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Estudando a série André Luiz
Ano 6 - N° 269 - 15 de Julho de 2012

MARCELO BORELA DE OLIVEIRA
mbo_imortal@yahoo.com.br
Londrina, Paraná (Brasil)
 

Evolução em Dois Mundos

André Luiz

(Parte 33)

Damos continuidade ao estudo da obra Evolução em Dois Mundos, de André Luiz, psicografada pelos médiuns Waldo Vieira e Francisco Cândido Xavier e publicada em 1959 pela Federação Espírita Brasileira.

Antes de ler as questões e o texto indicado para leitura, sugerimos ao leitor que veja, primeiro, as notas constantes do glossário pertinente ao estudo desta semana.

Questões preliminares 

A. Os hormônios segregados pelas glândulas sexuais exercem ação decisiva no comportamento sexual da criatura?

Não. Os hormônios produzem ações estimulantes e inibitórias; contudo, como atendem aos impulsos e determinações da mente, por intermédio do corpo espiritual, incentivam o desenvolvimento ou a maneira de proceder da espécie, mas não os originam. Em face disso, nenhum deles possui ação monopolizadora no mundo orgânico, não obstante patentearem essa ou aquela influência de modo mais amplo. (Evolução em dois Mundos, 1a  Parte, cap. XVIII, pp. 139 a 141.)

B. Onde podemos encontrar a sede real do sexo?

A sede real do sexo se encontra na alma, na entidade espiritual, que guarda a sua individualidade sexual intrínseca, a definir-se na feminilidade ou na masculinidade, conforme os característicos acentuadamente passivos ou claramente ativos que lhe sejam próprios. O sexo é, portanto, mental em seus impulsos e manifestações, transcendendo quaisquer impositivos da forma em que se exprime, embora reconheçamos que a maioria das consciências encarnadas permanecem seguramente ajustadas à sinergia mente-corpo, em marcha para mais vasta complexidade de conhecimento e emoção. (Evolução em dois Mundos, 1a  Parte, cap. XVIII, pp. 141 e 142.) 

C. Pode-se afirmar que o amor assume dimensões mais elevadas na medida em que a alma evolui?

Sim. À medida que se nos dilata o afastamento da animalidade quase absoluta, para a integração com a Humanidade, o amor assume dimensões mais elevadas, tanto para os que se verticalizam na virtude como para os que se horizontalizam na inteligência. Nos primeiros, cujos sentimentos se alteiam para as Esferas Superiores, o amor se ilumina e purifica, mas ainda é instinto sexual nos mais nobres aspectos, imanizando-se às forças com que se afina em radiante ascensão para Deus. Nos segundos, cujas emoções se complicam, o amor se requinta, transubstanciando-se o instinto sexual em constante exigência de satisfação imoderada do “eu”. (Evolução em dois Mundos, 1a  Parte, cap. XVIII, pp. 142 e 143.)

