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Estudando as obras de Manoel Philomeno de Miranda
Ano 6 - N° 281 - 7 de Outubro de 2012

THIAGO BERNARDES
thiago_imortal@yahoo.com.br
 
Curitiba, Paraná (Brasil)  
 

Nas Fronteiras da Loucura

Manoel Philomeno de Miranda 

(Parte 7)

Damos continuidade ao estudo metódico e sequencial do livro Nas Fronteiras da Loucura, de Manoel Philomeno de Miranda, obra psicografada por Divaldo P. Franco.

Questões preliminares

A. Como o carnaval era visto agora por Noel Rosa, o conhecido compositor que no plano espiritual fazia parte da equipe de cooperadores do Posto Central?

Ele o via com desalento. "O carnaval, para mim, é passado de dor”, declarou ele a Manoel Philomeno. A prática da caridade é que agora constituía, para ele, a festa de todo dia, como a primavera que surge após o inverno sombrio. "Apesar da noite vitoriosa – acrescentou o poeta da Vila –, o dia de luz sempre triunfa e o bem soberano tudo conquista..." (Nas Fronteiras da Loucura, cap. 6, pp. 55 e 56.)

B. Edificado na própria crosta, como o Posto Central foi construído?

A tarefa foi atribuída a engenheiros do plano espiritual. Substância ectoplásmica, retirada das pessoas residentes nas cercanias, como da Natureza, foi movimentada para a edificação do conjunto e das muralhas defensivas que renteavam, internamente, com as grades protetoras do parque. Amplos bar­racões, semelhantes a tendas revestidas de lona, espalhavam-se pelo recinto, onde camas colocadas em filas duplas receberiam os desencarnados enfermos. (Obra citada, cap. 7, pp. 57 e 58.)

C. No tocante a Espíritos submetidos a grande sofrimento no plano espiritual, em que momento se dá seu resgate pelos benfeitores espirituais?

Quanto aos sofrimentos que experimentam, o instrutor Genézio explicou que tais Espíritos sofrem o que fizeram os outros sofrer... Por algum tempo sua consciência sabe que necessitam da lapidação rude a que se submetem, prosseguindo nos enleios que os prendem aos grupos afins de que fazem parte. Logo, porém, que se abrem ao desejo de reparar seus erros, de reconhecer sua incúria e de recomeçar, mudam de faixa vibratória e são resgatados pela Bondade Excelsa, que a ninguém esquece. (Obra citada, cap. 7, pp. 60 a 62.)  

Texto para leitura 

30. Para Noel, o Carnaval é passado de dor - Silenciando e olhan­do em derredor, Dr. Bezerra comentou que é por isto que os imortais informaram a Kardec que "a Terra é um planeta de provas e expiações", onde programamos o crescimento para Deus. "Saturado pelo sofrimento e cansado das experiências inditosas – asseverou o Benfeitor Espiritual – o homem, por fim, regenerar-se-á  ao influxo da própria dor e sô­frego para fruir o amor que lhe lenificará  as íntimas aspirações da alma." Na sequência, como Dr. Bezerra tinha diversos compromissos a resolver, Philomeno pôde ver, com surpresa, que entre os cooperadores do Posto Central se encontrava um célebre poeta e compositor, cujas músicas popu­lares foram-lhe familiares quando na Terra. (N.R.: Trata-se do no­tável compositor Noel Rosa.) O compositor, atendendo a uma pergunta de Phi­lomeno, confessou-lhe haver buscado, em sua última existência na Ter­ra, os alcoólicos e outras drogas, para compensar suas tristezas e tormentos. A desencarna­ção colheu-lhe a vida física ainda jovem. "Despertei sob maior soma de amarguras, com fortes vincu­lações aos am­bientes sórdidos, pelos quais transitara em largas aflições", contou ele, que se declarou mais um fracassado do que um infelicitador. "Embora eu não fosse um herói, nem mesmo um homem que se desincumbira corretamente do dever, a minha me­mória – disse o po­eta da Vila – ge­rou simpatias e a mensagem das músicas pro­vocou ami­zades, graças a cujo recurso fui alcançado pela Misericórdia Divina, que me recambiou para outros sítios de tratamento e renovação, onde despertei para rea­lidades novas." Começou aí uma nova vida para ele, que passou a compor outros sambas ao compasso do bem, com as melodias da esperança e os ritmos da paz, "numa Vila de amor infinito". "O Car­naval, para mim, é passado de dor e a caridade, hoje, é-me festa de todo dia, qual prima­vera que surge após inverno demo­rado, sombrio", asseverou o composi­tor, acrescentando: "Apesar da noite vitoriosa, o dia de luz sempre triunfa e o bem soberano tudo con­quista..." (Cap. 6, pp. 55 e 56) 

