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Estudando a série André Luiz
Ano 6 - N° 278 - 16 de Setembro de 2012

MARCELO BORELA DE OLIVEIRA
mbo_imortal@yahoo.com.br
Londrina, Paraná (Brasil)
 

Evolução em Dois Mundos

André Luiz

(Parte 42)

Damos continuidade ao estudo da obra Evolução em Dois Mundos, de André Luiz, psicografada pelos médiuns Waldo Vieira e Francisco Cândido Xavier e publicada em 1959 pela Federação Espírita Brasileira.

Antes de ler as questões e o texto indicado para leitura, sugerimos ao leitor que veja, primeiro, as notas constantes do glossário pertinente ao estudo desta semana.

Questões preliminares 

A. Como se iniciou a diferenciação dos sexos?

Segundo André Luiz, os princípios espirituais, nos primórdios da organização planetária, traziam, na constituição que lhes era própria, a condição que poderemos nomear por teor de força, expressando qualidades predominantes ativas ou passivas. Como a evolução é sempre sustentada pelas Inteligências Superiores, em movimentação ascendente, desde as primeiras horas da reprodução sexuada começou, sob a direção delas, a formação dos órgãos masculinos e femininos que culminaram morfologicamente nas províncias genésicas do homem e da mulher da atualidade. (Evolução em dois Mundos, 2a Parte, cap. XII, pp. 193 e 194.)

B. Como entender a gestação frustrada quando não existe Espírito ligado ao feto?

Em todos os casos em que há formação fetal sem que haja a presença de entidade reencarnante, o fenômeno obedece aos moldes mentais maternos. Dentre as ocorrências dessa espécie há, por exemplo, aquelas em que a mulher, em provação de reajuste do centro genésico, nutre habitualmente o vivo desejo de ser mãe, impregnando as células reprodutivas com elevada percentagem de atração magnética, pela qual consegue formar, com o auxílio da célula espermática, um embrião frustrado que se desenvolve, embora inutilmente, na medida da intensidade do pensamento maternal, que opera através de impactos sucessivos condicionando as células do aparelho reprodutor, que lhe respondem aos apelos segundo os princípios de automatismo e reflexão. (Evolução em dois Mundos, 2a Parte, cap. XIII, pág. 195.)

C. São graves as consequências de um aborto criminoso?

Sim. A mulher e o homem acumpliciados na prática do aborto delituoso, principalmente a mulher, cujo grau de responsabilidade nas faltas dessa natureza é muito maior, desajustam as energias psicossomáticas, com mais penetrante desequilíbrio do centro genésico, implantando nos tecidos da própria alma a sementeira de males que frutescerão mais tarde, em regime de produção a tempo certo. Isso ocorre não apenas porque o remorso se lhes entranhe no ser, mas também porque assimilam, inevitavelmente, as vibrações de angústia e desespero e, por vezes, de revolta e vingança dos Espíritos que foram rejeitados. (Evolução em dois Mundos, 2a  Parte, cap. XIV, pp. 196 a 198.)

Texto para leitura 

165. Conduta afetiva - Quanto mais elevado o grau de aprimoramento da alma, mais reclamará espontaneamente de si própria a necessária disciplina das energias do mundo afetivo, somente despendendo-as no circuito de forças em que se completa com a alma a que se encontra consorciada, ou, então, em serviço nobre, através do qual opere a evasão das cargas magnéticas de seus impulsos genésicos, transferindo-as para o trabalho em que se lhe projetam a sensibilidade e a inteligência. Isso acontece no plano físico, entre aqueles cujo sistema psíquico já se distanciou suficientemente das emoções vulgares, ajustando-se em complementação fluídica ideal as almas irmãs que se matrimoniam. Interrompida a aliança física na esfera carnal, por interferência da morte, o homem ou a mulher, consagrados à sublimação íntima, se associam, quase sempre, à companheira ou ao companheiro levados à viuvez, em construtivas simbioses de ação, seja no amparo aos filhos, ainda necessitados de assistência, ou na extensão de obras edificantes, porquanto os Espíritos que verdadeiramente se amam desconhecem o que seja abandono ou esquecimento. Atentos ao mesmo princípio de aprimoramento, aqueles que se ajustam em matrimônio superior, no Plano Espiritual, permutam as próprias forças em constante circuito energético, pelo qual atendem a vastíssimas obras de benemerência, na criação mental de valores necessários ao progresso comum, dentro da euforia permanente que o amor sublime lhes confere. E, em lhes faltando a companhia, por intermédio da qual se integram nos mais altos ideais de burilamento e beleza, mobilizam as próprias cargas magnéticas criadoras em serviço à coletividade, com o que se elevam mais intensamente na escala da sublimação moral, ou, então, buscam – o que é mais frequente – olvidar as próprias possibilidades de maior ascensão, solicitando posições apagadas e humildes ao pé daqueles a quem se devotam, a fim de ajudá-los na execução das tarefas que lhes foram assinaladas ou no pagamento das dívidas com que ainda se oneram perante a Lei. (Evolução em dois Mundos, 2a Parte, cap. XI, pp. 191 e 192.) 

