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Estudando a série André Luiz
Ano 6 - N° 276 - 2 de Setembro de 2012

MARCELO BORELA DE OLIVEIRA
mbo_imortal@yahoo.com.br
Londrina, Paraná (Brasil)
 

Evolução em Dois Mundos

André Luiz

(Parte 40)

Damos continuidade ao estudo da obra Evolução em Dois Mundos, de André Luiz, psicografada pelos médiuns Waldo Vieira e Francisco Cândido Xavier e publicada em 1959 pela Federação Espírita Brasileira.

Antes de ler as questões e o texto indicado para leitura, sugerimos ao leitor que veja, primeiro, as notas constantes do glossário pertinente ao estudo desta semana.

Questões preliminares 

A. As pessoas que desencarnam em adiantada senectude persistem assim no plano espiritual ou rejuvenescem de imediato?

Geralmente, essas pessoas gastarão algum tempo para desfazer-se dos sinais de ancianidade corpórea, se desejam remoçar o próprio aspecto. Do mesmo modo, na hipótese de haverem partido da Terra na juventude primeira, deverão igualmente esperar que o tempo as auxilie, caso se proponham à obtenção de traços da madureza. Cabe, entretanto, considerar que isso ocorre apenas com os Espíritos – aliás em maioria esmagadora – que ainda não dispõem de bastante aperfeiçoamento moral e intelectual, pois quanto mais elevado se lhes descortine o degrau de progresso, mais amplo se lhes revela o poder plástico sobre as células que lhes entretecem o instrumento de manifestação. (Evolução em dois Mundos, 2a  Parte, cap. IV, pp. 177 e 178.) 

B. Com que aspecto as entidades desencarnadas, quando se comunicam, se apresentam aos médiuns?

O aspecto delas varia ao infinito. Os Espíritos superiores, pelo domínio natural que exercem sobre as células psicossomáticas, podem adotar a apresentação que mais proveitosa se lhes afigure, com vistas à obra meritória que se propõem realizar. Entretanto, essa maneira de intercâmbio não é a mais comum, porque, de modo geral, os desencarnados impressionam os instrumentos mediúnicos encarnados na forma em que efetivamente se encontram. (Evolução em dois Mundos, 2a  Parte, cap. V, pp. 179 e 180.) 

C. As sociedades humanas desencarnadas mantêm alguma ligação com os que permanecem encarnados?

Sim. No Plano Espiritual imediato à experiência física, as sociedades humanas desencarnadas, em quase dois terços, permanecem naturalmente jungidas, de alguma sorte, aos interesses terrenos. Egressas do próprio mundo em que se lhes tramam os elos da retaguarda, quando não se desvairam nas faixas infernais, trabalham com ardor, não só pelo próprio adiantamento, como também no auxílio aos que ficaram. (Evolução em dois Mundos, 2a  Parte, cap. VII, pp. 183 e 184.) 

Texto para leitura 

157. Os anciãos no além-túmulo - Se a alma desprendida do envoltório físico foi transferida para a moradia espiritual em adiantada senectude, gastará algum tempo para desfazer-se dos sinais de ancianidade corpórea, se deseja remoçar o próprio aspecto, e, na hipótese de haver partido da Terra na juventude primeira, deverá igualmente esperar que o tempo a auxilie, caso se proponha à obtenção de traços da madureza. Cabe, entretanto, considerar que isso ocorre apenas com os Espíritos – aliás em maioria esmagadora – que ainda não dispõem de bastante aperfeiçoamento moral e intelectual, pois quanto mais elevado se lhes descortine o degrau de progresso, mais amplo se lhes revela o poder plástico sobre as células que lhes entretecem o instrumento de manifestação. Em alto nível, a Inteligência opera em minutos certas alterações que as entidades de cultura mediana gastam, por vezes, alguns anos. Temos também nas sociedades respeitáveis da Espiritualidade aqueles companheiros que, depois de estágios depurativos, se elevam até elas, por intercessões afetivas ou merecimentos próprios, carregando, porém, consigo, determinadas marcas deprimentes, como sejam mutilações que os desfiguram, inibições ou moléstias que se denunciam na psicosfera que os envolve, ou distintivos outros menos dignos, como remanescentes de circuitos mentais dos remorsos que padeceram, a se lhes concentrarem, desequilibrados, sobre certas zonas do corpo espiritual; contudo, em todos esses casos, as entidades em lide ali se encontram, habitualmente, por períodos limitados de reeducação e refazimento, para regressarem, a tempo breve, no rumo das sendas de saneamento e resgate nas reencarnações redentoras. (Evolução em dois Mundos, 2a  Parte, cap. IV, pp. 177 e 178.) 

