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Estudando as obras de Manoel Philomeno de Miranda
Ano 6 - N° 264 - 10 de Junho de 2012

THIAGO BERNARDES
thiago_imortal@yahoo.com.br
 
Curitiba, Paraná (Brasil)
 

Tramas do Destino

Manoel Philomeno de Miranda 

(Parte 18)

Damos continuidade ao estudo do livro Tramas do Destino, de Manoel Philomeno de Miranda, obra psicografada por Divaldo P. Franco.

Questões preliminares

A. Que condição impôs São Francisco Xavier para dar seu aval à casa espírita a ser fundada?  

O insigne missionário aceitou dar seu aval à nova casa espírita com a condição de ali se primar pela preservação do Evangelho em suas linhas puras e simples, num clima de austeridade moral e disciplinados serviços iluminativos, com os re­sultantes dispositivos para a caridade nas suas múltiplas expressões, tendo-se porém em vista que os socorros materiais seriam decorrência na­tural do serviço espiritual, prioritário, imediato, e não os preferen­ciais. Eles, portanto, não deveriam esquecer-se de que a maior carência ainda é a do pão de luz da consolação moral, que o Livro da Vida propicia farta­mente... (Tramas do Destino, cap. 21, págs. 197 e 198.)

B. Qual é a meta primacial do Consolador, muitas vezes esquecida pelos tarefeiros espíritas? 

O Consolador tem por meta primacial o Espí­rito, o ser em sua realidade imortal, donde procedem todas as conjuntu­ras e situações que se exteriorizam pelo corpo e pelos contingentes hu­manos e sociais da Terra. (Obra citada, cap. 21, págs. 197 e 198.)

C. No exercício da caridade, a quem as instituições espíritas devem dar preferência?  

Em muitas instituições, não existe lugar nem tempo para Jesus ou para os obsidiados, os ignoran­tes do espírito e os impertinentes, tais as preocupações, os compromis­sos sociais, as cam­panhas e movimentos pela aquisição argentária... Por isso, sem qualquer restrição à prática da caridade material, a caridade moral e a caridade espiritual, que beneficiam o paciente e edificam o benfeitor, constituem-se em imperativo primor­dial e insubstituível. Foi o que Francisco Xavier soli­citou a Natércio: no exercício da caridade, dar preferência aos enfermos do espírito, par­ticularmente os obsidiados, em cujo ministério se deve­ria cuidar com acendrado carinho dos perseguidores desencarnados. (Obra citada, cap. 21, págs. 198 a 200.)

Texto para leitura 

85. A mais eficiente terapia para qualquer doença -  A prece inspirada por Natércio, e dita pelo dirigente, foi repetida por Jules, em lágrimas de verdadeira renovação, enquanto Louise, como noiva devotada, agrade­cida a Jesus, o envolvia em fluidos entorpecentes com que o acalmava, a fim de conduzi-lo a uma estância de refazimento feliz, onde se recompo­ria para o futuro, após tão longo desajuste e tão demorada fuga ao dever da reabilitação interior. A presença da dor decorre do tempo em que per­manece ausente o amor. Quando o Espírito se envilece pelo ódio, fe­chando-se na concha forte da ideia infeliz, não tem por onde permitir que penetre o socorro que nunca falta, mas que a si mesmo recusa. O amor acalmava, assim, o ódio, ensejando o luzir da esperança de paz para to­dos. Louise-Caroline, transformada em enfermeira amorosa, cuidaria de Jules doente a requisitar-lhe socorro por largo tempo, enquanto Georges-Henri, aliás, Rafael Ferguson, sem a presença de seu verdugo, libertava-se da constrição do desafeto, não porém da necessidade imperiosa de re­paração dos males praticados contra aquele e suas demais vítimas. Reno­vando-se pela fé e modificando-se pela dor, solveria os gravames com amorosa atitude de resignação perante a vida, em criteriosos pagamentos enobrecidos. O amor é, como se vê, a mais eficiente terapia para todas as doenças, e o perdão ao mal o melhor contributo para a vitória do bem... (Cap. 20, págs. 192 e 193) 

86. Um Centro não se resume às paredes físicas - Após a reunião, Artêmis e Hermelinda puderam compreender por que a hanseníase lhes arrancara do lar o esposo e irmão querido, sempre atormentado pela irascibilidade e prepotência que trazia na alma rude desde antes. A história pungente contada por Ju­les (vítima de Rafael no passado) sensibilizara-lhes o es­pírito. Sua re­ação era perfeitamente compreensível e perdoável. Feliz­mente, a palavra de amor e luz lhe chegara à sensibilidade, e a interfe­rência da esposa do passado o alcançara a tempo de diminuir a inclemên­cia persistente da sua maceração íntima. Retornando a casa, logo se ser­viram de frugal ali­mentação e adormeceram com o espírito dulcificado, reconhecido. Natér­cio, o incansável dirigente espiritual da equipe me­diúnica, organizara para aquela noite o prosseguimento da tarefa de as­sistência e socorro. Por isso, à medida que as horas se acentuavam na noite plena, trabalhadores desencarnados, adrede convocados, passaram a atuar, conduzindo as personagens envolvi­das naqueles dramas até o re­cinto consagrado à atividade mediúnica, no Centro Espírita. Como se sabe, a Casa Espírita dedicada ao ministério do esclarecimento, conforme as finalidades superiores da Doutrina Espírita, não se resume às paredes físicas. Antes que se consolidassem os planos para a edificação material daquela Instituição, Natércio providenciara as primeiras diretrizes so­bre as quais fundamentaria a Obra. Profundo admi­rador e discípulo de São Francisco Xavier, que foi na Terra incansável propagandista da fé cristã, no século XVI, recorreu ao fiel Apóstolo de Jesus, suplicando seu patrocínio espiritual para a Casa que pretendia erguer e cuja fina­lidade seria a divulgação do Cristianismo na sua pureza primitiva. (Cap. 21, págs. 195 e 196)

