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Estudando as obras de Manoel Philomeno de Miranda
Ano 6 - N° 280 - 30 de Setembro de 2012

THIAGO BERNARDES
thiago_imortal@yahoo.com.br
 
Curitiba, Paraná (Brasil)  
 

Nas Fronteiras da Loucura

Manoel Philomeno de Miranda 

(Parte 6)

Damos continuidade ao estudo metódico e sequencial do livro Nas Fronteiras da Loucura, de Manoel Philomeno de Miranda, obra psicografada por Divaldo P. Franco.

Questões preliminares

A. Por que uma programação reencarnatória, feita com todo o cuidado, pode mesmo assim falhar?

Segundo Dr. Bezerra de Menezes, são as paixões inferiores muito arraigadas nos Espíritos que põem a perder todo o esforço despendido, com o que se complica sua situação, levando-os, mais tarde, a reclamar, lamentando a própria sorte. (Nas Fronteiras da Loucura, cap. 4, pp. 43 a 45.)

B. Reencarnamos, comumente, na família que merecemos?

Não. Nem sempre renascemos onde merecemos, mas onde os fatores e as con­dições são-nos mais propícios para o avanço espiritual. (Obra citada, cap. 5, pp. 46 e 47.)

C. Como Dr. Bezerra de Menezes define o carnaval?

Segundo Dr. Bezerra, o carnaval é vestígio da barbárie e do primitivismo ainda reinan­tes, mas que um dia desaparecerão da Terra, quando, então, a alegria pura, a jo­vialidade, a satisfação, o júbilo real substituírem as paixões do pra­zer violento e o homem houver despertado para a beleza, a arte, sem agressão nem promiscuidade. (Obra citada, cap. 6, pp. 51 a 53.)  

Texto para leitura 

25. Por que falham os programas? - Após asseverar que uma progra­mação dessa ordem movimenta expressivo número de criaturas em ambos os lados da vida, para que logre êxito, Dr. Bezerra disse que são as paixões inferiores muito arraigadas nos Espíritos que põem a perder todo esse grande esforço, complicando-lhes a situação e levando-os, mais tarde, a reclamar, lamentando a própria sorte. Juvêncio renas­cera em família abastada com a qual mantinha vínculos de afetividade, para que pudesse fruir de comodidades financeiras que o liberassem dos com­promissos com o corpo, deixando esposa e filha amparadas, sem maio­res preocupações na esfera econômica. Assim é que, não devendo inter­romper seus deveres na esfera espiritual por muito tempo, ele retornou à pátria espiritual aos 39 anos, vitimado por uma parada cardíaca. Ju­linda renascera em seu lar quando o matrimônio com Angélica contava dois anos. A menina, não obstante o tratamento a que fora submetida, man­tinha profundas marcas que se lhe incorporariam à vida nova e fez-se, apesar de todo o carinho recebido dos pais, um instrumento de dor para ambos. Sua adaptação ao corpo foi penosa e, por isso, a primeira in­fância passou entre insônias, pesadelos e distúrbios de comportamento, acentuados. A partir dos três anos foram-lhe detectadas disritmias ce­rebrais, resultado dos seus graves deslizes, impressos pelo perispí­rito ao corpo, passando a receber cuidadoso tratamento neurológico desde então. Não lhe faltaram testemunhos de amor e de dignificação humana, orientação religiosa enobrecida e assistência educacional cor­reta. Com a desencarnação do pai, quando Julinda con­tava dez anos de idade, D. Angélica desvelou-se mais ainda e lutou contra as tendências inditosas da jovem, conseguindo, à custa de uma vontade firme e muita decisão, encaminhá-la a um matrimônio digno com antigo afeto, que viera para partilhar do mecanismo redentor, no qual expun­giria também as próprias máculas... "O mais é do nosso conhecimento", acrescentou Dr. Bezerra que, tocando o centro cerebral de Angélica, despertou-a para a percepção mais ampla, permitindo-lhe que o visse ali, ao lado da filha, em atenção às suas preces fervorosas. (Cap. 4, pp. 43 a 45) 

