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Crônicas e Artigos

Ano 6 - N° 269 - 15 de Julho de 2012

WELLINGTON BALBO
wellington_balbo@hotmail.com
Bauru, SP (Brasil)
 

Rituais e fantasias de Joaquim


Uma vez por semana Joaquim frequenta algum dos diversos centros espíritas que existem pelas cidades por onde passa, já que é vendedor e viaja muito, não conseguindo, portanto, comparecer com regularidade a nenhuma casa espírita em particular.

Conforme aprendera ainda criança, ouvindo conversa dos adultos, era preciso tomar passe semanalmente para que sua vida, como diz o senso comum, “não ande para trás”.

Condicionado a essa regra, Joaquim comparece religiosamente a uma dessas casas espíritas espalhadas pelos rincões de nosso Brasil, trajando sempre camisa branca e calça preta, porquanto também aprendera que usar a mesma roupa traz sorte e ajuda os bons Espíritos  identificá-lo em meio à multidão de pessoas. Aliás, outro ritual curioso que Joaquim também aprendeu é o de fazer o sinal da cruz ao entrar em um centro espírita. Um dia, porém, ao entrar em uma casa espírita com seu uniforme oficial e fazer o sinal da cruz, Joaquim deparou-se com um dos dirigentes da instituição que, curioso, passou a observá-lo.

Percebeu o dirigente que Joaquim fazia gestos em sua oração, ajoelhava-se e levantava-se numa espécie de dança esquisita. O dirigente aguardou que Joaquim terminasse todo seu ritual para, então, dirigir-se até ele, saudando-o:

 - Como vai, meu amigo? Meu nome é Juarez, sou colaborador desta casa há alguns anos. É a primeira vez que comparece aqui?

 - Ah, Sr. Juarez, é a primeira vez que venho aqui. Meu nome é Joaquim, sou vendedor e, por isso, viajo muito, mas em todas as cidades que visito não deixo de ir ao centro de camisa branca e calça preta, além de dançar em homenagem aos Espíritos e etc.

Em poucos minutos de conversa o dirigente constatou que Joaquim, não obstante comparecer aos centros para tomar passe, nada sabia sobre a doutrina codificada por Kardec.

O dirigente de forma tranquila, percebendo os equívocos de Joaquim, ensinou-lhe:

 - Meu amigo, o Espiritismo não comporta rituais de qualquer gênero ou espécie. Não precisa vir ao centro de uniforme, dançar para homenagear os Espíritos e tampouco fazer gestos em suas orações.

- Desculpe-me, Sr. Juarez, mas nunca me disseram nada sobre isso...

- Estude então as obras de Kardec e observe que ele dispensava todo e qualquer ritual, e, desta forma, sem qualquer ritualismo é que foi construído esse nobre edifício chamado Doutrina Espírita. Reflita  na ideia de dispensar o uniforme e deixar de lado as danças para os Espíritos e demais sinais.

 - E quanto à oração, como irei orar sem fazer o sinal da cruz?

 - Ore com o coração, sem condicionamentos e regras. Orar é falar com Deus, portanto, esqueça do exterior e foque o interior, a essência. Bem, depois conversaremos mais. Ah, ia me esquecendo, o passe é importante, mas não deixe também de escutar a palestra, pois ela contém valiosos ensinamentos, e com esses apontamentos não será difícil compreender tudo o que eu lhe disse há pouco.

E despediu-se o dirigente, deixando Joaquim imerso em algumas reflexões.

A história acima pode soar fantasiosa em demasia, fruto da imaginação do autor, contudo, não deixa de ser alerta para todos aqueles que dirigem e ou coordenam atividades na casa espírita: Estejam atentos para esclarecer,  a frequentadores  assíduos ou esporádicos, quanto às diretrizes do Espiritismo que dispensa todo e qualquer ritual, exigindo apenas a presença do sentimento verdadeiro nas atitudes e pensamentos.



 


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O Consolador
 Revista Semanal de Divulgação Espírita