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Estudando a série André Luiz
Ano 6 - N° 260 - 13 de Maio de 2012

MARCELO BORELA DE OLIVEIRA
mbo_imortal@yahoo.com.br
Londrina, Paraná (Brasil)
 

Evolução em Dois Mundos

André Luiz

(Parte 24)

Damos continuidade ao estudo da obra Evolução em Dois Mundos, de André Luiz, psicografada pelos médiuns Waldo Vieira e Francisco Cândido Xavier e publicada em 1959 pela Federação Espírita Brasileira.

Antes de ler as questões e o texto indicado para leitura, sugerimos ao leitor que veja, primeiro, as notas constantes do glossário pertinente ao estudo desta semana.

Questões preliminares 

A. Que papel no processo evolutivo desempenha o plano extrafísico?

O plano físico é o berço da evolução que o plano extrafísico aprimora. O primeiro insufla o sopro da vida, cujas edificações o segundo aperfeiçoa. Esse, o seu papel no processo evolutivo dos seres e do próprio planeta, o que indica que, entregue somente às suas próprias forças, o homem pouco avançaria no rumo da perfeição para o qual fomos criados. (Evolução em dois Mundos, Primeira Parte, cap. XIII, pág. 101.)

B. Que aprendizado obteve o princípio inteligente quando estagiava no mundo das plantas?

Segundo o autor desta obra, foi o próprio princípio inteligente que plasmou os meios de exteriorização, com vistas ao seu sustento. Assim é que no mundo das plantas, com o parênquima clorofiliano, aprendeu a decifrar os segredos da fotossíntese, absorvendo energia luminosa para elaborar as matérias orgânicas, além de lançar de si os gases essenciais que contribuem para o equilíbrio da atmosfera. (Evolução em dois Mundos, Primeira Parte, cap. XIV, pág. 103.)

C. Que fato ocorreu a partir do momento em que o princípio inteligente passou a gerar o chamado pensamento contínuo?

Quando isso se deu, alterou-se em sua individualidade o modo particular de ser. O princípio inteligente iniciava-se, desde então, nas operações que André Luiz chama de “mentossíntese”, porque baseadas na troca de fluidos mentais multiformes, através dos quais emite as próprias ideias e radiações, assimilando as radiações e ideias alheias. (Evolução em dois Mundos, Primeira Parte, cap. XIV, pp. 104 e 105.) 

Texto para leitura 

93. Inteligência artesanal - O plano físico é o berço da evolução que o plano extrafísico aprimora. O primeiro insufla o sopro da vida, cujas edificações o segundo aperfeiçoa. A reencarnação multiplica as experiências, somando-as, pouco a pouco. A desencarnação subtrai-lhes lentamente as parcelas inúteis ao progresso do Espírito e divide os remanescentes, definindo os resultados com que o Espírito se encontra enobrecido ou endividado perante a Lei. Consolidada a incessante eclosão do fluido mental entre as duas esferas, começa para o homem novo ciclo de cultura. Em verdade, a mente da era paleolítica mostra-se, ainda, limitada, nascitura, mas não tanto que não possa absorver, embora em baixa dosagem, as ideias renovadoras que lhe são sugeridas no Plano Superior. Em razão disso, pela reflexão possível, aparece entre os homens, mal saídos da selva, a inteligência artesanal, instalando no mundo a indústria elementar do utensílio. Por ela, o habitante do império verde encontra meios de efetuar com mais segurança velhos atos instintivos, utilizando o varapau para alongar o braço na colheita dos frutos dificilmente acessíveis, fabricando anzóis e arpões que lhe substituam os dedos na profundez das águas, burilando o sílex que lhe veicule a energia dos punhos e plasmando a roda que lhe poupe, de alguma sorte, o sacrifício dos pés. (Evolução em dois Mundos, Primeira Parte, cap. XIII, pág. 101.) 

