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Crônicas e Artigos

Ano 6 - N° 263 - 3 de Junho de 2012

FABRÍCIO PELIZER GREGÓRIO 
fabriciopelizergregorio@gmail.com
Assaí, PR (Brasil)

Espiritismo e Ciência
ordinária atual

 
O Espiritismo é entendido sob três perspectivas diferentes, no entanto, interdependentes, que quando avaliadas de forma sistêmica (unificante) dá, àquele que busca compreendê-lo, a real dimensão de sua grandeza. Como já mencionado, cada perspectiva avalia o mesmo objeto (Espiritismo) sob ângulos diversos; cada dimensão traz formulações, metodologias e conceitos que se diferenciam na aparência, porém, em essência, servem de liame, de elo à gigantesca corrente de conhecimento que é a sublime Doutrina.

A sua unicidade é decomposta e individualizada pela Ciência, pela Filosofia e pela Religião. Cada componente desse sistema trino contém em si um manancial infinito de conhecimentos, grande parte deles ainda coberta pela densa névoa da ignorância. Compreendemos, ainda, muito pouco daquilo que já nos foi revelado. Que dizer, então, daquilo que ainda não conhecemos, daquilo que sequer somos capazes de imaginar!

O elemento diferenciador da Doutrina Espírita é notadamente o seu aspecto científico. É isso que a diferencia dos demais sistemas ideológicos e conceituais que buscam estruturar e explicar a realidade transcendente da existência. É ele, também, o elemento renovador e atualizante dos demais componentes (Filosofia, Religião). Foi através da aplicação de sua metodologia (método científico) de investigação que Kardec pôde constatar as verdades e leis que fundamentam toda a Doutrina e que, por desdobramento natural e lógico, produziram questões como estas: Como pensar a moral, diante da constatação da Lei de causa e efeito?  Como pensar em Jesus, diante da constatação fática da imortalidade da alma?

Tais indagações implicaram a revolução conceitual dos seus elementos filosóficos e religiosos, sendo isso brilhantemente trabalhado por inúmeros Espíritos de escol, como o próprio Kardec, que nos presenteou com obras tratando especificamente dessas temáticas. Citemos apenas, a título de exemplificação, “O Evangelho segundo o Espiritismo”, o qual surge como desdobramento à resposta dada na questão 625 de “O Livro dos Espíritos”, ou “A Gênese”.

Sem olvidar o grande número de obras relacionadas especificamente ao aspecto científico da Doutrina, o qual  - vale lembrar - detém independência da Ciência ordinária materialista, enfrentamos grande dificuldade em encontrar obras que avaliem ou, ao menos, sirvam de ponte entre esses dois grandes ramos do conhecimento humano, ou seja, que sirvam de link entre a Ciência Espírita e a Ciência ordinária, por enquanto materialista. Tendo em mente que nossa formação acadêmica se dá quase que exclusivamente, se não exclusivamente, segundo a ótica da Ciência ordinária materialista, pomo-nos a pensar: Como devemos pensar a Ciência ordinária atual, diante das constatações espíritas? Por exemplo: Como devemos avaliar a História, diante do fenômeno reencarnatório e obsessivo?

Tomemos como parâmetro a palestra realizada por Divaldo P. Franco, disponibilizada na internet, em que o ilustre confrade realiza uma brilhante análise do tema “Providência Divina”, texto final do livro “Nascente de Bênçãos”, de autoria do Espírito Joanna de Ângelis. Nessa oportunidade, o grande orador nos revela informações preciosas a respeito de um Espírito em particular: Alexandre, o Grande, Caio Júlio César, Carlos Magno e Napoleão seriam em realidade o mesmo Espírito, reencarnado em diferentes momentos históricos.

Em semelhante sentido, Hermínio C. Miranda, o nobre estudioso, em artigo publicado na revista Reformador de março e abril de 1976, com o título “O médium do anticristo”, discorre sobre a aptidão mediúnica e o complexo processo obsessivo sofrido e perpetuado por outra figura histórica, Adolf Hitler. 

Para que possamos ter uma pequena noção do impacto que tais informações podem gerar, peguemos, como simples exemplo, todas as biografias e estudos acadêmicos já realizados sobre esses personagens históricos citados. Todos, sem exceção, estariam, na melhor das hipóteses, incompletos.

E no Direito, como poderíamos aplicar com rigor científico a Justiça em fenômenos jurídicos como o dolo, em face do processo obsessivo do acusado? Ou, na Física, como poderíamos calcular e quantificar o eletromagnetismo do perispírito, em relação à força gravitacional? Ou, na Medicina, na Geologia, na Astronomia, na Biologia, na Antropologia etc.?

A quem cabe essa responsabilidade, senão a nós espíritas!

Não seria o caso de nós espíritas reavivarmos em nós mesmos essa sede investigativa que tomou de assalto o inesquecível Codificador, levando-o à pesquisa que traria novamente luz aos corações desiludidos da modernidade? Não seria o caso de nós espíritas nos debruçarmos sobre essas questões? Não seria esse o caminho mais curto ao coração de Espíritos que, assim como nós, têm em si a inteligência muito mais desenvolvida do que o moral?

Quase a totalidade dos Espíritos hoje encarnados no planeta traz esta característica comum: uma inteligência refinada em comparação a uma moralidade acabrunhada. Obviamente, a real necessidade se encontra na transformação moral do indivíduo. Mas de que maneira poderemos redirecioná-lo a esse objetivo, sem antes trazermos ao chão a grossa muralha que a lógica materialista e o hedonismo desmedido, ancestral, construíram com os tijolos da lógica e da razão má norteada na nossa consciência?

Inconscientemente, todos, sem exceção, trazemos ínsitas em nossa memória espiritual as lembranças dessa realidade, que é causa e não efeito, dessa outra dimensão, a qual chamamos realidade material. É preciso apenas encontrar o gatilho que despertará tais lembranças no indivíduo. Não nos referimos a lembranças específicas, tal qual a de quem fomos na reencarnação passada, ou o que fizemos; nada disso. Referimo-nos a essa lembrança genérica que mesmo inconsciente, desde o início da humanidade, nos fez lembrar que somos criados por Deus, que há sim uma dimensão superior, que viemos e retornaremos a ela, que a realidade é mais do que podemos ver, sentir, pensar ou imaginar. É essa lembrança que devemos despertar em nós mesmos e, se possível, no próximo, pois é ela o átomo formador da fé, fé essa que, aliada à razão, faz nascer a moralidade renovada de que o indivíduo necessita para o seu despertar e progredir espiritual.

Não será a própria Ciência o gatilho para essas consciências ainda presas ao racionalismo amoral?

Avaliemos nossas capacidades e possibilidades e nos perguntemos se não será talvez esse um objetivo digno de nossos esforços.

Pensemos!



 


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