WEB

BUSCA NO SITE

Edição Atual Edições Anteriores Adicione aos Favoritos Defina como página inicial

Indique para um amigo


O Evangelho com
busca aleatória

Capa desta edição
Biblioteca Virtual
 
Biografias
 
Filmes
Livros Espíritas em Português Libros Espíritas en Español  Spiritist Books in English    
Mensagens na voz
de Chico Xavier
Programação da
TV Espírita on-line
Rádio Espírita
On-line
Jornal
O Imortal
Estudos
Espíritas
Vocabulário
Espírita
Efemérides
do Espiritismo
Esperanto
sem mestre
Divaldo Franco
Site oficial
Raul Teixeira
Site oficial
Conselho
Espírita
Internacional
Federação
Espírita
Brasileira
Federação
Espírita
do Paraná
Associação de
Magistrados
Espíritas
Associação
Médico-Espírita
do Brasil
Associação de
Psicólogos
Espíritas
Cruzada dos
Militares
Espíritas
Outros
Links de sites
Espíritas
Esclareça
suas dúvidas
Quem somos
Fale Conosco

Crônicas e Artigos

Ano 6 - N° 270 - 22 de Julho de 2012

JOSÉ REIS CHAVES
jreischaves@gmail.com
Belo Horizonte, MG (Brasil)
      
 

A verdade é algo complexo e pode ser até um paradoxo


A verdade humana é muito instável, pois é sempre relativa. Quando ela não é subjetiva, mas objetiva, é mais real, porém é também relativa, pois só a divina é absoluta e, no entanto, incompreensível por nós.

A nossa verdade sobre Deus é, pois, relativa. Influenciados pela mitologia, os teólogos antigos acabaram antropomorfizando Deus, e não se contentaram em transformá-Lo em uma pessoa, mas até em Três Pessoas, o que para o mundo de hoje é insustentável diante do próprio monoteísmo cristão.

O apóstolo Paulo disse para os gregos que o Deus dele era desconhecido (ignoto), tal qual o deles (Atos 17: 23).  Paulo se aproxima da ideia dos agnósticos, os quais consideram Deus inacessível ao nosso entendimento. Comparemos essa teologia paulina com a da confusa Santíssima Trindade!  Estou mais com Paulo, cujo Deus é indefinido, mas que nos leva a mais amor a Deus, e não à confusão sobre Ele e medo Dele!

Os teólogos adversários da teologia ortodoxa ou oficial foram chamados de hereges. Mas apoiados pelos imperadores, os ortodoxos transformaram suas doutrinas em dogmas. E quem os negasse de público, coitado!, era condenado, inclusive com a morte, e, mais tarde, era colocado vivo na fogueira! E, assim, os dogmas chegaram até hoje. Respeitemo-los, mas são eles que estão prejudicando seriamente o Cristianismo. E este inimigo é terrível, pois o Cristianismo sempre teve inimigos externos. Agora, seus inimigos são de dentro do próprio Cristianismo, como está acontecendo com a Igreja e com outras igrejas cristãs, o que não aplaudo, mas lamento. E o Islamismo cresce, enquanto que o Cristianismo decresce.  A teologia islâmica de um Deus único, Alá, e a espírita, da Inteligência Suprema e causa primeira de todas as coisas, são mais coerentes com a razão do que o Deus confuso trinitário. Dizem os teólogos que se trata de um mistério, o que pode até se aproximar de algum modo do Deus desconhecido paulino. Mas a coisa se complica quando eles afirmam que Jesus e o Espírito Santo são também outros deuses onipotentes iguais Àquele verdadeiro, que Jesus chamou de Pai Dele e de nós. Os teólogos agiram de boa-fé, mas acabaram perdidos no labirinto das elucubrações teológico-mitológico-politeístas.

Realmente, a verdade humana é complexa, paradoxal e relativa. E ela depende também do fator tempo. O que é verdade hoje, amanhã poderá não ser e vice-versa. Jesus e Buda não quiseram defini-la. E por que, então, os teólogos de hoje querem sustentar “verdades esquisitas”, e logo sobre Deus, de seus colegas antigos? Estes erraram, mas são justificados por seu atraso evolucional cultural, ou seja, por ignorância. Porém os de hoje erram muito mais, pois não é tanto por atraso cultural o seu erro, mas é por contumaz teimosia em quererem manter as estranhas “verdades” de seus colegas do passado!

A causa de todo esse imbróglio é que, se os teólogos de hoje aceitarem que seus colegas do passado cometeram erros teológicos, eles, os de hoje, têm que admitir que eles também não são infalíveis.

O Nazareno disse que, para sermos seus discípulos, temos que renunciar até a nós mesmos (São Mateus 16: 24).

E eis uma das grandes verdades: o ego dos teólogos de hoje trava as verdades, emperrando o Cristianismo!



 


Voltar à página anterior


O Consolador
 Revista Semanal de Divulgação Espírita