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Crônicas e Artigos

Ano 6 - N° 284 - 28 de Outubro de 2012

CHRISTINA NUNES
meridius@superig.com.br
Rio de Janeiro, RJ (Brasil)
 


Esperança


Aconteceu um dia de eu quase impedir uma senhora, bem senhora mesmo, de ser atropelada, na hora em que chegava a minha casa, à noite.

Era uma rua de movimento, e ela descia de um ônibus fora do ponto, como costuma acontecer quando motoristas adiantam ao mesmo tempo o seu lado e o do passageiro, em dias de engarrafamento infernal. Só que o motorista não soube bem fazer a coisa: largou a coitada no cruzamento, bem na curva, e, tão logo desceu a senhora, tocou o ônibus à toda!

Bem na hora em que eu alcançava a esquina. De costas, não viu, a senhora, que o imenso veículo lhe tirava uma fininha, prestes a derrubá-la, antes que, a passos lentos e cautelosos, chegasse finalmente à calçada.

Não apenas eu acorri. Outros correram juntos, mas cheguei antes, e a puxei, decidida, pra calçada, antes que o pior acontecesse. Vieram os comentários embaralhados e irritados que sempre provocam estes imprevistos. Os demais circunstantes foram embora, e fiquei eu com a velhinha, feliz com o resultado dos meus esforços, e resolvida a escoltá-la, no fim das contas, até o outro lado da rua, para onde eu mesma ia caminhar. Mas, ainda que não fosse, teria mesmo que acompanhá-la, tamanho o zelo que a cena inusitada me provocou.

A senhora, educadíssima, agradabilíssima, desfez-se em agradecimentos, também exageradíssimos, já que qualquer mortal, qualquer ser humano, dito humano, numa hora daquelas faria o mesmo... Mas a pacata e dócil senhora queria agradecer. Assim, deu-me o braço e, enquanto a conduzia muito lentamente, porque muito lentos eram os seus passos, continuou se desfazendo em elogios e agradecimentos. Desviei-me, sem graça que já estava, e fomos conversando (logo notei o tanto que ela gostava de conversar). E ela foi me contando a sua vida: primeiro, o que a levava a estar ali, àquelas horas, sozinha. Falou do neto, qualquer coisa sobre ter que buscá-lo; falou dos filhos; falou de um monte de coisas... Mas logo no início de tudo, falou o que mais me chamou a atenção: o seu nome – Esperança!

Ora, eu vinha atravessando uma fase particular da minha vida que – dadas as circunstâncias que me diziam respeito, coisas muito minhas – não sei por que levou-me a interpretar aquilo como um eco, uma resposta qualquer da própria vida para mim. Já ouvira falar de pessoas chamadas Esperança, mas nunca antes encontrara alguma, em lugar nenhum, ao vivo ou por escrito. Aquela senhora simpaticíssima era a primeira. E ela me dissera o seu nome olhando-me de um modo que, nas sombras da noite – impressão minha, era bem provável –, transmitiu-me algo sugestivo, como se me dizendo: "Chamo-me Esperança. A sua Esperança!"...

Foi muito estranho! Como dei atenção àquela velhinha tão agradável e misteriosa! E ela, de sua parte, me adorou; elogiou-me para muito além daquilo que era justo, se é que era justo! Tanto, que me contou praticamente a vida toda em menos de meia hora, e arrematou dando-me o seu número de telefone, que guardei com especial carinho, oferecendo-lhe também, de meu lado, o da minha residência.

Separamo-nos, votos de felicidade e de estima de ambas as partes. E fui para casa mergulhada numa sensação estranha a respeito daquele encontro que, mais do que uma oportunidade de ter ajudado o próximo numa hora crítica, sugeriu-me outra coisa indefinível, um recado particular para mim.

Desde aquele dia fiquei resolvida a telefonar para a Sra. Esperança, saber como ia indo a sua vida... Mas até agora não o fiz. Tenho a sensação de estar guardando um tesouro. Afinal, ajudei, de certa forma, a salvar a Esperança – uma bela esperança!...

Quem sabe se, talvez, isto não tenha querido significar que a minha melhor e mais cara esperança também não está a salvo, e bem guardada para mim, para que eu a encontre na hora certa, quando menos esperar?

Fica para vocês esta mensagem de Esperança...


 


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O Consolador
 Revista Semanal de Divulgação Espírita