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Crônicas e Artigos

Ano 6 - N° 278 - 16 de Setembro de 2012

RICARDO ORESTES FORNI
iost@terra.com.br
Tupã, SP (Brasil)

 

O cérebro como intermediário

“Minha memória é aquilo com o que eu esqueço.” – criança anônima. (Livro Memórias e o Tempo – Hermínio C. Miranda.)


A revista VEJA, edição 2276 de 04/07/2012, página 89, traz uma reportagem sobre as atividades cerebrais e insere uma nota sobre o grande biólogo inglês, Francis Crick, gênio da dupla que formou com o americano James Watson, ambos eternizados pela descoberta da forma de hélice dupla da molécula da vida, o DNA. Essa descoberta – continua a reportagem – feita em 1953 valeu-lhes em 1962 o Prêmio Nobel de Medicina. Ainda caíam sobre ele os louros da glória por ter decifrado o processo pelo qual os seres vivos passam seu conteúdo genético para a geração seguinte, e Crick já tinha a sua mente poderosa focada no outro grande mistério da existência humana: a consciência. Com o DNA, Crick revelou como reproduz suas características um ser humano. Estudando a consciência, ele se propôs a descobrir que processos cerebrais permitem ao ser humano saber que é humano. Ao morrer, em 2004, Crick não havia conseguido obter para o problema da consciência uma solução tão simples e clara quanto a do DNA. Mas, na tentativa de fazê-lo, fundou uma ciência nova, a neurociência molecular. Dez anos antes, Crick proclamara: “Você, suas alegrias e tristezas, sua memórias e ambições, sua noção de identidade e seu livre-arbítrio nada mais são do que a interação de um vasto conjunto de células nervosas...”.

O eminente cientista, por mais que vivesse, a continuar nessa linha de raciocínio, jamais sairia da ponta do iceberg da realidade do que realmente somos, enquanto o ser pleno, tetradimensional, o Espírito, for deixado à margem no encontro de respostas.

Valendo-nos dos ensinamentos de Hermínio C. Miranda em seu livro A Memória e o Tempo, façamos algumas considerações trazidas ao nosso conhecimento nessa importantíssima obra desse profundo investigador do psiquismo humano. Segundo ensinava Sócrates, de acordo com Platão, aprender é recordar! Se recordamos é porque já vimos antes, óbvio. Como ter visto antes se não considerarmos a hipótese da reencarnação? Segundo nos ensina o livro citado, Sócrates, quando indagado o que significava recordar, o Pai da Filosofia chamou um jovem e inculto escravo (naquela existência) e levou-o habilmente, sem nunca ter estudado geometria naquela vida, a encontrar a solução de um problema que o rapaz não seria capaz de resolver com os conhecimentos que tinha na existência de então. Como isso poderia ter ocorrido a não ser com conhecimentos adquiridos em uma outra vida? Afirma o filósofo: Sendo a alma imortal e tendo nascido muitas vezes e tendo visto tudo quanto existe..., conhece tudo; não é admiração alguma que ele tenha condições de trazer de volta à lembrança tudo quanto já soube acerca da virtude e de tudo. Toda a natureza é solidária e a alma que tudo aprendeu não encontra dificuldade em ir buscar, ou como dizem os homens, em aprender, a partir de uma simples lembrança tudo o que restar, se o homem se esforça o bastante e não desanima, dado que toda perquirição e todo o aprendizado não são mais do que recordação.

Agora passamos a palavra a Hermínio C. Miranda: “Se a memória de uma existência vivida há um século ou há quarenta séculos pode ser consultada com relativa facilidade mediante técnica própria, quando todos os corpos intermediários já se acham totalmente destruídos, obviamente é porque ela independe das estruturas físicas, ainda que durante a encarnação os dispositivos biológicos sejam utilizados operacionalmente.

Sabemos, no entanto, que há um corpo sutil que serve de molde na formação do corpo físico e que o abandona quando este entra em colapso orgânico. Esse corpo mais energético do que material, contém não apenas as matrizes para formação da aparelhagem orgânica em cada existência, como também “espaço mental” para guarda de todo o acervo de percepções, desde que a consciência começou a formar-se nas remotas profundezas do tempo, nos primeiros degraus da escalada evolutiva do ser”.

Por esse pouco possível de ser colocado nesse artigo, vemos que tudo aquilo que o eminente cientista quer atribuir ao cérebro físico, transcende ampla e profundamente os limites exíguos da aparelhagem material o cérebro de que dispomos em cada existência. Sequer imaginar poderia o cientista que o comando da dupla hélice de DNA que o imortalizou, responde a uma orientação além da matéria através do Modelo Organizador Biológico. Como são belos os ensinamentos da Doutrina dos Espíritos! E quando o preconceito humano baixar a guarda diante de provas incontestáveis que a própria ciência obterá, o elo perdido dos conhecimentos humanos deixará de existir, quando então estaremos a dar um grande passo para compreendermos o ser integral que somos sem os retalhos de uma única existência sobre a face de algum planeta.


 


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 Revista Semanal de Divulgação Espírita