WEB

BUSCA NO SITE

Edição Atual Edições Anteriores Adicione aos Favoritos Defina como página inicial

Indique para um amigo


O Evangelho com
busca aleatória

Capa desta edição
Biblioteca Virtual
 
Biografias
 
Filmes
Livros Espíritas em Português Libros Espíritas en Español  Spiritist Books in English    
Mensagens na voz
de Chico Xavier
Programação da
TV Espírita on-line
Rádio Espírita
On-line
Jornal
O Imortal
Estudos
Espíritas
Vocabulário
Espírita
Efemérides
do Espiritismo
Esperanto
sem mestre
Divaldo Franco
Site oficial
Raul Teixeira
Site oficial
Conselho
Espírita
Internacional
Federação
Espírita
Brasileira
Federação
Espírita
do Paraná
Associação de
Magistrados
Espíritas
Associação
Médico-Espírita
do Brasil
Associação de
Psicólogos
Espíritas
Cruzada dos
Militares
Espíritas
Outros
Links de sites
Espíritas
Esclareça
suas dúvidas
Quem somos
Fale Conosco

O Espiritismo responde
Ano 6 - N° 278 - 16 de Setembro de 2012
ASTOLFO O. DE OLIVEIRA FILHO
aoofilho@oconsolador.com.br
Londrina, Paraná (Brasil)
BLOG
ESPIRITISMO SÉCULO XXI


 
O leitor Adelpho Barros, do Rio de Janeiro-RJ, pergunta-nos que orientação encontramos no Espiritismo a respeito desta questão: Como dominar o instinto sexual?

Não existe na obra kardequiana, salvo engano, nenhuma informação relacionada com a questão apresentada, mas alguns autores encarnados e desencarnados já trataram desse tema em inúmeras oportunidades.

Lembremos inicialmente o que André Luiz escreveu no cap. 18 da primeira parte de seu livro Evolução em Dois Mundos, obra psicografada por Waldo Vieira e Francisco Cândido Xavier.

Resumidamente, diz André Luiz que longo tempo foi gasto na evolução do instinto sexual em vários tipos de animais inferiores, alternando-se-lhe os estágios de hermafroditismo com os de unissexualidade para que se lhe aperfeiçoassem as características na direção dos vertebrados.

Atingindo inequívoco progresso em seus estímulos, o corpo espiritual, desde a protoforma psicossômica nos animais superiores até o homem, conforme a posição da mente a que serve, passou a determinar mais ampla riqueza hormonal. As glândulas sexuais que então passa a mobilizar são mais complexas.  Exercem a própria ação pelos hormônios que segregam, arrojando-os no sangue, hormônios esses, femininos ou masculinos, que possuem por arcabouço da constituição química, em que se expressam, o núcleo ciclo-pentano-peridrofenantreno, filiando-se ao grupo dos esteróis. Os hormônios estrogênicos, oriundos do ovário, mantêm os caracteres femininos secundários, e os androgênicos, segregados pelo testículo, sustentam os caracteres masculinos da mesma ordem. Produzem ações estimulantes e inibitórias; no entanto, como atendem necessariamente a impulsos e determinações da mente, por intermédio do corpo espiritual, incentivam o desenvolvimento ou a maneira de proceder da espécie, mas não os originam, porquanto a alma guarda a sua individualidade sexual intrínseca, a definir-se na feminilidade ou na masculinidade, conforme os característicos acentuadamente passivos ou claramente ativos que lhe sejam próprios.

A sede real do sexo não se acha, dessa maneira, no veículo físico, mas na entidade espiritual, em sua estrutura complexa. E o instinto sexual, por isso mesmo, traduzindo amor em expansão no tempo, vem das profundezas ainda inabordáveis da vida, quando agrupamentos de mônadas celestes se reuniram magneticamente umas às outras para a obra multimilenária da evolução. Por ele, as criaturas transitam de caminho a caminho, nos domínios da experimentação multifária, adquirindo as qualidades de que necessitam; com ele, vestem-se da forma física, em condições anômalas, atendendo a sentenças regeneradoras na lei de causa e efeito ou cumprindo instruções especiais com fins de trabalho justo.

