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Crônicas e Artigos

Ano 6 - N° 267 - 1º de Julho de 2012

FERNANDO ROSEMBERG PATROCÍNIO
f.rosemberg.p@gmail.com
Uberaba, MG (Brasil)
 

Filosofia matemática do existir


O nosso mestre e notável codificador do Espiritismo, Allan Kardec, viera sabiamente sintetizar nas primeiras páginas de uma de suas importantes obras, intitulada “A Gênese, os Milagres e as Predições”, a preciosíssima e altíssima sentença de que: 

“Para Deus, o passado e o futuro são o presente”.  

Mas o que isto quer dizer? Traduzindo em miúdos: dir-se-ia que os 4,5 (quatro e meio) bilhões de anos de existência do planeta Terra, desde as suas primeiras aglomerações atômicas até hoje – diante da eternidade – seria tal como se o referido tempo não existisse para Deus em seus aspectos de tempo decorrido, ou, passado, pelo fato de haver sido vivenciado, e, sempre, em Seu Presente Instante, ou, em Seu Eterno e Presente Existir, e não na forma como vivenciamos e contamos o tempo, considerando-o como uma dimensão fragmentada pelo entendimento do intelecto humano, e, que tenha tido uma duração no passado, que representa uma duração no presente e que ainda vá ter um determinado período de tempo no futuro. 

Mas, se fomos feitos à imagem e semelhança de Deus, e, se, para Deus, os tempos passado e futuro não existem, mas tão-somente o presente, então, dia chegará em que nossa visão de tempo se aproximará da visão do Criador, ou seja: à visão de que tudo quanto existe só houvera ou haverá de verificar-se em um tempo presente, e onde, até mesmo o passado, que fora vivido e experienciado por nossa individualidade, não acontecera a um tempo passado, e sim, em um tempo que fora presentemente vivido e experienciado, pois que o passado, assim como o futuro, só existem, digamos assim, em sua virtualidade, sendo que o primeiro já fora vivenciado e, de certa forma, extinto e apagado, e, o futuro será, também, e igualmente, presentemente vivido e experimentado na atualidade do ser criado que não mais se submete, ou, se submeterá, às imposições enganosas e fragmentadas do tempo. E, por isto, este autor escrevera alhures que: 

“Pode-se, pois, afirmar que o tempo presentemente vivido nada mais é que uma dinâmica de nós mesmos, um movimento entre o passado e o futuro que não tem existências próprias e específicas, porquanto só acontecem e se verificam ao âmbito de um presente estado de existencialidade”.

Quero crer que esta visão das coisas algo se aproxima da visão do Criador que, num estado de Eterna Presencialidade em tudo, Deus Tudo Vê por Sua Onipresença, Sua Lei que Tudo concatena nos mínimos detalhes de forma perfeita, donde não termos como fugir ou escapar de nossas ações que estão, desde sempre, encerradas em si mesmas pelo Determinismo da Lei, do eterno presente de Deus n’Ele mesmo e em Sua criação, ou seja, em nós mesmos, pois que Deus é mais íntimo de suas criaturas do que suas criaturas são de si mesmas.  

Assim sendo, seria como se disséssemos ou entendêssemos que, para Deus, o antes e o depois se encerram no agora, no Presente de Tempo Único que é só um (1), e que assim poderia conceber-se: 

              (passado) ------------>  (presente)  <-------------- (futuro) 

significando expressar que até mesmo o que ainda não foi realizado “concretamente”, ou seja, uma criação futura ou o vir-a-ser de uma determinada criação Sua, tal perspectiva não existiria e não existe na concepção divina, mas tão-somente o existencial de Si mesmo na Sua criação que já está, desde o Fiat supremo, executada e confinada às Suas eternas Leis no que se denominaria de um Tempo Presente em Deus [(Tpr)D]. Tal ponto presente, de Eterna Atualidade de Deus, vai conjugar aspectos filosóficos e matemáticos expressando-se pela disposição equacionária do que agora, humildemente, estou a denominar como: 

Fórmula Presencial Divina 

[( Tps + Tpr + Tf t )]  =  [(Tpr)D] 

em que cada qual de seus componentes tem o significado: 

(Tps) = tempo passado; 

(Tpr) = tempo presente;  

(Tf t) = tempo futuro; e 

(Tpr)D = tempo presente em Deus, Tempo Único, que é só um (1).

E onde os tempos passados e futuros, constituintes do primeiro termo da formulação, se contraem na direção do Tempo Único Presente em Deus [(Tpr)D], representando algo que está à vista d’Ele e que denota a real Presencialidade e Atualidade de Deus em Tudo quanto existe na criação: 

 [(passado) -----> (presente)  <----- (futuro)] = [(Tpr)D] 

 [(Tps) ---------- > (Tpr) <------------ (Tf t))  =  [(Tpr)D] 

 [(Tpr)] = [(Tpr)D] 

que simboliza o Tempo Presente em Deus [(Tpr)D], um Tempo Único que, como já descrito, é de Presencialidade Única (1), ou seja, é só um (1): 

 [( Tpr / Tpr )] = [( D )] 

  [( 1 )] = [( D )] 

Sendo que o mesmo vale para o nosso universo, cuja existência está estimada, desde o hipotético big-bang, em cerca de 15 (quinze) bilhões de anos, mas vai ainda percorrer outros longos períodos adiante na forma de um Tempo Único (1), Presentemente Experienciado Por Deus, pois que:  

“Tudo Muda na Imutável Presencialidade Divina”. 

Nossa visão de tempo, portanto, é relativa e fragmentada; a de Deus é Única e Absolutamente Presente em Tudo. Enquanto que, para Deus, Tudo está perfeitamente pronto, concluído e finalizado, para nós, tudo está por fazer-se e far-se-á no futuro que, para Deus, não passa de um detalhe sem importância, um simples termo de conclusão no Presente Existencial de Si mesmo. Finalizando, tudo poderia resumir-se na sentença de que:  

“O passado e o futuro convergem para um único ponto presente que é Deus em Sua infinita e imensurável grandeza cósmica”.
 



 


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