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Estudando as obras de Manoel Philomeno de Miranda
Ano 6 - N° 266 - 24 de Junho de 2012

THIAGO BERNARDES
thiago_imortal@yahoo.com.br
 
Curitiba, Paraná (Brasil)
 

Tramas do Destino

Manoel Philomeno de Miranda 

(Parte 20)

Damos continuidade ao estudo do livro Tramas do Destino, de Manoel Philomeno de Miranda, obra psicografada por Divaldo P. Franco.

Questões preliminares

A. De que crime Annette era acusada por Ermínio?  

Ao serem surpreendidos juntos, Ermínio disse que não fugiu porque con­tava com a ajuda dela, que não lhe veio, motivo pelo qual agora a odiava sem remissão. Os fatos foram depois projetados numa tela transparente e viu-se claramente que Ermínio, assim que Georges, o esposo de Annette, bateu à porta do quarto, escondeu-se dentro de um imenso armário de roupas, móvel esse que foi emparedado a mando do chefe da casa, que desconfiou que ali estivesse alguém escondido. (Tramas do Destino, cap. 22, págs. 213 e 214.) 

B. Quem, em verdade, foi o responsável pela morte do espanhol?  

O responsável foi Georges, açulado pela desconfiança com relação à mulher. “Há  alguém dentro do roupeiro?", indagou Georges, desconfiado. A mulher disse-lhe que não, jurando por Deus e pela Bíblia. Ele, então, chamou pela camareira, or­denando-lhe que trouxesse os pe­dreiros do castelo, aos quais deter­minou fosse erguida uma parede ali mesmo, à frente do roupeiro. "Comecem já . Eu espero aqui mesmo", ordenou Georges. E assim se fez, fato que foi determinante para a morte do amante. (Obra citada, cap. 22, págs. 215 e 216.)

C. Por que não podemos olvidar, no tratamento da obsessão, a figura do obsessor?  

En­tidades enfermas, os chamados obsessores são nos­sos irmãos da retaguarda ascensional, que aguar­dam o socorro da nossa benevolência e a elucidação evangélica, para re­fazerem-se interiormente, mudando os centros de interesse pessoal para outras direções. Afastá-los, pura e simplesmente, sem os orientar e so­correr cristãmente, redun­daria em fracasso da empresa, uma vez que a luz da caridade e o pão do amor são para todos, encarnados ou não. Ademais, não se pode esquecer que o verdugo frio e calculista assim se en­contra por causa da pusilani­midade ou imprevidência de sua atual presa. (Obra citada, cap. 23, págs. 221 e 222.)

Texto para leitura 

94. Uma tela reproduz as cenas da tragédia - No momento em que Annette mencionou o nome do cavalariço Rondelet, Gilberto, semilúcido, pôs-se a balbuciar: "Rondelet? Sim, eu sou Jean-Marie de Rondelet..." Natércio aproximou-se e, procurando tranquilizar o jovem, recomendou: "Mantenha-se calmo... Pense em Jesus e confie com tranquilidade". Artêmis e Herme­linda, que a tudo assistiam, estavam amarguradas. O mentor espiritual, então, socorreu-as, esclare­cendo que muitas vezes é necessário punçar o abscesso, fazê-lo drenar, ceifar as carnes apodrecidas, para auxiliar na cicatrização. "Confiemos. Tudo está  sob controle e interferiremos no mo­mento próprio...", recomen­dou o dirigente. Annette continuou a dizer ao ex-esposo que ninguém notara a falta do cavalariço, sendo atribuída sua morte à embriaguez... No caso de Ermínio, o jovem espanhol, foi dife­rente. "Ora, seria a minha pela vida dele. Tu não me perdoarias" – disse ela a Georges, o senhor de Dax –, "e eu não suportaria a chacota dos servos e do povo, àquela altura da minha vida. Se ao menos eu fora jovem!... Demais, eu já  me cansava das tuas carícias e exploração..." Ermínio confirmou tudo o que ela disse, acrescentando que sempre que o esposo saía ela o chamava à sua alcova. A princípio, ele pensou apenas nas vantagens, depois quase a amou... Georges perguntou-lhe então por que, quando eles foram surpreendidos juntos, ele não fugiu, e Ermínio confessou que con­tava com a ajuda dela, que não lhe veio, motivo pelo qual agora a odiava sem remissão. Seguiu-se um grande silêncio. Os liti­gantes, exauridos e surpresos entre si com as revelações, refaziam-se para prosseguir a pe­leja. Natércio aproveitou então a pausa e, bem calmo, propôs-lhes: "Repassemos os acontecimentos daquela noite, em or­dem, sem interrupções. Recordem". Uma tela transparente, de substância evanescente, em estado de condensação, adrede colocada em lugar de des­taque, recebendo o in­fluxo mental dos interessados na tragédia em foco, passou a registrar as cenas. Via-se uma ampla alcova, alcatifada, onde estavam Annette e Ermí­nio. Alguém bate à porta e eles se assustam. O ra­paz se esconde dentro de um imenso armário de roupas, ao fundo da recâ­mara. Quando ela abre a porta, Georges pergunta-lhe, com mau humor, por que a demora, e se di­rige ao roupeiro para guardar a valise que carre­gava. Com o semblante lívido, Annette se interpõe entre o esposo e o mó­vel, pedindo, com difi­culdade: "Dá-me a maleta... Eu a guardarei..." O marido estranha o com­portamento da esposa: "Por que não posso eu mesmo guardar os meus obje­tos? Qual a razão deste súbito zelo por mim?" (Cap. 22, págs. 213 e 214) 

