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Estudando a série André Luiz
Ano 6 - N° 264 - 10 de Junho de 2012

MARCELO BORELA DE OLIVEIRA
mbo_imortal@yahoo.com.br
Londrina, Paraná (Brasil)
 

Evolução em Dois Mundos

André Luiz

(Parte 28)

Damos continuidade ao estudo da obra Evolução em Dois Mundos, de André Luiz, psicografada pelos médiuns Waldo Vieira e Francisco Cândido Xavier e publicada em 1959 pela Federação Espírita Brasileira.

Antes de ler as questões e o texto indicado para leitura, sugerimos ao leitor que veja, primeiro, as notas constantes do glossário pertinente ao estudo desta semana.

Questões preliminares 

A. O parasitismo espiritual persiste mesmo com a desencarnação do hospedeiro?

Sim, o fato é possível. Quando a decomposição da vestimenta carnal não basta para consumar o resgate preciso, vítima e verdugo se equiparam na mesma gama de sentimentos e pensamentos, caindo, além-túmulo, em dolorosos painéis infernais, até que a Misericórdia Divina, por seus agentes vigilantes, após estudo minucioso dos crimes cometidos, pesando atenuantes e agravantes, promove a reencarnação daquele Espírito que, em primeiro lugar, mereça tal recurso. (Evolução em dois Mundos, 1a  Parte, cap. XV, pp. 118 e 119.)

B. Existe terapêutica para os casos de parasitismo espiritual?

Sim. Assim como existem medidas terapêuticas contra o parasitismo no mundo orgânico, qualquer criatura encontra, na aplicação viva do bem, eficiente remédio contra o parasitismo da alma. Não basta, entretanto, a palavra que ajude e a oração que ilumina. O hospedeiro de influências inquietantes precisará do próprio exemplo, no serviço do amor puro aos semelhantes, com educação e sublimação de si mesmo, porque só o exemplo é suficientemente forte para renovar e reajustar. A ação do bem genuíno, com a quebra voluntária de nossos sentimentos inferiores, produz vigorosos fatores de transformação sobre aqueles que nos observam, notadamente naqueles que se nos agregam à existência. (Evolução em dois Mundos, 1a Parte, cap. XV, pp. 119 e 120.)

C. É correto dizer que é importante a harmonia entre a mente e o veículo psicossomático?

Evidentemente. A importância da harmonia entre a mente e o veículo fisiopsicossomático, no plano físico ou extrafísico, é fato comprovado. Assemelhando-se no conjunto ao musicista e seu instrumento, alma e corpo hão de conjugar-se profundamente um com o outro para a execução do trabalho que a vida lhes reserva. (Evolução em dois Mundos, 1a Parte, cap. XVI, pág. 121.) 

Texto para leitura 

109. Parasitismo e reencarnação - Nas ocorrências dessa ordem, quando a decomposição da vestimenta carnal não basta para consumar o resgate preciso, vítima e verdugo se equiparam na mesma gama de sentimentos e pensamentos, caindo, além-túmulo, em dolorosos painéis infernais, até que a Misericórdia Divina, por seus agentes vigilantes, após estudo minucioso dos crimes cometidos, pesando atenuantes e agravantes, promove a reencarnação daquele Espírito que, em primeiro lugar, mereça tal recurso. Executado o projeto de retorno do beneficiário, do Plano Espiritual para o Plano Terrestre, a mulher indicada por seus débitos à gravidez respectiva sofre o assédio de forças obscuras que, em muitos casos, se lhe implantam no vaso genésico por simbiontes que influenciam o feto em gestação, estabelecendo-se, desde essa hora inicial da nova existência, ligações fluídicas através dos tecidos do corpo em formação, pelas quais a entidade reencarnante, a partir da infância, continua enlaçada ao companheiro ou aos companheiros menos felizes, que integram com ela toda uma equipe de almas culpadas em reajuste. Desenvolve-se, então, a sua meninice e ela cresce, reinstrui-se e retorna à juvenilidade das energias físicas, padecendo, porém, a influência constante dos Espíritos que a assediam, até que – frequentemente por intermédio de uniões conjugais, em que a provação emoldura o amor, ou em circunstâncias difíceis do destino – lhes ofereça novo corpo na Terra, para que, como filhos de seu sangue e de seu coração, lhes devolva em moeda de renúncia os bens que lhes deve, desde o passado próximo ou remoto. Em tais fatos, vamos anotar situações quase idênticas às que são provocadas pelos parasitas heteroxênicos, porquanto, se os adversários do Espírito reencarnado são em maior número, atuam, muitos deles, à feição dos tripanossomas, tomando os filhos de suas vítimas e afins deles próprios, por hospedeiros intermediários das formas-pensamentos deploráveis que arremessam de si, alcançando em seguida a mente dos pais ou hospedeiros definitivos, a inocular-lhes perigosos fluidos sutis, com que lhes infernizam as almas, muitas vezes até à ocasião da própria morte. (Evolução em dois Mundos, 1a  Parte, cap. XV, pp. 118 e 119.) 