Texto para leitura 

129. Ação dos hormônios - Atingindo inequívoco progresso em seus estímulos, o corpo espiritual, desde a protoforma psicossômica nos animais superiores até o homem, conforme a posição da mente a que serve, determina mais ampla riqueza hormonal. As glândulas sexuais que então mobiliza são mais complexas. Exercem a própria ação pelos hormônios que segregam, arrojando-os no sangue, hormônios esses, femininos ou masculinos, que possuem por arcabouço da constituição química, em que se expressam, o núcleo ciclo-pentano-peridro-fenantreno, filiando-se ao grupo dos esteróis. Os hormônios estrogênicos, oriundos do ovário, mantêm os caracteres femininos secundários, e os androgênicos, segregados pelo testículo, sustentam os caracteres masculinos da mesma ordem. Produzem ações estimulantes e inibitórias; contudo, como atendem necessariamente a impulsos e determinações da mente, por intermédio do corpo espiritual, incentivam o desenvolvimento ou a maneira de proceder da espécie, mas não os originam. Por isso, nenhum deles possui ação monopolizadora no mundo orgânico, não obstante patentearem essa ou aquela influência de modo mais amplo. Ainda em razão do mesmo princípio que lhes vige na formação, pelo qual obedecem às vibrações incessantes do campo mental, os hormônios não se armazenam: transformam-se rapidamente ou sofrem apressada expulsão nos movimentos excretórios. Entendendo-se os recursos da reprodução como engrenagens e mecanismos de que o Espírito em evolução se vale para a plasmagem das formas físicas, sem que os homens lhe comprovem, de modo absoluto, as qualidades mais íntimas, é fácil reconhecer que as glândulas sexuais e seus hormônios exibem efeitos relativamente específicos. O ovário e os hormônios femininos se responsabilizam pelos distintivos sexuais femininos, mas podem desenvolver alguns deles no macho, prevalecendo as mesmas diretrizes para o testículo e os hormônios que lhe correspondem. Isso é claramente demonstrável nos experimentos de castração, enxertos e injeções hormonais, porquanto, apesar de a ação sexual específica do testículo e do ovário apresentar-se como fato indiscutível, a gônada, refletindo os estados da mente, herdeira direta de experiências inumeráveis, eventualmente produz certa quantidade de hormônios heterossexuais e, da mesma sorte, ainda que os hormônios sexuais se afirmem com atividade específica intensa, em determinados acontecimentos realizam essa ou aquela ação em órgãos do sexo oposto. Esses são os efeitos heterossexuais ou bissexuais das glândulas ou dos hormônios. (Evolução em dois Mundos, 1a  Parte, cap. XVIII, pp. 139 a 141.) 

130. Origem do instinto sexual - Todas as nossas referências a semelhantes peças do trabalho biológico, nos reinos da Natureza, objetivam simplesmente demonstrar que, além da trama de recursos somáticos, a alma guarda a sua individualidade sexual intrínseca, a definir-se na feminilidade ou na masculinidade, conforme os característicos acentuadamente passivos ou claramente ativos que lhe sejam próprios. A sede real do sexo não se acha, dessa maneira, no veículo físico, mas sim na entidade espiritual, em sua estrutura complexa. O instinto sexual, traduzindo amor em expansão no tempo, vem das profundezas, para nós ainda inabordáveis, da vida, quando agrupamentos de mônadas celestes se reuniram magneticamente umas às outras para a obra multimilenária da evolução, ao modo de núcleos e elétrons na tessitura dos átomos, ou dos sóis e dos mundos nos sistemas macrocósmicos da imensidade. Por ele, as criaturas transitam de caminho a caminho, nos domínios da experimentação multifária, adquirindo as qualidades de que necessitam; com ele, vestem-se da forma física, em condições anômalas, atendendo a sentenças regeneradoras na lei de causa e efeito ou cumprindo instruções especiais com fins de trabalho justo. O sexo é, portanto, mental em seus impulsos e manifestações, transcendendo quaisquer impositivos da forma em que se exprime, não obstante reconhecermos que a maioria das consciências encarnadas permanecem seguramente ajustadas à sinergia mente-corpo, em marcha para mais vasta complexidade de conhecimento e emoção. (Evolução em dois Mundos, 1a  Parte, cap. XVIII, pp. 141 e 142.) 

131. Evolução do amor - Entretanto, importa reconhecer que à medida que se nos dilata o afastamento da animalidade quase absoluta, para a integração com a Humanidade, o amor assume dimensões mais elevadas, tanto para os que se verticalizam na virtude como para os que se horizontalizam na inteligência. Nos primeiros, cujos sentimentos se alteiam para as Esferas Superiores, o amor se ilumina e purifica, mas ainda é instinto sexual nos mais nobres aspectos, imanizando-se às forças com que se afina em radiante ascensão para Deus. Nos segundos, cujas emoções se complicam, o amor se requinta, transubstanciando-se o instinto sexual em constante exigência de satisfação imoderada do “eu”. Conforme a Psicanálise, que vê na atividade sexual a procura incessante de prazer, concordamos em que uns, na própria sublimação, demandam o prazer da Criação, identificando-se com a Origem Divina do Universo, enquanto outros se fixam no encalço do prazer desenfreado e egoístico da autoadoração. Os primeiros aprendem a amar com Deus. Os segundos aspiram a ser amados a qualquer preço. A energia natural do sexo, inerente à vida em si, gera cargas magnéticas em todos os seres, pela função criadora de que se reveste, cargas que se caracterizam com potenciais nítidos de atração no sistema psíquico de cada um e que, em se acumulando, invadem todos os campos sensíveis da alma, como que a lhe obliterar os mecanismos outros de ação, qual se estivéssemos diante de usina reclamando controle adequado. Ao nível dos brutos ou daqueles que lhes renteiam a condição, a descarga de semelhante energia se efetua, indiscriminadamente, através de contactos, quase sempre desregrados e infelizes, que lhes carreiam, em consequência, a exaustão e o sofrimento como processos educativos. (Evolução em dois Mundos, 1a  Parte, cap. XVIII, pp. 142 e 143.) 

