MARCELO BORELA DE
OLIVEIRA
mbo_imortal@yahoo.com.br
Londrina, Paraná
(Brasil)
Evolução em Dois Mundos
André Luiz
(Parte
22)
Damos continuidade ao
estudo da obra
Evolução em Dois Mundos,
de André Luiz,
psicografada pelos médiuns
Waldo Vieira e
Francisco Cândido Xavier
e
publicada em 1959 pela
Federação Espírita
Brasileira.
Antes de ler as questões
e o texto indicado para
leitura, sugerimos ao
leitor que veja,
primeiro, as notas
constantes do glossário
pertinente ao estudo
desta semana.
Questões preliminares
A. É verdade que, ante a
ocorrência da morte, a
criatura revisa as
experiências por ela
vividas na existência
recém-finda?
Sim. A consciência
examina em retrospecto
de minutos ou de longas
horas, ao integrar-se
definitivamente em seu
corpo sutil, todos os
acontecimentos da
própria vida. É que a
mente, no limiar da
recomposição de seu
próprio veículo, seja no
renascimento biológico
ou na desencarnação,
revisa automaticamente e
de modo rápido todas as
experiências por ela
própria vividas,
imprimindo
magneticamente às
células que se
desdobrarão em unidades
físicas e
psicossomáticas, no
corpo físico e no corpo
espiritual, as
diretrizes a que estarão
sujeitas, dentro do novo
ciclo evolutivo em que
ingressam.
(Evolução em dois
Mundos, Primeira Parte,
cap. XII, pp. 93 e 94.)
B. Qual é a fonte do
fluido vivo, estuante e
inestancável com que no
plano espiritual a
criatura desencarnada
passa a lidar?
André Luiz o define como
um subproduto do fluido
cósmico, que é absorvido
pela mente humana em
processo vitalista
semelhante à respiração,
pelo qual a criatura
assimila a força
emanante do Criador,
esparsa em todo o Cosmo,
transubstanciando-a sob
a própria
responsabilidade, para
influenciar na Criação.
(Evolução em dois
Mundos, Primeira Parte,
cap. XIII, pp. 95 e 96.)
C. De que natureza é o
solo do mundo
espiritual?
No mundo espiritual, a
criatura desencarnada
encontra a matéria
conhecida no mundo, em
nova escala vibratória.
Elementos atômicos mais
complicados e sutis,
aquém do hidrogênio e
além do urânio, em forma
diversa daquela em que
se caracterizam na gleba
do planeta,
engrandecem-lhe a série
estequiogenética. O solo
do mundo espiritual,
estruturado com
semelhantes recursos,
todos eles raiando na
quintessência,
corresponde ao peso
específico do Espírito,
e, detendo
possibilidades e
riquezas virtuais,
espera por ele, a fim de
povoar-se de glória e
beleza, porquanto, se o
plano terrestre é o seio
tépido da vida em que o
princípio inteligente
deve nascer, medrar,
florir e amadurecer em
energia consciente, o
plano espiritual é a
escola em que a alma se
aperfeiçoará em trabalho
de frutescência antes
que possa desferir mais
amplos voos no rumo da
Luz Eterna.
(Evolução em dois
Mundos, Primeira Parte,
cap. XIII, pp. 95 e 96.)
Texto para leitura
85. Revisão das
experiências -
De liberação a
liberação, na ocorrência
da morte, a criatura
começa a familiarizar-se
com a esfera
extrafísica. Assim como
recapitula, nos
primeiros dias da
existência intrauterina,
no processo
reencarnatório, todos os
lances de sua evolução
filogenética, a
consciência examina em
retrospecto de minutos
ou de longas horas, ao
integrar-se
definitivamente em seu
corpo sutil, pela
histogênese espiritual,
durante o coma ou a
cadaverização do veículo
físico, todos os
acontecimentos da
própria vida, nos
prodígios de memória, a
que se referem os
desencarnados quando
descrevem para os homens
a grande passagem para o
sepulcro. É que a mente,
no limiar da
recomposição de seu
próprio veículo, seja no
renascimento biológico
ou na desencarnação,
revisa automaticamente e
de modo rápido todas as
experiências por ela
própria vividas,
imprimindo
magneticamente às
células que se
desdobrarão em unidades
físicas e
psicossomáticas, no
corpo físico e no corpo
espiritual, as
diretrizes a que estarão
sujeitas, dentro do novo
ciclo evolutivo em que
ingressam.
