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Estudando a série André Luiz
Ano 6 - N° 277 - 9 de Setembro de 2012

MARCELO BORELA DE OLIVEIRA
mbo_imortal@yahoo.com.br
Londrina, Paraná (Brasil)
 

Evolução em Dois Mundos

André Luiz

(Parte 41)

Damos continuidade ao estudo da obra Evolução em Dois Mundos, de André Luiz, psicografada pelos médiuns Waldo Vieira e Francisco Cândido Xavier e publicada em 1959 pela Federação Espírita Brasileira.

Antes de ler as questões e o texto indicado para leitura, sugerimos ao leitor que veja, primeiro, as notas constantes do glossário pertinente ao estudo desta semana.

Questões preliminares 

A. Pode o mesmo casal experimentar o casamento terrestre inúmeras vezes?

Sim. O matrimônio na Terra pode assumir aspectos variados, objetivando múltiplos fins. Em razão disso, acidentalmente, o homem ou a mulher encarnados podem experimentar o casamento terrestre diversas vezes, sem encontrar a companhia das almas afins com as quais realizariam a união ideal. Isso porque, comumente, é preciso resgatar essa ou aquela dívida que contraímos com a energia sexual, aplicada de maneira infeliz ante os princípios de causa e efeito. Entretanto, se o matrimônio expiatório ocorre em núpcias secundárias, o cônjuge liberado da veste física, quando se ajuste à afeição nobre, frequentemente se coloca a serviço da companheira ou do companheiro na retaguarda, no que exercita a compreensão e o amor puro. Quanto à reunião no Plano Espiritual, é razoável se mantenha aquela em que prevaleça a conjunção dos semelhantes, no grau mais elevado da escala de afinidades eletivas. (Evolução em dois Mundos, 2a  Parte, cap. VIII, pp. 185 e 186.) 

B. Como o divórcio deve ser por nós encarado?

Entende André Luiz que o divórcio não deve ser facilitado ou estimulado entre os homens, porque não existem na Terra uniões conjugais, legalizadas ou não, sem vínculos graves no princípio da responsabilidade assumida em comum. Mal saídos do regime poligâmico, homens e mulheres sofrem-lhe ainda as sugestões animalizantes e por isso, nas primeiras dificuldades da tarefa a que foram chamados, costumam desertar dos postos de serviço, alegando imaginárias incompatibilidades e supostos embaraços, quase sempre atribuíveis ao desregrado narcisismo de que são portadores. Imprescindível, porém, que o sentimento de humanidade interfira nos casos especiais, em que o divórcio é o mal menor que possa surgir entre os grandes males pendentes sobre a fronte do casal, cientes todos de que os devedores de hoje voltarão amanhã ao acerto das próprias contas. (Evolução em dois Mundos, 2a  Parte, cap. VIII, pp. 186 e 187.) 

C. Pode ocorrer separação entre os cônjuges espirituais?

Sim. Pode acontecer, em certos casos, que as autoridades superiores escolham um dos cônjuges para serviço particular entre os homens, atendendo a qualidades especiais que ele possua e com que deva satisfazer a questões e eventualidades terrestres. Além disso, esse ou aquele cônjuge, após venturoso estágio na esfera superior, necessita regressar aos círculos carnais para experiências difíceis no resgate de compromissos determinados. Em ambas as modalidades de separação compreensível e justa, o companheiro ou a companheira em condição de superioridade, pelo menos circunstancialmente, roga, com êxito, a possibilidade de custodiar o objeto de sua veneração e de seu carinho, quase sempre na posição de reencarnados, em regime de completa renúncia. (Evolução em dois Mundos, 2a  Parte, cap. IX, pág. 188.) 

