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Estudando a série André Luiz
Ano 6 - N° 263 - 3 de Junho de 2012

MARCELO BORELA DE OLIVEIRA
mbo_imortal@yahoo.com.br
Londrina, Paraná (Brasil)
 

Evolução em Dois Mundos

André Luiz

(Parte 27)

Damos continuidade ao estudo da obra Evolução em Dois Mundos, de André Luiz, psicografada pelos médiuns Waldo Vieira e Francisco Cândido Xavier e publicada em 1959 pela Federação Espírita Brasileira.

Antes de ler as questões e o texto indicado para leitura, sugerimos ao leitor que veja, primeiro, as notas constantes do glossário pertinente ao estudo desta semana.

Questões preliminares 

A. O fenômeno da obsessão e o vampirismo atendem aos mesmos princípios da simbiose?

Da simbiose prejudicial, sim, embora em processos diferentes. E isso se dá desde as eras recuadas em que o Espírito humano, iluminado pela razão, foi chamado pelos princípios da Lei Divina a renunciar ao egoísmo e à crueldade, à ignorância e ao crime. Rebelando-se, em grande maioria, contra as sagradas convocações, e livres para escolher o próprio caminho, as criaturas humanas desencarnadas começaram, em alto número, a oprimir os companheiros da retaguarda, disputando afeições e riquezas que ficavam na carne, ou tentando empreitadas de vingança e delinquência, quando sofriam o processo liberatório da desencarnação em circunstâncias delituosas. (Evolução em dois Mundos, Primeira Parte, cap. XV, pp. 115 e 116.)

B. Que significa a expressão “infecções fluídicas”?

O autor desta obra diz que muitos Espíritos acometem os adversários que ainda se entrosam no corpo terrestre, empolgando-lhes a imaginação com formas mentais monstruosas e operando perturbações que determinam o colapso cerebral de suas vítimas com arrasadora loucura. É a essas perturbações que ele dá o nome de infecções fluídicas. (Evolução em dois Mundos, Primeira Parte, cap. XV, pp. 116 e 117.)

C. Pode um Espírito ter seu corpo espiritual retraído a tal ponto que se assemelhe a um ovoide?

Sim. Espíritos infelizes, obstinados na ideia de fazerem justiça pelas próprias mãos ou confiados a vicioso apego, envolvem sutilmente aqueles que se lhes fazem objeto da calculada atenção e, auto-hipnotizados por imagens de afetividade ou desforço, infinitamente repetidas por eles próprios, acabam em deplorável fixação monoideística, fora das noções de espaço e tempo, acusando, passo a passo, enormes transformações na morfologia do veículo espiritual. Em face disso, tendo os órgãos psicossomáticos retraídos, por falta de função, passam a assemelhar-se a ovoides, vinculados às próprias vítimas que, de modo geral, lhes aceitam, mecanicamente, a influenciação. (Evolução em dois Mundos, Primeira Parte, cap. XV, pp. 117 e 118.) 

Texto para leitura 

105. Transformações dos hospedeiros - Se os parasitas podem acusar expressivas transformações, à face do novo regime de existência a que se afeiçoam, os resultados de tais associações sobre o hospedeiro são mais profundos, porque os assaltantes, depois de instalados, se multiplicam, ameaçadores, estabelecendo espoliações sobre as províncias orgânicas da vítima, sugando-lhe a vitalidade, traumatizando-lhe os tecidos, provocando lesões parciais ou totais ou estendendo ações tóxicas, como a exaltação febril nas infecções, com que, algumas vezes, lhe apressam a morte. Nessa movimentação perniciosa ou letal, conseguem irritar as células ou destruí-las, obstruir cavidades, seja nos intestinos ou nos vasos, embaraçar funções e obliterar glândulas importantes, quais as glândulas genitais, que podem levar até à castração, embora os recursos defensivos do hospedeiro sejam postos em evidência, criando exércitos celulares de combate às infestações, expulsando os invasores por via comum, ou neutralizando-lhes a penetração, pelas membranas fibrosas que os envolvem, encistando-os a princípio, para aniquilá-los, depois, em pequeninos invólucros calcificados, no interior dos tecidos. Lembrando os efeitos de certos parasitas heteroxênicos, que se desenvolvem no hospedeiro intermediário para alcançar a posição adulta no hospedeiro definitivo, basta lembrar os tripanossomas que, em espécies várias, se multiplicam nos tecidos e líquidos orgânicos, traçando aflitivos problemas da parasitologia humana, em complicadas operações de transmissão, evolução e instalação no quadro fisiológico de suas vítimas. (Evolução em dois Mundos, Primeira Parte, cap. XV, pp. 114 e 115.) 

