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Estudando as obras de Manoel Philomeno de Miranda
Ano 6 - N° 272 - 5 de Agosto de 2012

THIAGO BERNARDES
thiago_imortal@yahoo.com.br
 
Curitiba, Paraná (Brasil)
 

Tramas do Destino

Manoel Philomeno de Miranda 

(Parte 26)

Damos continuidade ao estudo do livro Tramas do Destino, de Manoel Philomeno de Miranda, obra psicografada por Divaldo P. Franco.

Questões preliminares

A. Além do "Clube do Otimismo", que outro serviço Rafael implantou no leprosário?  

Ele implantou no leprosário um núcleo espírita, cujas primeiras reuniões foram realizadas no “Clube do Otimismo”. (Tramas do Destino, cap. 28, pp. 273 e 274.) 

B. Qual era o estado psicológico de Lisandra ao ser internada na Colônia de hansenianos?  

Consciente das necessidades evolutivas e espírita lúcida, ela mesma solicitou o internamento no leprosário. Submetia-se, pois, con­fiante, aos desígnios superiores da vida, sorvendo toda a amargura que lhe restava. Resignada e confiante em Deus, a jovem estava realmente mudada. A reencarnação lhe projetara luz nos inúmeros porquês que a afli­giam. Entendia, assim, que ela deveria agora conviver com aqueles que, à sua semelhança, eram comensais dos mesmos delitos. (Obra citada, cap. 28, pp. 275 a 278.) 

C. Como desencarnou Lisandra? 

Lisandra contou à amiga Lisabete que na véspera havia sonhado com sua avó Adelaide, que lhe explicara haver chegado o momento de sua libertação. Lisa falou-lhe, sinceramente comovida, que sentiria muito a sua falta, mas Lisandra lembrou-lhe que a morte não significaria afastamento: elas continuariam juntas. E aproveitou para agradecer tudo quanto recebera em sua casa. "Rogo-lhes informar à mamãe, à titia que os meus últimos pensamentos estão sendo para o Senhor e para elas... Gostaria muito de dizer-lhes quanto as amo e não mereci poder fazê-lo... Que me perdoem tudo...", foram as últimas palavras da filha de Artê­mis, porque, logo após um desmaio, ela não mais volveu à lucidez física, desencarnando ao anoitecer. (Obra citada, cap. 29, pp. 281 e 282.) 

Texto para leitura 

121. Rafael funda um núcleo espírita na Colônia - As disciplinas morais, os deveres espirituais cultivados em família promo­vem o progresso de seus membros, ainda que procedentes das faixas inferiores da evolução, corrigindo más tendências, seme­ando ideias de solidariedade, ordem e justiça, com que, de alguma forma, contribuirão para uma humanidade mais equilibrada. Tal não ocorrendo no lar, serão os promotores das desditas individuais e coletivas, apoiados no desculpismo e na insanidade das justificações com que pretendem transferir as responsabilidades do próprio fracasso aos pais e às gerações transatas. A família cristã deve, pois, ser mais do que uma esperança para o futuro bem da sociedade terrestre, senão alentadora reali­dade do presente. Na Colônia de Hansenianos, as atividades desenvolvidas por Rafael no "Clube do Otimismo" passaram a ser de alta valia para aquela comunidade segregada. Prosseguindo seu labor, ele solicitou lhe fosse permitido abrir ali uma célula espírita para estudo e prática da Doutrina codificada por Kardec, o que lhe foi concedido, tendo-se em vista a folha de ser­viços desinteressados que mantinha no Leprocômio. Até as duas irmãs de caridade, que ali se entregavam ao socorro de pacien­tes, não apresentaram nenhuma ponderação contrária, em razão dos requisitos morais e das atividades desenvolvidas pelo ape­lante. Um ano, portanto, depois da egressão, Rafael conseguia distender publicamente a quem interessasse, sem qualquer cons­trangimento, a orientação espírita-cristã. As primeiras reuniões tiveram lugar no "Clube do Otimismo", onde Cândido desvelou a sua convicção entre aplausos e emoções de todos quantos o amavam e o consideravam diferente, em face do comportamento su­perior a que sempre se dispôs. Dr. Armando Passos deu início, no Centro Espírita, a uma campanha pró-construção da pequena sede do Núcleo, na Colônia, onde se poderiam ministrar as valiosas lições espíritas e os recursos do passe e da água magne­tizada. Enquanto isso, veio a notícia de que a permanência de Lisandra deveria ser dilatada, tendo em vista a necessidade de fixar-se nas disposições da saúde mental. Como já  estava cooperando no Frenocômio, na condição de auxiliar de enfermagem, e residindo com Lisa e seus pais, era conveniente que se protelasse um pouco mais a sua estada ali, de modo que sua recupera­ção não corresse perigos. (Cap. 28, pp. 273 e 274) 