110. Terapêutica do parasitismo da alma - Importa observar, porém, que todos os sofrimentos e corrigendas a que nos referimos estão conjugados para as consciências encarnadas ou não, dentro da lei de ação e reação que a cada um confere hoje o equilíbrio ou o desequilíbrio, por suas obras de ontem, reconhecendo-se também que, assim como existem medidas terapêuticas contra o parasitismo no mundo orgânico, qualquer criatura encontra, na aplicação viva do bem, eficiente remédio contra o parasitismo da alma. Não basta, entretanto, a palavra que ajude e a oração que ilumina. O hospedeiro de influências inquietantes que, por suas aflições na existência carnal, pode avaliar da qualidade e extensão das próprias dívidas, precisará do próprio exemplo, no serviço do amor puro aos semelhantes, com educação e sublimação de si mesmo, porque só o exemplo é suficientemente forte para renovar e reajustar. A ação do bem genuíno, com a quebra voluntária de nossos sentimentos inferiores, produz vigorosos fatores de transformação sobre aqueles que nos observam, notadamente naqueles que se nos agregam à existência, influenciando-nos a atmosfera espiritual, uma vez que as nossas demonstrações de fraternidade inspiram nos outros pensamentos edificantes e amigos que, em circuitos sucessivos ou contínuas ondulações de energia renovadora, modificam nos desafetos mais acirrados qualquer disposição hostil a nosso respeito. Ninguém necessita, portanto, aguardar reencarnações futuras, entretecidas de dor e lágrimas, em ligações expiatórias, para diligenciar a paz com os inimigos trazidos do pretérito, porque, pelo devotamento ao próximo e pela humildade realmente praticada e sentida, é possível valorizar nossa frase e santificar nossa prece, atraindo simpatias valiosas, com intervenções providenciais, em nosso favor. É que, em nos reparando transfigurados para o melhor, os nossos adversários igualmente se desarmam para o mal, compreendendo, por fim, que só o bem será, perante Deus, o nosso caminho de liberdade e vida. (Evolução em dois Mundos, 1a Parte, cap. XV, pp. 119 e 120.) 

111. Alma e corpo - Aclarando os problemas complexos da alienação mental na maioria dos Espíritos desencarnados, pelo menos durante algum tempo além da morte, vale comentar, ainda que superficialmente, alguns dos experimentos efetuados pela ciência terrestre nos mecanismos nervosos, para que possamos ajuizar da importância da harmonia entre a mente e o seu veículo fisiopsicossomático, no plano físico ou extrafísico. Assemelhando-se no conjunto ao musicista e seu instrumento, alma e corpo hão de conjugar-se profundamente um com o outro para a execução do trabalho que a vida lhes reserva. Sabendo-se que a alma é direção e o corpo obediência, é da Lei Divina que o homem receba em si mesmo o fruto da plantação que realizou, visto que, nos órgãos de sua manifestação, recolhe as maiores concessões do Criador para que efetive o seu aperfeiçoamento na Criação. Assim sendo, de seu próprio comportamento retira, nos vastos setores em que se lhe processa a evolução, o bem ou o mal que, lançando ao caminho, estará impondo a si mesmo. (Evolução em dois Mundos, 1a Parte, cap. XVI, pág. 121.) 

