WEB

BUSCA NO SITE

Edição Atual Edições Anteriores Adicione aos Favoritos Defina como página inicial

Indique para um amigo


O Evangelho com
busca aleatória

Capa desta edição
Biblioteca Virtual
 
Biografias
 
Filmes
Livros Espíritas em Português Libros Espíritas en Español  Spiritist Books in English    
Mensagens na voz
de Chico Xavier
Programação da
TV Espírita on-line
Rádio Espírita
On-line
Jornal
O Imortal
Estudos
Espíritas
Vocabulário
Espírita
Efemérides
do Espiritismo
Esperanto
sem mestre
Divaldo Franco
Site oficial
Raul Teixeira
Site oficial
Conselho
Espírita
Internacional
Federação
Espírita
Brasileira
Federação
Espírita
do Paraná
Associação de
Magistrados
Espíritas
Associação
Médico-Espírita
do Brasil
Associação de
Psicólogos
Espíritas
Cruzada dos
Militares
Espíritas
Outros
Links de sites
Espíritas
Esclareça
suas dúvidas
Quem somos
Fale Conosco

Crônicas e Artigos

Ano 6 - N° 261 - 20 de Maio de 2012

ROGÉRIO COELHO
rcoelho47@yahoo.com.br
Muriaé, MG (Brasil)
 

Alcoolismo: um perigo mal combatido!

Depois do fumo, o álcool é a segunda causa
de mortalidade no mundo

“(...) O vício de qualquer natureza é rampa que conduz à infelicidade.” - Joanna de Ângelis. [1]


Os vícios, quaisquer que sejam, não passam de cadeias de lamentáveis corolários para as vítimas que sucumbem aos seus domínios.  Portanto, mais fácil é evitar-lhes a instalação do que lutar depois pela supressão dos mesmos.

O alcoolismo é – hodiernamente – grave problema que deita raízes profundas na sociedade, suscitando medidas curadoras e profiláticas nas áreas médica, psicológica e psiquiátrica, carecendo de urgente assistência de todos os segmentos sociais para (pelo menos) minimizar seus efeitos desastrosos.

O alcoolismo faz – diariamente – milhares de vítimas que são levadas à loucura, aos desastres de variegado matiz, aos crimes escabrosos, e à enganosa porta do suicídio. Sem embargo, os problemas que orbitam em torno do álcool não são de hoje: São tão antigos quanto o próprio homo sapiens, seja qual for a época em que ele viveu, seja em que sociedade com a qual se relacionou ou a cultura que recebeu.

Uma das legislações mais antigas de que se tem notícia, o “Código de Hamurabi” (1.000 a.C.), já trazia normativos sobre as situações, lugares e pessoas que podiam ou não fazer a ingestão de bebida alcoólica. Ora, se existiam os normativos, fica evidente que eles estavam postos para disciplinar o uso, face aos excessos recorrentes.

Por volta do ano 500 a.C., os chineses perdiam – literalmente – a cabeça por causa da bebida alcoólica: a prática era punida com a decapitação.  Apesar de aceito socialmente, nem por isso o álcool é menos letal que as drogas pesadas interditadas pela legislação, vez que os indicadores da mortalidade ligados ao uso do álcool são estarrecedores!  Nem mesmo os países do chamado primeiro mundo escapam dessas estatísticas.  Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), 45.000 casos de decessos, na França, estão ligados ao álcool.  Com 13 milhões de consumidores regulares e perto de 5 milhões de álcool-dependentes, a França é o sexto país consumidor de álcool.

Os riscos de repercussão do alcoolismo na saúde (cirrose, problemas cardiovasculares, cânceres etc.) começam a partir de dois ou três copos diários e se ampliam consideravelmente a partir do quinto copo.

Faz-se mister colocar a questão da alcoolfilia no foco dos debates públicos. Há que se diminuir a acessibilidade ao álcool e aumentar os impostos do setor.  Mesmo sob os protestos das indústrias do álcool, o problema da consumação alcoólica precisa ser atacado globalmente.

A propósito do tema, Irmão X narra o seguinte[2]: “(...) A cobra, nossa velha conhecida, cujo bote comumente não alcança mais que uma só pessoa, é combatida a vara de ferro, porrete, pedra, armadilha, borralho, água fervente e boca de fogo, vigiada de perto pela gritaria dos meninos, pela cautela das donas de casa e pela defesa do serviço municipal, mas o álcool, que destrói milhares de criaturas, é veneno livre, onde quer que vá, e, em muitos casos, quando se fantasia de champanhe ou de uísque, chega a ser convidado de honra, consagrando eventos sociais. Escorrega na goela de ministros com a mesma sem-cerimônia com que desliza na garganta dos malandros encarapitados na rua. Endoidece artistas notáveis, desfibra o caráter de abnegados pais de família, favorece doenças e engrossa a estatística dos manicômios; no entanto, diga isso num banquete de luxo e tudo indica que você, a conselho dos amigos mais generosos, será conduzido ao psiquiatra, se não for parar no hospício.

Ninguém precisa escrever algo sobre a aguardente, tenha ela o nome de vodca ou de suco de cana, rum ou conhaque, de vez que as crônicas vivas, escritas por ela mesma, estão nos próprios consumidores, largados à bebedeira, nos crimes que a imprensa reclama de sensacionalismo, nos ataques da violência e nos lares destruídos...

É indispensável sejam trazidas à fala as vítimas de espancamento no recinto doméstico, os homens e as mulheres de vida respeitável que viram a loucura aparecer de chofre no ânimo de familiares queridos, as crianças transidas de horror ante o desvario de tutores inconscientes e, sobretudo, os médicos encanecidos no duro ofício de aliviar os sofrimentos humanos.

O álcool, intoxicando temporariamente o corpo espiritual, arroja a mente humana em primitivos estados vibratórios, detendo-a, de maneira anormal, na condição de qualquer bicho”.

A vinculação alcoólica destrói não só a alegria de viver, mas também a mente, o corpo físico, a família, bem como as possibilidades de se construir algo útil na vida, encarcerando o ser em pauis de dores e escarcéus. 

Joanna de Ângelis aconselha[3]: “(...) Abandonar a horizontalidade das viciações em que se esboroam os objetivos da existência pela verticalidade ascensional da libertação de sombras e dores, mágoas e inquietações – eis a tarefa”.       


 


[1] - FRANCO, Divaldo. Conflitos existenciais. Salvador: LEAL, 2005, cap. 14, p. 160, § 4º.

[2] - XAVIER, F. Cândido. Cartas e crônicas. 3. ed. Rio [de Janeiro]: FEB, 1974, cap. 18, p.p.81-83.

[3] - FRANCO, Divaldo. Lampadário espírita. 2. ed. Rio [de Janeiro]: FEB, 1971, p.p. 34-35.



 


Voltar à página anterior


O Consolador
 Revista Semanal de Divulgação Espírita