166. Diferenciação dos sexos - Como se iniciou a diferenciação dos sexos? André Luiz responde: “Os princípios espirituais, nos primórdios da organização planetária, traziam, na constituição que lhes era própria, a condição que poderemos nomear por teor de força, expressando qualidades predominantes ativas ou passivas. E entendendo-se que a evolução é sempre sustentada pelas Inteligências Superiores, em movimentação ascendente, desde as primeiras horas da reprodução sexuada começou, sob a direção delas, a formação dos órgãos masculinos e femininos que culminaram morfologicamente nas províncias genésicas do homem e da mulher da atualidade”. Diz André que não podemos esquecer que o trabalho evolutivo no aperfeiçoamento fisiológico das criaturas terrestres ainda não foi terminado, prosseguindo, como é natural, no espaço e no tempo. A perda dos característicos sexuais ocorrerá, espontaneamente, quando as almas humanas tiverem assimilado todas as experiências necessárias à própria sublimação, rumando, após milênios de burilamento, para a situação angélica, em que o indivíduo deterá todas as qualidades nobres inerentes à masculinidade e à feminilidade, refletindo em si, nos degraus avançados da perfeição, a glória divina do Criador. André acrescenta, ainda, que não lhe é possível, no momento, formular qualquer pensamento concreto acerca da natureza e dos atributos dos Anjos, nem ajuizar quanto ao sistema de relações que eles cultivam entre si. (Evolução em dois Mundos, 2a Parte, cap. XII, pp. 193 e 194.) 

167. Gestação frustrada - Como compreendermos os casos de gestação frustrada quando não existe Espírito reencarnante para arquitetar as formas do feto? Em todos os casos em que há formação fetal, sem que haja a presença de entidade reencarnante, o fenômeno obedece aos moldes mentais maternos. (N.R.: Veja a respeito do assunto a pergunta 136  d’ O Livro dos Espíritos.) Dentre as ocorrências dessa espécie há, por exemplo, aquelas em que a mulher, em provação de reajuste do centro genésico, nutre habitualmente o vivo desejo de ser mãe, impregnando as células reprodutivas com elevada percentagem de atração magnética, pela qual consegue formar, com o auxílio da célula espermática, um embrião frustrado que se desenvolve, embora inutilmente, na medida da intensidade do pensamento maternal, que opera através de impactos sucessivos condicionando as células do aparelho reprodutor, que lhe respondem aos apelos segundo os princípios de automatismo e reflexão. Em contrário há, por exemplo, casos em que a mulher, por recusa deliberada à gravidez de que se acha possuída, expulsa a entidade reencarnante nas primeiras semanas de gestação, desarticulando os processos celulares da constituição fetal e adquirindo, por semelhante atitude, constrangedora dívida ante o Destino. (Evolução em dois Mundos, 2a Parte, cap. XIII, pág. 195.) 

168. Aborto criminoso - Considerando o Universo em sua totalidade como o Reino Divino, vamos encontrar o Bem do Criador para todas as criaturas, como Lei Básica, cujas transgressões deliberadas são corrigidas no próprio infrator, com o objetivo natural de conseguir-se, em cada círculo de trabalho, o máximo de equilíbrio com o respeito máximo aos direitos alheios, dentro da mínima quota de pena. Toda reparação, perante a Lei Básica referida, se realiza em termos de vida eterna e não segundo a vida fragmentária que conhecemos na encarnação humana, porquanto uma existência pode estar repleta de acertos e desacertos, méritos e deméritos, e a Misericórdia do Senhor preceitua, não que o delinquente seja flagelado, com extensão indiscriminada de dor expiatória, mas sim que o mal seja suprimido de suas vítimas, com a possível redução do sofrimento. Segundo o princípio universal do Direito Cósmico, expresso no ensinamento de Jesus, que manda conferir “a cada um de acordo com as próprias obras”, arquivamos em nós as raízes do mal que acalentamos, para extirpá-las à custa do esforço próprio, em companhia daqueles que se nos afinem à faixa de culpa, com os quais, perante a Justiça Eterna, nossos débitos jazem associados. Dessa maneira, certa romagem terrestre, entremeada de créditos e dívidas, pode terminar com aparências de regularidade irrepreensível para a alma que desencarna, sob o apreço dos que lhe comungam a experiência, seguindo-se outra em que essa mesma pessoa assume a empreitada do resgate próprio, suportando nos ombros as consequências das culpas contraídas diante de Deus e de si mesma, a fim de reabilitar-se ante a Harmonia Divina, caminhando transitoriamente ao lado de Espíritos incursos em regeneração da mesma espécie. É assim que a mulher e o homem acumpliciados na prática do aborto delituoso, principalmente a mulher, cujo grau de responsabilidade nas faltas dessa natureza é muito maior, desajustam as energias psicossomáticas, com mais penetrante desequilíbrio do centro genésico, implantando nos tecidos da própria alma a sementeira de males que frutescerão mais tarde, em regime de produção a tempo certo. Isso ocorre não apenas porque o remorso se lhes entranhe no ser, mas também porque assimilam, inevitavelmente, as vibrações de angústia e desespero e, por vezes, de revolta e vingança dos Espíritos que foram rejeitados. No homem, o resultado dessas ações aparece, quase sempre, na existência seguinte, na forma de moléstias testiculares, disendocrinias diversas, distúrbios mentais, com evidente obsessão por parte de forças invisíveis emanadas de entidades retardatárias incapazes ainda de perdoar. Nas mulheres, as consequências são ainda mais graves. O aborto injustificado revela-se, matematicamente, seguido por choques traumáticos no corpo espiritual, tantas vezes quantas se repetir o delito de lesa-maternidade, mergulhando as mulheres que o perpetram em angústias indefiníveis, além da morte. (Evolução em dois Mundos, 2a  Parte, cap. XIV, pp. 196 a 198.) 