132. Poligamia e monogamia - O instinto sexual, então, a desvairar-se na poligamia, traça para si mesmo largo roteiro de aprendizagem a que não escapará pela matemática do destino que nós mesmos criamos. Entretanto, quanto mais se integra a alma no plano da responsabilidade moral para com a vida, mais aprende o impositivo da disciplina própria, a fim de estabelecer, com o dom de amar que lhe é intrínseco, novos programas de trabalho que lhe facultem acesso aos planos superiores. O instinto sexual nessa fase da evolução não encontra alegria completa senão em contato com outro ser que demonstre plena afinidade, porquanto a liberação da energia, que lhe é peculiar, do ponto de vista do governo emotivo, solicita compensação de força igual, na escala das vibrações magnéticas. Em semelhante eminência, a monogamia é o clima espontâneo do ser humano, uma vez que dentro dela realiza, naturalmente, com a alma eleita de suas aspirações a união ideal do raciocínio e do sentimento, com a perfeita associação dos recursos ativos e passivos, na constituição do binário de forças, capaz de criar não apenas formas físicas, para a encarnação de outras almas na Terra, mas também as grandes obras do coração e da inteligência, suscitando a extensão da beleza e do amor, da sabedoria e da glória espiritual que vertem, constantes, da Criação Divina. (Evolução em dois Mundos, 1a  Parte, cap. XVIII, pp. 143 e 144.) 

 

Glossário: 

Androgênico: referente ao andrógeno, hormônio sexual masculino, produto de secreção dos testículos e das glândulas suprarrenais, que estimula o desenvolvimento dos caracteres sexuais masculinos secundários.

Binário: o que é constituído de dois elementos, de duas unidades.

Biológico: relativo ao desenvolvimento e às condições de vida dos seres vivos.

Bipotencial: que encerra capacidade de exercer ação dupla.

Bissexual: referente à bissexualidade, existência de dois sexos no mesmo organismo, como o hermafroditismo em animais e plantas.

Celular: relativo à natureza da célula, a menor unidade de função e organização, nos seres vivos, que apresenta todas as características de vida.

Ciclo-pentano-peridro-fenantreno: transformação de um tipo de hidrocarboneto (pentano) em outro tipo de hidrocarboneto (fenantreno) pela ação das glândulas sexuais. Hidrocarboneto é um composto de hidrogênio e carbono.

Corpo Espiritual: o perispírito, psicossoma.

Cosmo: a contextura de um todo.

Elétron: corpúsculo carregado de eletricidade negativa, fundamental na composição do átomo, e que é o constituinte mais numeroso de matéria. É partícula orbital, porque gira em torno do núcleo atômico.

Esterol: grupo de compostos orgânicos de natureza cíclica, amplamente difundidos entre os vegetais e animais. Encontram-se nos vertebrados como colesterol, que está presente em numerosos órgãos e tecidos corporais (sangue, cérebro, substâncias nervosas, membranas celulares); normalmente o colesterol figura na proporção de 1% em todas as gorduras animais, chegando a constituir até 90% nos cálculos biliares.

Estrogênico: diz-se de substância que tem ação semelhante ou igual à de um estrogênio.