Esporadicamente,
encarnados saídos ilesos
de grandes perigos, como
acidentes e suicídios
frustrados, relatam
semelhantes fenômenos de
revisão das próprias
experiências, também
chamado visão panorâmica
e síntese mental.
(Evolução em dois
Mundos, Primeira Parte,
cap. XII, pp. 93 e 94.)
86. Lei de causa e
efeito –
Encetando, pois, a sua
iniciação no plano
espiritual, de
consciência desperta e
responsável, o homem
começa a penetrar na
essência da lei de causa
e efeito, encontrando em
si mesmo os resultados
enobrecedores ou
deprimentes das próprias
ações. Quando dilacerado
e desdito, grita a
própria aflição, ao
longo dos largos
continentes do Espaço
Cósmico, reunindo-se a
outros culpados do mesmo
jaez, com os quais
permuta os quadros
inquietantes da
imaginação em desvario,
tecendo, com o plasma
sutil do pensamento
contínuo e atormentado,
as telas infernais em
que as consequências de
suas faltas se
desenvolvem, mediante as
profundas e estranhas
fecundações de loucura e
sofrimento que antecedem
as reencarnações
reparadoras. É, porém,
aí que começa,
sobrepairando o inferno
e o purgatório do
remorso e da crueldade,
da rebelião e da
delinquência, o sublime
apostolado dos seres que
se colocam em harmonia
com as Leis Divinas,
almas elevadas e
heroicas que, em se
agrupando intimamente,
tocadas de compaixão
pelos laços que deixaram
no mundo físico,
iniciam, com as
inspirações das
Potências Angélicas, o
serviço de abnegação e
renúncia, com que a
glória e a divindade do
amor edificam o império
do Sumo Bem, no chamado
Céu, de onde verte mais
ampla luz sobre a noite
dos homens. (Evolução
em dois Mundos, Primeira
Parte, cap. XII, pág.
94.)
87. Fluidos em
geral – A
consciência que
aprendera a realizar
complexas
transubstanciações de
força nas diversas
linhas da Natureza, em
se adaptando aos
continentes da esfera
extrafísica, passa a
manobrar com os
fenômenos de mentação e
reflexão, de que o
pensamento é a base
fundamental. Definimos o
fluido, dessa ou daquela
procedência, como sendo
um corpo cujas moléculas
cedem invariavelmente à
mínima pressão,
movendo-se entre si,
quando retidas por um
agente de contenção, ou
separando-se, quando
entregues a si mesma.
Temos, assim, os fluidos
líquidos, elásticos ou
aeriformes e os outrora
chamados fluidos
imponderáveis, tidos
como agentes dos
fenômenos luminosos,
caloríficos e outros
mais. (Evolução em
dois Mundos, Primeira
Parte, cap. XII, pág.
95.)
88. Fluido vivo
– No plano espiritual, o
homem desencarnado vai
lidar, mais diretamente,
com um fluido vivo e
multiforme, estuante e
inestancável, a
nascer-lhe da própria
alma, de vez que podemos
defini-lo, até certo
ponto, por subproduto do
fluido cósmico,
absorvido pela mente
humana, em processo
vitalista semelhante à
respiração, pelo qual a
criatura assimila a
força emanante do
Criador, esparsa em todo
o Cosmo,
transubstanciando-a sob
a própria
responsabilidade, para
influenciar na Criação,
a partir de si mesma.
