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Estudando as obras de Manoel Philomeno de Miranda
Ano 6 - N° 259 - 6 de Maio de 2012

THIAGO BERNARDES
thiago_imortal@yahoo.com.br
 
Curitiba, Paraná (Brasil)
 

Tramas do Destino

Manoel Philomeno de Miranda 

(Parte 13)

Damos continuidade ao estudo do livro Tramas do Destino, de Manoel Philomeno de Miranda, obra psicografada por Divaldo P. Franco.

Questões preliminares

A. Que significa exercer a mediunidade com nobreza?  

Exercer com nobreza a mediunidade implica escolher o caminho da abnegação, a vida redentora, abraçado à caridade e ao amor, iluminado por dentro pela paciência e pela tranquilidade, a fim de não se deter na ascese do ministério ou confundi-la nas sombras com que a criatura se perturba e infelicita. (Tramas do Destino, cap. 17, págs. 153 a 155.)

B. Que escolhos, além da obsessão, podem nos ser inspirados por Espíritos imperfeitos?  

São eles: o açodar das paixões inferio­res, açulando desejos desenfreados de qualquer nomenclatura, o arrojar pessoas inescrupulosas contra ou sobre o médium, as facilidades de toda natureza, desde a bajulação mentirosa às incursões mais atrozes, no que diz respeito aos deveres assumidos, o mesmo acontecendo em relação aos indivíduos que se esforçam por preservar suas faculdades morais, que ex­perimentam então o cerco nefasto que lhes é imposto pelas mentes ator­mentadas da erraticidade. Outro difícil escolho no ser­viço da mediunidade é a ambição argentária, porque os médiuns, com raras exceções, são situados – como medida preventiva a seu próprio benefício – em grupos familiares que lutam pela própria sobrevivência, a fim de se exercitarem desde cedo nas austeras disciplinas da escassez e da ne­cessidade, superando futuras conjunturas em que se deverão movimentar com facilidade e honradez. (Obra citada, cap. 17, págs. 155 e 156.)

C. Em que consiste a simonia?

Simonia é tráfico de coisas sagradas, em alusão ao mago Simão, que tentou corrom­per a Pedro, para obter deste o segredo da evocação do Espírito Santo. Pratica a simonia quem, por exemplo, no uso da mediunidade, cobra pelos serviços que presta. (Obra citada, cap. 17, págs. 156 a 158.)

Texto para leitura

64. Uma médium exemplar - Na verdade, seus companheiros ignoravam seu calvário íntimo. Epifânia sabia que sua tarefa era ajudar, socorrer através da maternidade do espírito, sem amarras que lhe dificultassem o avanço, sem outros deveres que a impedissem de desincumbir-se do minis­tério espiritual. Ela sentia-se só, e desejava encontrar um afeto, mas fora informada por seus abnegados mentores de que esse afeto ainda se encontrava no Além, aguardando-a. Esforçava-se, assim, por superar a tristeza, quando esta lhe tentava tisnar a alegria; vencer a perturba­ção, quando se via acicatada pela vigília dos Espíritos malévolos; re­sistir ao desânimo, quando sitiada pelo cansaço; afastar a antipatia, ante os maledicentes e censuradores, os pusilânimes e exploradores da mediunidade. A caridade era sua ginástica preferida, a fim de manter as formas do espírito em ritmo de amor, no pensamento e na vontade. Nin­guém lhe compartia as horas de soledade, nem ela apresentava qualquer reclamação ou tristeza. Complôs foram organizados reiteradas vezes, a fim de a levarem ao desânimo. Epifânia, contudo, orando e arrimada aos seus abnegados Amigos Espirituais, a tudo resistia, chorando às vezes intimamente, mas permanecendo no posto do seu dever. Granjeara, por­tanto, por todos os títulos de serviço e à humildade no desempenho dos deveres no lar, no trabalho, na vida pública e no santuário espírita, a afeição dos Irmãos Maiores da Espiritualidade, seus Tutores e Guias, que a defendiam das ciladas do mal e a socorriam sempre. Epifânia tornou-se, assim, um exemplo digno de ser imitado, verdadeira cristã e legítima es­pírita, que muitos médiuns admiravam, enquanto outros invejavam, em consequência da invigilância a que se permitiam. São os que desejam recur­sos expressivos no campo espiritual, não, porém, as condecorações da dor e da soledade, os testes de renúncia e sacrifício incessantes, esqueci­dos de que a mediunidade não é uma graça injustificável, que nenhum es­forço exige dos que pretendam preservá-la. Epifânia firmou-se, pois, no conceito da Espiritualidade graças aos serviços executados e à fideli­dade com que deles se desincumbia, humilde e irreprochável, merecendo incondicional ajuda dos seus Mentores em prol das tarefas em curso. (Cap. 16, págs. 149 a 151) 

