WEB

BUSCA NO SITE

Edição Atual Edições Anteriores Adicione aos Favoritos Defina como página inicial

Indique para um amigo


O Evangelho com
busca aleatória

Capa desta edição
Biblioteca Virtual
 
Biografias
 
Filmes
Livros Espíritas em Português Libros Espíritas en Español  Spiritist Books in English    
Mensagens na voz
de Chico Xavier
Programação da
TV Espírita on-line
Rádio Espírita
On-line
Jornal
O Imortal
Estudos
Espíritas
Vocabulário
Espírita
Efemérides
do Espiritismo
Esperanto
sem mestre
Divaldo Franco
Site oficial
Raul Teixeira
Site oficial
Conselho
Espírita
Internacional
Federação
Espírita
Brasileira
Federação
Espírita
do Paraná
Associação de
Magistrados
Espíritas
Associação
Médico-Espírita
do Brasil
Associação de
Psicólogos
Espíritas
Cruzada dos
Militares
Espíritas
Outros
Links de sites
Espíritas
Esclareça
suas dúvidas
Quem somos
Fale Conosco

Estudando as obras de Manoel Philomeno de Miranda
Ano 6 - N° 270 - 22 de Julho de 2012

THIAGO BERNARDES
thiago_imortal@yahoo.com.br
 
Curitiba, Paraná (Brasil)
 

Tramas do Destino

Manoel Philomeno de Miranda 

(Parte 24)

Damos continuidade ao estudo do livro Tramas do Destino, de Manoel Philomeno de Miranda, obra psicografada por Divaldo P. Franco.

Questões preliminares

A. Quem foi Gilberto no passado?  

Gilberto foi no passado Jean-Marie de Rondelet, que se tornara amante de Annette, esposa de seu amo, Sr. Geor­ges, a quem ele então servia e odiava. A indiferença que ele nutria pela irmã sofrida e o desprezo pelo pai azorragado tinham raízes, pois, no passado. (Tramas do Destino, cap. 26, pp. 253 a 255.) 

B. Quantos anos Rafael passou afastado de seu lar?  

Dezesseis anos. Esse foi o tempo que decorreu desde o dia sombrio em que ele saíra de casa sob o estigma de rudes incertezas, ven­cido por acerbas aflições. (Obra citada, cap. 26, pp. 255 a 257.)

C. Dizem que a morte é o que de pior nos pode acontecer. O que, na visão espírita, é pior do que a morte?  

A morte não existe. Desencarnar significa reviver. Em verdade, pior do que a morte é a persistência no erro, é a resistência ao bem, é o cultivo do negro egoísmo, conservando em estado de morte aquele que deveria viver. (Obra citada, cap. 26, pp. 257 a 259.)

Texto para leitura 

112. Os progressos de Lisandra - Reassumindo suas atividades no Centro Es­pírita "Francisco Xavier", Artêmis e Hermelinda foram informadas por Epifânia quanto ao júbilo do Mentor, em referência à forma feliz como souberam pautar o comportamento nos dias lutuosos em que haviam trans­formado tristezas terrenas em alegrias de imortalidade. Com o objetivo de estimulá-las na consecução do programa renovador da caridade, a mé­dium informou-as sobre a presença de Natércio nas tarefas recém-criadas na Fazenda. Quando os homens compreenderem, afirmando-o pela vivência, que nunca estão a sós, mas sempre rodeados de Entidades que se lhes as­semelham e com eles se sintonizam pela afinidade mental de gostos e ati­tudes, sem dúvida adotarão outros hábitos de raciocínios, aspirações e comportamentos, a fim de experimentarem e manterem superior relaciona­mento espiritual, fruindo disso abençoadas alegrias, experiências de paz e felicidade, porque se alçarão intimamente a situações muito diversas das que lhes são habituais. As notícias de Lisandra eram promissoras. A jovem, não obstante em processo de recuperação lenta, dava mostras de singular renovação. Além de participar dos trabalhos espirituais, lia, agora, espontaneamente, "O Evangelho". Estimulada pela enfermeira, com quem repartia apreensões e receios, começou a meditar nas lições do Se­nhor, submetendo-se ao rigoroso tratamento com humildade e esforço. Sob a custódia de Adelaide e Natércio, com os sucessivos tratamentos a que era conduzida quando em parcial desprendimento pelo sono, se liberava da angústia, e sem a constrição de Ermínio Lopez, que recebia cuidados afe­tuosos, experimentava menor tensão, desaparecendo as crises de epilepsia totalmente. Não defrontando o adversário de sua paz, diminuíram os pavo­res e as fugas psíquicas, embora existissem outros Espíritos que, por lhe haverem sofrido o jugo ou o desdém, a perseguição ou o sarcasmo, in­sistiam na cobrança. Longa seria, porém, a senda da ascensão para a en­ferma, a quem Natércio conscientizava das responsabilidades assumidas, apresentando-lhe os recursos que ela poderia investir, para liberar-se quanto antes da difícil situação. O Mentor Espiritual mostrou-lhe que ela poderia, na conjuntura expiatória em que o sofrimento diminuía, op­tar por protelar parte dos débitos restantes ou pelo imediato resgate deles. (Cap. 26, pp. 251 a 253) 