 

Glossário: 

Automatismo Celular: a capacidade que as células têm de cumprir, por si mesmas, suas funções no conjunto orgânico.

Célula Espermática: a célula reprodutora masculina, o espermatozoide.

Célula Reprodutiva Feminina: a célula feminina, o óvulo.

Célula: a menor unidade de função e organização, nos seres vivos, que apresenta todas as características de vida.

Centro Genésico: centro de força vital, no perispírito, relacionado com os plexos hipogástrico e sacral, no corpo físico, responsável pelo funcionamento dos órgãos de reprodução e das emoções sexuais.

Circuito: cadeia de sustentação da ocorrência sucessiva de fenômenos.

Complementação Fluídica: intercâmbio fluídico entre duas almas afins que, por influência recíproca, se suprem de fluidos.

Corpo Espiritual: o perispírito, psicossoma.

Disendocrinia: perturbação das funções endócrinas, isto é, no funcionamento das glândulas de secreção interna.

Disfunção: função que se efetua de maneira anômala.

Embrião: denominação geralmente dada ao produto da concepção (geração) até o terceiro mês de gestação.

Feto: denominação geralmente dada ao embrião depois que este adquire o aspecto semelhante ao do adulto de sua espécie.

Fisiológico: relativo ao corpo, levando-se em conta as funções orgânicas.

Genésico: relativo ao órgão de reprodução sexual; relativo ao impulso sexual.

Gestação: desenvolvimento do embrião no útero materno desde a sua concepção (geração) até o momento do nascimento.

Hormonal: referente ao hormônio, substância produzida pela atividade das glândulas de secreção interna (endócrinas), ou pela atividade de tecidos de secreção interna, é lançado, em parte, nos tecidos, atuando sobre as funções orgânicas como excitante ou como regularizador.

Morfologicamente: relativo à condição morfológica de algo, ou seja, sua forma, conformação.

Nidação: fixação do óvulo fecundado na mucosa uterina (endométrio).

no hipocôndrio esquerdo (parte lateral do abdome), que armazena excesso de glóbulos vermelhos, desintegra glóbulos vermelhos velhos e libera hemoglobina (substância que leva oxigênio aos tecidos, trazendo deles o gás carbônico).

Parturição: parto natural, ato de dar à luz o feto.

Placenta: estrutura formada pelas células do embrião e da mucosa uterina (endométrio), ao completar-se a implantação do embrião no útero durante a gestação. É através da placenta que o embrião assegura sua vida no útero, retirando nutrientes do organismo materno e devolvendo produtos excretórios, que são eliminados pelos rins e pulmões da mãe. A comunicação biológica entre mãe e feto processa-se através do cordão umbilical.

Plasmático: referente ao psicossoma (corpo espiritual ou perispírito).

Recôndito: oculto, escondido, que se localiza no íntimo ou imo, no âmago.

Reflexão: ato de refletir a ação de um impulso recebido.

Sexuado: referente ao processo de reprodução mediante o uso dos órgãos sexuais, ou com o concurso de células sexuais diferenciadas.

Simbiose: associação de dois seres de espécie distinta, com influência de um sobre o outro, ou de ambos entre si, podendo, essas relações, ser úteis ou prejudiciais às duas partes, favoráveis ou nocivas para uma delas apenas.

Vibração: movimento oscilatório cuja propagação se faz sentir sob a forma de uma energia. 

 

Nota:

Muitos termos técnicos usados na obra em estudo não se encontram nos dicionários que comumente consultamos. Clicando no link abaixo, o leitor terá acesso ao texto integral do livro Elucidário de Evolução em Dois Mundos, elaborado e publicado com esse propósito:
http://www.OCONSOLADOR\linkfixo\estudosespiritas\andreluiz\Elucidario.pdf



 


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