Estrogênio: designação genérica dos hormônios responsáveis pelo desenvolvimento dos caracteres sexuais secundários na mulher e pelo aparecimento, durante o ciclo menstrual, das condições adequadas, na genitália feminina, à fertilização, implantação e nutrição do embrião. 

Excretório: que expele; que segrega.

Gameta: célula sexual ou germinal dos seres vivos, encarregada da reprodução mediante a fecundação. Forma variante: gameto.

Genésico: relativo ao impulso sexual ligado à função de reprodução dos órgãos sexuais.

Genética: ramo da Biologia que estuda as leis da transmissão dos caracteres hereditários, e as propriedades das partículas (genes) que asseguram essa transmissão.

Glândula Sexual: gônada; testículo no sexo masculino, e ovário, no feminino.

Gônada: glândula sexual masculina ou feminina; nela se formam as células sexuais (espermatozoides ou óvulos) e os hormônios sexuais.

Hermafroditismo: condição de indivíduo com órgãos sexuais de ambos os sexos; na maioria dos vegetais e em alguns vertebrados (tênia, minhoca) é normal, porém nos mamíferos é anomalia.

Heterossexual: relativo às tendências específicas de cada sexo, resultando na atração sexual entre indivíduos de sexos diferentes.

Hormônio: substância produzida pela atividade das glândulas de secreção interna (endócrinas), ou pela atividade de tecidos de secreção interna. É lançado, em parte, no sangue ou na linfa, e, em parte, nos tecidos. Atua sobre as funções orgânicas como excitante ou como regularizador.

Imanizar: imantar, submeter a um efeito semelhante ao da ação do ímã.

Libido: instinto ou desejo sexual. Em Psicanálise, é a energia motriz dos instintos de vida, isto é, de toda a conduta ativa e criadora do homem.

Macrocósmico: relativo ao mundo das coisas grandes (macrocosmo), por oposição ao das coisas pequenas.

Mônada: organismo muito simples, que se poderia tomar por uma unidade orgânica; microorganismo unicelular (uma só célula).

Monogamia: condição do macho em acasalar-se com uma só fêmea; que tem apenas um cônjuge.

Morfológico: referente às características da forma.

Narcisismo: amor excessivo a si mesmo; qualidade dos que se envaidecem, ou se mostram encantados de si mesmos.

Núcleo Atômico: parte central do átomo, constituída por prótons (carga positiva) e nêutrons (sem carga elétrica), em torno do qual giram os elétrons (carga negativa).

Plasmagem: ato ou efeito de plasmar, dar forma a algo.

Poligamia: condição de macho em acasalar-se com mais de uma fêmea; que tem mais de um cônjuge ao mesmo tempo.

Protoforma: primeira forma, forma primitiva.

Psicanálise: método de psicoterapia desenvolvido pelo médico austríaco Sigmund Freud (1856-1939), segundo o qual as neuroses nascem de complexos reprimidos, que transtornam a vida psíquica. O tratamento consiste em tornar conscientes esses complexos a fim de superá-los.

Psicossomático: relativo ao psicossoma (corpo espiritual ou perispírito).

Psicossômico: psicossomático.

Psíquico-magnético: referente as propriedades magnéticas da energia psíquica.

Sexuado: relativo à produção mediante o uso dos órgãos sexuais, ou com o concurso de células sexuais deferenciadas.

Sinergia: ato ou esforço coordenado de vários órgãos na realização de uma função.

Somático: referente ao corpo físico.

Tessitura: contextura; organização.

Transubstanciar: transformar uma coisa em outra.

Unissexualidade: condição de uma espécie com apenas um sexo, como por exemplo, da flor que só tem ou androceu ou gineceu, isto é, só órgão masculino ou só órgão feminino.

 

Nota:

Muitos termos técnicos usados na obra em estudo não se encontram nos dicionários que comumente consultamos. Clicando no link abaixo, o leitor terá acesso ao texto integral do livro Elucidário de Evolução em Dois Mundos, elaborado e publicado com esse propósito:
http://www.OCONSOLADOR\linkfixo\estudosespiritas\andreluiz\Elucidario.pdf



 


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