O sexo é, portanto, mental em seus impulsos e manifestações, transcendendo quaisquer impositivos da forma em que se exprime, não obstante reconhecermos que a maioria das consciências encarnadas permanecem seguramente ajustadas à sinergia mente-corpo, em marcha para mais vasta complexidade de conhecimento e emoção.

Importa, porém, reconhecer que, à medida que se nos dilata o afastamento da animalidade quase absoluta, para a integração com a Humanidade, o amor assume dimensões mais elevadas, tanto para os que se verticalizam na virtude como para os que se horizontalizam na inteligência. Nos primeiros, cujos sentimentos se alteiam para as Esferas Superiores, o amor se ilumina e purifica, mas ainda é instinto sexual nos mais nobres aspectos, imanizando-se às forças com que se afina em radiante ascensão para Deus.

Nos segundos, cujas emoções se complicam, o amor se requinta, transubstanciando-se o instinto sexual em constante exigência de satisfação imoderada do “eu”.

De conformidade com a Psicanálise, que vê na atividade sexual a procura incessante de prazer, concordamos em que uns, na própria sublimação, demandam o prazer da Criação, identificando-se com a origem Divina do Universo, enquanto que outros se fixam no encalço do prazer desenfreado e egoístico da autoadoração. Os primeiros aprendem a amar com Deus. Os segundos aspiram a ser amados a qualquer preço.

A energia natural do sexo, inerente à própria vida em si, gera cargas magnéticas em todos os seres, pela função criadora de que se reveste, cargas que se caracterizam com potenciais nítidos de atração no sistema psíquico de cada um e que, em se acumulando,  invadem todos os campos sensíveis da alma, como que a lhe obliterar os mecanismos outros de ação, qual se estivéssemos diante de usina reclamando controle adequado.

Ao nível dos brutos ou daqueles que lhes renteiam a condição, a descarga de semelhante energia se efetua, indiscriminadamente, através de contatos, quase sempre desregrados e infelizes, que lhes carreiam, em consequência, a exaustão e o sofrimento como processos educativos.

Outro autor que escreveu sobre assunto uma obra notável – Vida e Sexo – é Emmanuel, que, no cap. 24 desse livro, tratando do tema carga erótica, diz que, no tocante à questão sexual, dois sistemas se defrontam: o dos ascetas, que tem por base o aniquilamento do corpo, e o dos materialistas, que se baseia no rebaixamento da alma. Duas violências quase tão insensatas uma quanto a outra. Ao lado desses dois grandes partidos, formiga a numerosa tribo dos indiferentes que, sem convicção e sem paixão, são mornos no amar e econômicos no gozar.

Onde, então, a sabedoria? Onde, então, a ciência de viver? Em parte alguma; e o grande problema ficaria sem solução, se o Espiritismo não viesse em auxílio dos pesquisadores, demonstrando-lhes as relações que existem entre o corpo e a alma e dizendo-lhes que, por serem necessários uma ao outro, importa cuidar de ambos. Amemos, pois, a nossa alma, porém, cuidemos igualmente do nosso corpo, instrumento daquela. Desatender às necessidades que a própria Natureza indica é desatender a lei de Deus.

O instinto sexual, exprimindo amor em expansão incessante, nasce nas profundezas da vida, orientando os processos da evolução. Toda criatura consciente traz consigo, devidamente estratificada, a herança incomensurável das experiências sexuais, vividas nos reinos inferiores da Natureza. De existência a existência, de lição em lição e de passo em passo, por séculos de séculos, na esfera animal, a individualidade, erguida à razão, surpreende em si mesma todo um mundo de impulsos genésicos por educar e ajustar às leis superiores que governam a vida.