158. Apresentação dos desencarnados - O aspecto que as entidades desencarnadas assumem perante os médiuns humanos, quando se comunicam na Terra, pode variar infinitamente. Os Espíritos superiores, pelo domínio natural que exercem sobre as células psicossomáticas, podem adotar a apresentação que mais proveitosa se lhes afigure, com vistas à obra meritória que se propõem realizar. Entretanto, essa maneira de intercâmbio não é a mais comum, porque, de modo geral, os desencarnados impressionam os instrumentos mediúnicos encarnados na forma em que efetivamente se encontram. Decerto, não falta indumentária digna às criaturas que se emanciparam do vaso físico, roupagem, toda ela, confeccionada com esmero e carinho por mãos hábeis e nobres da esfera extrafísica. Importante considerar, todavia, que os Espíritos desencarnados, mesmo os de classe inferior, guardam a faculdade de exteriorizar os fluidos plasticizantes que lhes são peculiares, espécie de aglutininas mentais com que envolvem a mente mediúnica encarnada, recursos esses nos quais plasmam, como lhes seja possível, as imagens que desejam expressar e que adquirem para as percepções do médium coloração e movimento, fazendo-o exprimir-se ou agir, em comportamento semelhante ao sujeito passivo na hipnose provocada. Tais fenômenos, porém, são isolados e apenas se verificam entre o médium e a entidade que o influencia, sem substância na realidade prática, qual ocorre no campo das sugestões, durante a interligação mento-psíquica, entre o hipnotizado e o hipnotizador. Surge, diante disso, uma questão curiosa: Como entender a existência de roupas, calçados e outros petrechos nas entidades desencarnadas? Esclarece André Luiz: “A mente não comanda as moléculas de algodão do vestuário de que se serve no corpo físico, mas pode usá-las, segundo as suas necessidades no mundo. Ocorre o mesmo no Plano Espiritual, em que nos utilizamos das possibilidades ao nosso alcance para atender a esse ou àquele imperativo de nossa apresentação”. (Evolução em dois Mundos, 2a  Parte, cap. V, pp. 179 e 180.) 

159. Justiça na Espiritualidade - No mundo espiritual, a autoridade da justiça funciona com maior segurança, embora saibamos que o mecanismo da regeneração vige, antes de tudo, na consciência do próprio indivíduo. Ainda assim, existem no mundo espiritual santuários e tribunais, em que magistrados dignos e imparciais examinam as responsabilidades humanas, sopesando-lhes os méritos e deméritos. A organização do júri, em numerosos casos, é ali observada necessariamente, mas ele é constituído de Espíritos integrados no conhecimento do Direito, com dilatadas noções de culpa e resgate, erro e corrigenda, psicologia humana e ciências sociais, para que as sentenças ou informações proferidas se atenham à precisa harmonia, perante a Divina Providência, consubstanciada no amor que ilumina e na sabedoria que sustenta. Há delinquentes tanto no plano terrestre quanto no plano espiritual, e, em razão disso, não apenas os homens recentemente desencarnados são entregues a julgamento específico, sempre que necessário, mas também as entidades desencarnadas que, no cumprimento de determinadas tarefas, se deixam, muitas vezes, arrastar a paixões e caprichos inconfessáveis. É importante considerar, contudo, que quanto mais baixo é o grau evolutivo dos culpados, mais sumário é o julgamento pelas autoridades cabíveis, e quanto mais avançados os valores culturais e morais do indivíduo, mais complexo é o exame dos processos de criminalidade em que se emaranham, não só pela influência com que atuam nos destinos alheios, como também porque o Espírito, quando ajustado à consciência dos próprios erros, ansioso de reabilitar-se perante a vida e diante daqueles que mais ama, suplica por si mesmo a sentença punitiva que reconhece indispensável à própria restauração. (Evolução em dois Mundos, 2a  Parte, cap. VI, pp. 181 e 182.) 

