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Crônicas e Artigos

Ano 6 - N° 280 - 30 de Setembro de 2012

ALTAMIRANDO CARNEIRO
alta_carneiro@uol.com.br
São Paulo, SP (Brasil)

 

Doação de órgãos e transplantes


A doação de órgãos está diretamente ligada aos transplantes, que, por sua vez, não é um assunto novo. Há registros de transplantes em todas as épocas.

Há mais de dois mil anos, na Índia, eram realizadas cirurgias para reparação de mutilações de nariz, orelhas e lábios. Em Alexandria, os cirurgiões tratavam de lesões da face e de outras partes do corpo, através de transplantes de pele.

No nosso tempo, em 3 de dezembro de 1967, o cirurgião sul-africano  Christian Neething Barnard realizou o primeiro transplante de coração na Cidade do Cabo, África do Sul. O paciente, Louis Washkansky, de 55 anos, teve uma sobrevida de 18 dias.

Christian Barnard, que realizou  outras operações e  foi obrigado a interromper a carreira devido a uma artrite reumatoide, nasceu em Beaufort West, em  8 de novembro de 1922 e desencarnou em Paphos, Chipre, em 2 de setembro de 2001.

Em 26 de maio de 1968, o médico cardiologista Eurycledes de  Jesus Zerbini  realizou o primeiro transplante de coração da América Latina e  sexto do mundo, no Centro Cirúrgico do Hospital das Clínicas, em São Paulo. O paciente,  lavrador João Ferreira da Cunha, o João Boiadeiro, teve uma sobrevida de 28 dias. Zerbini nasceu em Guaratinguetá (SP), em 10 de maio de 1912 e desencarnou na capital paulista, em 23 de outubro de 1993.

Ainda na África do Sul, em Clive, o coração de um homem negro foi transplantado num homem branco, o que motivou considerações como: “se o coração de um negro pode pulsar no peito de um branco, por que ambos não podem gozar dos mesmos direitos políticos e sociais?”.

O apartheid (separação) foi um regime de segregação racial adotado de 1948 a 1994 pelos sucessivos governos do Partido Nacional na África do Sul, onde os direitos da grande maioria dos habitantes foram cerceados pelo governo formado pela maioria branca.

A segregação racial na África do Sul teve início no período colonial e o apartheid foi introduzido como política oficial após as eleições gerais de 1948.

Reformas no regime durante a década de 1980 não conseguiram conter a crescente oposição, e, em 1990, o presidente Frederik Willen de Klerk iniciou negociações para acabar com o apartheid, que culminou com a realização de eleições multirraciais e democráticas em 1994, que foram vencidas pelo Congresso Nacional Africano, sob a liderança de Nelson Mandela.

Nelson Rolihlahla Mandela, nascido em Mvezo, em 18 de julho de 1918,  advogado, ex-líder rebelde e ex-presidente da África do Sul de 27 de abril de 1994 a 16 de junho de 1999, é considerado o mais importante líder da África Negra, ganhador do Prêmio Nobel da Paz de 1993,  Pai da Pátria da moderna nação sul-africana e um dos maiores líderes morais e políticos do nosso tempo.

Aumento da sobrevida – Com os estudos e pesquisas médicas  sobre o assunto, os transplantes posteriores aos que relatamos tiveram, consequentemente, uma maior sobrevida. O  paciente  do segundo transplante de coração realizado pelo cirurgião Christian Barnard, por exemplo, teve uma sobrevida de  594 dias.

Além dos trabalhos desenvolvidos pela  equipe médica encarnada, há  o trabalho de uma  equipe espiritual que atua sobre o perispírito, buscando aliviá-lo das impressões fluídicas existentes, possibilitando, assim, reduzir problemas de inadaptação do órgão a um novo corpo,  equilibrando as vibrações energéticas do doador e do receptor, que André Luiz, no livro Nos Domínios da Mediunidade (FEB),  psicografia de Francisco Cândido Xavier,  denomina de “vibrações compensadas”, assunto do primeiro capítulo: Estudando a Mediunidade.

No transplante, quando o órgão é retirado, leva com ele o conteúdo energético,  que, sendo estranho ao organismo transplantado, pode ser-lhe chocante. Não basta apenas a harmonia e semelhança do ponto de vista físico, mas também do ponto de vista espiritual. Quanto maior essa identidade, menor a chance de rejeição.

O Espírito do doador, dispondo-se sinceramente a colaborar, auxiliará em muito esse processo, especialmente se souber que a integridade do corpo espiritual depende da vida que se teve, homem de bem ou não, e não do tipo de morte ocorrida ou do que é feito com seu corpo após a morte.

