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Crônicas e Artigos

Ano 6 - N° 271 - 29 de Julho de 2012

ALTAMIRANDO CARNEIRO
alta_carneiro@uol.com.br
São Paulo, SP (Brasil)
   
 
 

Os períodos do Espiritismo

 


A Revista Espírita, que circulou na capital francesa durante doze anos seguidos, de 1858 a 1869, e que foi fundada e dirigida por Allan Kardec, traz na edição de dezembro de 1863 um estudo feito por Allan Kardec sobre os sucessivos períodos que seriam experimentados pelo Espiritismo: o da curiosidade, o filosófico, o da luta, o religioso, o intermediário e o da regeneração social.

O período da curiosidade corresponde à época das mesas girantes, ou mesas falantes, porque se locomoviam em diversas direções e maneiras e respondiam, por pancadas (para sim ou para não), a perguntas que eram feitas. Era um fenômeno comum em toda a Europa, no século dezenove. De 1853 a 1855, constituíam um passatempo para animar a frivolidade dos salões e a curiosidade das massas, mas atendiam, na verdade, a uma determinação do Alto, despertando as consciências para a imortalidade da alma e a realidade do Espírito.

Na época, o fenômeno das mesas girantes serviu de atração e divertimentos sociais. Para a Doutrina Espírita, no entanto, serviu de ponto de partida para estudos mais sérios, quanto à comunicação entre encarnados e desencarnados.
Observando o fenômeno, Allan Kardec concluiu que “se uma mesa, que não tem boca para falar, cérebro para pensar e nervos para sentir, dá respostas inteligentes, é porque atrás dela tem algo inteligente”.

Em O Livro dos Médiuns, item 77, Allan Kardec explica o fenômeno: “Quando, pois, um objeto é movido, erguido ou atirado no ar, o Espírito não o pegou, não o ergueu nem o atirou como nós o fazemos com as mãos. Ele o saturou, por assim dizer, com o seu fluido, combinado com o do médium. O objeto, assim momentaneamente vivificado, age como um ser vivo, com a diferença de não ter vontade própria e obedecer ao impulso da vontade do Espírito”.

O período filosófico foi marcado pela publicação de O Livro dos Espíritos, cuja primeira edição surgiu em 18 de abril de 1857, com 501 perguntas de Allan Kardec e as respostas dos Espíritos às questões importantes do conhecimento humano. Contém, escritas em negrito, explicações de Allan Kardec, em complementação a alguns assuntos relacionados.

A segunda (e definitiva) edição surgiu em 16 de março de 1860, com 1.019 questões.

O período da luta foi assinalado pelo auto-de-fé de Barcelona, que aconteceu em 9 de outubro de 1861, com a queima, em praça pública, de exemplares de O Livro dos Espíritos, O Livro dos Médiuns, coleções da Revista Espírita e diversas obras e brochuras espíritas, num total de 300 volumes, enviados por Allan Kardec ao editor Maurice Lachâtre, estabelecido em Barcelona. Os livros foram interceptados no Correio pelo bispo de Barcelona, Don Antônio Palau Y Termens, que ordenou a queima dos mesmos na fogueira da Inquisição.

O ato infame foi cometido às dez horas e meia da manhã sobre a colina da cidade de Barcelona, no lugar onde eram executados os condenados à pena máxima.

Anunciada a queima dos livros, Allan Kardec consultou o seu guia espiritual sobre se deveria reclamar junto às autoridades espanholas, obtendo a resposta: “Tens o direito de reclamar a devolução das obras e certamente as terás de volta desde que faças a reclamação por intermédio do Ministério das Relações Exteriores de França; a minha opinião porém é que maior bem resultará do auto-de-fé, que da leitura de alguns volumes. A perda material será grandemente compensada pela repercussão que terá o ato da queima dos livros – o que concorrerá para a propaganda da doutrina. Compreendes quanto uma perseguição tão ridícula e tão retrógrada pode fazer progredir o Espiritismo na Espanha? As ideias espalhar-se-ão com tanto mais rapidez, quanto maior for o escândalo da condenação”.

Dito e feito. O fato, ao invés de denegrir o Espiritismo, serviu para o engrandecimento da Doutrina Espírita; como a Fênix, a ave que na mitologia egípcia, depois de queimada, surge das próprias cinzas.

O período religioso é este que estamos vivendo, quando são traçadas as diretrizes para a regeneração moral do homem, quando as luzes do Evangelho se espalham em todas as direções, convidando a todos para um viver mais feliz, na exemplificação dos ensinamentos de Jesus, que ensinou o homem a pensar e lançou as bases para a fé raciocinada, valorizada pela Doutrina Espírita.

O período intermediário será a continuação deste período que estamos vivendo.
O período de regeneração social acontecerá quando a Terra passar de mundo de expiação e provas e atingir a categoria de mundo de regeneração. É quando a Humanidade que povoará a Terra será composta por pessoas que somente desejem o bem.

As pessoas que atualmente estão voltadas à prática do bem terão a oportunidade de voltarem à Terra numa próxima reencarnação, para continuarem a desenvolver o bom trabalho que desenvolveram aqui, em prol do progresso da própria Terra. Quanto àqueles que, hoje, estão barbarizando e espalhando a violência, a grande maioria deles não poderá mais retornar para cá, indo reencarnar em um mundo atrasado, que esteja de acordo com a evolução que conseguiu alcançar, aqui. Não é que, nesses casos, o Espírito regrida. Na sua caminhada, ele jamais regride. No caso, o Espírito fica no estado estacionário em que se encontra, para daí seguir a sua caminhada, rumo à sua evolução.

Neste período de regeneração social predominarão os valores cristãos, baseados na caridade, na humildade e no amor ao próximo. Os homens desfraldarão somente a bandeira da união e da solidariedade.
 



 


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