WEB

BUSCA NO SITE

Edição Atual Edições Anteriores Adicione aos Favoritos Defina como página inicial

Indique para um amigo


O Evangelho com
busca aleatória

Capa desta edição
Biblioteca Virtual
 
Biografias
 
Filmes
Livros Espíritas em Português Libros Espíritas en Español  Spiritist Books in English    
Mensagens na voz
de Chico Xavier
Programação da
TV Espírita on-line
Rádio Espírita
On-line
Jornal
O Imortal
Estudos
Espíritas
Vocabulário
Espírita
Efemérides
do Espiritismo
Esperanto
sem mestre
Divaldo Franco
Site oficial
Raul Teixeira
Site oficial
Conselho
Espírita
Internacional
Federação
Espírita
Brasileira
Federação
Espírita
do Paraná
Associação de
Magistrados
Espíritas
Associação
Médico-Espírita
do Brasil
Associação de
Psicólogos
Espíritas
Cruzada dos
Militares
Espíritas
Outros
Links de sites
Espíritas
Esclareça
suas dúvidas
Quem somos
Fale Conosco

Crônicas e Artigos

Ano 6 - N° 275 - 26 de Agosto de 2012

RICARDO ORESTES FORNI
iost@terra.com.br
Tupã, SP (Brasil)
 

Quando o sofrimento procura respostas


A revista VEJA, edição 2272, de 6 de junho de 2012, página 126, traz uma reportagem sobre uma jovem americana de apenas 24 anos, vitimada por uma bactéria altamente agressiva que vem mutilando a moça na luta árdua para preservar-lhe a vida.

Para darmos uma ideia melhor sobre o acontecimento, vamos reproduzir um trecho da notícia: “A estudante americana Aimeé Copeland, de 24 anos, aproveitou a terça-feira de folga, 1º maio, para relaxar na pequena cidade de Tallapoosa, no Estado da Geórgia. Com apenas 3000 habitantes, Tallapoosa é conhecida pelas atividades aquáticas no rio que a corta e leva o seu nome. Aimeé escolheu a tirolesa. Logo no início da travessia, porém, a corda na qual ela se agarrava rompeu-se e a moça caiu na água. O acidente deixou um corte em sua panturrilha esquerda. Levada ao hospital, recebeu 22 pontos cirúrgicos e a indicação de ir para casa e tomar analgésico. Três dias depois, Aimeé foi internada com febre alta e dores na perna machucada. Os exames revelaram que ela havia contraído uma doença infecciosa grave e rara, chamada fasciite necrosante, causada por um tipo de bactéria que vive na água, a Aeromonas hydrophila. O microrganismo invadira seu corpo por meio do ferimento. No mesmo dia da internação, Aimeé teve a perna esquerda amputada. Até a semana passada, ela já havia perdido o pé direito, as duas mãos e parte do abdômen”.

Muitas pessoas, por muito, mas por muito menos do que essa jovem está passando, procuram com desespero as razões, os motivos de seus sofrimentos. Por que eu, por que nós, indagam sob revolta, como se apenas os outros merecessem sofrer. Será que Deus se esqueceu de mim? “O que será que fiz a Ele?”, como se o Criador fosse um ser vingativo capaz de ferir a quem quer que fosse para devolver alguma ofensa que conseguisse atingi-Lo.

Se excluirmos a reencarnação nessa busca de motivos, a Justiça e a Bondade divinas ficarão em sérios apuros. Que teria feito essa moça americana para que essa bactéria adentrasse o seu corpo mutilando-a de forma brutal como está acontecendo? Ah! Dirão muitos: não podemos questionar a vontade de Deus! Mas, então, é da vontade Dele que fulano sofra e não cicrano? É da vontade Dele que um nasça no luxo e o outro na favela? É da vontade Dele que um seja atleta a disputar Olimpíadas e o outro transite sobre uma cadeira de rodas? É da vontade Dele que um seja cientista e o outro deficiente mental?

Essas explicações chocam frontalmente contra a ideia de um Ser absolutamente justo. De um Ser absolutamente bom. Como pode a Justiça perfeita lançar uns na felicidade e outros nas tragédias como se alguém distribuísse ao acaso benefícios e desgraças? Não, dirão outros. É para testar a pessoa através do sofrimento para ver se ela crê realmente em Deus. Então todos teriam que ser testados. Ou será que existem aqueles que se oferecem de livre e espontânea vontade para serem testados? Se analisarmos os sofredores veremos que assim não ocorre. Se fosse possível, a imensa maioria dos sofredores passaria a milhares de quilômetros dos sofrimentos. É para testar a fé dos pais, dirão equivocadamente outros. Esse jogo de empurra daqui, empurra dali nas justificativas infantis do por que sofre uma pessoa, levou a muitos ao materialismo.

Quando derrubamos o conceito da criação da alma no momento em que o corpo começa a ser gerado e que nada explica, adentramos na lógica perfeita contida em O Evangelho segundo o Espiritismo, em seu capítulo V:

“Entretanto, em virtude do axioma de que todo efeito tem uma causa, essas misérias são efeitos que devem ter uma causa e, desde que se admita um Deus justo, essa causa deve ser justa. Ora, a causa precedendo sempre o efeito, uma vez que não está na vida atual, deve ser anterior a ela, quer dizer, pertencer a uma existência precedente”.

E continua O Evangelho segundo o Espiritismo: “Assim se explicam, pela pluralidade das existências, e pela destinação da Terra como mundo expiatório, as anomalias que apresenta a repartição da felicidade e da infelicidade entre os bons e os maus neste mundo”.

Nessa linha de raciocínio a Bondade e a Justiça de Deus continuam imaculadas.

Por que estaria sofrendo a jovem americana toda essa tragédia em sua vida? Só os registros espirituais da mesma poderiam revelar. Se aplicarmos os ensinamentos de Joanna de Ângelis de que as origens do sofrimento estão sempre, portanto, naquele que o padece, no recôndito do seu ser, nos painéis profundos da sua consciência, entenderemos que a Leis absolutamente justas estão tendo as suas razões que desconhecemos.

Por que sofremos nós? Por alguma coisa que fizemos nessa ou em existências anteriores, ou ainda, por necessidade de aprendizagem daquilo que necessitamos incorporar em nossa bagagem evolutiva, menos, evidentemente, por uma escolha fortuita de Deus!

A não ser assim retornamos ao Éden bíblico onde Adão culpou Eva. Eva culpou a serpente. Essa culpou a maçã. A maçã culpou a cobra. E continuaram a viver infelizes para sempre...

Que não é o que queremos, evidentemente!



 


Voltar à página anterior


O Consolador
 Revista Semanal de Divulgação Espírita