106. Obsessão e vampirismo - Em processos diferentes, mas atendendo aos mesmos princípios de simbiose prejudicial, encontramos os circuitos de obsessão e de vampirismo entre encarnados e desencarnados, desde as eras recuadas em que o espírito humano, iluminado pela razão, foi chamado pelos princípios da Lei Divina a renunciar ao egoísmo e à crueldade, à ignorância e ao crime. Rebelando-se, em grande maioria, contra as sagradas convocações, e livres para escolher o próprio caminho, as criaturas humanas desencarnadas começaram, em alto número, a oprimir os companheiros da retaguarda, disputando afeições e riquezas que ficavam na carne, ou tentando empreitadas de vingança e delinquência, quando sofriam o processo liberatório da desencarnação em circunstâncias delituosas. As vítimas de homicídio e violência, brutalidade manifesta ou perseguição disfarçada, fora do vaso físico, entram na faixa mental dos ofensores, conhecendo-lhes a enormidade das faltas ocultas, e, ao invés do perdão, com que se libertariam da cadeia de trevas, empenham-se em vinditas atrozes, retribuindo golpe a golpe e mal por mal. Outros desencarnados, exigindo que Deus lhes dê solução aos caprichos pueris e proclamando-se inabilitados para o resgate do preço devido à evolução que lhes é necessária, tornam-se madraços e gozadores, e, alegando a suposta impossibilidade de a Sabedoria Divina dirimir os padecimentos dos homens, fogem, acovardados e preguiçosos, aos deveres e serviços que lhes competem. (Evolução em dois Mundos, Primeira Parte, cap. XV, pp. 115 e 116.) 

107. Infecções fluídicas - Muitos acometem os adversários que ainda se entrosam no corpo terrestre, empolgando-lhes a imaginação com formas mentais monstruosas e operando perturbações que podemos classificar como infecções fluídicas, que determinam o colapso cerebral com arrasadora loucura. Outros, imobilizados nas paixões egoísticas desse ou daquele teor, descansam em pesado monoideísmo, ao pé dos encarnados, de cuja presença não se sentem capazes de afastar-se. Alguns - a exemplo dos ectoparasitas temporários - procedem à semelhança dos mosquitos e dos ácaros, absorvendo as emanações vitais dos encarnados que com eles se harmonizam, aqui e ali; mas outros muitos, quais endoparasitas conscientes, após se inteirarem dos pontos vulneráveis de suas vítimas, segregam sobre elas determinados produtos, filiados ao quimismo do Espírito, que podemos nomear como simpatinas e aglutininas mentais, produtos esses que, sub-repticiamente, isto é, por meio de sub-repção, ilicitamente, furtivamente, lhes modificam a essência dos próprios pensamentos a verterem, contínuos, dos fulcros energéticos do tálamo, no diencéfalo. Estabelecida essa operação de ajuste, que os desencarnados e encarnados realizam em franco automatismo, à maneira dos animais em absoluto primitivismo nas linhas da Natureza, os verdugos comumente senhoreiam os neurônios do hipotálamo, acentuando a própria dominação sobre o feixe amielínico que o liga ao córtex frontal, controlando as estações sensíveis do centro coronário que aí se fixam para o governo das excitações e produzem nas suas vítimas, quando contrariados em seus desígnios, inibições de funções viscerais diversas, mediante influência mecânica sobre o simpático e o parassimpático. Tais manobras, em processos intrincados de vampirismo, prestigiam o regime de medo ou de guerra nervosa nas criaturas de que se vingam, alterando-lhes a tela psíquica ou impondo prejuízos constantes aos tecidos somáticos. (Evolução em dois Mundos, Primeira Parte, cap. XV, pp. 116 e 117.) 

