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Estudando as obras de Manoel Philomeno de Miranda
Ano 6 - N° 258 - 29 de Abril de 2012

THIAGO BERNARDES
thiago_imortal@yahoo.com.br
 
Curitiba, Paraná (Brasil)
 

Tramas do Destino

Manoel Philomeno de Miranda 

(Parte 12)

Damos continuidade ao estudo do livro Tramas do Destino, de Manoel Philomeno de Miranda, obra psicografada por Divaldo P. Franco.

Questões preliminares

A. Ante a sanha dos inimigos desencarnados, como deve agir o espírita?

Sabemos dos constrangimentos decorrentes do ódio entre desencarnados, que se atiram, tresloucados, uns contra os outros. O espírita não está  isento de tais inimigos, pelos quais deve envidar esforços espirituais, a fim de os dulcificar e aplacar-lhes a ira, mediante exemplos de renovação e humildade, elevação pelo trabalho nobre e aprendizagem das técnicas iluminativas e salutares, bem como de estudos e conversações edificantes, que podem induzir os que os odeiam a mudar de comportamento, realizando a edificação própria. (Tramas do Destino, cap. 15, págs. 138 a 140.)

B. Qual é o único antídoto realmente eficiente ante o mal?

O amor é o único eficiente antídoto ante qualquer mal. Sinteti­zando no amor todos os deveres e aspirações que nos devemos impor, Jesus foi peremptório, em sua inapelável sabedoria: “Amai os vossos inimigos”. Pacificar-se com os inimigos, enquanto se está  no caminho com eles, é medida de ur­gência. Ideal, portanto, não ter inimigos, não estar contra ninguém, não se rebelar... Se alguém não nos quer bem, o problema é dele; porém, se damos motivo para que tal ocorra, já  é nosso o problema. (Obra citada, cap. 15, págs. 140 a 142.)

C. É certo dizer que o sofrimento é uma pena imposta pela Divindade?

Não. O sofrimento e a soledade não são penas impostas pela Divindade; antes constituem corrigenda salvadora, com que a criatura se arma para cometimentos elevados. (Obra citada, cap. 16, págs. 143 e 144.)

Texto para leitura

59. Os efeitos maléficos do ódio - Feita ligeira pausa, os ouvintes aguardavam, atentos, o prosseguimento da lição, enquanto Artêmis exul­tava, perguntando a si mesmo como pudera obstinar-se em adiar por tanto tempo o contacto com o Espiritismo. A palestrante continuou: "O ódio, o ciúme, a inveja, o despeito que intoxicam a vida por longos anos não po­dem, a passe de mágica, desaparecer dos painéis mentais e dos sentimen­tos morais de quem lhes deu guarida insensatamente". Referiu, então, que o ódio, em particular, açoda os instintos e faz daquele que o hospeda um tresvariado, que, despertando para as novas realidades da vida post-mor­tem, que não deseja, investe contra quem detesta, convertendo-se em ver­dadeira sombra imantada à sua vítima. "Esse inditoso conúbio – asseve­rou a expositora – não ocorre, apenas, durante uma existência. É mais nefasto quando procede dos ódios pretéritos, em que o litigante infeliz, que se supõe prejudicado, esclarece-se quanto aos recursos que pode mo­vimentar no estado em que se encontra, articulando planos cavilosos, programando perseguições implacáveis, detendo-se à espreita de brechas morais, incansável e insensível até lograr o tentame que prefere..." A médium, visivelmente inspirada pela Entidade desencarnada, relanceou seu olhar pelo recinto e advertiu: "Ninguém se equivoque, porém. O ódio ter­mina sempre por calcinar aquele que o gera e conserva, qual o escorpião que sucumbe em face do veneno que carrega consigo e um dia o aplica em si mesmo... A sanha dos inimigos desencarnados somente se aplaca ao preço da renúncia e da autoiluminação dos que transitam no corpo". Em seguida, ela falou sobre os constrangimentos decorrentes do ódio entre desencarnados, que se atiram, tresloucados, uns contra os outros, adver­tindo que o espírita não está  isento de tais inimigos, pelos quais deve envidar esforços espirituais, a fim de os dulcificar e aplacar-lhes a ira, mediante exemplos de renovação e humildade, elevação pelo trabalho nobre e aprendizagem das técnicas iluminativas e salutares, bem como de estudos e conversações edificantes, que podem induzir os que os odeiam a mudar de comportamento, realizando a edificação própria. (Cap. 15, págs. 138 a 140) 

