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Estudando a série André Luiz
Ano 6 - N° 267 - 1º de Julho de 2012

MARCELO BORELA DE OLIVEIRA
mbo_imortal@yahoo.com.br
Londrina, Paraná (Brasil)
 

Evolução em Dois Mundos

André Luiz

(Parte 31)

Damos continuidade ao estudo da obra Evolução em Dois Mundos, de André Luiz, psicografada pelos médiuns Waldo Vieira e Francisco Cândido Xavier e publicada em 1959 pela Federação Espírita Brasileira.

Antes de ler as questões e o texto indicado para leitura, sugerimos ao leitor que veja, primeiro, as notas constantes do glossário pertinente ao estudo desta semana.

Questões preliminares 

A. Por que, assim que a criatura passou a produzir pensamento contínuo, o sono adquiriu uma importância até então ignorada?

O motivo é que, usado instintivamente pelo elemento espiritual, como recurso reparador, no refazimento das células em serviço, semelhante estado fisiológico carreou novas possibilidades de realização para quantos se consagrassem ao trabalho mais amplo de desejar e mentalizar. Ansiando livrar-se da fadiga física, após determinada quota de tempo no esforço da vigília diária e, por isso mesmo, entregue ao relaxamento muscular, o homem operante e indagador adormecia com a ideia fixada a serviços de sua predileção. Amadurecido para pensar e lançando de si a substância de seus propósitos mais íntimos, ensaiou, pouco a pouco, o desprendimento parcial do corpo sutil, durante o sono, desenfaixando-o do veículo de matéria mais densa, embora sustentando-o, ligado a ele, por laços fluídico-magnéticos. (Evolução em dois Mundos, 1a  Parte, cap. XVII, pp. 131 e 132.)

B. É verdade que nessa fase primária do desenvolvimento, assim que adormecia, a criatura retornava ao ambiente de seus interesses terrestres?

Sim. Nessa fase, o Espírito, uma vez desprendido do corpo físico, encontrava-se ao pé dos objetos que lhe interessavam. Assim é que o lavrador, no repouso físico, retornava, em corpo espiritual, ao campo em que semeava, entrando em contato com as entidades que amparam a Natureza; o caçador voltava para a floresta; o escultor regressava ao bloco de mármore em que trabalhava, e assim por diante. (Evolução em dois Mundos, 1a  Parte, cap. XVII, pp. 134 e 135.) 

C. Quanto menos densos os elos de ligação entre os implementos físicos e os espirituais, mais amplas são as possibilidades na clarividência?

Sim. E o mesmo se dá com relação à clariaudiência e às demais modalidades de intercâmbio entre o plano material e o plano espiritual. (Evolução em dois Mundos, 1a  Parte, cap. XVII, pp. 134 e 135.) 

Texto para leitura

121. Sono e desprendimento - Releva, porém, assinalar que, em se iniciando a criatura na produção do pensamento contínuo, o sono adquiriu para ela uma importância que a consciência em processo evolutivo, até aí, não conhecera. Usado instintivamente pelo elemento espiritual, como recurso reparador, no refazimento das células em serviço, semelhante estado fisiológico carreou novas possibilidades de realização para quantos se consagrassem ao trabalho mais amplo de desejar e mentalizar. Ansiando livrar-se da fadiga física, após determinada quota de tempo no esforço da vigília diária e, por isso mesmo, entregue ao relaxamento muscular, o homem operante e indagador adormecia com a ideia fixada a serviços de sua predileção. Amadurecido para pensar e lançando de si a substância de seus propósitos mais íntimos, ensaiou, pouco a pouco, tal como aprendera, vagarosamente, o desprendimento definitivo nas operações da morte, o desprendimento parcial do corpo sutil, durante o sono, desenfaixando-o do veículo de matéria mais densa, embora sustentando-o, ligado a ele, por laços fluídico-magnéticos, a se dilatarem levemente dos plexos e, com mais segurança, da fossa romboide. Encetado o processo de sonolência, com as reações motoras empobrecidas e impondo mecanicamente a si mesma o descanso temporário, no auxílio às células fatigadas de tensão, isto desde as eras remotas em que o pensamento se lhe articulou com fluência e continuidade, permanece a mente, através do corpo espiritual, na maioria das vezes, justaposta ao veículo físico, à guisa de um cavaleiro que repousa ao pé do animal de que necessita para a travessia de grande região, em complicada viagem, dando-lhe ensejo à recuperação e pastagem, enquanto ele se recolhe ao próprio íntimo, ensimesmando-se para refletir ou imaginar, de conformidade com seus problemas e inquietações, necessidades e desejos. (Evolução em dois Mundos, 1a  Parte, cap. XVII, pp. 131 e 132.) 

