no íntimo de cada um que lá esteve e naqueles outros mais de seis mil que participaram, ao vivo, assistindo pela TVCEI.

Ao longo do evento foi disponibilizado um mural onde foram afixadas frases, por quem assim o desejasse, e que exprimissem conceitos de gentileza. O mural da gentileza, assim denominado, revelou, nas dez frases aleatoriamente escolhidas, o grau de sensibilidade, de compreensão, de erudição, de emoções elevadas. A cada uma dessas dez frases Divaldo fez uma análise psicológica, traçando um perfil de seu autor não identificado. Gentileza, disse Divaldo, é estarmos programando a nossa vida com a certeza absoluta de que Deus está conosco inspirando-nos na conquista do Universo.

O orador por excelência e lídimo trabalhador do Cristo, Divaldo Franco apresentou as doze propostas da psicossíntese propostas pelo notável Piero Ferrucci, psicoterapeuta e filósofo italiano, discípulo de Roberto Assagioli, o fundador da psicossíntese. São elas: dedique, diariamente, algum tempo para o autoencontro; exercita o silêncio; harmonize-se com o corpo e suas sensações; entre em paz com suas emoções; observe e recicle seus pensamentos; desidentifique-se dos desejos e falsas necessidades; conheça, harmonize e integre suas subpersonalidades; contempla a beleza da vida ao teu redor; utilize sua imaginação frente aos conflitos; busque o aprendizado nas situações adversas da vida; atue com vontade, disciplina e persistência; e estabeleça diálogos constantes com o self.

Para cada uma dessas propostas Divaldo apresentou as interpretações de Joanna de Ângelis, de Deepak Chopra e do próprio Ferrucci. Autoconhecendo-se, o ser humano irá alcançar a alegria de viver, uma satisfação incontida pela bênção da vida, passando a valorizar quaisquer circunstâncias nas quais se encontre. A função da vida é enriquecer o homem de alegria, de liberdade, de evolução, sintetizou o Professor Divaldo.

Cada participante, nas palavras de Divaldo, chegou buscando e estudando as Bem-aventuranças e saiu bem-aventurado pelo conhecimento, pelo despertar da autoconsciência, pela presença divina conscientemente identificada em si, pelo ensejo que teve para dar-se conta de que é muito mais feliz do que desafortunado. Desejando bênçãos, rogou a Deus que torne bem-aventurado a cada um. Divaldo encerrou esse encontro de fraternidade, de esperanças, de estímulos e confiança onde cada um é possuidor de um potencial imensurável para construir, já, dentro de si, a nova era.

O Encontro Fraterno 2012 em números
 

Foram 779 participantes oriundos de 103 cidades de 23 Estados e do Distrito Federal, bem como das representações da Áustria (2), provenientes de duas cidades; da Suíça (2), também de duas cidades; e do Paraguai, vindos de Assunção (2). As cidades com maior número de inscritos foram: Salvador - 170; Recife - 66; Cuiabá - 59; Curitiba - 59; e São Paulo - 38.
 

Para fazer o transporte até o Hotel Iberostar – ida e volta - foram utilizados 13 ônibus, com saídas do aeroporto, do Shopping Center Iguatemi e da Mansão do Caminho.

O Encontro foi um sucesso absoluto. Nos comentários que se ouviam era perceptível o desejo de exercer a vontade para aplicar, no cotidiano, os conceitos e propostas de renovação íntima, preparando-se para a ação, agora e em um mundo regenerador.

Muitíssimo obrigado, Divaldo, que continues semeando o conhecimento e a esperança nos corações aflitos de todos nós, lecionando as mensagens imorredouras do Mestre Nazareno, a quem rogamos te abençoar e proteger. Penso traduzir, assim, modestamente, como gesto de gentileza, o sentimento de cada participante.

Em todos os momentos iniciais de cada atividade o público foi mimoseado com excelentes e variadas interpretações musicais executadas por exímios músicos e cantores. Foi uma verdadeira terapia, produzindo enlevo, preparando as mentes e corações. A boa música, informou Divaldo, é capaz de tornar-se terapêutica.

Divaldo Franco motivado pelo amor, alimenta-se do trabalho de divulgação das mensagens imortais do Messias, doando-se por completo ao seu próximo.

No dia 17, nova viagem para novas tarefas no exterior

Tendo concluído esse excelente trabalho realizado em quatro fecundos dias, o Embaixador da Paz no Mundo, empreendeu nova viagem internacional para atender seus compromissos doutrinários na Ásia e Oceania.

No último dia 17 de outubro Divaldo Franco se encontrou em São Paulo com o casal Jorge e Lúcia Moehlecke, do Rio Grande do Sul, que o acompanham nesta viagem, rumando a Londres. Após 11 horas de voo, permaneceram no aeroporto Heathrow por mais 13 horas, aguardando o voo com destino a Singapura. Foram mais 12h50min de viagem aérea, chegando à bela cidade asiática no dia 19 Out 12, ao entardecer, totalizando 38 horas de viagem desde Salvador/BA, enfrentando as dificuldades naturais de um fuso horário de 11 horas a mais. Em Singapura foram dois dias de profícuos encontros, dias 20 e 21 de outubro.

A sequência dessa viagem empreendida pelo Paulo de Tarso dos Dias Atuais assim se apresenta: Dias 22 e 23 Out - Auckland/Nova Zelândia; 24 e 25 Out – Adelaide/Austrália; e 26 a 30 Out - Sydney /Austrália. Somente o amor acendrado que Divaldo nutre pelos seus semelhantes é capaz de explicar a sua saga em prol da humanidade, do amor, da divulgação da Doutrina Espírita, da paz, da caridade. Esses objetivos nobres sustentam-no, desde sempre, e mais agora quando já se encontra com 85 anos de idade. Que homem é esse? De onde ele retira a energia para tantas e diversificadas viagens e atividades que envolvem aspectos singulares onde quer que vá, senão do amor em seu significado maior e do compromisso com o Messias.


Nota do Autor:

As fotos que ilustram esta reportagem são de autoria de Jorge Moehlecke.




 


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O Consolador
 Revista Semanal de Divulgação Espírita