95. Ermínio foi emparedado vivo - Annette permaneceu calada, mas, quando Georges se dispôs a abrir o roupeiro, ela, tendo os olhos quase fora das órbitas, advertiu-o: "Não prossigas. Se o fizeres te arrependerás". As cenas na tela eram vivas e traduziam em cores expressivas as emoções das persona­gens. O esposo então recuou e, tentando acalmar-se, perguntou-lhe por que não podia ele mesmo abrir o móvel. Annette disse que é porque ela não queria. "Muito bem, atenderei. Há  alguém dentro do roupeiro?", indagou Georges, já  desconfiado de toda aquela encenação. A mulher disse-lhe que não, jurando por Deus e pela santa Bíblia. "Acredito", afirmou Georges, e, numa atitude fria, fatal, chamou pela camareira, or­denando-lhe que trouxesse os pe­dreiros do castelo, naquele momento. Quando os homens chegaram, ele deter­minou fosse erguida uma parede ali mesmo, à frente do roupeiro. "Comecem já . Eu espero aqui mesmo", ordenou Georges. E assim se fez. Enquanto a noite avançava, foi erguida a pa­rede-túmulo até o teto, ante o olhar es­gazeado de Annette, emudecida, sentada ao lado do esposo. Ao amanhecer, quando o trabalho funesto es­tava concluído, ele disse à serva: "Durante os próximos dias, eu e minha esposa não sairemos deste quarto, fazendo as refeições aqui mesmo. Esta­mos ambos indispostos..." Annette gritou, blasfemou, descontrolou-se, enquanto Georges lhe dizia: "Não vejo razão para deses­pero, querida. Eu já  detestava o móvel. Compraremos outro e o substitui­remos..." As cenas, nesse ponto, esmaeceram, diluíram-se, ouvindo-se en­tão o desabafo de Er­mínio, dirigindo-se a Annette: "Como não a amaldiçoarei para sempre?! Esta é minha hora de vingança..."  Natércio interrompeu-o: "Enganas-te, irmão e amigo", e contou-lhe que, embora seus pensamentos não fossem retratados na tela, pôde acompanhar suas lembranças, nas quais viu que ele receava por um crime que praticara em Roncesvalles, quando matara uma donzela de sua aldeia, que lhe recusou licenciosi­dade... Essa fora a razão de sua ida para Dax. Natércio acrescentou: "Posso acompanhar-te a fuga pelos Pireneus, atravessando o desfiladeiro de Puerto Ibaneta, tentando vencer os escassos oito quilômetros que te facultavam entrar em terras de França... Que fizeste da tua vítima, para atrever-te a falar em inocência, propondo-te justiça com as próprias mãos?" Ermínio, em pranto, suplicou: "Não me recordeis essa loucura. A recordação dela me infelicitou por algum tempo, depois..." (Cap. 22, págs. 215 e 216) 

