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Crônicas e Artigos

Ano 6 - N° 277 - 9 de Setembro de 2012

MARCELO HENRIQUE PEREIRA
cellosc@floripa.com.br

Tijucas, SC (Brasil)

Ser criança


Quão criança você é, ainda, às vezes? Quanto se permite fazê-lo? Descobre-se, encanta-se, sonha e vive? Por que não? Envolto em tantas preocupações e responsabilidades, sitiados ante os deveres do dia-a-dia, angustiados por atender os compromissos inadiáveis, nem sempre temos tempo e chance de sermos crianças...

Criança é quem ri de si mesmo, quando percebe que não sabe fazer ou comete pequenos equívocos. Cantarola sua canção preferida, na rua, no ponto de ônibus, ou, até mesmo, mais reservadamente, no chuveiro, mesmo sabendo que alguém pode ouvir...

Que senta no chão com seu filho, e age como um menino que se deslumbra com um brinquedo novo, sem pressa, parecendo que aquele instante não irá acabar...

Que se apaixona por seus sonhos, tal qual fez um dia, tendo como fonte de desejo a professora ou a prima mais velha, que nem se davam conta que você existia. Porque, o importante, naqueles tempos, era ficar perto dela um pouco, tal qual fazemos, hoje, em relação ao que gostaríamos fosse verdade.

Que se imagina capaz de resolver os problemas cotidianos, aqueles que ficam em nossa mente até a hora de dormir, do mesmo modo que nos víamos como super-heróis, mocinhos ou bandidos, indestrutíveis e poderosos, nas brincadeiras e fantasias.

Que, hoje, toma banho de chuva, por descuido, em razão de ter esquecido o guarda-chuva, mas não se zanga, por lembrar que, na infância, mesmo com a bronca dos pais, dava um jeitinho de tomar chuva pra se refrescar...

Que procura amigos sinceros entre os circunstantes, e, às vezes, só tem colegas ou conhecidos, porque se descobre fechado em si mesmo, com medo de tudo e de todos, quando, em tempos infantis, era tão fácil fazer (e manter) amigos...

Que precisa de proteção, de segurança, mas age timidamente, com medo da reação dos outros, que o esperam e consideram forte e capaz, quando a vontade era ter, de novo, o colo e o ombro de pai e mãe para consolá-lo...

Que acorda tarde, perde a hora, e se enfurece ao não poder atender o compromisso, mas logo esquece, pois sabe que haverá outras manhãs, e outras chances, tal qual no tempo em que descobria que a derrota no futebol ou a nota baixa seriam recuperadas, logo à frente.

Ou que sente a presença dos bons amigos espirituais, nas horas de desespero ou necessidade, do mesmo modo em que conversava com seres imateriais, que lhe pareciam reais, embora ninguém – além de você – os visse.

Continuamos sendo crianças, em Espírito, porque ainda tão pouco sabemos das verdadeiras Leis da Vida, o que não nos impede, todavia, de caminhar e experimentar. E, a cada descoberta ou ventura, tal qual a criança que se maravilhava com o desconhecido e o sobrenatural – porque tudo, naquele tempo, era superior à sua natureza infante –, nos sentimos, hoje, bem e satisfeitos, somente por viver, o que já nos basta. Deixamos, então, de ser pessimistas ou excessivamente cautelosos.

A vida, assim, volta a ter tons multicores, sons harmoniosos e traços mágicos.

Deixemos, então, que nosso lado criança fale por si mesmo...



 


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O Consolador
 Revista Semanal de Divulgação Espírita