31. Saldos do Carnaval - A  área reservada ao Posto Central cor­respondia quase à Praça inteira. Antes de serem instaladas as depen­dências que abrigariam os pacientes espirituais naqueles dias, engenheiros do plano espiritual haviam tomado providências defensivas, para que o ministério da caridade não sofresse danos decorrentes das invasões de Espíritos perniciosos. Como não há  improviso nas tarefas superiores, estabeleceram-se planos e traçaram-se diretrizes para a construção do Núcleo transitório. Substância ectoplásmica, retirada das pessoas residentes nas cercanias, como da Natureza, foi movimen­tada para a edificação do conjunto e das muralhas defensivas que ren­teavam, internamente, com as grades protetoras do parque. Duas largas entradas, opostas entre si, permitiam a movimentação das Entidades. Voluntários adestrados e premunidos de recursos magnéticos faziam a vigilância nos portões de acesso e em torno da construção. Amplos bar­racões, semelhantes a tendas revestidas de lona, espalhavam-se pelo recinto. Camas colocadas em filas duplas recebiam os desencarnados en­fermos, que foram arrebanhados nos três últimos dias, antes de serem transferidos para colônias espirituais. Desde o sábado, as ocorrências inditosas tomaram corpo mais volumoso: homicídios tresvariados, suicí­dios alucinados, paradas cardíacas por excesso de movimento e exaustão de forças, mortes por abuso de drogas ofereciam um índice elevado de vítimas de si mesmas, pela imprevidência, nos dias tormentosos da patus­cada irrefreável... Além desses, diversos encarnados em transe demo­rado, recebiam socorro de urgência antes de retomarem seus corpos em Hospitais ou nos lares. (Cap. 7, pp. 57 e 58) 

32. O ataque dos inimigos do bem - Os encarnados – diz Philomeno – transitavam por aqueles sítios, sem dar-se conta do que ocorria en­tre aquelas  árvores vetustas, noutra dimensão vibratória. O véu da carne constitui uma barreira à mais ampla percepção de realidade. Um sistema de alarme prevenia as invasões ou intromissões indébitas de hordas violentas, enquanto veículos especiais, trazendo os recém-co­lhidos para atendimento mais imediato, trafegavam com frequência na  área protetora. Em dado momento, próxima da entrada, mas além da bar­reira defensiva, uma turba de Espíritos levianos e vingativos ameaçava os vigilantes e atirava petardos que, felizmente, não conseguiam ul­trapassar as ondas repelentes que se elevavam acima dos muros, exte­riorizadas por aparelhagem própria. Eles blasfemavam e zombavam, agre­dindo verbalmente os trabalhadores diligentes. Pedidos irônicos de so­corro eram emitidos por aquelas Entidades em que a acrimônia e o so­frimento se misturavam, produzindo mal-estar e compaixão. Tudo, porém, em vão, porquanto os atendentes, já  acostumados àquelas cenas, não se deixavam perturbar. O irmão Genézio, encarregado do serviço, aprovei­tando o ensejo explicou que aqueles Espíritos constituíam grupos de desordeiros desencarnados muito perigosos. "Alguns – informou Genézio – são técnicos nos processos da chacota e da ironia, com que sabem insuflar desequilíbrio, a fim de colherem sintonia mental." Esse com­portamento denunciava sua inferioridade moral. "Em nosso campo de ação – aditou  o companheiro –, pululam companheiros infelizes, que se sentem propelidos às atitudes de revolta após o fracasso pessoal, afi­velando nalma as máscaras do cinismo e da rebeldia, derrapando na vala das reações escarnecedoras, com as quais se imunizam, momentaneamente, contra os sentimentos superiores, únicos a abrirem portas à renovação e caminhos à paz." (Cap. 7, pp. 59 e 60)