96. Ermínio se afasta de Lisandra - Ermínio não completou a frase, que Natércio concluiu, dizendo: "Depois te impuseste a vilania de justi­ceiro. Com que direito, se através da­quela circunstância foste o justi­çado? Houvesses perdoado de pronto e outra seria a tua situação. Os teus algozes não estão impunes e não fi­carão esquecidos. À tua semelhança, expungirão lentamente, sorvendo toda a amargura que a ti e a outros im­puseram, irresponsáveis. Entrega-os a Deus e a Deus te entrega, também. Ajudar-te-emos a sair da situação em que te encontras e na qual sofres sem consolo". "Aproveita a dádiva da oportunidade feliz ou se dobrarão os séculos de desdita sobre as tuas desgraças atuais, cada vez mais di­laceradoras, até que sejas recambiado à reencarnação compulsória. Não dilates a pró­pria dor." Ermínio interrogou, então: "E os outros... as outras vítimas? quem as vingará ?" O Instrutor respondeu: "A consciência dos culpados. Além disso, o problema não é teu". Ermínio pediu ajuda e socorro, porque sofria num inferno que não cessava. Natércio, paternal­mente, o confortou: "Dorme, filho de Deus, dorme, meu irmão, dorme..." Lisandra e Rafael, ainda com a aparência ideoplástica de Annette e Geor­ges, não conseguiram entender as instruções dadas pelo Mentor a Ermínio Lopez e, quando Natércio deles se aproximou, tiveram medo: "Deixai-nos! Sois o Anjo Celeste no dia do Juízo Final?" "De maneira alguma!", res­pondeu-lhe o Instrutor. "Sou vosso irmão de lutas e provas, tentando a ascensão com Jesus-Cristo." E propôs-lhes: "Temei o erro e fugi das paixões perniciosas, não da consciência do bem. Dia novo começará  para vós am­bos. Muita urze, ainda, pelo caminho a recolher, porém luzem as oportu­nidades de ascensão, convidativas, adiante, esperando, chamando por vós. Agora, repousai e esquecei o que aqui se passou". Ato contínuo, aplicou-lhes energias anestesiantes, lentamente, enquanto os dois Espí­ritos, consórcios no matrimônio, no crime e na redenção, adormeceram. Adelaide acolheu a neta. Cândido e Genésio toma­ram Rafael. Em seguida, Natércio e Dr. Armando Passos acercaram-se de Lisandra, já na sua forma atual. Apontando o encéfalo da enferma, o Men­tor explicou: "Apesar de havermos separado Ermínio, que rumará  noutra trilha, a partir deste mo­mento passaremos a remover os fulcros da obses­são, imantados ao perispí­rito de Lisandra. Considerando-se, porém, as próprias fixações advindas do inconsciente, em razão dos débitos que ocultou, a psicose maníaco-de­pressiva exigirá  tratamento especializado, em Casa de Saúde própria. Além do mais, é imperioso termos em vista que a constante, demorada in­dução hipnótica exercida por Ermínio contra ela, a intoxicação produzida pelos seus fluidos deletérios, a quase simbiose psíquica, perturbaram o equilíbrio da delicada tecelagem mental". Em face disso, o internamento para o tratamento próprio fazia-se inadiável, acrescentou o Instrutor, e Dr. Armando, que não ocultava o júbilo, concordou plenamente. (Cap. 22, págs. 217 a 219) 

97. O porquê da vampirização espiritual - Logo após os socorros minis­trados a Ermínio Lopez, foram to­madas providências especiais para auxi­liar Lisandra no pro­cesso depurador. Devido aos seus atos levianos do passado, não era Ermí­nio o único comensal junto à sua organização fi­siopsíquica. Tendo os centros da emotividade seriamente desconectados e os registros da memó­ria inconsciente em desgoverno, ela se entregava fácil ao comando direto dos adversários desencarnados que a exploravam. A vampirização espiri­tual se desenvolvia, pois, dominadora, minando as de­fesas mentais e or­gânicas da enferma, numa problemática destrutiva, com que suas vítimas do pretérito se vingavam dos padecimentos sofridos. Ocorre que, obsi­diando Lisandra, as Entidades passavam a depender dos seus fluidos, que lhes eram tonificadores, a fim de prosseguirem fruindo as sensações do tônus físico. Como se lhe diminuíssem as resistências, o grupo infeliz responsável pela parasitose espiritual passara a lutar entre si, a dis­putar, na simbiose obsessiva, as fracas e escassas reser­vas de energias da paciente desequilibrada. Inicialmente, eles se manco­munaram para a agressão em que se empenhavam. Depois, vendo a predomi­nância de Ermínio, passaram à disputa entre si, rancorosos e prepoten­tes, estabelecendo no campo mental da jovem verdadeiro sítio de malsi­nada batalha. Nos proces­sos obsessivos graves, os perturbadores absorvem alimento com que sus­tentam as débeis forças em desalinho. Assim, a ví­tima se lhes transforma também em fonte de vitalidade, de que não se conseguem apartar com faci­lidade. Não podemos, pois, olvidar, no trata­mento da obsessão, as ne­cessidades em que se debatem os obsessores. En­tidades enfermas são nos­sos irmãos da retaguarda ascensional, que aguar­dam o socorro da nossa benevolência e a elucidação evangélica, para re­fazerem-se interiormente, mudando os centros de interesse pessoal para outras direções. Afastá-los, pura e simplesmente, sem os orientar e so­correr cristãmente, redun­daria em fracasso da empresa, uma vez que a luz da caridade e o pão do amor são para todos, encarnados ou não. Outros­sim, não se pode esquecer que o verdugo frio e calculista assim se en­contra por causa da pusilani­midade ou imprevidência de sua atual presa... (Cap. 23, págs. 221 e 222)  (Continua no próximo número.)
 



 


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 Revista Semanal de Divulgação Espírita