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Entrevista Espanhol Inglês    
Ano 6 - N° 277 - 9 de Setembro de 2012
ORSON PETER CARRARA
orsonpeter92@gmail.com
Matão, SP (Brasil)

 
Pedro Narci Bouchet Neto: 

“É preciso dar maior visibilidade às instituições espíritas” 

O líder espírita gaúcho propõe a modernização física das instituições espíritas e a união dos espíritas para uma
divulgação mais intensa da mensagem espírita
 

Pedro Narci Bouchet Neto (foto) é natural de São Borja-RS, onde reside. Formado em Pedagogia, com especialização em orientação educacional, é empresário do ramo de calçados. Espírita desde os 17 anos, vincula-se à Associação Espírita José Ferreira de Morais, na mesma cidade, instituição fundada  em  3  de  maio  de 1929, na qual exerce

atualmente o cargo de Presidente Executivo, além de ser vice-presidente do CRE-7, órgão regional da Federação Espírita do Rio Grande do Sul. O confrade administra também a Comunidade Terapêutica Espírita Chico Xavier, uma fazenda para tratamento de dependentes químicos vinculada à Associação Espírita José Ferreira de Moraes.

Em sua opinião, como poderíamos atingir de forma eficiente o grande público com os ensinamentos do Espiritismo?

Interagindo com mais eficiência com a  sociedade civil como um todo e buscando a unificação do movimento espírita, trabalhando com uma proposta de TV comercial aberta. O espírita deveria ser mais participativo e menos moroso em todas as áreas possíveis, e a meta deveria ser a mídia aberta. O grande público esta aí, querendo e carente de conteúdo bom e novo. Portanto, os espíritas deveriam se unir, desde as Federativas e  todas as organizações espíritas, cotizando-se monetariamente em um grande  projeto nacional, primeiro para viabilizar um programa em rede de TV nacional em horário nobre e, mais tarde, com o sucesso dos nossos conteúdos, viabilizar uma TV comercial e uma geradora para formar a  Rede de TV Espírita. Isso parece uma utopia, mas aqui em São Borja estamos fazendo nossa parte. Criamos em 2009 uma empresa – a Rigo e Bouchet Comunicações Ltda. – e entramos no Ministério das Comunicações  em 2010 para solicitar uma Outorga de Televisão Comercial aberta, que poderá atuar como geradora de sinal e assim formarmos a rede de TV espírita através das RTVs. Já vencemos algumas etapas do processo de licitação.

Como conseguir isso?

Fazendo um  trabalho de base, de mudança de visão,  inicialmente dentro da  casa espírita, desde o dirigente, os trabalhadores, os estudantes e inclusive com a assistência, orientando-os, capacitando-os e revendo a estrutura física, com horários de atendimento inclusive durante o dia (manhã, tarde e noite),  com contratação de  funcionários, capacitação de trabalhadores,  uma livraria bem equipada como cartão de visita, uma recepção adequada no início das atividades doutrinárias e bom planejamento estratégico para manter essa gestão. Sem uma estrutura como essa, não poderemos pretender atingir o grande público que começa vindo primeiro para as casas espíritas. O mundo espiritual não seria irresponsável de enviar um grande público se as estruturas, sejam humanas ou físicas, não estiverem adequadas.

A sensibilização de pessoas com recursos que possam investir na área de tecnologia para alcance desse trabalho seria um caminho?  

É preciso apresentar a Doutrina Espírita em sua grandeza. Não a necessidade de pedirmos quando necessitamos, mas permitirmos que os gestores, empreendedores e empresários conheçam a terceira revelação. O movimento espírita, através de suas casas espíritas, sempre acolheu os médiuns, oradores, evangelizadores, palestrantes, frequentadores, mas tem passado despercebido o acolhimento aos gestores, empreendedores, empresários que vêm para casa espírita ou que ainda  não conhecem ou não vieram  à Casa Espírita, que na maioria das vezes são companheiros do passado atraídos pelos resgates para trabalhar na área de gestão da Casa ou na causa espírita, e o meio espírita infelizmente não percebe que esses companheiros fazem parte do plano maior de  estruturação dessa nobre causa, mas precisam primeiro conhecer o Espiritismo para que  eles mesmos tomem a frente daquilo que trazem em registro no seu psiquismo na área de gestão para causa espírita.

Existe um planejamento voltado para esse objetivo?

