WEB

BUSCA NO SITE

Edição Atual Edições Anteriores Adicione aos Favoritos Defina como página inicial

Indique para um amigo


O Evangelho com
busca aleatória

Capa desta edição
Biblioteca Virtual
 
Biografias
 
Filmes
Livros Espíritas em Português Libros Espíritas en Español  Spiritist Books in English    
Mensagens na voz
de Chico Xavier
Programação da
TV Espírita on-line
Rádio Espírita
On-line
Jornal
O Imortal
Estudos
Espíritas
Vocabulário
Espírita
Efemérides
do Espiritismo
Esperanto
sem mestre
Divaldo Franco
Site oficial
Raul Teixeira
Site oficial
Conselho
Espírita
Internacional
Federação
Espírita
Brasileira
Federação
Espírita
do Paraná
Associação de
Magistrados
Espíritas
Associação
Médico-Espírita
do Brasil
Associação de
Psicólogos
Espíritas
Cruzada dos
Militares
Espíritas
Outros
Links de sites
Espíritas
Esclareça
suas dúvidas
Quem somos
Fale Conosco

Estudando a série André Luiz
Ano 6 - N° 265 - 17 de Junho de 2012

MARCELO BORELA DE OLIVEIRA
mbo_imortal@yahoo.com.br
Londrina, Paraná (Brasil)
 

Evolução em Dois Mundos

André Luiz

(Parte 29)

Damos continuidade ao estudo da obra Evolução em Dois Mundos, de André Luiz, psicografada pelos médiuns Waldo Vieira e Francisco Cândido Xavier e publicada em 1959 pela Federação Espírita Brasileira.

Antes de ler as questões e o texto indicado para leitura, sugerimos ao leitor que veja, primeiro, as notas constantes do glossário pertinente ao estudo desta semana.

Questões preliminares 

A. A maior ou menor encefalização tem reflexo na depressão da atividade vital?

Sim. A depressão é tanto mais perdurável quanto mais complexa a encefalização do animal. Nos batráquios, os reflexos desaparecem apenas por alguns minutos. No gato, a diminuição da atividade vital é maior; no cão, mais ainda; no chimpanzé, o refazimento pede vários dias, e na criatura humana a restauração dos reflexos referidos exige mais tempo, como por exemplo o reflexo de extensão cruzada, cuja recuperação reclama seis semanas, aproximadamente, após o trauma espinhal. (Evolução em dois Mundos, 1a Parte, cap. XVI, pp. 123 e 124.)

B. Podemos afirmar que o corpo espiritual é que preside no campo físico a todas as atividades nervosas?

Sim. Essa função é exercida pelo corpo espiritual, que preside a todas as atividades nervosas, resultantes da entrosagem de sinergias funcionais diversas. (Evolução em dois Mundos, 1a Parte, cap. XVI, pp. 123 e 124.)

C. Que relação existe entre o córtex encefálico e o centro cerebral do corpo espiritual?

A relação é intima, porquanto o córtex encefálico, com suas delicadas divisões e subdivisões, governando os núcleos reguladores dos sentidos, dos movimentos, dos reflexos e de todas as manifestações nervosas da individualidade encarnada, corresponde à sede do centro cerebral do psicossoma, ou corpo espiritual. (Evolução em dois Mundos, 1a Parte, cap. XVI, pp. 125 e 126.) 

Texto para leitura 

113. Recuperação dos reflexos - Devido a esse reajustamento organizado instintivamente entre a alma e o corpo, os reflexos são gradativamente recuperados. Em condições muito especiais de equilíbrio fisiopsicossomático do enfermo, os reflexos superficiais ressurgem quase sempre em vinte e quatro horas, depois do insulto sofrido, embora os reflexos anal e cremasteriano jamais se percam, insulto esse em que o sinal de Babinski ou extensão dos pedartículos, principalmente do primeiro, não raro acompanhado por determinado grau de contração dos músculos do joelho, denuncia a violação do feixe piramidal, equivalente à ruptura de ligação das células do corpo espiritual nos implementos nervosos da veste física, assemelhando-se ao curto-circuito da energia elétrica nos condutores ininterruptos que lhe atendem à necessária circulação. Na generalidade dos casos, contudo, os reflexos em pacientes dessa espécie apenas reaparecem com mais vagar, no curso de semanas, tempo indispensável para que as células do corpo espiritual, vencendo as resistências do corpo físico, a ele se imponham, quanto possível. (Evolução em dois Mundos, 1a Parte, cap. XVI, pp. 122 e 123.) 