60. O amor é o único antídoto a qualquer mal - A expositora lembrou tam­bém que a oração e a prática da caridade criam uma psicosfera favorável que favorece a própria criatura e atua nos seus sicários como clima re­fazente de terapia eficaz. "Não são poucos os invejosos, os ciumentos e os perversos – acentuou a Entidade – que, em estado espiritual, se comprazem em destilar sua peçonha enfermiça nos homens honestos, aos quais combatem por motivos óbvios, desejando comprazer-se ante os sofri­mentos que lhes impõem..." "Interpenetram-se e se comunicam os dois mun­dos – do espírito e da matéria, e seus membros, homens e Espíritos – mais do que se pensa ou se supõe." Os espíritas defrontam, pois, além do próprio passado donde provêm, os Espíritos ociosos e perturbados que os anatematizam, porque, em considerando os propósitos elevados a que se dedicam, consideram-nos erroneamente como inimigos, por lhes obstarem a sanha perseguidora e a insensatez. A palestrante então arrematou: "Por essa razão, o amor é o único eficiente antídoto a qualquer mal. Sinteti­zando no amor todos os deveres e aspirações que nos devemos impor, foi imperativo Jesus, na sua inapelável sabedoria: Amai os vossos inimigos. Da mesma forma como a morte do desafeto não lava a honra do ofendido, um inimigo desencarnado é muitas vezes pior do que encarnado. Pacificar-se com os inimigos, enquanto se está  no caminho com eles, é medida de ur­gência. Ideal, portanto, não ter inimigos, não estar contra ninguém, não se rebelar... Se alguém não nos quer bem, o problema é dele; porém, se damos motivo para que tal ocorra, já  é nosso o problema. Pacificados em Cristo, apaziguemos com a nossa atitude caridosa, que transforma todo ódio em amor, tenhamos esperança e alegria de viver". Concluída a mensa­gem, aragem balsâmica adentrou-se pelo recinto. Sem ruído ou contração de qualquer natureza, a jovem Epifânia sentou-se, apoiou a mão direita à cabeça e recompôs-se, retornando à normalidade objetiva. Em seguida, iniciou-se a terapêutica dos passes. A reunião ali se encerrava, na sua primeira parte e Artêmis e Gilberto transferiram-se, juntamente com Cân­dido, para outra sala, onde algumas pessoas já  se postavam em seus luga­res. (Cap. 15, págs. 140 a 142) 

61. Adelaide comunica-se - Na câmara, Cândido apresentou os Fergusons à médium Epifânia, que osculou a destra de Artêmis e saudou cortesmente Gilberto. Em seguida, pediu-lhes que se sentassem, conservando-se em atitude de prece. Aplicou-lhes então passes individuais, após o que fa­lou com naturalidade: "Os senhores estão muito bem acompanhados, espiri­tualmente, o que traduz o equilíbrio íntimo que se reservam. Vejo entre ambos, em atitude maternal, veneranda Entidade que me diz chamar-se Ade­laide Nepomuceno Vieira, afirmando ser a genitora e a avó, respecti­vamente, da senhora e do jovem". Artêmis e Gilberto não dominaram a emo­ção, e o rapaz debulhou-se em lágrimas convulsas. A médium, transmitindo as palavras da Benfeitora desencarnada, mediante aguçada audiência, disse-lhe: "Chore, filho! Necessário romper os diques da mágoa para que as águas generosas e refrescantes da esperança possam acalmar o coração. Muito solitária tem sido sua jornada. No entanto, fite o amanhã e avance, encorajado, no rumo do porvir. Mantenha os espinhos do pretérito cravados no coração, tentando adubá-los com o sacrifício, e eles flores­cerão, abençoados. O sofrimento, a soledade não são penas impostas pela Divindade; antes constituem corrigenda salvadora, com que a criatura se arma para cometimentos elevados. Quem não é capaz de superar pequenos óbices de sombra, não merece contemplar os horizontes infinitos da be­leza. Jesus lhe ofertou por agora a colheita de frutos azedos, em decor­rência da má  sementeira do seu pomar de realizações. Todavia, faculta-lhe novo ensejo de produção. Use a lucidez e plante a messe da paz com que enriquecer  os companheiros de lutas, adquirindo preciosos valores para entesourar no espírito. Os seus dias apenas começam. Não recue, a relacionar insucessos. Avance a produzir oportunidades, abençoando sua atual existência com a alegria de sofrer e servir. Estão-lhe reservadas realizações profícuas. Prepare-se e ame, sirva ao bem, indistintamente, e aguarde. A hora máxima da noite é, também, o prelúdio do instante pri­meiro do dia. Siga o rumo da madrugada". (Cap. 16, págs. 143 e 144) 