Esse fluido é o seu
próprio pensamento
contínuo, gerando
potenciais energéticos
com que não havia
sonhado. Decerto que na
esfera nova de ação, a
que se vê arrebatada
pela morte, encontra a
matéria conhecida no
mundo, em nova escala
vibratória. Elementos
atômicos mais
complicados e sutis,
aquém do hidrogênio e
além do urânio, em forma
diversa daquela em que
se caracterizam na gleba
do planeta,
engrandecem-lhe a série
estequiogenética. O solo
do mundo espiritual,
estruturado com
semelhantes recursos,
todos eles raiando na
quintessência,
corresponde ao peso
específico do Espírito,
e, detendo
possibilidades e
riquezas virtuais,
espera por ele, a fim de
povoar-se de glória e
beleza, porquanto, se o
plano terrestre é o seio
tépido da vida em que o
princípio inteligente
deve nascer, medrar,
florir e amadurecer em
energia consciente, o
plano espiritual é a
escola em que a alma se
aperfeiçoará em trabalho
de frutescência antes
que possa desferir mais
amplos voos no rumo da
Luz Eterna. (Evolução
em dois Mundos, Primeira
Parte, cap. XIII, pp. 95
e 96.)
Glossário:
Aeriforme:
que tem a transparência,
elasticidade e
compressibilidade do ar.
Átomo:
agrupamento de moléculas
elementares da matéria.
É constituído por um
núcleo, formado de
prótons (com carga
positiva) e de nêutrons
(sem carga elétrica), em
torno do qual giram, em
certo número de órbitas,
os elétrons (com carga
negativa).
Coma:
estado patológico,
caracterizado por
sonolência profunda,
perda da consciência,
abolição da
sensibilidade e da
motilidade voluntárias,
decorrente de certas
moléstias graves.
Elemento:
elemento químico,
conjunto de átomos que
tem o mesmo número
atômico, formando um
corpo simples que não
pode ser decomposto. O
que caracteriza o átomo
de um elemento é o
número de prótons no seu
núcleo. Existem 106
elementos conhecidos
atualmente. Dos
elementos naturais, o
elementos de menor
número atômico é o
hidrogênio (número
atômico 1), e o de maior
número atômico é o
urânio (número atômico
92). Os elementos de
número atômico superior
ao urânio (elementos
transurânios) são todos
artificiais, à exceção
do Plutônio.
Estequiogenético:
relativo às propriedades
dos elementos
biogenéticos, que
envolvem o princípio
segundo o qual todo ser
vivo provém de outro ser
vivo.
Fluido Cósmico:
fluido elementar ou
matéria primitiva que,
por suas inúmeras
modificações ou
combinações com o
elemento material
propriamente dito,
produz as diferentes
formas de matéria de que
se compõe a infinita
variedade das coisas.
Hidrogênio:
elemento químico gasoso,
incolor, altamente
inflamável, o mais leve
de todos os gases, e o
elemento mais abundante
no Universo.
Histogênese:
formação e
desenvolvimento dos
tecidos orgânicos.
Histólise:
destruição ou dissolução
dos tecidos orgânicos.
Intrauterino:
que se situa ou ocorre
dentro do útero.
Mentação:
ato de pensar, de
representar mentalmente.
Mentossensitivo:
referente às
propriedades adquiridas
pelo pensamento, por
influência do
sentimento.
Molécula:
agrupamento definido e
ordenado de átomos
eletricamente neutros; é
a menor porção de uma
substância capaz de
existência independente
sem perda das suas
propriedades químicas.
Quintessência:
o mais alto grau de
sutilização de uma
substância.
Transubstanciação:
transformação de uma
substância em outra.
Transubstanciar:
transformar em outra
substância; transformar
uma coisa em outra.
Urânio:
elemento metálico,
branco, denso,
radioativo, fissionável,
usado na preparação do
elemento combustível dos
reatores nucleares para
produção de energia
elétrica.
Nota:
Muitos termos técnicos
usados na obra em estudo
não se encontram nos
dicionários que
comumente consultamos.
Clicando no link abaixo,
o leitor terá acesso ao
texto integral do livro Elucidário
de Evolução em Dois
Mundos,
elaborado e publicado
com esse propósito:
http://www.OCONSOLADOR\linkfixo\estudosespiritas\andreluiz\Elucidario.pdf