160. Vida social dos desencarnados - No Plano Espiritual imediato à experiência física, as sociedades humanas desencarnadas, em quase dois terços, permanecem naturalmente jungidas, de alguma sorte, aos interesses terrenos. Egressas do próprio mundo em que se lhes tramam os elos da retaguarda, quando não se desvairam nas faixas infernais, igualmente imanizadas ao Planeta de que se originam, trabalham com ardor, não só pelo próprio adiantamento, como também no auxílio aos que ficaram. Naturalmente, as almas que constituem a percentagem a que nos referimos, distanciadas ainda do aprimoramento ideal, procuram aperfeiçoar em si mesmas as qualidades nobres menos desenvolvidas, buscando clima adequado que lhes favoreça o trabalho. Certas de que voltarão à Terra para a solução dos problemas que lhes enevoam ou afligem o campo íntimo, situam-se em tarefas obscuras, junto dos semelhantes, encarnados ou desencarnados, quando se reconhecem vitimadas pela vaidade ou pelo orgulho que ainda lhes medram no seio, e localizam-se em aprendizados valiosos da inteligência, em se vendo inábeis para os serviços especializados do pensamento, não obstante os talentos sentimentais que já entesourem consigo. Quase todas, no entanto, obedecem aos ditames do amor ou do ideal que lhes inspiram a consciência. Aglutinam-se em verdadeiras cidades e vilarejos, com estilos variados, como acontece aos burgos terrestres, característicos da metrópole ou do campo, edificando largos empreendimentos de educação e progresso, em favor de si mesmas e a benefício dos outros. As regiões purgativas ou simplesmente infernais são por elas amparadas, quanto possível, organizando-se aí, sob o seu patrocínio, extensa obra assistencial. No plano físico, a equipe doméstica atende à consanguinidade em que o vínculo é obrigatório, mas, no plano extrafísico, o grupo familiar obedece à afinidade em que o liame é espontâneo. Por isso, na esfera seguinte à condição humana, temos o espaço das nações, com as suas comunidades, idiomas, experiências e inclinações, inclusive organizações religiosas típicas, junto das quais funcionam missionários de libertação mental, operando com caridade e discrição para que as ideias renovadoras se expandam sem dilaceração e sem choque. Com esses dois terços de criaturas ainda ligadas, desse ou daquele modo, aos núcleos terrenos, encontramos um terço de Espíritos relativamente enobrecidos que se transformam em condutores da marcha ascensional dos companheiros, pelos méritos com que se fazem segura instrumentação das Esferas Superiores. (Evolução em dois Mundos, 2a  Parte, cap. VII, pp. 183 e 184.) 


Glossário:
 

Aglutinar: reunir para formar um todo.

Aglutinina: substância que faz com que as bactérias e os glóbulos sanguíneos se aglutinem (reúnam); termo usado como analogia.

Ancianidade: velhice muito avançada.

Arcabouço: estrutura que sustenta a forma de um corpo.

Burgo: arrabalde (cercanias) de uma cidade, vila ou aldeia.

Célula: a menor unidade de função e de organização, nos seres vivos, que apresenta todas as características de vida.

Ciência Social: designação das ciências sociais, as que estudam especialmente a sociedade humana e os fenômenos sociais, como Sociologia, a Ética Social, a Economia Política, etc.

Circuito: sucessão de fenômenos periódicos.

Corpo Espiritual: o perispírito, psicossoma.

Ditame: o que a consciência e a razão dizem que deve ser.

Egresso: que deixou de pertencer a uma comunidade da qual se afastou.

Emaranhar: enredar, complicar.

Enevoar: cobrir de névoa, obscurecer, sombrear.

Espaço das Nações: zona no plano espiritual que se relaciona com cada nação no plano físico.

Imanizar: imantar, submeter a um efeito semelhante ao da ação do imã.

Jungir: ligar, atar.

Liame: o que prende ou liga uma coisa a outra.

Lide: questão.

Medrar: crescer, desenvolver-se.

Mento-psíquico: relativo ao fenômeno produzido pela mente sobre a organização psíquica.

Metamorfose: mudança de forma ou de estrutura.

Metrópole: cidade principal, capital de estado, cidade grande, ou importante.

Molécula: agrupamento definido e ordenado de átomos eletricamente neutros, formando a menor porção de uma substância capaz de existência independente sem perda das suas propriedades químicas.

Morfológico: referente às características da forma.

Plasmar: dar forma a algo.

Plasticizante: referente ao que serve para plasmar.

Plástico: relativo à modelagem de um corpo.

Proteico: relativo a aparelho que auxilia ou aumenta uma função natural do corpo.

Psicologia: ciência que estuda os fenômenos psíquicos e o comportamento humano, e suas reações a situações externas ou a necessidades internas.

Psicosfera: halo formado em torno do corpo pela atmosfera psíquica individual.

Psicossomático: relativo ao psicossoma (corpo espiritual ou perispírito).

Senectude: decrepitude, senilidade, velhice.
 

Nota:

Muitos termos técnicos usados na obra em estudo não se encontram nos dicionários que comumente consultamos. Clicando no link abaixo, o leitor terá acesso ao texto integral do livro Elucidário de Evolução em Dois Mundos, elaborado e publicado com esse propósito:
http://www.OCONSOLADOR\linkfixo\estudosespiritas\andreluiz\Elucidario.pdf



 


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