114. Importância da encefalização - Sabemos igualmente que a depressão em estudo é tanto mais perdurável quanto mais complexa a encefalização do animal. Nos batráquios, os reflexos desaparecem apenas por alguns minutos. No gato, a diminuição da atividade vital é maior; no cão, mais ainda; no chimpanzé, o refazimento pede vários dias, e na criatura humana a restauração dos reflexos referidos exige mais tempo, como por exemplo o reflexo de extensão cruzada, cuja recuperação reclama seis semanas, aproximadamente, após o trauma espinhal. Nos estudos de Schiff e Sherrington, avaliamos, com maior nitidez, a extensão da ocorrência entre os setores do corpo espiritual e do corpo físico, mediante a secção completa da medula espinhal, realizada ao nível dos segmentos lombares, pela qual vemos o cão experimentado, com a medula dorsal seccionada, acusando paraplegia e alterações sensitivas consequentes, abaixo da região prejudicada, assim como uma extensão espástica dos membros anteriores devida à ausência da inibição oriunda dos membros posteriores, inibição que normalmente neutralizaria os impulsos do sistema labiríntico-cerebelar. É que o corpo espiritual preside no campo físico a todas as atividades nervosas, resultantes da entrosagem de sinergias funcionais diversas. Disso temos estrita conta nos reflexos, cuja complexidade cresce invariavelmente na medida em que solicitam o concurso de maior campo dos neurônios internunciais para que se efetuem, qual pianista, requisitando maior número de escalas de tons e semitons para elevar-se da simplicidade à suntuosidade na expansão da melodia. (Evolução em dois Mundos, 1a Parte, cap. XVI, pp. 123 e 124.) 

115. Descorticação animal - Desse modo, compreendendo-se que a integração mente-corpo é cada vez mais importante, à medida que se dilatam os valores da encefalização, reconheceremos que a integração cortical é sempre mais expressiva quão mais amplo se faz o desenvolvimento do sistema nervoso. A descorticação em batráquios e peixes não interfere nos reflexos e na motilidade. Nas aves, modificações emergem, inequívocas, porquanto apenas conseguem voos fragmentários na luz, permanecendo em prostração, quando na obscuridade. O cão que sofre a ablação do córtex, segundo já demonstrou Goltz, no século XIX, pode viver além de um ano com motilidade reflexa normal aparente, efetuando os movimentos próprios com relativa correção; todavia, jaz inerte quando lhe falte incentivo à ação e, se esse incentivo aparece, coloca-se em movimento exagerado; ignora como se defender até que se veja positivamente atacado; não se decide a buscar alimento, recebendo a ração que se lhe administre e, embora as funções viscerais prossigam sem maiores alterações, não reconhece as pessoas, baldo de memória, revelando a disjunção dos recursos fisiopsicossomáticos que lhe são peculiares, fenômeno pelo qual evidencia compreensível e aparente regressão a estágio evolutivo inferior. Os chimpanzés, porém, com encefalização mais complexa, não sobrevivem, largo tempo, após a extirpação total do córtex, e, quando sofrem a destruição parcial desse ou daquele elemento cortical, apresentam, como acontece na criatura humana, modificações extensas e profundas. Cabe mencionar aqui a continuidade das impressões em pessoas mutiladas, que prosseguem sentindo, integrados ao próprio corpo, esse ou aquele membro que fisicamente não mais existe. (Evolução em dois Mundos, 1a Parte, cap. XVI, pp. 124 e 125.) 

116. Sincronia de estímulos - Entenderemos assim, com facilidade, que o córtex encefálico, com suas delicadas divisões e subdivisões, governando os núcleos reguladores dos sentidos, dos movimentos, dos reflexos e de todas as manifestações nervosas da individualidade encarnada, corresponde à sede do centro cerebral do psicossoma (ou corpo espiritual) no corpo físico, unida à sede do centro coronário, localizada no diencéfalo, entrosando-se ambos em perfeita sincronia de estímulos, pelos quais se manifesta o Espírito em sua constituição mental, harmônica, difícil ou desequilibrada, segundo a posição em que ele mesmo valoriza, conserva, prejudica ou desordena os recursos que a Lei Divina lhe faculta à própria exteriorização no Plano Físico e no Plano Espiritual. Assim como dispomos, no córtex, de ligações energéticas da consciência para os serviços do tato, da audição, da visão, do olfato, do gosto, da memória, da fala, da escrita e de automatismos diversos, possuímos no diencéfalo (tálamo e hipotálamo), a se irradiarem para o mesencéfalo, ligações energéticas semelhantes da consciência para os serviços da mesma natureza, com acréscimos de atributos para enriquecimento e sublimação do campo sensorial, como sejam a reflexão, a atenção, a análise, o estudo, a meditação, o discernimento, a memória críptica, a compreensão, as virtudes morais e todas as fixações emotivas que nos sejam particulares. Emitindo a onda de indagação e trabalho que nos diga respeito, através do centro coronário, conjugado ao centro cerebral, recebemo-la de volta, em circuito de raios substanciais da nossa própria força mental, com impactos aferentes e eferentes, para que a nossa consciência, por si, ajuíze, pela essência dos resultados ou reflexos de nossas próprias ações, quanto ao acerto ou desacerto de nossa escolha, nessa ou naquela circunstância da vida. Não podemos esquecer que cada núcleo das ligações a que nos reportamos se subdivide em peculiaridades diversas, entendendo-se, pois, que os fenômenos de obliteração suscetíveis de ocorrer em alguns dos setores corticais do corpo físico podem surgir igualmente no corpo espiritual, quando a turvação da mente é capaz de obstruir temporariamente esse ou aquele fulcro energético da região diencefálica, no centro coronário da entidade desencarnada. (Evolução em dois Mundos, 1a Parte, cap. XVI, pp. 125 e 126.)