122. Aspectos do desprendimento - Aliviando o controle sobre as células que a servem no corpo carnal, a mente se volta, no sono, para o refúgio de si mesma, plasmando na onda constante de suas próprias ideias as imagens com que se compraz nos sonhos agradáveis em que saca da memória a essência de seus próprios desejos, retemperando-se na antecipada contemplação dos painéis ou situações que almeja concretizar. Para isso, mobiliza os recursos do núcleo da visão superior, no diencéfalo, de vez que aí as qualidades essencialmente óticas do centro coronário lhe acalentam no silêncio do desnervamento transitório todos os pensamentos que lhe emergem do seio. Noutras ocasiões, no mesmo estado de insulamento recolhe, no curso do sono, os resultados de seus próprios excessos, padecendo a inquietação das vísceras ou dos nervos injuriados pela sua rendição à licenciosidade, quando não seja o asfixiante pesar do remorso por faltas cometidas, cujos reflexos absorve do arquivo em que se lhe amontoam as próprias lembranças. Numa e noutra condição, é a mente suscetível à influenciação dos desencarnados que, evoluídos ou não, lhe visitam o ser, atraídos pelos quadros que se lhe filtram da aura, ofertando-lhe auxílio eficiente quando se mostre inclinada à ascensão de ordem moral, ou sugando-lhe as energias e assoprando-lhe sugestões infelizes quando, pela própria ociosidade ou intenção maligna, adere ao consórcio psíquico de espécie aviltante, que lhe favorece a estagnação na preguiça ou a envolve nas obsessões viciosas pelas quais se entrega a temíveis contratos com as forças sombrias. Mas dessa posição de espectador à função de agente existe apenas um passo. O pensamento contínuo em fluxo insopitável desloca-lhe a organização celular perispiritual, à maneira do córrego que em sua passagem desarticula da gleba em que desliza todo um rosário de seixos. E assim como os seixos soltos seguem a direção da corrente, lapidando-se no curso dos dias, o corpo espiritual acompanha, de início, o impulso da corrente mental que por ele extravasa, conscienciando-se muito vagarosamente no sono, que lhe propicia meia-libertação. (Evolução em dois Mundos, 1a  Parte, cap. XVII, pp. 132 a 134.) 

123. Mediunidade espontânea - Nessa fase primária de novo desenvolvimento, encontra-se, como é natural, ao pé dos objetos que lhe tomam o interesse. É assim que o lavrador, no repouso físico, retorna, em corpo espiritual, ao campo em que semeia, entrando em contato com as entidades que amparam a Natureza; o caçador volta para a floresta; o escultor regressa, frequentemente, no sono, ao bloco de mármore em que trabalha; o seareiro do bem volve à leira de serviço em que se lhe desdobra a virtude, e o culpado torna ao local do crime, cada qual recebendo de Espíritos afins os estímulos elevados ou degradantes de que se fazem merecedores. Consolidadas semelhantes relações com o Plano Espiritual, por intermédio da hipnose comum, começaram na Terra os movimentos da mediunidade espontânea, porquanto os encarnados que demonstrassem capacidades mediúnicas mais evidentes, pela comunhão menos estreita entre as células do corpo físico e do corpo espiritual, em certas regiões do campo somático, passaram das observações durante o sono às observações da vigília, a princípio fragmentárias, mas acentuáveis com o tempo, conforme os graus de cultura a que fossem expostos. Quanto menos densos  os elos de ligação entre os implementos físicos e espirituais, nos órgãos da visão, mais amplas as possibilidades na clarividência, prevalecendo as mesmas normas para a clariaudiência e para modalidades outras, no intercâmbio entre as duas esferas, inclusive as peculiaridades da materialização, pelas quais os recursos periféricos do citoplasma, a se condensarem no ectoplasma da definição científica vulgar, se exteriorizam do corpo carnal do médium, na conjugação com as forças circulantes do ambiente, para a efêmera constituição de formas diversas. Desde então, iniciou-se o correio entre o plano físico e o plano extrafísico, mas, porque a ignorância embotasse ainda a mente humana, os médiuns primitivos nada mais puderam realizar que a fascinação recíproca, ou magia elementar, em que os desencarnados igualmente inferiores eram aproveitados, por via hipnótica, na execução de atividades materialonas, sem qualquer alicerce na sublimação pessoal. (Evolução em dois Mundos, 1a  Parte, cap. XVII, pp. 134 e 135.) 