65. O talento da mediunidade - A reencarnação constitui em si mesma um ato de misericórdia do Senhor, que não deseja a morte do pecador, mas a sua redenção. Em vista disso, todas as faculdades de que o homem dispõe são talentos que lhe cabe multiplicar e valorizar pelo bom uso que lhes dá . A mediunidade, que é uma faculdade parafísica, inclui-se entre esses talentos. Com efeito, graças às suas sutis teceduras nos mecanismos do espírito, através do perispírito que a exterioriza pelo corpo somático e mediante o qual recebe as respostas vibratórias, a faculdade mediúnica mais severas responsabilidades confere ao usuário, impondo-lhe maior soma de vigilância. Padecendo gravames e sujeita a escolhos sutis, que se transformam em penosos obstáculos, a mediunidade é ponte preciosa de serviço entre os dois mundos. Incompreendida pela maioria dos usufrutuários, padece ela um sem-número de conjunturas e experimenta aguerrido combate de um como do outro lado da vida. Para exercê-la com nobreza é necessário escolher o caminho da abnegação, a vida redentora, abraçado à caridade e ao amor, iluminado por dentro pela paciência e pela tranquilidade, a fim de não se deter na ascese do ministério ou confundi-la nas sombras com que se perturba e infelicita. Sua condução correta propicia inefáveis alegrias. Relegada ao abandono, favorece a parasitose psí­quica, que dá  margem a processos obsessivos de grande porte. Utilizada com leviandade, converte-se em instrumento dúplice, de que se utilizam Espíritos bons ou maus, conforme a direção que lhe dê o médium e segundo as suas inclinações, desejos e paixões interiormente acalentados. Kardec assevera que entre os escolhos que apresenta a prática do Espiritismo deve se colocar na primeira linha a obsessão. O Codificador alude, as­sim, à aplicação da mediunidade, porquanto, decorrendo seu ministério em clima de sintonia, ela sempre se vincula aos Espíritos com os quais o homem se compraz conviver psiquicamente. Como os inferiores são mais co­muns no intercâmbio com os homens, por invigilância destes, eles lhes compartilham a vida, produzindo constrangimentos obsessivos por ignorân­cia, inveja, vaidade ou vingança. (Cap. 17, págs. 153 a 155) 