A princípio, exposto aos lances adversos das aventuras poligâmicas, o homem avança, de ensinamento a ensinamento, para a sua própria instalação na monogamia, reconhecendo a necessidade de segurança e equilíbrio, em matéria de amor; no entanto, ainda aí, é impelido naturalmente a carregar o fardo dos estímulos sexuais, muita vez destrambelhados, que lhe enxameiam no sentimento, reclamando educação e sublimação. Depreende-se disso que toda criatura na Terra transporta em si mesma determinada taxa de carga erótica, de que, em verdade, não se libertará unicamente ao preço de palavras e votos brilhantes, mas à custa de experiência e trabalho, uma vez que instintos e paixões são energias e estados inerentes à alma de cada um, que as leis da Criação não destroem e sim auxiliam cada pessoa a transformar e elevar, no rumo da perfeição.

Toda criatura humana carreia consigo determinada carga de impulsos eróticos, que a própria criatura aprende, gradativamente, a orientar para o bem e a valorizar para a vida.

Diante do sexo, não nos achamos, de nenhum modo, à frente de um despenhadeiro para as trevas, mas perante a fonte viva das energias em que a Sabedoria do Universo situou o laboratório das formas físicas e a usina dos estímulos espirituais mais intensos para a execução das tarefas que esposamos, em regime de colaboração mútua, visando ao rendimento do progresso e do aperfeiçoamento entre os homens.

Cada homem e cada mulher que ainda não se angelizou ou que não se encontre em processo de bloqueio das possibilidades criativas, no corpo ou na alma, traz, evidentemente, maior ou menor percentagem de anseios sexuais, a se expressarem por sede de apoio afetivo, e é claramente, nas lavras da experiência, errando e acertando e tornando a errar para acertar com mais segurança, que cada um de nós conseguirá sublimar os sentimentos que nos são próprios, de modo a erguer-nos em definitivo para a conquista da felicidade celeste e do Amor Universal. 

Depois de ler os textos ora apresentados, fica mais fácil entender o que nosso confrade Altamirando Carneiro escreveu no artigo “A educação sexual na era moderna”, publicado na edição 275 desta revista, no qual diz ele:

“A educação sexual não consiste em combater e reprimir um instinto natural, erroneamente classificado como vergonhoso e diabólico. Consiste, isto sim, em proporcionar aos filhos a evolução, amparando-os e guiando-os nas diversas fases de seu desenvolvimento, para que atinjam a maturidade de maneira sadia, sem o perigo da libertinagem. Infelizmente, certos pais, julgando-se ‘pra frente’, dão informações sobre o sexo aos seus filhos não adequadas ao grau de maturidade dos mesmos. Lembre-se de que dissemos que as informações devem ser proporcionais ao grau de desenvolvimento da criança, favorecendo-lhe, inclusive, a leitura de toda a sorte de publicações a respeito. O mais importante em educação sexual, no entanto, não é informar, mas FORMAR. A informação é necessária porque previne os riscos da ignorância. Assim, em matéria de sexo, é preferível que se dê uma informação correta, porque previne os riscos da ignorância. A formação, porém, é de maior relevância, ante toda a problemática do sexo nos dias atuais. Rodolfo Calligaris usa um termo bem apropriado para designar toda essa problemática de hoje, no que diz respeito às questões sexuais: o barateamento do sexo, com que se defrontam os jovens de hoje”.

(Eis o link que remete ao artigo citado:
http://www.oconsolador.com.br/ano6/275/altamirando_carneiro.html.)

 


 


 
Para esclarecer suas dúvidas, preencha e envie o formulário abaixo.
Sua pergunta será respondida em uma de nossas futuras edições.
 

  Simulador de configuracoes FORMMAIL

Nome:
E-mail:
Cidade e Estado:
Pergunta:
 


 



 

 

Voltar à página anterior


O Consolador
 Revista Semanal de Divulgação Espírita