26. Consequências do abortamento - Manoel P. de Miranda nos lembra que o abortamento provocado sem justa causa é crime grave, de que o Espírito somente a contributo de muita aflição se predispõe a reparar, facultando que a vítima renteie ao seu lado, em renascimento que ocor­rerá futuramente, sob densas cargas de ressentimento e amargura. En­fermidades de largo porte encar­regam-se de corrigir a atitude mental do delinquente que aborta, a fim de que os tecidos sutis do perispí­rito se recomponham para porvindou­ros cometimentos na  área da materni­dade. Frigidez, infecundidade e ou­tros problemas femininos decorrem da usança irregular da sexualidade em encarnação passada, bem como de abortos irresponsáveis, que se tor­nam causas de neoplasias malignas, logo depois, ou em processos próxi­mos de renascimentos, que exigirão ablação dos órgãos genésicos, quando não acarretem a morte física. O homem, não sendo o autor da vida, não pode dela dispor ao talante de suas paixões, sem rude com­prometimento para si próprio. É por isso que a sexualidade somente deve ser exercida quando responsável, sob as bênçãos do amor e o am­paro das leis em vigor, representativas do grau evolutivo de cada povo. Há  em todo renascimento razões propelentes que conduzem um a ou­tro Espírito, seja pelos automatismos vigentes no Cosmo, seja pelas programações cuidadosamente elaboradas. Assim, cada qual renasce, nem sempre onde merece, mas onde os fatores e as con­dições são-lhe mais propícias para o avanço. As ingerências precipita­das nas progra­máticas da vida redundam, portanto, quase sempre, em de­cepções, desastres ou perturbações que poderiam ser evitados. Esse era o caso de Julinda que, por temer, inconscientemente, a presença de Ri­cardo na condição de filho, não titubeou em expulsá-lo. Sentindo-se frustrado e envolvido pelo ódio, Ricardo vingava-se e seu objetivo era eliminar o corpo da jovem, para aguardá-la depois do túmulo, onde os desforços prosseguiriam. Com o sonífero que tomava, Julinda-Espírito deixava-se arrebatar por seu algoz e, uma vez semidesprendida do corpo, era conduzida à presença de Entidades perversas residentes no Hospital, que lhe impu­nham grande sofrimento. (Cap. 5, pp. 46 e 47) 

27. O bem nunca falha - Elvídio, antigo sexólatra, desencarnado havia mais de meio século, era o encarregado da administração negativa naquele Hospital. Logo que Julinda foi internada, apresentaram-lhe a sua ficha com o delito perpetrado. O cruel dirigente visitou a pa­ciente e convocou Ricardo à sua presença, inteirando-se do plano do abortado e prometendo-lhe cooperação. Essas entidades, padecendo de auto-hipnose por muito tempo, acabam deformando as matrizes perispiri­tuais, motivo por que assomam diante dos que lhes tombam, nos círculos de aflição, em formas horripilantes e temerosas, com as quais aparvalham as futuras vítimas... Julinda fora levada, então, em sucessivas oportunidades, a simulacros de julgamento por seu crime, quando se tornava ameaçada por aqueles Espíritos impiedosos, retornando ao corpo com os tecidos sutis da mente em contínuo comprometimento. No momento da visita feita a seu quarto, ela e seu algoz estavam ausentes. O Ben­feitor Espiritual aplicou, então, no seu organismo físico recursos magnéticos, fazendo a dispersão dos fluidos tóxicos que a asfixiavam e insuflando-lhe, logo após, energias restauradoras de forças. O corpo da enferma relaxou os músculos retesados e viu-se, repentinamente, Ju­linda-Espírito ser atraída e tombar, adormecida, no casulo carnal. "Os fluidos salutares decorrentes da oração e do amor fraterno de todos nós – explicou Dr. Bezerra – anestesiar-lhe-ão os centros psíquicos, de alguma forma atenuando a aflição que a golpeia, contínua." O Amigo Espiritual disse então que o Senhor não deseja a punição do infrator, mas a sua reeducação: "Como os impositivos da vida são o amor e a jus­tiça, a misericórdia e a caridade jamais se afastam dos que necessitam de renovação e paz, sem que as suas vítimas fiquem em esquecimento. Surge o auxílio ao delinquente com concomitante socorro ao defrau­dado". "Logo mais, Ricardo será  também auxiliado, quando se iniciem os labores em favor de ambos", acrescentou Dr. Bezerra que, voltando-se para a genitora de Julinda,  falou-lhe: "Agora, tranquilize-se, irmã Angélica, aguardando o futuro e prosseguindo, confiante, nas suas orações e atividades de amor ao próximo. O bem nunca falha". (Cap. 5, pp. 48 a 50) 