62. O calvário é a véspera da felicidade - Com as palavras da Entidade, ditas através de Epifânia, Gilberto readquiriu o controle da emoção. A médium voltou-se então para Artêmis, de quem tomou as mãos frias entre as suas, em atitude de acolhimento e ternura. A Sra. Ferguson recordou que esse era um hábito de sua mãe, sempre que aconselhava os filhos. "Pede-me a nossa bondosa Adelaide – disse a médium – para dizer-lhe que toda cruz é símbolo de libertação. As duas traves que se conjugam hoje para o sacrifício convertem-se, depois, em asas para a ascensão vi­toriosa". Seguiu-se então uma mensagem confortadora em que Adelaide re­petiu o que já  dissera à sua filha no encontro espiritual, em momento de sono do corpo físico. Elas estavam juntas; na esfera dos sonhos encon­travam-se regularmente; Lisandra e Gilberto se redimem. "O calvário é uma estação que precede à ressurreição em triunfo, à comunhão em júbilo entre os amigos e à ascensão em glória para todos nós", asseverou a ve­nerável Entidade. "Não tenhamos pressa para que passe o cálice, antes nos encorajemos para sorvê-lo trago a trago, gota a gota, até secar-lhe o conteúdo e fel e vinagre." Em seguida, Adelaide referiu-se de modo afetuoso à Doutrina Espírita: "O Espiritismo é a prova cabal do amor de Nosso Pai pelos homens em agonia, vencidos, ainda, pelo egoísmo. É a simbólica Escada de Jacó para quem deseja abandonar os peraus pantanosos dos erros e erguer-se aos céus da felicidade, sequer sonhada". (N.R.: perau ‚ caminho-falso, barranco, declive  áspero junto à costa de um rio.) E, por fim, estimulou a filha a perseverar na paciência e na fé, agradecendo a Deus o quinhão de bênçãos que, na forma de aparente infor­túnio, constituíam a porta de acesso de todos à paz. Artêmis e Gilberto tornaram ao lar, com as almas luarizadas e em paz. Nada comentaram no percurso, nem poderiam fazê-lo. Só os profundos silêncios falam as gran­des, as intraduzíveis gratidões. (Cap. 16, págs. 145 e 146) 

63. A iniciação de Epifânia - O mediunato de Epifânia transcorria em clima de bênçãos, após sucessivos embates. De formação católica a prin­cípio, sofreu por muitos anos, procurando explicação para os fenômenos mediúnicos de que era objeto e que a afetaram muito com a sua carga de aflições. Crente na interferência diabólica, supunha serem demônios maus os Espíritos que lhe apareciam, embora a negativa destes. Assustada pelo sacerdote quanto às armadilhas satânicas de que se devem livrar as almas, por meio de penitências, jejuns e orações, mais se lhe aumentavam as percepções sob a rigorosa dieta espiritual. Com a adolescência, de­frontando antigos adversários, sofreu tormentosas e complexas investidas dos malfeitores desencarnados e por diversas vezes planejou autoaniqui­lar-se, fugindo assim aos constrangimentos e às dores. Tornou-se então arredia, embora amável, silenciosa e triste. Registrava, nessa época, a presença de venerável religiosa desencarnada, que a sustentava com dire­trizes e conselhos sábios e, com sacrifícios e renúncias, acabou supe­rando as dificuldades de entendimento espiritual, passando a confiar na aristocrática Benfeitora. Ao completar catorze anos, desencarnou-lhe uma irmã, vitimada por soez obsessão, que culminou em espetaculoso e infeliz suicídio. O choque desarticulou-a, levando-a ao leito. Foi então que um amigo da família fez com que a jovem recorresse ao Espiritismo, ini­ciando-se assim o exercício e o desdobramento correto de suas faculdades mediúnicas. Conseguiu libertar-se das perseguições dos inimigos desen­carnados, adquirindo com grande esforço o necessário equilíbrio dos sen­timentos e da razão, mas as dificuldades não pararam aí; antes aumenta­ram. Calúnias lhe rondavam os passos; censuras por conservar-se sol­teira, "correndo perigos desnecessários", eram-lhe frequentes, e mais de um cavalheiro pretendeu-lhe a mão para o matrimônio. "A mulher somente se realiza quando se consorcia e se torna mãe", diziam-lhes os familia­res e os confrades impertinentes, mas Epifânia se escusava, fazendo-se desentendida e prosseguia, inalterável, a sua tarefa. (Cap. 16, págs. 147 e 148) (Continua no próximo número.)



 


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 Revista Semanal de Divulgação Espírita