Texto para leitura

161. Matrimônio e divórcio - Nas esferas elevadas, as almas superiores identificam motivo de honra no serviço de amparo aos companheiros menos evolvidos que estagiam nos planos inferiores. Na Terra, não olvidemos que o matrimônio pode assumir aspectos variados, objetivando múltiplos fins. Em razão disso, acidentalmente, o homem ou a mulher encarnados podem experimentar o casamento terrestre diversas vezes, sem encontrar a companhia das almas afins com as quais realizariam a união ideal. Isso porque, comumente, é preciso resgatar essa ou aquela dívida que contraímos com a energia sexual, aplicada de maneira infeliz ante os princípios de causa e efeito. Entretanto, se o matrimônio expiatório ocorre em núpcias secundárias, o cônjuge liberado da veste física, quando se ajuste à afeição nobre, frequentemente se coloca a serviço da companheira ou do companheiro na retaguarda, no que exercita a compreensão e o amor puro. Quanto à reunião no Plano Espiritual, é razoável se mantenha aquela em que prevaleça a conjunção dos semelhantes, no grau mais elevado da escala de afinidades eletivas. Se os viúvos ou viúvas das núpcias efetuadas em grau menor de afinidade demonstram sadia condição de entendimento, são habitualmente conduzidos, depois da morte, ao convívio do casal restituído à comunhão, desfrutando posição análoga à dos filhos queridos junto dos pais terrenos, que por eles se submetem aos mais eloquentes e multifários testemunhos de carinho e sacrifício pessoal para que atendam, dignamente, à articulação dos próprios destinos. Se, no entanto, a desesperação do ciúme ou a nuvem do despeito enceguecem esse ou aquele membro da equipe fraterna, os cônjuges reassociados no plano superior amparam-lhe a reencarnação, à maneira de benfeitores ocultos, interpretando-lhes a rebelião por sintoma enfermiço, sem lhes retirar o apoio amigo, até que se reajustem no tempo. (Evolução em dois Mundos, 2a  Parte, cap. VIII, pp. 185 e 186.) 

162. O divórcio não deve ser facilitado - Que não se veja nisso inovação ou desrespeito ao sentimento alheio, porquanto o lar terrestre enobrecido, se analisado sem preconceitos, permanece estruturado nessas mesmas bases essenciais, uma vez que os pais humanos recebem, muitas vezes, no instituto doméstico, por filhos e filhas, aqueles mesmos laços do passado, com os quais atendem ao resgate de antigas contas, purificando emoções, renovando impulsos, partilhando compromissos ou aprimorando relações afetivas de alma para alma. É nessa condição que em muitas circunstâncias surgem nas entidades renascentes – sem que o véu da reencarnação lhes esconda de todo a memória – as psiconeuroses e fixações infanto-juvenis, cuja importância na conduta sexual da personalidade é exagerada em excesso pelos sexólogos e psicanalistas da atualidade, carentes de mais amplo contato com as realidades do Espírito e da reencarnação, que lhes permitiriam ministrar aos seus pacientes mais efetivo socorro de ordem moral. Quanto ao divórcio, segundo os nossos conhecimentos no Plano Espiritual, somos de parecer não deva ser facilitado ou estimulado entre os homens, porque não existem na Terra uniões conjugais, legalizadas ou não, sem vínculos graves no princípio da responsabilidade assumida em comum. Mal saídos do regime poligâmico, homens e mulheres sofrem-lhe ainda as sugestões animalizantes e por isso, nas primeiras dificuldades da tarefa a que foram chamados, costumam desertar dos postos de serviço, alegando imaginárias incompatibilidades e supostos embaraços, quase sempre simplesmente atribuíveis ao desregrado narcisismo de que são portadores. E com isso exercem viciosa tirania sobre o sistema psíquico do companheiro ou da companheira mutilados ou doentes, necessitados ou ignorantes, após explorar-lhes o mundo emotivo, quando não se internam pelas aventuras do homicídio ou do suicídio espetaculares, com a fuga voluntária de obrigações preciosas. É imperioso, assim, que a sociedade humana estabeleça regulamentos severos a benefício dos nossos irmãos contumazes na infidelidade aos compromissos assumidos e a benefício de si mesma, para que não regresse à promiscuidade aviltante das tabas obscuras, em que o princípio e a dignidade da família ainda são plenamente desconhecidos. Imprescindível, porém, que o sentimento de humanidade interfira nos casos especiais, em que o divórcio é o mal menor que possa surgir entre os grandes males pendentes sobre a fronte do casal, cientes todos de que os devedores de hoje voltarão amanhã ao acerto das próprias contas. (Evolução em dois Mundos, 2a  Parte, cap. VIII, pp. 186 e 187.) 

163. Separação entre cônjuges espirituais - Ocorre separação entre cônjuges espirituais? A esta pergunta, André Luiz informa que pode acontecer, em certos casos, que as autoridades superiores escolham um dos cônjuges para serviço particular entre os homens, atendendo a qualidades especiais que ele possua e com que deva satisfazer a questões e eventualidades terrestres. Além disso, esse ou aquele cônjuge, após venturoso estágio na esfera superior, necessita regressar aos círculos carnais para experiências difíceis no resgate de compromissos determinados. Em ambas as modalidades de separação compreensível e justa, o companheiro ou a companheira em condição de superioridade, pelo menos circunstancialmente, roga, com êxito, a possibilidade de custodiar o objeto de sua veneração e de seu carinho, quase sempre na posição de reencarnados, em regime de completa renúncia. (Evolução em dois Mundos, 2a  Parte, cap. IX, pág. 188.) 