Sabemos que o trabalho de planejamento do Mundo Maior é feito com muita antecedência, e que os amigos espirituais, quando planejam uma Casa Espírita ou a ampliação do movimento espírita,  reúnem toda uma equipe, não apenas médiuns, oradores, evangelizadores, mas  também os que irão atuar na área de gestão, e este é outro aspecto a que o movimento espírita precisa ficar atento. A equipe vem completa, quando queremos atingir o grande público, porque a tendência  é aumentar a procura pelas casas espíritas. Planejar nossa estrutura física e humana é, pois, fundamental. Aqui em São Borja, com uma população de 63 mil habitantes, quando construímos – e já são 7 casas espíritas na cidade de São Borja e um total de 14 casas construídas, reformadas ou ampliadas no interior e região, graças ao apoio de um grande empresário – seguimos o planejamento no sentido de sempre fazermos pensando nos próximos anos.

Quais os caminhos já percorridos e as experiências adquiridas?

Além da estruturação física das Casas Espíritas de nossa cidade e algumas da região, a equipe de  atuação deve estar capacitada antecipadamente. Temos ao longo dos anos investido muito nos jovens de nossas Instituições,  porque  não basta apenas construir, é necessário dar sequência ao trabalho, até porque voltaremos a renascer e reocupar o que deixarmos. 

Em termos estruturais, o que é mais urgente e necessário?

Dar maior visibilidade às instituições espíritas. O que se ouve no meio espírita é que a Casa Espírita é seu segundo lar, mas infelizmente observa-se que faltam mais cuidados na manutenção das Instituições. Uma Instituição bem estruturada representa como pensa o grupo que ali atua,  e o  público percebe a dedicação criando a respeitabilidade da  Casa Espírita.

Existe um grupo trabalhando nessa área?

O que existe é um grupo de companheiros que se formou naturalmente e está atuando em várias frentes. Construímos em um mesmo ano 5 prédios ao mesmo tempo. Fizemos cotação de preços com quatro construtoras e a ganhadora executou. Logo após o término da construção, um grupo de companheiros começou a atuar nas quatro unidades, uma no Interior e três nas cidades vizinhas. O que acabou acontecendo é que trabalhamos em várias casas, não estamos fixos apenas em uma e auxiliamos as Instituições que estão começando ou que necessitam de apoio. (1)

Quais os Benefícios já sentidos com o trabalho em execução?

Os benefícios alcançados são muitos. Em quase todos os setores da comunidade há espíritas atuantes. O movimento espírita em São Borja e região cresceu muito. Observa-se que as pessoas necessitam gostar do local onde praticam sua fé, sentindo satisfação aonde vão e como é organizada a Instituição que frequentam. É da natureza humana esse sentimento e o meio espírita deve ter essa sensibilidade. Se queremos colaborar com diminuição dos problemas sociais e atingir o grande público é necessário melhorar as Instituições Espíritas.

Quais têm sido as maiores dificuldades?

Por incrível que pareça, o ciúme e a falta de entendimento de alguns dirigentes sobre a necessidade de acolher e apresentar a Doutrina aos que podem nos ajudar, sejam eles empresários, empreendedores ou gestores. Tentar inovar traz muita inveja e perseguição  espiritual, como dizia Kardec. O problema é o espírita que não estuda.

Algo mais que gostaria de acrescentar?

Sim, gostaria de falar sobre a Comunidade Terapêutica Espírita  Chico Xavier, uma fazenda para dependentes químicos do sexo masculino com idades de 18 aos 65 anos. Estamos inovando porque, além de atuarmos com um programa terapêutico com base nos 12 passos, trabalhamos todas as noites com a espiritualidade, apresentando a filosofia espírita e completando com atividades psicoterapêuticas, nas quais temos a participação de psicóloga e assistente social, sem falar das atividades de campo, esporte, música, curso de informática e muitas outras, em uma excelente estrutura predial e sem fins lucrativos, hoje referenciada pelo governo do Estado. É uma  Comunidade que procura atender o meio espírita e colaborar com essa demanda tão alta que é a dependência química.

 

(1) Outras informações sobre os assuntos tratados nesta entrevista podem ser obtidas nos sites http://ferreirademoraes.blogspot.com/ e  http://fazenda.amigoespirita.com.br ou pelos telefones 55.3431.5609 ou 55.3431.9503.




 


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O Consolador
 Revista Semanal de Divulgação Espírita