122. Retorna a hanseníase em Lisandra e ela se interna - Na semana do casamento de Gilberto, Lisandra escreveu-lhe longa carta, repassada de ternura, em que rogava aos nubentes perdão pelos problemas que lhes causara e demonstrava sincero, pro­fundo desejo de ressarcir-lhes os incômodos, as preocupações, buscando ser útil de alguma forma no futuro. A carta produziu efeito imediato. Gilberto, comovido, pela primeira vez experimentou sincera piedade, e uma abençoada onda de ternura o en­volveu em relação à irmã. A jovem passou a apresentar, contudo, apesar do melhor equilíbrio psíquico, alterações quanto à saúde física. Como Lisabete e seus familiares já  conhecessem os distúrbios anteriores de que ela fora vítima, resolveu-se consultar um leprólogo local que, feitos os exames específicos, constatou o retorno da hanseníase. Colhidos pelo grave diag­nóstico, e não podendo ocultar-lhe os resultados, os amigos sugeriram-lhe a repetição do tratamento em circunstâncias equi­valentes à da primeira vez. Lisandra, consciente das necessidades evolutivas, espírita lúcida, após informar os pais sobre a ocorrência, confortando-os, solicitou o internamento. Isso não lhe constituiria nenhum desdouro. Ela submetia-se, con­fiante, aos desígnios superiores da vida, sorvendo toda a amargura que lhe restava. Lisabete quis demovê-la do intento, mas a jovem estava diferente, resignada e confiante em Deus. A reencarnação lhe projetara luz nos inúmeros porquês que a afli­giam. Entendia, assim, que ela deveria agora conviver com aqueles que, à sua semelhança, eram comensais dos mesmos delitos. Com os conhecimentos espíritas, poderia animá-los e com a pequena experiência de auxiliar de enfermagem poderia ser útil à Colônia. A despedida de Lisa foi comovente. Lisandra tinha intuição de que não mais voltaria a ver seus familiares com a visão terrena e pediu à amiga que dissesse a Artêmis, Rafael, Gilberto e Hermelinda quanto ela os amara, e amava ainda, e quanto sofria por havê-los afligido durante o longo exílio. "Após a minha partida, embora não possua mérito algum", acentuou a hanseniana, "rogarei a Jesus abençoá-los e me irmanarei aos diligentes operários da Caridade, a fim de diminuir-lhes as provas e dores... Que estendam à Epifânia, ao Cândido, ao Dr. Armando a minha infinita gratidão..." Enquanto as duas jovens amigas dialogavam, Adelaide inspirava a enferma, mantendo a sustentação de suas forças, no momento importante da existência. Dois dias depois, ela deu ingresso na Colônia de hansenianos da cidade em que então se encontrava. Os Fergusons não puderam reter as lágrimas quando tais notícias chegaram a seu lar, e o pranto só pôde ser dominado quando Hermelinda, inspirada por Natércio, leu a lição "Bem-aventurados os aflitos", constante do cap. V d' O Evangelho segundo o Espiritismo, cujo texto, muito conhecido de todos, adquiria nova dimensão e profundo significado naquele dorido momento. Lisandra, efetivamente, tal como fora intuída, não volveria em corpo físico, na atual conjuntura expurgadora, ao seio da família. (Cap. 28, pp. 275 a 278) 