94. Plasma criador da mente - É pelo fluido mental com qualidades magnéticas de indução que o progresso se faz notavelmente acelerado. Pela troca dos pensamentos de cultura e beleza, em dinâmica expansão, os grandes princípios da Religião e da Ciência, da Virtude e da Educação, da Indústria e da Arte descem das Esferas Sublimes e impressionam a mente do homem, traçando-lhe profunda renovação ao corpo espiritual, a refletir-se no veículo físico que, gradativamente, se acomoda a novos hábitos. Épocas imensas despendera o princípio inteligente para edificar os prodígios da sensação e do automatismo, do instinto e da inteligência rudimentar; entretanto, com a difusão do plasma criador oriundo da mente, em circuitos contínuos, consolida-se a reflexão avançada entre o Céu e a Terra, e os fluidos mentais ou pensamentos atuantes, no reino da alma, imprimem radicais transformações no veículo fisiopsicossomático, associando e desassociando civilizações numerosas para construí-las de novo, com o que o homem, herdeiro da animalidade instintiva, continua, até hoje, o trabalho progressivo de sua própria elevação aos verdadeiros atributos da Humanidade. (Evolução em dois Mundos, Primeira Parte, cap. XIII, pág. 102.) 

95. Sustento do princípio inteligente - O princípio inteligente, que exercitara a projeção de impulsos mentais fragmentários para nutrir-se durante largas eras, alçado ao Plano Espiritual, na condição de consciência humana desencarnada, começa a plasmar novos meios de exteriorização, em favor do sustento próprio. No mundo das plantas, com o parênquima clorofiliano, aprendeu a decifrar os segredos da fotossíntese, absorvendo energia luminosa para elaborar as matérias orgânicas, e lançando de si os gases essenciais que contribuem para o equilíbrio da atmosfera. No domínio de certas bactérias, inteirou-se dos processos da quimiossíntese, aproveitando a energia química haurida na oxidação de corpos minerais. Entre os seres superiores, consagrou-se à biossíntese, em novo câmbio de substâncias nos vários períodos da experiência física, para garantir a segurança própria, sob o ponto de vista material e energético. Habituado aos fenômenos do anabolismo, na incorporação dos elementos de que se nutre, e do catabolismo, na desassimilação respectiva, automatiza-lhe a existência, em metamorfose contínua das forças que lhe alcançam a máquina fisiológica, através dos alimentos necessários à restauração constante das células e ao equilíbrio dos reguladores orgânicos. (Evolução em dois Mundos, Primeira Parte, cap. XIV, pág. 103.) 

96. Início da “mentossíntese - Erguido, porém, à geração do pensamento ininterrupto, altera-se-lhe, na individualidade, o modo particular de ser. O princípio inteligente inicia-se, desde então, nas operações que classificaremos como sendo de “mentossíntese”, porque baseadas na troca de fluidos mentais multiformes, através dos quais emite as próprias ideias e radiações, assimilando as radiações e ideias alheias. O impulso que lhe surgia na mente embrionária, por interesse acidental de posse, ante a necessidade de alimento esporádico, é agora desejo consciente. E, sobretudo, o anseio genésico instintivo que se lhe sobrepunha à vida normal, em períodos certos, converteu-se em atração afetiva constante. Aparece, desse modo, a sede de satisfação invariável como estímulo à experiência e prefigura-se em sua alma a excelsitude do amor encravado no egoísmo, como o diamante em formação no carbono obscuro. A morte física interrompe-lhe as construções no terreno da propriedade e do afeto e a criatura humana, a iniciar-se no pensamento contínuo, sente-se quebrada e aflita, cada vez que se desvencilha do corpo carnal adulto. A desencarnação impõe-lhe novas condições vibratórias, como que obrigando-o à ocultação temporária entre os seus para que se lhe revitalizem as experiências, qual ocorre à planta necessitada de poda para exaltar-se em renovação do próprio valor. Épocas numerosas são empregadas para que o homem senhoreie o corpo espiritual, nos círculos da consciência mais ampla, porque, como deve compreender por si o caminho em que se conduzirá para a Glória Divina, cabe-lhe também debitar a si mesmo os bens e os males, as alegrias e as dores da caminhada. Arrebatado aos que mais ama e ainda incapaz de entender a transformação da paisagem doméstica de que foi alijado, revolta-se comumente contra as novas lições da vida a que é convocado, em plano diferente, e permanece fluidicamente algemado aos que se lhe afinam com o sangue e com os desejos, comungando-lhes a experiência vulgar. Nesse sentido, será, pois, razoável recordar que em seu recuado pretérito aprendeu, automaticamente, a respirar e a viver, justaposto ao hausto e ao calor alheios. (Evolução em dois Mundos, Primeira Parte, cap. XIV, pp. 104 e 105.) 

 

Glossário: 

Anabolismo: fase regenerativa do processo metabólico, em que se dá a regeneração dos compostos que foram degradados (por catabolismo), partindo de substâncias mais simples.