113. Rafael recebe alta clínica - Lisandra optou pela ascensão e, com a visão dilatada, considerando então os acontecimentos já do ponto de vista espiritual, aquiesceu em receber, espontaneamente, novas rudes provanças. Ela já  não se evadia à consciência de culpa, nem se justifi­cava com a frivolidade pelos erros cometidos. Sincero arrependimento, isento da ideia pessimista de infelicidade, deu-lhe maiores dimensões aos imperativos de expiação e ressarcimento. Evidentemente, a boa dis­posição não anulava os camartelos da saudade da família no espírito so­frido. O conforto da fé e a presença da caridade cristã de que era ob­jeto impediam, porém, que a revolta e a mágoa lhe tisnassem as esperan­ças, fazendo-a mergulhar ainda mais no poço do desespero e do azedume, de que saía agora para a largueza da planície em sol da saúde mental. Lisandra já  se interessava pelos demais pacientes e, quando seu estado o permitia, acompanhava Lisabete, procurando ser útil. Do Leprocômio, as notícias de Rafael eram igualmente auspiciosas: ele melhorava a olhos vistos. A hanseníase regredia e as deformações minoravam. Todos lhe abençoavam a amizade espontânea, o interesse fraternal com que se preo­cupava pelos demais. Um ano após a viagem de Lisandra, Rafael teve alta clínica. A notícia o aturdiu. O Dr. Armando Passos agira com prudência, para evitar a surpresa de uma desilusão. A família foi notificada pelo médico em júbilo, que se comprometeu a acompanhar o amigo de volta ao lar, produzindo nas almas simples e sinceras uma inaudita emoção de fe­licidade. Gilberto, apesar de feliz com a notícia, deixou-se apossar de terrível angústia íntima que procurou dissimular. Naquela mesma noite, no Centro Espírita, enquanto Epifânia atendia os sofredores que lhe buscavam o concurso espiritual, com sincera humildade o moço relatou o drama à médium, sem omitir os sentimentos que nutria pelo pai e dos quais se envergonhava, rogando-lhe orientação e ajuda. Epifânia não se furtou a confortá-lo, pois sabia ser ele a reencarnação de Jean-Marie de Rondelet, que se tornou amante de Annette, esposa de seu amo, Sr. Geor­ges, a quem ele então servia e odiava. A médium, telementalizada por Na­tércio, elucidou, dizendo-lhe: "A experiência carnal numa família cons­titui ensancha de aprendizagem e reparação. A indiferença que você nutre pela irmã sofrida e o desprezo pelo pai azorragado são procedentes, em­bora não justificáveis; provindos do passado próximo, devem ser sanados agora, ante a medicação oferecida pelo Espiritismo. Você tem sabido va­lorizar o tempo e lutar contra as tenazes da inferioridade que teimam por puxá-lo para baixo, enquanto as esperanças do Senhor o impelem para cima. Não decaia neste momento. Refugie-se na oração e veja o genitor com os olhos da piedade... A renovação que ele se impôs e as dores su­perlativas que sofreu, estoico, credenciam-no, agora, ao seu amor. An­tes, merecia já  a sua devoção e afeição filiais, pela gratidão que lhe deve ao corpo sadio com que marcha para o futuro... Hoje, adicione o respeito pelas lutas que ele travou, as renúncias e angústias a que se impôs, e o amor santificado lhe substituirá  a melancolia evocativa do lúgubre passado..." (Cap. 26, pp. 253 a 255)

