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Crônicas e Artigos

Ano 6 - N° 265 - 17 de Junho de 2012

FERNANDO ROSEMBERG PATROCÍNIO
f.rosemberg.p@gmail.com
Uberaba, MG (Brasil)
 

A notável filosofia  espírita


Qual dos itens é o mais importante no tríplice aspecto do Espiritismo? O Científico, o Filosófico ou o seu aspecto puramente Religioso?

Pode-se cair em erro com afirmativas apressadas e sem maiores reflexões. Pois que os três se entrosam de tal maneira que, por vezes, não sabemos qual é qual. Isto porque, numa reunião espírita de fenômenos mediúnicos de doutrinação espiritual, por exemplo, podemos encontrar os três aspectos reunidos num só momento de extrema importância para os dois lados das experiências humana e extra-humana, física e extrafísica.

Senão vejamos: um Espírito errante, necessitado de doutrinação evangélico-cristã, incorpora a um determinado médium pela permissão da Espiritualidade atuante no ambiente preparado para tal procedimento; ele manifesta-se, portanto, via mediúnica; e os demais participantes da reunião observam o fenômeno, tiram suas conclusões mais íntimas e pessoais, equivocadas ou não, e, num ato de amor e de caridade, juntos com o esclarecedor da noite, entram em atitude mental positiva, visando ao bem e à iluminação doutrinária do Espírito sofredor.

Assim, pois, é de notar, no exemplo citado, três fases consecutivas e interconectadas do fenômeno mediúnico em questão:

- a manifestação positiva, ou não, de um Espírito sofredor; para os participantes da reunião mediúnica, bem como para nós, trata-se, pois, e, sem sombra de dúvida, do aspecto experimental e científico adotado pelo Espiritismo kardeciano, ou seja: o da observação do fenômeno, de sua realidade anímica ou puramente mediúnica, sendo que, no primeiro caso, poderá constituir-se em uma fraude ou não, pois que uma manifestação anímica também poderá constituir-se em uma manifestação positiva, real e evidente de uma outra personalidade do próprio médium, que emergira na consciência atual;

- a mentalização no sentido do esclarecimento e do bem do referido sofredor, o que constitui o seu aspecto religioso;

- e, finalmente, a doutrinação do Espírito no aspecto filosófico e também religioso.

Mas, pergunta-se: deve o espiritista preocupar-se demasiadamente com a formação dos seus cientistas visando a novas descobertas e comprovações a serem efetivadas pela Ciência Espírita? Óbvio que, agora, me refiro de um ponto de vista mais acadêmico, e não, como no caso retrocitado, de uma reunião mediúnica e seus aspectos doutrinários que, afinal, é, também, deveras importante. E, portanto, estou me referindo aos cientistas de formação universitária, como, por exemplo, numa faculdade de teologia espírita, visando à formação de técnicos voltados para a área da pesquisa.

Repito: sua formação é importante? Óbvio que sim. Mas devemos nos escalpelar para formarmos nossos cientistas e termos uma mais atuante Ciência Espírita? Às vezes penso que não. O que ocorre é que sabemos que a Alma existe, que a reencarnação é um fato, que a comunicação entre os dois planos existenciais é de todos os tempos da humanidade; noutras palavras, tudo isso e muito mais já é, para nós, ponto pacífico e já muito bem resolvido pelos mais importantes sábios em todo o mundo. Até porque, já se fizeram, e ainda se fazem, em nosso território, algumas experiências no campo da mediunidade de efeitos físicos e tenho visto alguns trabalhos de cunho notoriamente científicos, como, por exemplo, da Grafoscopia, provando que as assinaturas dos diversos Espíritos comunicantes são as mesmas assinaturas que eles apresentavam quando estiveram encarnados, etc., etc., sem contar, ainda, as pesquisas que se fazem no campo da Transcomunicação Instrumental (TCI).

Assim, penso que não! Que não devemos arrancar nossos cabelos de tanta preocupação em vermos uma mais relevante prática da Ciência Espírita nos presentes tempos de graves transições éticas, filosóficas e científicas no mundo, e por que não dizer, de grave transição planetária para um novo mundo: o regenerador.

Quero crer que o mais importante hoje, na minha visão, é a Filosofia Espírita, indubitavelmente. Hoje e ontem também. A profunda e dilatada Filosofia Moral que decorre da Ciência Espírita é, sem dúvida, ontem, hoje e sempre, muito mais importante. E, por isto, as cobranças dos que requerem ou exigem uma Ciência Espírita mais atuante não me incomodam tanto, pelo fato de que estou respaldado por Kardec em toda a inteireza de sua obra monumental. Em seu tratado basilar, afiança o codificador:

“A Ciência Espírita compreende duas partes: experimental uma, relativa às manifestações em geral; filosófica outra, relativa às manifestações inteligentes. Aquele que apenas haja observado a primeira se acha na posição de quem não conhecesse a Física senão por experiências recreativas, sem haver penetrado no âmago da Ciência. A verdadeira Doutrina Espírita está no ensino que os Espíritos deram, e os conhecimentos que esse ensino comporta são por demais profundos e extensos para serem adquiridos de qualquer modo, que não por um estudo perseverante, feito no silêncio e no recolhimento. Porque, só dentro desta condição se pode observar um número infinito de fatos e particularidades que passam despercebidos ao observador superficial, e firmar opinião”. (Vide: “O Livro dos Espíritos” – Allan Kardec –Introdução-Item 17 – Feb.)

Em tal esclarecimento, vemos que o âmago da Ciência Espírita é a sua Filosofia Moral. Kardec elucida, pois, que a parte científica é apenas um acessório, um meio para chegar-se a um fim, qual seja: à parte filosófica da Doutrina que se estende ao mais alto grau da ética cristã, que lhe decorre naturalmente.

Diante de tal, reafirmo que a experimentação, ou os procedimentos científicos do Espiritismo em nosso tempo, não deverão ser a nossa mais urgente e necessária preocupação, quando ele mesmo aponta-nos para o aprendizado filosófico e à prática, não de uma nova moral, mas da mesma, da mesmíssima moral cristã.

O mesmo afiançaria o mais respeitável instrutor do Século XX:

“No aspecto religioso, todavia, repousa a sua grandeza divina, por constituir a restauração do Evangelho de Jesus Cristo, estabelecendo a renovação definitiva do homem, para a grandeza do seu imenso futuro espiritual”. (Vide: “O Consolador” – Emmanuel – Definição – Feb.)         



 


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 Revista Semanal de Divulgação Espírita