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Crônicas e Artigos

Ano 6 - N° 277 - 9 de Setembro de 2012

JOSÉ REIS CHAVES
jreischaves@gmail.com
Belo Horizonte, MG (Brasil)

 

A fé verdadeira a alma consola, a falsa crença a transtorna


A religião não é para beneficiar a Deus, mas a nós mesmos e ao nosso semelhante. “Vigiai e orai” (Mateus 26: 41). Assim os nossos louvores a Deus não O fazem melhor ou mais feliz, pois Ele é imutável. Também os pecados não são males para Deus. Aliás, se os pecados fossem, como se diz, uma dor de cabeça para Deus, Ele seria o ser mais infeliz e mais desgraçado do Universo!

Para certas pessoas, tudo é pecado, o que é uma espécie de superstição ao contrário. Para elas, o carnaval é pecado.

Quando eu era criança, em Lafaiete (MG), os padres faziam do carnaval um pecado monstruoso. Eles exigiam dos fiéis adorações ao Santíssimo Sacramento, de manhã à noite, durante o carnaval, em desagravo a Deus, que estaria sofrendo muito nesse período. Ficava no ar a sensação de que Deus corria o grande perigo de cair de seu trono, se não houvesse tais adorações a Ele! Hoje, eu creio que a grande ojeriza dos padres contra o carnaval se devia a um fator egoístico inconsciente deles. Como eles não podiam brincar no carnaval, eles não queriam que ninguém brincasse também, com o pretexto de que tudo era pecado, tudo era do diabo! Por isso, para muita gente, inclusive para mim, o carnaval até virou um trauma! As pessoas orientadas pelos padres confundiam alegria com pecado, e tristeza com virtude. No entanto, dom Hélder, um arcebispo muito à frente de seu tempo, já dizia que o carnaval era a alegria do povo. E o apóstolo Paulo, engrandecendo os coríntios, afirmou que eles, mesmo quando entristecidos, estavam sempre alegres. (2 Coríntios 6:10.) E ele ensina que devemos alegrar-nos com os que se alegram, e chorar com os que choram. (Romanos 12:15.)   

Mas não condeno ninguém, apenas estranho que, ainda hoje, existam pessoas religiosas fundamentalistas com uma mentalidade semelhante à daquela época.

E se erros religiosos foram criados em minha geração, que diríamos, então, dos ocorridos nos longínquos tempos do Cristianismo? É por isso que defendo uma reforma racional das doutrinas cristãs semelhante à de Kardec, o codificador da doutrina espírita.

Não sou contra nenhuma igreja cristã. Apenas demonstro que, para que o Cristianismo continue indo em frente, levando a verdadeira mensagem do Nazareno para todos os povos, urge que venha essa reforma, que, inclusive, dará um chega pra lá no ateísmo. Sei que muitos padres, pastores e bispos gostariam de dizer de público o que digo, mesmo não concordando totalmente com as minhas ideias, mas eles não o podem fazer como alguns me falam, reservadamente, pois têm que obedecer à sua hierarquia religiosa.

Uma fé verdadeira, raciocinada e sem mistério, é sempre salutar para nós. Mas, mesmo com seus erros, são imensuráveis os benefícios que toda religião presta à humanidade. Porém, é imprescindível que as religiões se adaptem às novas verdades que vão surgindo, à proporção que a evolução da mentalidade cultural dos povos vai acontecendo, para que as religiões não se tornem obsoletas e como que instrumentos de males, como traumas, para os seus fiéis, mas apenas instrumentos de consolo. E, com São Paulo, alegremo-nos com os que se alegram também no carnaval!
 



 


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 Revista Semanal de Divulgação Espírita