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Crônicas e Artigos

Ano 6 - N° 281 - 7 de Outubro de 2012

CLAUDIA GELERNTER
claudiagelernter@uol.com.br
Vinhedo, SP (Brasil)
 

Sentido da vida


Semana passada tive contato com uma alma querida que me dizia ter "perdido o sentido da vida", por conta da morte do marido. Comentou que ele era tudo para ela e que agora só restavam lágrimas e desespero. Faz três anos que seu companheiro partiu. 

Histórias como esta ocorrem com bastante frequência aqui na Terra. Não é incomum acolhermos este tipo de discurso, entre os encarnados que vivenciaram a morte em seus lares.

Entretanto, com todo o respeito para com o sofrimento destas almas, me vejo no dever de apontar para alguns equívocos existenciais, surgidos da forma como alguns se vinculam no mundo, de como se relacionam com as figuras significativas (mãe, pai, marido, esposa, amigos etc.). 

Quando alguém afirma que o sentido da vida se perdeu por conta da morte de alguém, entendemos que toda a existência da pessoa que ficou estava fundamentada em um outro Ser. Ou seja, todas as fichas, esperanças e expectativas estavam fora de si mesmo. 

Eis o perigo. 

Nada do que está fora de nós é certeza de segurança. Isso porque o que é do mundo se altera, constantemente. Não há imutabilidade. Crer que só somos felizes porque o outro está conosco é apostar tudo o que se tem em um bilhete de loteria. Dificilmente conseguiremos viver em paz, afinal, o outro tem sua própria história, que seguirá seu curso, queiramos ou não..., adoeçamos ou não. 

Olhar para estes pontos facilita a construção de nossas ferramentas íntimas, capazes de nos ajudar a seguir adiante, apesar de tudo. Com ou sem aqueles que amamos. 

Sim, eu sei..., não é fácil. No começo o mundo parece perder seu brilho. Isso é natural. Porém, precisaremos continuar. Vamos elaborar esta perda e passaremos a reinvestir nosso amor no mundo. 

Muito mais difícil tal elaboração do luto quando não tivemos o imprescindível cuidado de cuidarmos de nós, de nossos sentimentos, de nossos objetivos existenciais. Quando não buscamos descobrir por que estamos aqui. 

Dentro dos postulados Espiritas aprendemos que a única morte que existe é apenas a da forma, no mundo material. Cito “forma”, pois sequer a matéria realmente morre. Ela, em verdade, se altera, apenas. Retorna ao “desmanche Divino”, a fim de se refazer, cumprindo com seu papel de ferramenta de evolução para os Espíritos que nela virão habitar. 

Portanto, mesmo esta sensação de “até nunca” deve ser questionada, pois, em verdade, o que acontece é um afastamento temporário entre almas. 

Aliás, a aproximação harmoniosa dependerá muito mais das disposições de ambos (encarnados e desencarnados), no sentido de aceitarem as imposições de Deus, sem revoltas ou desesperos, do que da necessidade de os dois estarem habitando um mesmo plano. 

Enquanto aqui estamos, importantíssimo compreendermos que precisamos, através do auxílio mútuo, desenvolver em nós a maturidade do Espírito. 

Não devemos condicionar nossa felicidade, acreditando ser ela fruto do que as pessoas fazem por nós. 

Felicidade verdadeira só existe quando conseguimos, apesar das dores do mundo, encontrar em nós mesmos o sentido para seguirmos adiante, na trilha da vida.


 


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 Revista Semanal de Divulgação Espírita