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Estudando as obras de Manoel Philomeno de Miranda
Ano 6 - N° 257 - 22 de Abril de 2012

THIAGO BERNARDES
thiago_imortal@yahoo.com.br
 
Curitiba, Paraná (Brasil)
 

Tramas do Destino

Manoel Philomeno de Miranda 

(Parte 11)

Damos continuidade ao estudo do livro Tramas do Destino, de Manoel Philomeno de Miranda, obra psicografada por Divaldo P. Franco.

Questões preliminares

A. Nos problemas de saúde, a quem geralmente está reservada a parte mais importante?

Em todo processo desobsessivo, talvez  na quase totalidade dos problemas de saúde, a parte mais importante está  sempre reservada ao paciente. Sua obstinação em manter-se no desequilíbrio, preferindo inspirar compaixão a despertar amizade, constitui óbice de difícil remoção na terapia do seu refazimento. (Tramas do Destino, cap. 15, págs. 133 e 134.) 

B. Quem era Epifânia?  

Epifânia era, então, uma jovem de trinta e cinco anos que chegara à Doutrina Espírita em decorrência de tormentosa distonia mediúnica. Ela se fizera membro atuante na referida instituição, entregando-se com afinco e fer­vor ao ministério do socorro espiritista, a que se ofertava até à exaus­tão. Não era bela, mas sua juventude e simpatia contagiantes cativavam quantos dela se acercavam e jamais a ouviram queixar-se, pois sua boca se abria somente para ajudar e agradecer ao Senhor. (Obra citada, cap. 15, págs. 135 a 137.) 

C. O comportamento mental é importante no processo da desencarnação?  

Sim. O comportamento mental é tão im­portante para a desencarnação quanto para a vivência física. Cada um de­sencarna conforme se encontra reencarnado. Os conflitos não equacionados, como os ódios e os amores, prosseguem com maior volúpia. Desarticulado o corpo e sentindo-se sem o invólucro em que se sustentava para expressar as sensações, o recém-desencarnado, em alucinação, experimenta o impositivo das cargas magnéti­cas da matéria e acompanha-lhe a desintegração, experimentando toda a decomposição do corpo, como se ela estivesse ocorrendo nas fibras mais íntimas da sua organização espiritual. Outra, contudo, é a situação dos Espíritos felizes, cuja vida se padronizava nos sentimentos superiores, os quais são recebidos pelos seus afetos, que os precederam ou os aguardavam, responsáveis ou não pelo investimento reencarnatório então concluído. (Obra citada, cap. 15, págs. 137 e 138.) 

Texto para leitura 

54. Novo ataque epiléptico - Gilberto e os familiares que ouviam Cândido, atentos, não ocultavam a emoção. Aquilo lhes era um belo mundo novo. Nada que produzisse choque em relação à fé anteriormente abraçada. Antes, aquelas informações clareavam os mistérios das afirmações nebulo­sas e elucidavam os complexos temas que perturbavam, em face das incóg­nitas em que se ocultavam. Lisandra não participou da palestra, que vez por outra suscitava de Clarice algum complemento, como decorrência de sua experiência no Espiritismo. A certa altura, o enfermeiro perguntou por Lisandra. A mãe disse que ela prosseguia indisposta, em virtude de velho problema psíquico que a atormentava, razão por que não participara da conversação edificante. Nesse momento, ouviu-se um baque surdo, pre­cedido por um grito. Artêmis, empalidecendo de súbito, levantou-se e foi, apressada, na direção do quarto da filha, que se encontrava caída, em convulsão. A mãe, procurando ampará-la, ouviu-a pronunciar nitida­mente o nome Ermínio, tal como informara Hermelinda. Olhar esgazeado, rosto com manchas arroxeadas, gemidos e consequente prostração sucede­ram-se, como de hábito. Cândido ofereceu seus préstimos, como enfermeiro que era, e, como a pulsação da jovem estivesse normal, pediu licença para aplicar a única terapêutica que lhe parecia útil no momento: o passe. Adelaide, sempre presente, forneceu-lhe o auxílio necessário à ministração de recursos de energias refazentes. Logo que Lisandra se aquietou, ele tornou à sala, onde Clarice e Gilberto oravam. Cândido no­tou os sinais da hanseníase na jovem, mas manteve, a respeito, discreto silêncio. Artêmis estava perturbada com o acontecimento e explicou que as crises da filha estavam menos violentas. Aquela fora uma das mais graves. Pediu, pois, a Cândido que nada revelasse a Rafael, para poupá-lo de sofrimentos desnecessários. Cândido deixou-a tranquila quanto a isso. Ele agiria como se nada houvesse acontecido. (Cap. 14, págs. 129 e 130)