 

Glossário: 

Ablação: ação de cortar uma parte do corpo.

Aferente: no sistema nervoso, classe de fibras nervosas que conduzem o impulso dos órgãos sensoriais para o sistema nervoso central.

Automatismo: funcionamento do organismo e prática de atos sem a participação consciente do ser.

Batráquio: anfíbio anuro (desprovido de cauda), cabeça fundida ao corpo, membros locomotores posteriores mais desenvolvidos; são os sapos, rãs e pererecas.

Célula: a menor unidade de função e de organização, nos seres vivos, que apresenta todas as características de vida.

Centro Cerebral: centro de força vital, no perispírito, relacionado com os lobos frontais do cérebro e a hipófise (pituitária), no corpo físico; exerce influência decisiva sobre os demais centros de força vital, sendo responsável pelo funcionamento do sistema nervoso central e dos centros superiores do processo intelectivo.

Centro Coronário: centro de força vital, no perispírito, relacionado com a epífise (glândula pineal), no corpo físico; supervisiona todos os demais centros de força vital, porque recebe em primeiro lugar os estímulos do espírito.

Corpo Espiritual: o perispírito, psicossoma.

Córtex: córtice, camada externa dos órgãos, de estrutura mais ou menos arredondada, como o córtice cerebral.

Cortical: relativo ao córtex.

Cremasteriano: referente ao cremáster, um dos dois músculos que sustentam os testículos.

Críptico: relativo ao que se localiza ou processa na parte mais profunda ou oculta.

Curto-circuito: perturbação num circuito devido à ligação direta de dois condutores de diferente polaridade, quase sempre por defeitos de isolamento da rede.

Descorticação: corte ou remoção do córtex.

Diencéfalo: parte do cérebro situada entre o prosencéfalo (porção anterior do cérebro) e o mesencéfalo (porção mediana do cérebro).

Disfunção: função que se efetua de maneira anômala.

Distonia: queda de resistência ou de elasticidade ocorrida num tecido ou órgão.

Eferente: relativo à fibra nervosa que conduz a ordem motora do sistema nervoso central para um órgão responsável pela resposta ao impulso sensorial, denominado órgão efetor.

Encéfalo: referente ao encéfalo, parte do sistema nervoso central contida na cavidade do crânio, compreendendo o cérebro e outros órgãos, onde se situa a região centralizadora dos nervos que percorrem o corpo.

Encefalização: organização encefálica.

Espástico: relativo à tonaticidade excessiva na extensão de um tecido muscular, provocando espasmo e rigidez.

Extensão: extensão de tecido muscular.

Feixe Ascendente: feixe de fibras nervosas relacionadas com o sistema nervoso periférico.

Feixe Piramidal: feixe de fibras nervosas que se originam no córtex cerebral e vão até o ponto de ligação, na medula, com as colunas de fibras motoras que lhe dão continuidade.

Fibra Nervosa: cada uma das estruturas alongadas que, dispostas em feixes, constituem os nervos.

Fisiopsicossomático: que pertence, simultaneamente, aos domínios do corpo físico e do psicossoma (corpo espiritual ou perispírito).

Fulcro: ponto ou base de sustentação, pivô de rotação.

Hipotálamo: região do cérebro, abaixo do tálamo, que forma o soalho e parte da parede lateral do terceiro ventrículo (cavidade no âmago do cérebro). É a parte do diencéfalo onde se encontra o centro regulador da pressão sanguínea, assim como os centros reguladores da respiração e da temperatura.

Insulto: abalo orgânico.

Internuncial: relativo à comunicação ou transmissão de impressões entre as diversas partes do corpo, como entre os nervos.