112. Secção da medula - Através de experimentação positiva, conhece a Ciência de hoje a inalienável correlação entre o cérebro e todas as províncias celulares do mundo corpóreo. Tomando, pois, em nossas anotações, o sistema cerebral por gabinete administrativo da mente, reconheceremos que a conduta do corpo físico está invariavelmente condicionada à conduta do corpo espiritual, como a orientação do corpo espiritual está submetida ao governo da nossa vontade. Sabemos que depois de seccionada a medula de um paciente observa-se, de imediato, a insensibilidade completa, o relaxamento muscular, a paralisia e a eliminação dos reflexos somáticos e viscerais, em todas as partes que recebem os nervos nascidos abaixo do ponto em que se verificou o prejuízo. A insensibilidade e a paralisia são decisivas, porquanto procedem da secção dos feixes ascendentes e do feixe piramidal, ou seja, do desligamento das regiões do corpo espiritual correspondentes nos tecidos orgânicos e no cérebro, qual se desse a retirada da força elétrica de determinado setor num campo extenso de ação. Semelhante desligamento, porém, não se verifica de todo, o que acarretaria, quando em níveis altos, irreversivelmente, o processo liberatório da alma com a desencarnação. Junções fluídicas sutis permanecem, ativas, entre as células dos implementos físicos e espirituais, como recursos fisiopsicossomáticos, em ajustes possíveis de emergência. Em razão disso, não obstante a insensibilidade a que nos reportamos, comparável ao “silêncio orgânico”, deixado pela execução de uma neurotomia, muitos pacientes se queixam de dor em zonas localizadas para baixo do nível em que se expressou o corte, fenômeno esse perfeitamente atribuível ao contato das células do corpo espiritual com as fibras aferentes que vibram na cadeia simpática, penetrando a medula, acima do ponto molestado. (Evolução em dois Mundos, 1a Parte, cap. XVI, pp. 121 e 122.) 

 

Glossário: 

Aferente: no sistema nervoso, classe de fibras nervosas que conduzem o impulso dos órgãos sensoriais para o sistema nervoso central.

Feixe Ascendente: feixe de fibras nervosas relacionadas com o sistema nervoso periférico.

Feixe Piramidal: feixe de fibras nervosas que se originam no córtex cerebral e vão até o ponto de ligação, na medula, com as colunas de fibras motoras que lhe dão continuidade.

Fibra Nervosa: cada uma das estruturas alongadas que, dispostas em feixes, constituem os nervos.

Fisiopsicossomático: que pertence, simultaneamente, aos domínios do corpo físico e do psicossoma (corpo espiritual ou perispírito).

Heteroxênico: relativo aos parasitos que, durante sua vida, se desenvolvem no organismo de hospedeiros diferentes.

Medula: a parte do sistema nervoso central contida na coluna vertebral, também conhecida como medula espinhal ou dorsal. Dela partem trinta e um pares de nervos raquianos com raízes sensitivas (levam mensagem ao cérebro) e raízes motoras (executam ordens do cérebro).

Neurotomia: corte de um cordão nervoso.

Parasitismo: associação entre dois seres de espécies diferentes, na qual um se beneficia com o prejuízo do outro. Para viver, o parasito depende de seu hospedeiro, que ele não destrói, mas explora, causando dano. Em certos casos, essa peculiar associação pode produzir, no correr do tempo, a morte do hospedeiro.

Parasito: organismo que retira o alimento de outro organismo.

Secção: ato de seccionar, isto é, cortar.

Simbionte: relativo a organismo que toma parte em uma simbiose.

Simbiose: associação de dois seres de espécie distinta, com influência de um sobre o outro, ou de ambos entre si, podendo, essas relações, ser úteis ou prejudiciais às duas partes, favoráveis ou nocivas para uma delas apenas.

Tripanossomo: nome genérico de protozoários dotados de uma membrana ondulatória, os quais são agentes causadores de doenças no homem e nos animais, como doença de Chagas e doença do sono. 

 

Nota:

Muitos termos técnicos usados na obra em estudo não se encontram nos dicionários que comumente consultamos. Clicando no link abaixo, o leitor terá acesso ao texto integral do livro Elucidário de Evolução em Dois Mundos, elaborado e publicado com esse propósito:
http://www.OCONSOLADOR\linkfixo\estudosespiritas\andreluiz\Elucidario.pdf

 

 


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 Revista Semanal de Divulgação Espírita