108. Parasitas ovoides - Inúmeros infelizes, obstinados na ideia de fazerem justiça pelas próprias mãos ou confiados a vicioso apego, quando desafivelados do carro físico, envolvem sutilmente aqueles que se lhes fazem objeto da calculada atenção e, auto-hipnotizados por imagens de afetividade ou desforço, infinitamente repetidas por eles próprios, acabam em deplorável fixação monoideística, fora das noções de espaço e tempo, acusando, passo a passo, enormes transformações na morfologia do veículo espiritual, porquanto, com os órgãos psicossomáticos retraídos, por falta de função, assemelham-se a ovoides, vinculados às próprias vítimas que, de modo geral, lhes aceitam, mecanicamente, a influenciação, à face dos pensamentos de remorso ou arrependimento tardio, ódio voraz ou egoísmo exigente que alimentam no próprio cérebro, através de ondas mentais incessantes. Nessas condições, o obsessor ou parasita espiritual pode ser comparado à Sacculina carcini, que, provida de órgãos perfeitamente diferenciados na fase de vida livre, enraíza-se nos tecidos do crustáceo hospedador, perdendo as características morfológicas primitivas, para converter-se em massa celular parasitária. No tocante ao homem, o obsessor passa a viver no clima pessoal da vítima, em perfeita simbiose mórbida, absorvendo-lhe as forças psíquicas, situação essa que, em muitos casos, se prolonga para além da morte física do hospedeiro, conforme a natureza e a extensão dos compromissos morais entre credor e devedor.  (Evolução em dois Mundos, Primeira Parte, cap. XV, pp. 117 e 118.) 

 

Glossário: 

Ácaro: designação comum a aracnoides muito pequenos, que parasitam o homem e os animais, com aparelho bucal para morder, picar ou sugar; são os carrapatos, piolhos de galinha, micuins. Ocorrem também em substâncias açucaradas e no queijo. No homem, provocam a sarna.

Aglutinina: substância que faz com que as bactérias e os glóbulos sanguíneos se aglutinem; termo usado como analogia.

Anelídeo: animal invertebrado, alongado, de secção circular e segmentado; ao grupo pertencem as minhocas e sanguessugas.

Bactéria Nitrificadora: agente de nitrificação, isto é, de transformação, no solo, do amoníaco (combinação do nitrogênio e hidrogênio) em substâncias de ação fertilizante.

Bactéria: designação de organismos microscópicos, unicelulares (uma só célula), de numerosas espécies, que se reproduzem por cissiparidade (divisão transversal), havendo as bactérias essenciais ao sustento da vida, e as patogênicas (geram doenças).

Centro Coronário: centro de força vital, no perispírito, responsável pela supervisão dos demais centros de força vital, porque recebe em primeiro lugar os estímulos do espírito.

Cogumelo: designação comum a inúmeras plantas criptogâmicas. Há cogumelos microscópicos e macroscópicos, de porte variável, muitos destes venenosos e alguns comestíveis. É também conhecido como fungo, havendo os de vida parasitária e os de vida livre.

Córtex Frontal: camada externa dos lobos frontais do cérebro.

Crustáceo: animal de esqueleto externo e respiração por brânquias, de cujo grupo a maior parte é aquática. Ex.: o caranguejo, o camarão e a lagosta.

Diencéfalo: parte do cérebro situada entre o proencéfalo (porção anterior do cérebro) e o mesencéfalo (porção mediana do cérebro).

Ectoparasito: parasito que vive na superfície de outros seres vivos. Ex.: numerosos fungos, ervas-de-passarinho, piolhos.

Encistamento: formação de resistência, por animais inferiores, em face de condições adversas do meio, e corresponde a períodos simultâneos de latência ou repouso. Ex.: cistos de larva de solitária em músculos; enquistamento.

Endoparasito: parasito que vive no interior do organismo de outros animais. Ex.: vermes intestinais.

Feixe Amielínico: feixe de fibras nervosas formando nervos sem bainha de mielina (substância gordurosa).

Fisiopsicossomático: que pertence, simultaneamente, aos domínios do corpo físico e do psicossoma (corpo espiritual ou perispírito).

Habitat: lugar com características ecológicas próprias para servir de habitação a um organismo ou a uma população.

Hematófago: animal que se alimenta de sangue.

Heteroxênico: relativo aos parasitos que, durante sua vida, se desenvolvem no organismo de hospedeiros diferentes.

Hiperparasito: parasito que tem como hospedeiro outro parasito.

Hipotálamo: região do cérebro, abaixo do tálamo, que forma o soalho e parte da parede lateral do terceiro ventrículo (cavidade no âmago do cérebro). É a parte do diencéfalo onde se encontra o centro regulador da pressão sanguínea, assim como os centros reguladores da respiração e da temperatura.