164. Disciplina afetiva - Enganam-se lamentavelmente quantos possam admitir a incontinência sexual como regra de conduta nos planos superiores da Espiritualidade. Médiuns que tenham observado as regiões de licenciosidade, ou Espíritos desencarnados que delas venham traçar essa ou aquela notícia, reportam-se apenas a lugares naturalmente inferiores, extremamente afins com a poligamia embrutecente, por mais brilhantes se lhes externem as conceituações filosóficas. Nos planos enobrecidos, realiza-se também o casamento das almas, conjugadas no amor puro, verdadeira união esponsalícia de caráter santificante, gerando obras admiráveis de progresso e beleza, na edificação coletiva, e quando semelhante enlace deva ser adiado, por circunstâncias inamovíveis, os Espíritos de comportamento superior aceitam, na Terra, a luta pela sublimação das forças genésicas, aplicando-as em trabalho digno, com abstenção do comércio poligâmico, tanto mais intensamente quanto mais ativo se lhes revele o esforço no acrisolamento próprio. Assevera André que, na renúncia construtiva a que tais Espíritos se entregam, na expectativa do amor que os integrará na complementação desejada, encontram eles, no serviço aos semelhantes, oportunidades preciosas de burilamento e progresso, acentuando em si mesmos os altos valores da cultura e da emoção, que lhes propiciam gozos íntimos dos mais alevantados e mais puros. (N.R.: Em nota aposta na pág. 189, a Editora da FEB pede que, para melhor compreensão do assunto aqui tratado, sejam relidas as elucidações constantes das págs. 198 a 203 do livro “Missionários da Luz”.) (Evolução em dois Mundos, 2a  Parte, cap. X, pp. 189 e 190.) 

 

Glossário: 

Acrisolamento: ato ou efeito de acrisolar, isto é, purificar, aperfeiçoar, sublimar, submetendo-se a provas.

Afinidade Eletiva: afinidade em combinação com o fator escolha.

Aviltante: que rebaixa ou desonra.

Cônjuge Espiritual: qualidade daquele que, no Plano Espiritual, desfruta de união, realizada estritamente com base na mais elevada afinidade espiritual.

Conjunção: união.

Custodiar: manter sob guarda ou proteção, de modo a assegurar o objetivo visado.

Esponsalício: referente às providências de casamento.

Fixação: perturbação emocional na fase infanto-juvenil, com apego exagerado, doentio, a alguém ou algo.

Genésico: relativo ao impulso sexual.

Incontinência: falta de continência; falta de castidade, de moderação, de cometimento.

Licenciosidade: qualidade de quem é licencioso, isto é, sensual, libertino, desregrado.

Multifário: de muitos aspectos, variado.

Narcisismo: amor excessivo a si mesmo; qualidade dos que se envaidecem ou se encantam de si mesmos.

Poligamia: condição de macho em acasalar-se com mais de uma fêmea, ou de quem tem mais de um cônjuge ao mesmo tempo.

Poligâmico: relativo à poligamia, condição do macho em acasalar-se com mais de uma fêmea, ou de quem tem mais de um cônjuge ao mesmo tempo.

Promiscuidade: qualidade do que se une ou se mistura de maneira confusa, sem ordem nem distinção.

Psicanalista: especialista em psicanálise, método de psicoterapia desenvolvido por Freud, segundo o qual as neuroses nascem de complexos reprimidos, que transformam a vida psíquica. O tratamento consiste em tornar conscientes esses complexos a fim de superá-los.

Psiconeurose: transtorno funcional que se manifesta mediante perturbações orgânicas (respiratórias, digestivas, excretoras, genitais) e desequilíbrios psíquicos.

Sexólogo: especialista em sexologia, ciência que estuda os problemas concernentes à sexualidade (conjunto dos fenômenos da vida sexual).

Taba: aldeia de índios brasileiros, formada de “ocas” (cabanas).  

 

Nota:

Muitos termos técnicos usados na obra em estudo não se encontram nos dicionários que comumente consultamos. Clicando no link abaixo, o leitor terá acesso ao texto integral do livro Elucidário de Evolução em Dois Mundos, elaborado e publicado com esse propósito:
http://www.OCONSOLADOR\linkfixo\estudosespiritas\andreluiz\Elucidario.pdf
 



 


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