123. O estado de Lisandra se agrava - Apesar da fé robusta que exornava o espírito da família Ferguson, retornaram à sensibi­lidade de Artêmis as apreensões anteriores, a expectativa lúrida de notícias mais afligentes. Ela recordava a filha querida e revia-a sempre melancólica e triste, transitando pela áspera senda dos resgates, sem que houvesse fruído as alegrias ino­centes da quadra primaveril. Sua vontade era poder revê-la e afagar-lhe a cabeça febril. Nessas evocações, o afeto maternal desatava em lágrimas de imensa agonia, no silêncio da noite, para não inspirar desânimo ou pessimismo ao esposo. A prece era para ela o lenço enxugador do pranto e da transpiração da agonia. No mergulho da oração a que se entregava, confiante, suplicava à Mãe Santíssima que amparasse a filhinha trucidada pela força do imperioso ressarcimento. O sono a tomava, então, já avançadas as horas, quando, exaurida, era vencida pelo cansaço. Gilberto, apesar do clima de felicidade conjugal, tinha a alma pungida ante a recidiva da hanseníase em Lisandra. Uma ternura nascida da piedade emoldurava a memória da irmã ausente, e Tamíris se associava a ele na mesma dor. Na Colônia, Lisandra sofria então acúleos do novo testemunho. Acolhida com espí­rito de caridade pelas religiosas da Colônia, ocupou uma câmara agradável na Enfermaria feminina, podendo ficar a sós. Graças à devotada amiga Lisa, o quarto da enferma parecia um cômodo de jovem sadia. Iniciado o tratamento, o organismo da jovem reagiu violentamente, inspirando cuidados e vigilância especiais. A febre irrompeu devoradora e ela padeceu delírios prolongados, nos quais as imagens depressivas do passado eram liberadas em explosões de riso e lágrimas alternadas, sob cujo efeito o corpo debilitado mais se depauperava. Uma semana depois, a enfermeira-chefe, Carlinda, percebeu que Lisandra não resistiria por muito tempo. No prontuário da enferma, viu que esta possuía uma disfunção cardíaca e compreendeu que as cir­cunstâncias culminariam por vencê-la. Resolveu, então, telefonar a Lisabete, dando-lhe ciência do delicado estado da pa­ciente. (Cap. 29, pp. 279 a 281) 

124. Lisandra desencarna - Lisa e seu pai foram visitar a amiga, que falava com muita dificuldade. Lisandra contou-lhes que na véspera havia sonhado com sua avó Adelaide, que lhe explicara haver chegado o momento de sua libertação, depois do demo­rado cativeiro. Lisa falou-lhe, sinceramente comovida, que sentiria muito a sua falta, mas Lisandra lembrou-lhe que a morte não significaria afastamento: elas continuariam juntas. E aproveitou para agradecer tudo quanto recebera em sua casa. "Rogo-lhes informar à mamãe, à titia que os meus últimos pensamentos estão sendo para o Senhor e para elas... Gostaria muito de dizer-lhes quanto as amo e não mereci poder fazê-lo... Que me perdoem tudo...", foram as últimas palavras da filha de Artê­mis, porque, logo após um desmaio, ela não mais volveu à lucidez física, desencarnando ao anoitecer. Natércio, avisado pre­viamente por Adelaide, acorreu na hora aprazada para deslindar o Espírito das últimas vinculações e dos liames com o corpo... À noite, foi expedido telegrama à família e o féretro se realizou no dia imediato. (Cap. 29, pp. 281 e 282) (Continua no próximo número.)


 


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