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Crônicas e Artigos

Ano 6 - N° 267 - 1º de Julho de 2012

ALTAMIRANDO CARNEIRO
alta_carneiro@uol.com.br
São Paulo, SP (Brasil)
   
 
 

Auto-de-fé de Barcelona: das cinzas nasceu a luz

 


Na segunda parte do livro Obras Póstumas, o qual reúne os derradeiros escritos e as anotações íntimas de Allan Kardec, destinadas a servir mais tarde para a História do Espiritismo que ele não pôde realizar, há uma informação do Codificador a respeito do auto-de-fé de Barcelona, ocorrido no dia 9 de outubro de 1861, às dez e meia, sobre a colina da cidade de Barcelona, no local onde eram executados os condenados à pena última e por ordem do bispo de Barcelona, Don Antônio Palau Y Termens, desencarnado em 8 de julho de 1862.


A pedido do livreiro Maurice Lachatre, Allan Kardec remeteu-lhe grande número de exemplares de O Livro dos Espíritos, O Livro dos Médiuns, coleções da Revista Espírita e diversas obras e brochuras espíritas, num total de aproximadamente 300 volumes. “A expedição foi feita regularmente pelo seu correspondente em Paris, em uma caixa, que continha outras mercadorias e sem a menor infração dos regulamentos.”


Quando as obras chegaram, foram cobrados do destinatário os direitos de importação, mas, antes de lhe entregarem as obras, tiveram de obter o despacho do bispo, autoridade eclesiástica que, na Espanha, tinha a fiscalização dos livros. Ele achava-se em Madri, mas na sua volta, em vista do catálogo, ordenou que as obras fossem apreendidas e queimadas em praça pública.


“Se tivesse havido tentativa de passar aquelas obras por contrabando, a autoridade espanhola estava no direito de dispor delas, como lhe parecesse; desde porém que não houve fraude, nem ardil, tendo-se pago os respectivos direitos, era de rigorosa justiça que se ordenasse a reexportação se não lhe convinha admiti-las no país. As reclamações feitas ao cônsul francês em Barcelona de nada valeram.”


Kardec informa que Lachatre  perguntou-lhe se queria recorrer à autoridade superior, mas ele achou por bem consultar o seu guia espiritual. A decisão foi muito diferente daquela que qualquer um de nós tomaria. Disse o Espírito consultado: “Tens o direito de reclamar a devolução das obras e certamente a terás de volta desde que faças a reclamação por intermédio do Ministério das Relações Exteriores da França;  a minha opinião, porém, é que maior bem resultará do auto-de-fé que da leitura de alguns volumes. A perda material será grandemente compensada pela repercussão que terá o auto da queima dos livros – o que concorrerá para a propaganda da doutrina. Compreendes quanto uma perseguição tão ridícula e retrógrada pode fazer progredir o Espiritismo na Espanha? As ideias espalhar-se-ão com tanto mais rapidez, as obras serão procuradas com tanto maior avidez, quanto maior for o escândalo da condenação.”


Allan Kardec perguntou se convinha fazer um artigo no próximo número da Revista Espírita, e recebeu a resposta: “Aguarda o auto-de-fé.”


O processo provocou várias comunicações dos Espíritos, entre as quais, uma que destacamos o trecho: “Era preciso que alguma coisa abalasse violentamente certos Espíritos encarnados para que se decidissem a ocupar desta grande doutrina que há de regenerar o mundo”.


Kardec informa que foi-lhe enviado, de Barcelona, um desenho de aquarela, feito por um grande artista, representando a cena do auto-de-fé. “Mandei tirar, em ponto menor, uma cópia fotográfica. Possuo também cinzas colhidas no lugar da fogueira, no meio das quais encontram-se fragmentos, ainda legíveis, das folhas queimadas. Guardo-os em urna de cristal.”



 


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 Revista Semanal de Divulgação Espírita