124. Formação da mitologia - Apareceu então a goecia ou magia negra, à qual as Inteligências Superiores opuseram a religião por magia divina, encetando-se a formação da mitologia em todos os setores da vida tribal. Numes familiares, interessados em favorecer as tarefas edificantes para levantar a vida humana a nível mais nobre, foram categorizados à conta de deuses, em diversas faixas da Natureza e, realmente, através dos instrumentos humanos mobilizáveis, esses gênios tutelares incentivaram, por todas as formas possíveis, o progresso da agricultura e do pastoreio, das indústrias e das artes. A luta entre os Espíritos retardados na sombra e os aspirantes da luz encontrou seguro apoio nas almas encarnadas que lhes eram irmãs. Desde essas eras recuadas, empenharam-se o bem e o mal em tremendo conflito que ainda está muito longe de terminar, com bases na mediunidade consciente ou inconsciente, técnica ou empírica. (Evolução em dois Mundos, 1a  Parte, cap. XVII, pág. 135.) 

 

Glossário: 

Célula: a menor unidade de função e de organização, nos seres vivos, que apresenta todas as características de vida.

Centro Coronário: centro de força vital, no perispírito, relacionado com a epífise (glândula pineal), no corpo físico; supervisiona todos os demais centros de força vital, porque recebe em primeiro lugar os estímulos do espírito.

Citoplasma: o protoplasma, massa formadora da célula, excluído o núcleo.

Corpo Espiritual: o perispírito, psicossoma.

Corpo Vital: para algumas escolas espiritualistas, o corpo vital é constituído por átomos de matéria sutil (etérea), sendo denominado corpo vital por ser a fonte das forças nervosas eletrovitais, e, portanto, o construtor e restaurador das formas densas, interpenetrando todo o corpo físico.

Desnervamento: afrouxamento ou abrandamento da ação nervosa.

Diencéfalo: parte do cérebro situada entre o prosencéfalo (porção anterior do cérebro) e o mesencéfalo (porção mediana do cérebro).

Ectoplasma: na definição científica vulgar, era a denominação da parte periférica (camada exterior) do citoplasma. Atualmente o ectoplasma (ou membrana plasmática) é considerado como sendo formado por duas camadas de proteínas, separadas por fosfolipídios (substâncias gordurosas ricas em fósforo).

Eletromagnético: que apresenta o efeito da interação entre carga elétrica e campo magnético.

Fluídico-magnético: referente ao elemento fluídico com propriedade magnética.

Fossa Romboide: soalho do quarto ventrículo cerebral, que se localiza na parte posterior do cérebro. Os ventrículos cerebrais, em número de quatro, constituem um sistema de cavidades comunicantes, no âmago do cérebro, que estão ligadas com o canal central da medula

espinhal que contêm um fluido seroso (aparência de soro).

Goecia: magia, feitiçaria.

Halo Energético: halo formado em torno do corpo dos seres vivos pelas radiações exteriorizadas em forma de energia.

Insulamento: efeito de isolar-se.

Materialona: feminino de materialão. Significa: que ou aquele que é grosseiramente materialista; brutal, bestial.

Mitologia: conjunto de mitos sobre a origem e história de um povo, suas divindades, antepassados e heróis; história fabulosa dos deuses, semideuses e heróis da Antiguidade greco-romana; os mitos e histórias fabulosas que fundamentaram as religiões politeístas.

Nume: deidade; divindade mitológica; gênio.

Onda: forma de propagação da energia produzida por um movimento periódico (vibração ou oscilação) num meio elástico, pelo qual cada molécula sofre uma mudança de posição ao redor de sua posição de equilíbrio.

Pensamento Contínuo: pensamento constante, ininterrupto, que caracteriza a capacidade mental do homem, em oposição ao pensamento fragmentário (descontínuo), próprio dos animais irracionais.

Plasmar: dar forma a algo.

Plexo: entrelaçamento de ramificações nervosas, cuja localização, no corpo físico, se relaciona com a localização dos centros vitais, no perispírito.      

Radiação: emissão de raios portadores de energia.

Reação Motora: resposta produzida pelas células nervosas motoras a um estímulo nervoso.

Seixo: pedra arredondada pelo desgaste, encontrada comumente em leito de rios e em terras sedimentares de origem fluvial ou lacustre.

Somático: referente ao corpo físico.

Transfundir: difundir; transformar.

Vibração: movimento das partículas elementares da matéria, determinando a sua contextura, ou resultando na propagação de uma energia.
 

Nota:

Muitos termos técnicos usados na obra em estudo não se encontram nos dicionários que comumente consultamos. Clicando no link abaixo, o leitor terá acesso ao texto integral do livro Elucidário de Evolução em Dois Mundos, elaborado e publicado com esse propósito:
http://www.OCONSOLADOR\linkfixo\estudosespiritas\andreluiz\Elucidario.pdf

 

 


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