Labiríntico-cerebelar: referente ao que compreende o labirinto e o cerebelo. Labirinto é o conjunto das partes que compõem o ouvido interno; cerebelo é a parte encefálica que ocupa a porção posterior do crânio, e que tem função de conservação do equilíbrio do corpo.

Medula: a parte do sistema nervoso central contida na coluna vertebral, também conhecida como medula espinhal ou dorsal. Dela partem trinta e um pares de nervos raquianos com raízes sensitivas (levam mensagem ao cérebro) e raízes motoras (executam ordens do cérebro).

Mesencéfalo: porção mediana do cérebro, resultante da evolução da vesícula média do embrião. Vesícula é cada uma das três dilatações ou divisões que demarcam o cérebro em desenvolvimento.

Motilidade: movimento-reação de organismo vivo diante de estímulos; faculdade de mover-se.

Neurônio: a célula nervosa com seus prolongamentos chamados dendritos, que formam uma espécie de arborização, e, no polo oposto, um só prolongamento, diferente, denominado axônio, que termina em finas ramificações. O estímulo nervoso passa do axônio de um neurônio para os dendritos de outro, e esse ponto de transmissão da excitação tem o nome de sinapse.

Neurotomia: corte de um cordão nervoso.

Núcleo Nervoso: denominação de grupos de células nervosas situadas no cérebro e na medula espinhal; pontos de origem ou terminais dos nervos cranianos ligados ao encéfalo (pares cranianos).

Obliteração: obstrução; bloqueio mental que faz esquecer.

Oclusão: fechamento de uma abertura natural do organismo.

Onda: forma de propagação de uma energia.

Paraplegia: paralisia dos membros inferiores, que compromete parcialmente também o tronco.

Pedartículo: dedo do pé.

Pensamento Contínuo: pensamento constante, ininterrupto, que caracteriza a capacidade mental do homem, em oposição ao pensamento fragmentário (descontínuo), próprio dos animais irracionais.

Plasmar: dar forma a algo.

Psicossoma: o corpo espiritual ou perispírito.

Reflexão: processo mental em que o pensamento se volta sobre si mesmo e toma seus próprios atos como objeto de conhecimento.

Reflexo: movimento coordenado mais simples que se pode executar, produzido por um impulso nervoso, como reação automática e involuntária a um estímulo exterior.

Secção: ato de seccionar, isto é, cortar.

Segmento: parte do corpo distinta de outra de que é continuação.

Sensitivo: referente ao que se processa no campo sensorial.

Sensorial: relativo ao sensório, centro nervoso através do qual são transmitidas as sensações.

Simpático: parte do sistema nervoso autônomo, que regula a atividade da musculatura cardíaca, da musculatura lisa e de várias glândulas. A musculatura lisa é encontrada nas paredes intestinais, nos vasos sanguíneos, na bexiga, no estômago e no útero.

Sinal de Babinski: movimento reflexo no dorso do dedo grande do pé, quando faz cócegas na sola deste, ao contrário da usual reflexão de sua planta, indicando assim uma lesão orgânica no cérebro ou no feixe piramidal.

Sincronia: coordenação perfeita de movimento entre as partes relacionadas, resultando em simultaneidade de ação.

Sinergia: ato ou esforço coordenado de vários órgãos na realização de uma função.

Sistema Nervoso: sistema que constitui o mecanismo que permite ao animal o contato permanente com o meio onde se situa, determinando mudanças e atitudes úteis ao seu organismo. No homem e nos animais vertebrados, compreende o sistema central e o sistema periférico. O sistema nervoso central é constituído do eixo cérebroespinhal, formado pela organização encefálica e a medula espinhal.

Somático: referente ao corpo físico.

Sônico: relativo ao som.

Tálamo: massa de substância cinzenta, constituída de dois núcleos situados de cada lado do ventrículo médio do cérebro, e que forma o soalho dos ventrículos laterais; funciona como ativo centro de transmissão, recebendo fibras nervosas aferentes de quase todas as zonas do córtex cerebral. Uma de suas importantes funções é a de interveniência na sensibilidade superficial e profunda. Também se denomina “cama óptica”. Ventrículos cerebrais são cavidades existentes no âmago do cérebro, as quais estão ligadas com o canal central da medula espinhal.

Visceral: relativo à víscera, designação comum dos órgãos alojados nas cavidades craniana, torácica e abdominal.


Nota
:

Muitos termos técnicos usados na obra em estudo não se encontram nos dicionários que comumente consultamos. Clicando no link abaixo, o leitor terá acesso ao texto integral do livro Elucidário de Evolução em Dois Mundos, elaborado e publicado com esse propósito:
http://www.OCONSOLADOR\linkfixo\estudosespiritas\andreluiz\Elucidario.pdf

 

 


Voltar à página anterior


O Consolador
 Revista Semanal de Divulgação Espírita