66. Os escolhos da mediunidade - Os antídotos contra tal escolho, como de quaisquer outros, são o conhecimento, o estudo correto e a salutar vi­vência do Espiritismo. Existem, contudo, além da obsessão, outros esco­lhos inspirados por Espíritos imperfeitos: o açodar das paixões inferio­res, açulando desejos desenfreados de qualquer nomenclatura, o arrojar pessoas inescrupulosas contra ou sobre o médium, as facilidades de toda natureza, desde a bajulação mentirosa às incursões mais atrozes, no que diz respeito aos deveres assumidos, o mesmo acontecendo em relação aos indivíduos que se esforçam por preservar suas faculdades morais, que ex­perimentam então o cerco nefasto que lhes é imposto pelas mentes ator­mentadas da erraticidade. Noutro sentido, os escolhos residem no próprio médium, invariavelmente um Espírito conduzindo pesados ônus do preté­rito, que lhe cumpre resgatar a sacrifício e a extenuante esforço libe­rativo. Aquinhoado com tais faculdades, mesmo assim ele se deixa embair pela presunção e derrapar na vaidade, atribuindo-se dons excepcionais e valores que sabe não possuir, mas finge deter, como os Espíritos se lhe dependessem. Logo, porém, sucumbe e fracassa, passando a experimentar o insucesso nos empreendimentos espirituais, quando não recorre à fraude indesculpável, a fim de manter uma posição de relevo enganoso. A vaidade é sempre reprochável, mas no ministério mediúnico, além de condenável, transforma-se em tóxico letal que destrói, inicialmente, quem lhe dedica culto de subserviência. Jesus deu-nos o exemplo da humildade típica. Da­vid, no seu Canto 119, v. 165, assevera: "Muita paz têm os que amam a tua lei e para eles não há tropeços". Ora, a lei de Deus é a do serviço ao próximo com humildade pura e simples. Outro difícil escolho no ser­viço da mediunidade é a ambição argentária, porque os médiuns, com raras exceções, são situados – como medida preventiva a seu próprio benefício – em grupos familiares que lutam pela própria sobrevivência, a fim de se exercitarem desde cedo nas austeras disciplinas da escassez e da ne­cessidade, superando futuras conjunturas em que se deverão movimentar com facilidade e honradez. Na convivência com uma família difícil, com irmãos-problemas, com a pobreza, acostumam-se desde logo ao silêncio e à renúncia, aprendendo paciência e adaptando-se ao clima das reclamações e das dificuldades com que defrontarão na grande família humana, quando convocados ao labor da caridade cristã. (Cap. 17, págs. 155 e 156) 

67. Cuidados na mediunidade - O dinheiro facilmente perturba quantos não se armam de simplicidade e fé para o desempenho de seus mandatos morais, sociais, profissionais e espirituais... Podendo acelerar o progresso e produzir felicidade, o dinheiro, infelizmente, em muitos casos, tem con­tribuído para a desdita humana. Devem os médiuns precatar-se também con­tra "a indústria dos presentes", isto é, do artifício da doação de mimos e regalos com que são brindados, a fim de que não sejam convidados à re­tribuição, mediante os recursos cuja finalidade é bem outra e dos quais se fazem mordomos, posteriormente obrigados a contas... O Senhor provê dos indispensáveis valores aqueles que O servem. Se o clima em que o trabalhador irá respirar deve ser o do problema e da dificuldade, evi­dentemente este lhe constituirá  a mais salutar oficina para a autoedi­ficação a que não se deverá  furtar. Conta-se que abnegado médium espí­rita, após atender um consulente aflito, notou que este deixara delica­damente uma cédula de dinheiro presa a um livro posto na modesta mesa de trabalhos. Notando o fato, o médium foi atrás do outro e devolveu a cé­dula, dizendo-lhe que ele a havia esquecido sobre a mesa. O consulente insistiu: "Aceite-a, por favor. Eu sei que o senhor tem muitos proble­mas... Pelo menos utilize-a junto à família..." O médium agradeceu, mas não aceitou o donativo e, como a pessoa insistisse, foi categórico, di­zendo: "Não, homem. Por Deus, não derrube num minuto o que venho cons­truindo há quase trinta anos..."  É que, após o primeiro deslize, o chamado momento de fraqueza, surgem outros e cria-se um hábito infeliz: a prática da simonia, dando-se então natural preferência aos que podem pagar melhor, em detrimento dos "filhos do Calvário". (N.R.: Simonia é tráfico de coisas sagradas, em alusão ao mago Simão, que tentou corrom­per a Pedro, para obter deste o segredo da evocação do Espírito Santo). O exercício incorreto das funções genésicas, sua prática indevida e quaisquer deslizes da sexualidade transformam-se em martírio futuro, de que ninguém se eximirá  no cômputo das consequências. Todo abuso moral e físico produz desgaste correspondente; qualquer desgaste conduz ao exau­rimento; além disso, o mau uso e a exorbitância impõem viciações dano­sas, que geram vinculações infelizes entre os consórcios encarnados, a expensas também de comensais desencarnados, que se instalam em processos de sórdida vampirização. O matrimônio nobre, revestido dos sentimentos de respeito e dignidade, é santuário de transfusão de hormônios, de for­ças restauradoras em que se harmonizam os que amam, restabelecendo e mantendo compromissos superiores, mediante os quais se alam em júbilo rumo às províncias da felicidade. (Cap. 17, págs. 156 a 158)(Continua no próximo número.)



 


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