Hospedador: no parasitismo, um organismo em que vive outro como parasito.

Hospedeiro: mesmo que hospedador.

Larva: o primeiro estágio por que passam certas espécies animais antes de atingirem a fase adulta.

Madraço: vadio, ocioso, preguiçoso.

Monoideísmo: estado da alma dominado por uma ideia central, fixa.

Mórbido: doentio; doente, enfermo.

Orquidácea: grupo de plantas a que pertencem as orquídeas, e que vivem basicamente nos países tropicais, sendo inúmeras as espécies. São vegetais epífitos, isto é, que crescem sobre outros sem parasitá-los.

Ovoide: em morfologia, ovoide é a qualificação de órgão ou parte maciça em forma de ovo; a que se assemelha o “ovoide” resultante da deformação perispiritual causada por uma ideia fixa (monoideísmo).

Parasitismo: associação entre dois seres de espécies diferentes, na qual um se beneficia com o prejuízo do outro. Para viver, o parasito depende de seu hospedeiro, que ele não destrói, mas explora, causando-lhe dano. Em certos casos, essa peculiar associação pode produzir, no correr do tempo, a morte do hospedeiro.

Parasito: organismo que retira o alimento de outro organismo.

Parassimpático: parte do sistema nervoso autônomo, cujas fibras nervosas retardam os batimentos cardíacos, contraem a pupila, aumentam as secreções digestivas e aceleram os movimentos peristálticos (dos músculos interiores dos órgãos ocos).

Pseudoparasito: animal de vida livre que, casual ou acidentalmente, se fixa corpo de outro animal, simulando um parasito.

Quimismo: conjunto de combinações ou de composições de um organismo.

Sacculina Carcini: crustáceo rizocéfalo, isto é, que possui prolongamentos ocos semelhantes a raízes, e que é parasito de caranguejo.

Sanguessuga: verme do filo dos anelídeos, da classe dos hirudíneos, que habita as águas doces e tem ventosas com que se liga aos animais a fim de sugar-lhes o sangue. É de uso medicinal para provocar sangrias desde a época romana.

Simbiose: associação de dois seres de espécie distinta, com influência de um sobre o outro, ou de ambos entre si, podendo essas relações, ser úteis ou prejudiciais às duas partes, favoráveis ou nocivas para uma delas apenas.

Simpático: parte do sistema nervoso autônomo, que regula a atividade da musculatura cardíaca, da musculatura lisa e de várias glândulas.

Simpatina: substância semelhante à adrenalina, produzida nas terminações nervosas do simpático; termo usado como analogia.

Sub-repção: omissão ou alteração fraudulenta de fatos que iriam influir em determinadas medidas de ordem moral, legal, disciplinar, etc.; ato de alcançar uma graça ou benefício por meios sub-reptícios; roubo, furto, subtração.

Tálamo: massa de substância cinzenta, constituída de dois núcleos situados de cada lado do ventrículo médio do cérebro, e que forma o soalho dos ventrículos laterais; funciona como ativo centro de transmissão, recebendo fibras nervosas aferentes de quase todas as zonas do córtex cerebral. Uma de suas importantes funções é a de interveniência na sensibilidade superficial e profunda.

Trato: sistema de órgãos ou partes do corpo com determinada função.

Tripanossomo: nome genérico de protozoários dotados de uma membrana ondulatória, os quais são agentes causadores de doenças no homem e nos animais, como doença de Chagas e doença do sono.

Trypanossoma Cruzi: germe causador da doença descoberta e estudada pelo cientista Carlos Chagas (1879-1934), veiculada por um inseto hemíptero (asas curtas), mais conhecido como barbeiro, sendo a doença conhecida pelo nome de doença de Chagas.

Vampirismo: processo de domínio ou exploração psíquica, levado a efeito por entidade desencarnada, sobre aquele que está submetido à influência de tal entidade.

Vindita: vingança; desforra.

Visceral: relativo à víscera, designação comum dos órgãos alojados na cavidade craniana, na torácica e na abdominal.

 

Nota:

Muitos termos técnicos usados na obra em estudo não se encontram nos dicionários que comumente consultamos. Clicando no link abaixo, o leitor terá acesso ao texto integral do livro Elucidário de Evolução em Dois Mundos, elaborado e publicado com esse propósito:
http://www.OCONSOLADOR\linkfixo\estudosespiritas\andreluiz\Elucidario.pdf

 

 


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