114. Rafael retorna ao lar - Epifânia fez breve pausa, colocou fraternal­mente a destra sobre o ombro do rapaz, refundindo-lhe as energias pelo toque direto, e concluiu: "Diminuem as responsabilidades que você abra­çou com nobreza em relação aos familiares. Todavia, tal compromisso – de que você se libera em parte, com o retorno do genitor – não cessa, antes se estende, devendo você, agora, assumi-lo em relação a outrem..." Gilberto corou, compreendendo a insinuação, e agradeceu emocionado os ensinamentos recebidos da médium. Informou, em seguida, que agora pode­ria consorciar-se com Tamíris, porque, estando o pai em casa, sua ausên­cia teria então menor efeito negativo. A aura psíquica, a afetividade espontânea e o interesse amigo da médium, telecomandada por Natércio, magnetizaram o jovem que, ao influxo dessas energias benéficas, refez-se, retirando-se renovado. No dia convencionado, Dr. Armando Passos e senhora conduziram o ex-hanseniano de volta ao lar. Cândido e esposa o aguardavam, participando dos júbilos familiares. E Epifânia, convidada por Artêmis, compareceu, levando festivo bolo comemorativo. A chegada do chefe da casa foi emocionante!... Dezesseis anos se haviam passado desde o dia sombrio em que ele saíra sob o estigma de rudes incertezas, ven­cido por acerbas aflições. Naquela oportunidade, os pequenos sinais ex­teriores retratavam a hanseníase do espírito, ao passo que agora as ex­pressivas marcas e mutilações da enfermidade orgânica traduziam a libe­ração de todo o mal drenado da alma... Após as saudações afetuosas e os abraços cordiais, Rafael não pôde ocultar o sentimento de saudade pela ausência da filha. Artêmis percebeu-lhe a sombra da tristeza na face e apressou-se a dizer: "Na glória da nossa redenção, continuemos conver­tendo as tristezas e amarguras da Terra em esperanças e alegrias que um dia fruiremos na Espiritualidade..." Essas palavras, inspiradas por Ade­laide, produziram o efeito pretendido. Ato contínuo, a esposa de Rafael pediu que Epifânia expressasse por eles as gratidões e os júbilos ao Senhor pela concessão com que Ele enriquecia suas vidas, aduzindo: "Os verdadeiros cristãos não podem nunca se olvidar da gratidão, especial­mente às fontes sublimes da Misericórdia Divina, na hora da alegria. Na lição dos dez leprosos curados, jamais nos esqueçamos de que apenas um voltou a Jesus para agradecer..." (Cap. 26, pp. 255 a 257) 

115. O êxito requer perseverança, continuidade, labor - Epifânia concen­trou-se e, pela psicofonia, Natércio se fez intermediário de todos, na oração refazente. Quando esta terminou, pairavam na psicosfera, saturada de harmoniosas vibrações de difícil definição, dúlcidos e blandiciosos eflúvios de reconforto e revigoramento espiritual. No silêncio que se seguiu, todos repassavam mentalmente as lutas travadas e a presença da ajuda celeste, a par dos resultados felizes, e sentiam que as dores su­portadas não eram preço demasiado ante tantos júbilos. Com a sabedoria que lhe é peculiar, o Instrutor asseverou: "Somos viandantes da infinita jornada dos séculos... Não nos encontramos juntos pela primeira vez. Nossos passos cruzaram-se anteriormente, redescobrindo uns as pegadas de outros na mesma senda... Até agora, bem pouco aproveitamos das con­cessões superiores do Senhor de nossas vidas. Postergamos a redenção, fascinados pela ilusão; cedemos à glória transitória a coroa da felici­dade permanente; preferimos a asfixia dos vales estreitos à atmosfera pura dos elevados montes; por tais razões, embora a ânsia de liberdade, debatemo-nos no presídio das limitações que mantivemos; sonhando com os céus transparentes e luminosos, vivemos em charneca sombria e pesada... Novamente chega até os nossos ouvidos a voz de Jesus chamando-nos, em doce entonação, ressumbrando oportuna advertência. A chancela da aflição nos assinala o cerne da alma, e o Seu bálsamo nos diminui a inclemente ardência, acalmando-nos. Pelo que mais aguardamos? Até quando Ele espe­rará  pelo nosso teimoso adiamento de adesão definitiva à verdade?" Após ligeira pausa, que todos aproveitaram para meditar sobre as palavras do Instrutor, este prosseguiu: "Somos unânimes em identificar os gravames e os insucessos, reclamar contra os erros e as dores; no entanto, quão pouco temos proscrito a insensatez e as justificativas indébitas do campo das nossas realizações! Este é para nós um momento muito valioso, de profunda significação. A terra ingrata e ardente, perfurada sem desâ­nimo, retribui a insistência com débil filete de água, que se converte em fonte generosa. As sombras densas, em conjugação teimosa, não apagam flébil lamparina. Letra a letra se compõe o livro nobre. Passo a passo o viandante vence a distância. Nenhum milagre, nem feito prodigioso. Todo ministério ditoso impõe perseverança, continuidade, labor bem dirigido, a fim de lograr êxito". E, após diversas outras considerações, o Instru­tor aduziu: "Quem se entrega a Jesus e segue-lhe os ensinamentos encon­tra meios e forças para o soerguimento redentor. Diz-se que a morte é o que de pior nos pode acontecer. Para nós, todavia, desencarnar significa reviver. Em verdade, pior do que a morte é a persistência no erro, é a resistência ao bem, é o cultivo do negro egoísmo, conservando em estado de morte aquele que deveria viver". (Cap. 26, pp. 257 a 259) (Continua no próximo número.)
 


 


Voltar à página anterior


O Consolador
 Revista Semanal de Divulgação Espírita