28. Origens do Carnaval - Prosseguia o Carnaval e a cidade, re­gurgitante, era um pandemônio. Multidão de Espíritos, que se misturava à mole humana em excitação dos sentidos físicos, dominava a paisagem sombria das avenidas, ruas e praças, cuja iluminação, embora feérica, não conseguia vencer a psicosfera carregada de vibrações de baixo teor. Grupos mascarados eram acolitados por frenéticas massas de Espí­ritos voluptuosos, que se entregavam a desmandos e orgias lamentáveis, inconcebíveis do ponto de vista terreno. Algumas Entidades atacavam os burlescos transeuntes tentando prejudicá-los com suas induções nefas­tas. Outras buscavam as vítimas em potencial para alijá-las do equilí­brio, dando início a processos nefandos de obsessões demoradas. Muitas pessoas fantasiadas haviam obtido inspiração para as suas expressões grotescas em visitas a regiões inferiores do Além. Aliás, as incursões aos sítios de desespero e loucura são muito comuns aos homens que se vinculam aos ali residentes pelos fios invisíveis do pensamento, em razão das preferências que acolhem e dos prazeres que se facultam no mundo íntimo. A sucessão de cenas, deprimentes umas, selvagens outras, era constrangedora, o que mereceu de Dr. Bezerra o seguinte comentá­rio: "Grande, expressiva faixa da humanidade terrena transita entre os limites do instinto e os pródromos da razão, mais sequiosos de sen­sações do que ansiosos pelas emoções superiores. Natural que se permi­tam, nestes dias, os excessos que reprimem por todo o ano, sintoniza­dos com Entidades que lhes são afins. É de lamentar, porém, que mui­tos se apresentam, nos dias normais, como discípulos de Jesus, prefe­rindo, agora, Baco e os seus assessores de orgia ao Amigo Afetuoso..." O Mentor referiu, então, que as origens do Carnaval se encontram na bacanália, da Grécia, quando era homenageado o deus Dionísio. Mais tarde, essas festas apresentavam-se em Roma, como saturnália, quando se imolava uma vítima humana, adredemente escolhida. Depois, já  na Idade Média, aceitava-se a tese de que "Uma vez por ano é lícito en­louquecer", o que tomou corpo, modernamente, no Carnaval de nossos dias. "Há  estudiosos do comportamento e da psique – asseverou Dr. Be­zerra –, sinceramente convencidos da necessidade de descarregarem-se as tensões e recalques nesses dias em que a carne nada vale, cuja pri­meira sílaba de cada palavra compôs o verbete carnaval. Sem dúvida, porém, a festa é vestígio da barbárie e do primitivismo ainda reinan­tes, e que um dia desaparecerão da Terra, quando a alegria pura, a jo­vialidade, a satisfação, o júbilo real substituírem as paixões do pra­zer violento e o homem houver despertado para a beleza, a arte, sem agressão nem promiscuidade." (Cap. 6, pp. 51 a 53) 

29. No Carnaval, raros divertem-se - O Posto de Socorro Central lo­calizava-se em Praça arborizada, no coração da grande metrópole, com diversos subpostos espalhados em pontos diferentes, estrategicamente mais próximos dos lugares reservados aos grandes desfiles e às mais expressivas aglomerações de carnavalescos. A equipe espiritual fora cuidadosamente preparada e se estabelecera que o socorro somente seria concedido a quem o solicitasse, ampliando-o a todas as vítimas que pa­decessem ultrajes e agressões, violências e tragédias. "De nossa parte – informou Manoel P. de Miranda –, nenhuma insistência ou interfe­rência indébita deveria ser assumida." Perto do Posto Central a movi­mentação fazia-se maior. Benfeitores Espirituais atendiam pessoas en­carnadas que, em parcial desprendimento pelo sono, rogavam ajuda para seus familiares inexperientes arrojados à folia enlouquecedora, assim como aos que se preocupavam com a alucinação de pessoas queridas que se desvincularam dos compromissos assumidos a fim de mais se atirarem no dédalo das paixões. Eram atendidos também Espíritos que pretendiam volver à carne e pediam oportunidade, nos lances dos encontros irres­ponsáveis; desencarnados que rogavam apoio para pessoas amadas com problemas de saúde, e recém-desencarnados em pugnas decor­rentes da in­gestão de alcoólicos, de desvarios sexuais e das interfe­rências subju­gadoras de seres obsidentes... O local mais parecia uma praça de guer­ra, burlescamente apresentada, em que o ridículo e a dor se ajustavam em pantomina de aflição. Dr. Bezerra disse então ao seu amigo: "Não se creia que todos quantos desfilam nos carros do prazer, se encontrem em festa. Incontáveis têm a mente subjugada por problemas de que procuram fugir, usando o corredor enganoso que leva à loucura; diversos suici­dam-se, propositalmente, pensando escapar às frustrações que os ator­mentam em longo curso; numerosos anseiam por alianças de felicidade que os momentos de sonho parecem prometer, despertando, de­pois, cansa­dos e desiludidos..." "Raros divertem-se, descontraem-se sa­diamente, desde que os apelos fortes se dirigem à consunção de todas as reservas de dignidade e respeito nas fornalhas dos vícios e embria­guez dos sen­tidos." (Cap. 6, pp. 53 e 54) (Continua no próximo número.) 


 


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 Revista Semanal de Divulgação Espírita