A convicção espírita é de que ninguém desencarna antes do tempo previsto, a não ser no caso dos excessos, ocasionados, entre tantos males, pelos vícios: alcoolismo, fumo, tóxicos, drogas etc., que prejudicam as forças físicas do organismo, causando-lhe desequilíbrios que acabam abreviando a desencarnação, o que é considerado suicídio indireto, levando o Espírito a um sofrimento tão grande quanto tenha sido o abuso cometido.

Quando reencarna na Terra, o Espírito traz uma programação de vida, que pode ser bem cumprida ou não, dependendo do bom ou do mau uso que cada um fizer do seu livre-arbítrio. Deus não comete injustiças e tudo o que nos acontece está de acordo com o nosso procedimento, diante das suas leis.

Aprovação de Chico Xavier – Algumas pessoas e até alguns espíritas se recusam a autorizar em vida a doação de órgãos, alegando que Francisco Cândido Xavier não teria sido favorável à doação de órgãos, o que não é verdade.

Chico pediu que enterrassem o seu corpo e que não deixassem extrair nenhum de seus órgãos, por ter recebido várias propostas para que, quando desencarnasse, fosse doado o seu cérebro à Ciência, à Medicina, para estudos,  mas, a julgar pela descrença reinante nesses casos, quem garantiria a honestidade das conclusões a  que poderiam chegar os responsáveis pelos estudos?

No programa Pinga-Fogo, na extinta TV Tupi de São Paulo, em 1971,  Chico Xavier disse: “... André Luiz, que foi médico no plano físico, assevera que os transplantes devem merecer e continuar merecendo o máximo cuidado, a máxima atenção da Ciência, que nós não podemos esquecer que quando se verificou o transplante de córnea com absoluto sucesso pelo professor Piratoff em uma nação do norte da Europa, ele já havia experimentado muitas vezes, até que ele verificou que o transplante da córnea era possível conservando-se o tecido em câmara fria. O problema dos transplantes deve merecer o nosso respeito, e vamos pedir para que a nossa Ciência Médica continue para frente, conquanto não deva  desprezar os órgãos chamados plásticos, tanto quanto possível, na substituição de órgãos do veículo físico. Mas os transplantes merecem a nossa consideração, e devem prosseguir”.

Um ato de amor – A doação de órgãos não prejudica o corpo espiritual. No livro Quem tem Medo da Morte?, Richard Simonetti diz: “Não há, também, reflexos traumatizantes ou inibidores no corpo espiritual, em contrapartida à mutilação do corpo físico. O doador de olhos não retornará cego ao Além. Se assim fosse, que seria daqueles que têm o corpo consumido pelo fogo ou desintegrado numa explosão?”.

Não há, pois, com que se preocupar, pois a remoção de órgãos em nada afeta o corpo espiritual, sendo que, muitas vezes, até beneficia o Espírito doador, pela possibilidade que proporciona, recebendo a alegria e a gratidão do doador do órgão, o que serve, muitas vezes, como bálsamo e elemento de ajuda na reentrada ao Plano Espiritual.

A doação de órgãos é um ato de amor e de caridade para com o próximo.  É uma atitude louvável a possibilidade de, através da doação de partes de um corpo que nenhum uso mais terá para a pessoa desencarnada, permitir que alguém tenha aumentada a sua chance, sua vida, e quem sabe, encontrar a oportunidade de proceder a uma reforma nas suas atitudes, mudando e evoluindo para o bem.

A Medicina terrena – Sob a proteção de Deus, a Medicina progride na Terra, proporcionando  os recursos necessários para a cura dos males humanos. Este progresso acontece na medida do progresso moral e intelectual do homem.

 Antigamente, o homem  buscou a cura para a hanseníase, a tuberculose, a gripe espanhola etc., e descobriu pela pesquisa, pelo estudo, o remédio necessário para a cura de cada doença. Hoje, o homem busca o remédio necessário para a cura do câncer, do mal de Alzheimer, da AIDS etc., e há de encontrar, mediante o seu esforço.

As doenças desafiam a inteligência humana, mas à medida que o homem avançar nas suas pesquisas, nos seus estudos, e procurar colocar, lado a lado, o progresso material com o progresso moral,  ele descortinará novos horizontes, na escalada do seu Espírito.

Diz o item dois do capítulo 25 (Buscai e Achareis) de O Evangelho segundo o Espiritismo: ”...  Pelas suas pesquisas a inteligência se lhe engrandece, o moral se lhe depura. Às necessidades do corpo sucedem as  do Espírito; depois do alimento material, precisa ele do alimento espiritual. É assim que o homem passa da selvageria à civilização”.

A máxima: Buscai e achareis é semelhante à máxima: Ajuda-te  e o céu te ajudará, sendo elas o princípio da lei do trabalho e da lei do progresso, pois o progresso é filho do trabalho, uma vez que este põe em ação as forças da inteligência.



 


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O Consolador
 Revista Semanal de Divulgação Espírita