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Ano 6 - N° 274 - 19 de Agosto de 2012

PAULO ARTUR GONÇALVES
pauloarturgoncalves@gmail.com
Paraisópolis, MG (Brasil)

 


Paulo Artur Gonçalves

Interpretar corretamente a Bíblia é importante?

Parte 1

Introdução 

A pergunta que dá título a este texto é uma questão que vem tomando os meios espíritas e este artigo visa a mostrar que não existe motivo para perdemos tempo com isso.

Antes de apresentar as razões, vamos conceituar como será usada a palavra Deus neste artigo.

Deus, com "D" maiúsculo para significar Inteligência Suprema do Universo, causa primária de todas as coisas.

Deus, com "d" minúsculo para significar, mentor, guia ou santo etc., ou seja, um Espírito.

No primeiro mandamento do Decálogo recebido por Moisés está escrito:

"Eu sou o senhor, vosso deus, que vos tirei do Egito, da casa da servidão. Não tereis, diante de mim, outros deuses estrangeiros. Não fareis imagem esculpida, nem figura alguma do que está em cima do céu, nem embaixo na Terra, nem do que quer que esteja nas águas sob a terra. Não os adorareis e não lhes prestareis culto soberano, porque eu, o senhor vosso deus, sou deus zeloso, que puno a iniquidade dos pais nos filhos, na terceira e na quarta gerações daqueles que me aborrecem, e uso de misericórdia até mil gerações daqueles que me amam e guardam os meus mandamentos".

O próprio deus de Moisés diz explicitamente que existem outros deuses. 

Como o Velho Testamento se incorporou ao Cristianismo 

Não se tem notícia de Jesus fazendo referência às leis contidas nos cinco livros de Moisés:  Gênese, Êxodo, Levítico, Números e Deuteronômio. Estes livros são a base do Velho Testamento.

Há várias passagens no Evangelho em que os doutores da lei (sacerdotes) tentam, sem sucesso, fazer Jesus contradizer estas leis.

Também sabemos que Jesus foi preso, flagelado e crucificado por ação desses mesmos doutores da lei. Eles temiam perder seus privilégios de serem os representantes do deus de Israel.

A pergunta é: Como esses cinco livros vieram e permearam o Cristianismo, sendo que para algumas religiões cristãs são eles considerados mais importantes do que os ensinamentos de Jesus?

Resposta: Tais livros foram incorporados ao Cristianismo, dando origem ao Catolicismo, por influência de Santo Agostinho, incentivado por santo Ambrósio, bispo de Milão, no século V. O argumento utilizado foi: "Para pregar o novo Evangelho, é indispensável conhecer a fundo as Escrituras, que só podem ser bem interpretadas através da fé, pois apenas esta sabe ver ali a revelação de verdades divinas".

Nascia aí a fé não raciocinada. 

Interpretando alguns trechos do Velho Testamento 

Os mencionados livros ensinam um culto a um deus pessoal que quer ser venerado em troca de não castigar e ainda ser "fiel" ao crente, ajudando-o com milagres a resolver casos amorosos, curar doenças e ainda dirimir problemas financeiros.

Em alguns trechos dos cinco livros não há interpretação que os conserte.

Vejamos:

Deuteronômio, cap. 20, v. 10 a 16:

- Quando te aproximares para combater uma cidade, oferecer-lhe-ás primeiramente a paz.

- Se ela concordar e te abrir as portas, toda a população te pagará tributo e te servirá.

- Se ela te recusar a paz e começar a guerra contra ti, tu a cercarás, e quando o senhor, teu deus, te houver entregado nas mãos, passará a fio de espada todos os varões que nela houver.

- Só tomarás para ti as mulheres, as crianças, os rebanhos e tudo o que se encontrar na cidade, e comerás os despojos dos teus inimigos que o senhor, teu deus, te tiver dado.

- Farás assim a todas as cidades muito afastadas, que não são do número destas nações.

- Quanto às cidades daqueles povos cuja possessão te há de dar o senhor, teu deus, não deixarás nelas alma viva.

Observação:

A única interpretação possível para isto é crime e, ainda por cima, hediondo.

Êxodo:

- Cobrou impostos em dinheiro como condição para que o fiel não sofra flagelo (Êxodo, cap. 30, v. 11 a 16).