33. Prisioneiros da turba - Continuando seus comentários em torno da horda de Espíritos desordeiros que atacavam o Posto, o irmão Genézio afirmou que tais indivíduos são mais doentes do que eles supõem. Irrequietos e an­siosos, vampirizavam psiquicamente os grupos com os quais se ajustavam e se afinizavam, permanecendo com eles em demorado comércio de forças fluídicas desgastantes. Convidado a observar melhor a turba, Philomeno percebeu que entre os desordeiros havia um grupo de criatu­ras espirituais de aspecto horrendo, ultrajadas, que se faziam arras­tar em correntes umas, em cordas outras, e esse grupo grotesco era acompanhado por cães que ladravam, em atitude de perturbadora agressi­vidade. Genézio esclareceu: "Trata-se de Espíritos profundamente so­fredores, que lhes caíram nas mãos desde quando se encontravam encar­nados. Eram vítimas e comensais da súcia, embora transitassem em si­tuação relevante, trajando roupas de alto preço e ocupando situações invejáveis. Demais, controlavam destinos, manipulando recursos alheios; subtraíam documentos que falsificavam para atender a interes­ses inconfessáveis; regulamentos e leis que menoscabavam, sofismando sobre eles, de modo a atenderem às paixões inferiores. Triunfaram so­bre os fracassos dos outros; sorriram no mar das lágrimas dos a quem defraudavam; campeavam nos lugares de projeção, enquanto os dilapida­dos pela sua argúcia carpiam desespero e miséria; sentiam-se inatingi­dos..."  O mentor explicou então que a morte os alcançou e os trouxe para a submissão de mentes mais impiedosas do que as suas e sentimen­tos mais impermeáveis do que aqueles que os caracterizavam. "Sofrem, o que fizeram sofrer...", asseverou Genézio. "Por algum tempo a cons­ciência sabe que necessitam da lapidação rude a que se submetem, pros­seguindo nos enleios que os prendem ao grupo afim." Logo, porém, que se abram ao desejo de reparar seus erros, de reconhecer sua incúria e de recomeçar, mudam de faixa vibratória e são resgatados pela Bondade Excelsa, que a ninguém esquece. (Cap. 7, pp. 60 a 62) 

34. O caso Genézio - Genézio Duarte, encarregado da vigilância ao portão principal, participava da equipe do Dr. Bezerra de Menezes, a quem se vinculara desde os dias de sua última encarnação naquela ci­dade. Espírita militante, trabalhara numa Sociedade que mantinha o nome do "médico dos pobres" e era dirigida espiritualmente pelo Amorável Benfeitor. Cético, ele ali chegara macerado pelos conceitos mate­rialistas, sob a injunção de enfermidade pertinaz, recebendo naquela Casa orientação de tratamento homeopático de natureza mediúnica e os recursos da fluidoterapia, com o que obteve o restabelecimento pleno da saúde orgânica e, posteriormente, da saúde espiritual. Afeiçoando-se ao infatigável mentor, cuja vida modelar o sensibilizara, dedicou-se ao estudo da Doutrina, passando depois à militância no movimento doutrinário e à sua vivência, quanto lhe permitiam as circunstâncias. Seu comportamento como espírita granjeou-lhe amigos devotados e atraiu simpatizantes e estudiosos para a Causa. Por essa época experimentou a prova da viuvez, que soube suportar com elevada resignação e coragem, tendo padecido vicissitudes e sofrimentos diversos que ajudaram a la­pidar o seu Espírito, aproximando-o mais ainda do Amigo Espiritual, de quem recebia inspiração e ajuda. Antes da desencarnação, tornou-se responsável pela Casa espírita, a que doou seus melhores esforços. Pa­lavra segura e portadora de conceitos elevados, suas palestras de es­tudo e consolação sensibilizavam os ouvintes, que renovavam os clichês mentais ante a meridiana luz emanada d' O Livro dos Espíritos e d' O Evangelho segundo o Espiritismo, que interpretava com beleza e corre­ção. Quando retornou à pátria espiritual, após enfermidade persistente e demorada, foi recebido por Dr. Bezerra e seus familiares afetuosos, que o aguardavam em júbilo. Genézio era o triunfador de retorno ao Lar sob a expectação feliz dos amigos, visto que a Doutrina fora para ele alento e vida, e, descerrando os painéis da imortalidade, armara-o da sabedoria que propicia forças para a superação pessoal e vitória sobre as conjunturas difíceis. (Cap. 8, pp. 63 e 64) (Continua no próximo número.) 
 


 


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 Revista Semanal de Divulgação Espírita