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Crônicas e Artigos

Ano 6 - N° 276 - 2 de Setembro de 2012

LEONARDO MACHADO
leomachadot@gmail.com
Recife, PE (Brasil)


Deve a ciência considerar
a espiritualidade?

“A ciência sem a religião é paralítica (lahm) -  a religião sem a ciência é cega (blind).”  - Albert Einstein[1]


Durante muito tempo, estas duas forças do conhecimento humano estiveram antagonicamente separadas. Se na idade média, a religião se habituou a queimar a ciência, na modernidade, e parte inicial da contemporaneidade, esta aboliu de seus laboratórios qualquer coisa que se relacionasse com aquela, inclusive a questão da espiritualidade.

Sendo assim, Sigmund Freud[2], no início do século XX, considerou que a religião geraria neuroses e seria um remédio ilusório contra o desamparo. Consequentemente, obtemperou que as teorias psicológicas iriam substituí-la.

Nietzsche[3], por sua vez, escreveu que Deus estaria morto e que, não existindo qualquer instância superior, o homem dependeria somente de si mesmo. Além disto, a fé seria ignorar a verdade.

Tais colocações, porém, não eram baseadas em pesquisas, mas em ideias e em opiniões pessoais.

O filósofo, por exemplo, dizia abertamente que o ateísmo existiria nele como um instinto, tão inato que estaria em sua constituição.

E o psicanalista, a seu turno, sendo de origem judaica, tinha uma ligação religiosa muito conturbada. Não foi sem motivo, pois, que seu mais notável discípulo, Jung, viu-se desligado pelo tutor do movimento nascente quando pretendeu estudar questões transcendentes do ser. Freud, preocupado pelo futuro e pela credibilidade da psicanálise[4], entendeu que não deveria adentrar estas temáticas[5].

O fato, entretanto, é que “os fundamentos da Física do século XX [6] levam-nos a encarar o mundo de forma bastante semelhante à maneira como um hindu, um budista ou um taoísta o vê”, como explica o físico Fritjof Capra[7].

Por isto mesmo, “enquanto a tendência geral da ciência, desde o século XVII, consistiu em manter um foco material, nas últimas décadas do século XX a ciência começou a explorar a arena espiritual, antes marginalizada”, conforme considera o Dr. Amit Goswami[8].

Isto posto, percebe-se que a ciência, não somente deve considerar a espiritualidade, como também precisa colocar esta instância na pauta de suas investigações.


Leonardo Machado é médico, residente de psiquiatria, palestrante, escritor e compositor.

 


1. Rohden, Huberto. Einstein – o enigma do universo. 8. ed. São Paulo: Editora Martin Claret, 2004, parte 3, p. 151.

2. Médico neurologista e pai da psicanálise.

3. Filósofo alemão.

4. Bem como motivado por outras questões que não têm aqui seu objeto apropriado de discussão.

5. Apesar disto, o próprio Freud, mais tarde, adentraria em questões religiosas ao escrever, por exemplo, “Moisés e o monoteísmo”.

6. Ou seja, a teoria quântica e a teoria da relatividade.

7. No seu livro “O tao da Física”.

8. No seu livro “A física da alma”.



 


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