Automatismo: funcionamento do organismo e prática de atos sem a participação consciente do ser.

Bactéria: designação de organismos microscópicos, unicelulares (uma só célula), de numerosas espécies, que se reproduzem por cissiparidade (divisão transversal), havendo as bactérias essenciais ao sustento da vida, e as patogênicas (geram doenças).

Biossíntese: síntese (formação) de substâncias orgânicas nos seres vivos.

Catabolismo: fase destrutiva (degradação de compostos) do processo metabólico em que se dá a formação, pelos organismos de substâncias simples, a partir de outras mais complexas, com a oxidação e liberação de energia.

Célula: a menor unidade de função e de organização capaz, por si mesma, de multiplicação e de relação, que apresenta todas as características de vida.

Clorofila: designação dos pigmentos de cor verde que contém magnésio, e que estão presentes nas células das plantas capazes de realizar fotossíntese.

Corpo Espiritual: o psicossoma ou perispírito.

Desassimilação: degradação de compostos ricos em energia, sendo o fenômeno realizado por oxidação, nos organismos, como meio importante para a obtenção da energia indispensável aos processos vitais.

Fisiopsicossomático: que pertence, simultaneamente, aos domínios do corpo físico e do corpo psicossomático, sendo este o psicossoma (corpo espiritual ou perispírito).

Fotossíntese: processo básico de alimentação dos vegetais, através da síntese (formação) de substâncias orgânicas, com a fixação do gás carbônico mediante a ação da luz solar e a participação da clorofila.

Gás Carbônico: gás pesado desprovido de odor, não tóxico, porém asfixiante, existente no ar numa proporção de 0,03%. É alimento indispensável para os vegetais, sendo eliminado pelos seres vivos como resultado da respiração celular.

Genésico: relativo à capacidade de gerar.

Hausto: ato de haurir, aspirar; figurativamente, fluido produzido pela respiração, atuando sobre o meio.

Impulso Fragmentário: impulso descontínuo, intermitente, que caracteriza um estado muito rudimentar.

Indução: ação exercida por um campo magnético sobre um campo situado em sua esfera de influência, como a ação magnética exercida por um imã sobre objetos suscetíveis à sua influência.

Mentossensitivo: referente às propriedades adquiridas pelo pensamento, por influência do sentimento.

Mentossíntese: espécie de metabolismo operado com base nas trocas de fluidos mentais, tomada a fotossíntese como analogia.

Metamorfose: mudança de forma ou de estrutura; transformação.

Oxidação: entrada de oxigênio em uma sustância, modificando-a.

Paleolítico: relativo ao período do pleistoceno (quaternário), caracterizado pelo aparecimento dos mais antigos fósseis humanos; período ou idade da pedra lascada.

Parênquima: tecido constituído de células do mesmo diâmetro, que se relaciona sobretudo com a armazenagem e distribuição de substâncias nutritivas.

Pensamento Contínuo: pensamento constante, ininterrupto, que caracteriza a capacidade mental do homem, em oposição ao pensamento fragmentário (descontínuo), próprio dos animais irracionais.

Plasma: massa formadora e essencial de um órgão.

Psicossomatossensitivo: referente aos centros sensitivos do psicossoma (corpo espiritual ou perispírito).

Quimiossíntese: síntese (formação) de substâncias orgânicas, a partir de inorgânicas, realizada por bactérias sem o concurso da luz solar, mas com uso da energia restante de um processo químico.

Radiação: emissão de raios portadores de energia.

Reflexão: processo mental em que o pensamento se volta sobre si mesmo e toma seus próprios atos como objeto de conhecimento.

Sílex: pedra dura que produz faísca quando atritada, e que entra na composição de todas as rochas eruptivas.

Simbiose: associação de dois seres de espécie distinta, com influência de um sobre o outro, ou de ambos entre si, podendo essas relações, ser úteis ou prejudiciais às duas partes, favoráveis ou nocivas para uma delas apenas.

Varapau: pau comprido; bordão.

 

Nota:

Muitos termos técnicos usados na obra em estudo não se encontram nos dicionários que comumente consultamos. Clicando no link abaixo, o leitor terá acesso ao texto integral do livro Elucidário de Evolução em Dois Mundos, elaborado e publicado com esse propósito:
http://www.OCONSOLADOR\linkfixo\estudosespiritas\andreluiz\Elucidario.pdf

 

 


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