87. O Espírito é nossa meta primacial - Recebido pelo Mensageiro do Cristo, cuja vida fora dedicada à cultura e à expansão da Doutrina de Jesus, expôs o programa que, com hu­mildade, objetivava realizar. Incre­mentaria entre os homens o ardor da fé e a pureza dos princípios morais, conforme as regras simples dos "seguidores do Caminho", sem os atavios do dogmatismo, da aparência, dos formalismos. Seu desejo era trazer de volta aos corações os postulados cristãos que pudessem abrasar os espí­ritos e refundi-los na forja da ca­ridade, preparando o advento dos Novos Tempos, de que Kardec fora o re­cente precursor. Por isso, ele rogava o beneplácito da proteção e guarda para os empreendimentos em pauta, con­siderando o seu carinho por aqueles que ignoravam, no passado, a mensa­gem libertadora. Depois de expor seu programa e relatar as dificuldades vigentes em nossa época, em que a li­cenciosidade, o egoísmo e o materia­lismo reinam soberanos, Natércio re­cebeu o aval do insigne missionário, sob a condição de ali se primar pela preservação do Evangelho em suas linhas puras e simples, num clima de austeridade moral e disciplinados serviços iluminativos, com os re­sultantes dispositivos para a caridade nas suas múltiplas expressões, tendo-se porém em vista que os socorros materiais seriam decorrência na­tural do serviço espiritual, prioritário, imediato, e não os preferen­ciais... Não deveriam esquecer-se de que a maior carência ainda é a do pão de luz da consolação moral, que o Livro da Vida propicia farta­mente... A orientação era sábia, porque muitas ve­zes se substituem os deveres primeiros e mais urgentes – os da alma – por outros de caráter secundário, referentes ao corpo. Evidentemente, alguém em aturdimento por falta de pão ou de saúde, sob dores e espícu­los venenosos, não sabe nem consegue ouvir a palavra de vida eterna, e até se rebela, quando a es­cuta. Todavia, a pretexto de atender-se à aflição, à fome, à enfermidade e à dor, muitos cristãos se detêm na te­rapia externa, sem averiguarem as nascentes do mal, a fim de o estancar nas suas origens, impedindo-lhe o crescimento e o contágio. Pensa-se muito em estômagos a saciar, corpos a cobrir, doenças a curar... Sem me­nosprezar-lhes a urgência, o Consolador tem por meta primacial o Espí­rito, o ser em sua realidade imortal, donde procedem todas as conjuntu­ras e situações que se exteriorizam pelo corpo e pelos contingentes hu­manos e sociais da Terra... (Cap. 21, págs. 197 e 198) 

88. Como deve ser a assistência social espírita - A assistência social no Espiritismo é valiosa, no entanto, precatem-se os "trabalhadores da úl­tima hora" contra os excessos, para que a exaustão com os labores exter­nos não exaura as forças do entu­siasmo nem derrube as fortalezas da fé, ao peso da extenuação e do de­sencanto nos serviços de fora. Evangelizar, instruir, guiar, colocando o azeite na lâmpada do coração, para que a claridade do espírito luza na noite do sofrimento, são tarefas urgentes, basilares, na reconstrução do Cristianismo. Os compromissos materiais de assistência social podem di­ficultar a livre ação moral de muitos traba­lhadores honestos, que se veem obrigados a fazer concessões doutrinárias e morais, para não perde­rem ajudas, valores, bens transitórios que pro­duzem rendas e facultam socorros... Sem dúvida, a caridade material me­rece consideração e ca­rinho, dedicação e esforço de todos nós, mas a ca­ridade moral, de pro­fundidade, a tarefa do socorro espiritual, não con­tabilizada, nem difun­dida, é urgentíssima, impondo-nos a necessidade de atenção e zelo. Mul­tiplicam-se admiráveis locais de socorro humano, ma­terial, iniciados a expensas do Consolador, onde a técnica vem substi­tuindo o amor, com a saturação do serviço pelo excesso e repetição ge­rando irritação e mal-estar e fazendo que se falhe nas horas do socorro moral, nos atos da pa­ciência e humildade, nos ministérios espirituais da palavra esclarece­dora, do passe reconfortante... Em muitas instituições, não existe lugar nem tempo para Jesus ou para os obsidiados, os ignoran­tes do espírito e os impertinentes, tais as preocupações, os compromis­sos sociais, as cam­panhas e movimentos pela aquisição argentária... Por isso, sem qualquer restrição à prática da caridade material, a caridade moral e a caridade espiritual, que beneficiam o paciente e edificam o benfeitor, fortale­cendo-os e alegrando-os no Senhor, constituem-se em imperativo primor­dial e insubstituível. Foi o que Francisco Xavier soli­citou a Natércio: no exercício da caridade, dar preferência aos enfermos do espírito, par­ticularmente os obsidiados, em cujo ministério se deve­ria cuidar com acendrado carinho dos perseguidores desencarnados. Eis assim o programa da Sociedade Espírita em que Epifânia servia, canali­zando suas forças para a desobsessão, a pregação e a mensagem psicogra­fada, com vistas à iluminação das criaturas. (Cap. 21, págs. 198 a 200) (Continua no próximo número.)



 


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 Revista Semanal de Divulgação Espírita