- Determinou que todo ouro, prata, objetos de bronze e ferro saqueados na tomada de Jericó passassem a integrar seu "tesouro sagrado" (Josué - Tomada de Jericó, cap. 6, v. 19).

- Fez aliança, exigindo uma arca de ouro (Êxodo, cap. 24, v. 10 a 23); é fiel, castiga, premia e exige fidelidade proibindo alianças com outros deuses (Êxodo, várias passagens).

Observação:

Isto não seria a base para os representantes de deus tornarem seu negócio lucrativo?

Os Espíritos superiores, na tarefa de codificação da doutrina espírita realizada por Kardec, tampouco tentaram interpretar estes livros. E, em O Evangelho segundo o Espiritismo, Kardec apresenta-nos Sócrates como precursor de Jesus e não os profetas.

É certo que o Velho Testamento menciona comunicações entre os homens e os Espíritos. Mas outros livros ditos sagrados de outras religiões também o fazem.

Os espíritas, sabendo que esta comunicação existe, devem se ater em estudá-las para fazer melhor uso delas. Isto é muito mais útil. Sem nenhum desrespeito, é pura perda de tempo ficar fazendo estes estudos bíblicos que não fazem parte dos livros espíritas.

O Espiritismo se propõe a ser uma religião cristã pura baseando-se, quanto ao ensino moral, nos ensinamentos de Jesus. 

A Bíblia é o único livro "sagrado"? 

Não é! A Bíblia só alcança as religiões abraâmicas, tais como o judaísmo e as cristãs modificadas.

Como cristãs modificadas estão os católicos, os protestantes tradicionais, os ortodoxos, os evangélicos etc. Não se inclui aí o Espiritismo.

Elas são modificadas porque a Bíblia que elas adotam acrescentou ao Evangelho de Jesus os textos do Velho Testamento.

Estes textos, até então chamados lei dos profetas, contêm muita coisa que nada tem a ver com o Cristianismo e deram origem a dogmas inúmeros a ponto de, em algumas delas, se dar a eles um valor maior do que os ensinamentos do próprio Jesus.

Outros povos têm também seus livros ditos sagrados.

Um exemplo disto é o Hinduísmo com o livro dos Vedas.

Como a Bíblia, é dito que o livro dos Vedas também foi inspirado por deus.

Em sendo Deus único, seria natural que ambos - Bíblia e Vedas - contivessem ensinamentos convergentes.

Ao compará-los, no que diz respeito à gênese do Universo e do homem, temos:

Gênese do Universo:

Segundo a Bíblia:

Dia 1

- Manhã: Criou terra e o céu vazio e escuro.

-Tarde: Criou a luz. Separou luz de trevas.

Dia 2

- Manhã: Criou um firmamento no meio das águas, tendo água do céu e águas de baixo.

- Tarde: Entre as águas de baixo criou o elemento seco: a Terra.

Dia 3

- Criou árvores e plantas que passaram a produzir.

Observação: Como as árvores puderam produzir sem a fotossíntese, visto que o Sol só foi criado na etapa seguinte?

Dia 4

- Criou lumiares no Céu. Sol para o dia. Lua para a noite. As estrelas para o céu.

Dia 5

- Criou peixes nas águas e aves no céu.

Dia 6

- Criou animais domésticos, répteis, animais selvagens.

- Criou o homem e a mulher, à sua imagem.

Dia 7

- Descansou.

Segundo os Vedas: (1)

- O universo é um sonho de Deus (Brama ou Brahma).

- Após um século de Brama (314 trilhões de anos) o universo se dissolve num sonho sem sonhos. Aí recomeça. Ele recompõe-se num novo sonho.

- É o sonho cósmico de Deus que é um ciclo sem fim de renascimentos e mortes.

- São muitos os deuses hindus que cooperam (intermediários que trabalham sob a coordenação de Brama).

- Shiva e Vishnu principais auxiliares de Brahma. Shiva na criação do Universo e Vishnu na do homem.

- Nosso universo é o sonho cósmico de Shiva.

- Enquanto isso, em outro lugar, há um número infinito de outros universos, cada um com seu próprio deus (outros Shivas?) sonhando o sonho cósmico. 

(1) Referência: blog de Abhilash Rajendran.

(Este artigo será concluído na próxima edição desta revista.)
 



                                                


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