55. Acende-se no lar uma luz diferente - Artêmis resolveu, contudo, re­velar-lhe a verdade sobre a doença da filha, explicando que desde que foi descoberta a lepra o Dr. Armando Passos tratava da jovem em sua pró­pria casa. Ela decidira, então, nada dizer ao pai, para evitar-lhe ideias erradas e injustificáveis complexos de culpa. O enfermeiro disse-lhe compreender perfeitamente sua decisão e prometeu unir as suas preces às preces da família, com que esperava que todos recebessem do Alto a ajuda necessária para vencer tantas provações. Depois, ofereceu a Artêmis um volume d' O Evangelho segundo o Espiritismo, de Kardec, acrescentando que se tratava de exemplar igual ao que Rafael possuía, e que lhe estava dando muito conforto. Antes das despedidas, ele se ofere­ceu para voltar àquela casa, vez por outra, a fim de aplicar passes em Lisandra e conversar sobre os tesouros do Mundo Maior. A esposa de Ra­fael aceitou a oferta e lhe disse que a casa estaria sempre à sua dispo­sição. Os novos amigos despediram-se com legítima afetividade espontâ­nea. A ponte da verdade estava sendo lançada entre as bordas que se se­paravam num abismo de sombra e dor. Ao se acenderem as lâmpadas que su­peravam em luz as trevas da noite, naquele lar, era como se, a partir de então, uma diferente luz, esparzida do Livro da Vida, clareasse definiti­vamente a teimosa noite que se agasalhava naquele recinto. Certo, os so­frimentos prosseguiriam, mas ao lado deles se erigiria um altar ao amor e à fidelidade ao Pai, em holocausto de fé e resignação, de que já davam mostras aqueles corações crucificados nas traves da expiação redentora. (Cap. 14, págs. 131 e 132) 

56. Os frutos do Evangelho no lar - Cândido passou a frequentar, com re­lativa assiduidade, o lar dos Fergusons. Cada visita fazia-se mais auspi­ciosa. Sua palavra simples e fluente sabia elucidar as interrogações e aclarava as questões nebulosas em torno da fé, com naturalidade fasci­nante. Os passes aplicados em Lisandra redundavam em melhora orgânica perceptível. Ela, porém, permanecia, psiquicamente, refratária às ins­truções espirituais, fechada em si mesma e aturdida pelas construções mentais e evocações infelizes de que dificilmente se liberava. Acedendo à telementalização do verdugo desencarnado, que urdiu um plano nefasto, deu acolhida às induções de antipatia ao enfermeiro, ensimesmando-se em característico mutismo com que demonstrava seu desagrado. Cândido com­preendeu a situação e dissimulou, educadamente. Sabe-se que em todo pro­cesso desobsessivo, quiçá  na quase totalidade dos problemas de saúde, a parte mais importante está  sempre reservada ao paciente. Sua obstinação em manter-se no desequilíbrio, preferindo inspirar compaixão a despertar amizade, constitui óbice de difícil remoção na terapia do seu refazi­mento. A manobra do obsessor de Lisandra não atingiu, contudo, os demais familiares, que, incluindo Gilberto, encontraram na Doutrina Espírita um fulgurante luzeiro que passaram a estimar. Cândido instituiu o culto Evangelho no lar, lendo e comentando as preciosas lições d' O Evangelho segundo o Espiritismo, de Kardec, bem como as demais obras básicas da Codificação, e os resultados em forma de bênçãos espirituais e recursos morais não se fizeram esperar, o que confortava Rafael, feliz com as aquisições espirituais dos seus. (Cap. 15, págs. 133 e 134) 

57. Epifânia - Passados alguns meses, Cândido sugeriu que a família pas­sasse a frequentar uma Sociedade Espírita organizada, na qual a parasi­tose psíquica de Lisandra pudesse ser examinada em profundidade, com mais profícua colheita de resultados. Indicou então a Casa em que ele prestava sua cooperação. Como Lisandra não podia afastar-se de seu quarto, e a fim de não ficar sozinha, organizou-se um programa de assis­tência, através do qual, revezando-se os familiares, sempre alguém lhe poderia fazer companhia. Naquele Centro espírita trabalhava como médium uma jovem de trinta e cinco anos que chegara à Doutrina Espírita em de­corrência de tormentosa distonia mediúnica. Era Epifânia, que se fizera membro atuante na referida instituição, entregando-se com afinco e fer­vor ao ministério do socorro espiritista, a que se ofertava até à exaus­tão. Epifânia não era bela, mas sua juventude e simpatia contagiantes cativavam quantos dela se acercavam. Jamais a ouviram queixar-se, pois sua boca se abria somente para ajudar e agradecer ao Senhor. Artêmis e Gilberto, em data adredemente aprazada, dirigiram-se à Casa Espírita, onde Cândido os esperava. Era a primeira vez que eles iriam participar de uma tarefa espiritista. Epifânia foi convidada a fazer os comentários da noite, que versariam sobre o cap. XII d' O Evangelho segundo o Espi­ritismo, "Amai os vossos inimigos", particularmente o tópico: "Os inimi­gos desencarnados". Após tecer comentários em torno da imortalidade, foi visível a transfiguração que se operou na palestrante. Sem perder a man­suetude, o metal de voz modificou-se, a expressão da face aureolou-se de diáfana beleza e os olhos tornaram-se luminosos. E Epifânia prosseguiu sua fala, aludindo, sob inspiração de uma Entidade superior, à importân­cia do conhecimento espiritual para a ascensão do indivíduo. (Cap. 15, págs. 135 a 137) 

58. Para desencarnar bem é preciso viver bem - Em sua palestra, a Enti­dade, por via mediúnica, lembrou que a desencarnação não anula, nem sim­plifica as dificuldades. Os sentimentos cultivados, as aspirações não realizadas, as fixações, os resíduos morais transferem-se de uma para a outra posição da realidade espiritual. "A morte apenas realiza o pro­cesso cirúrgico de longo curso", asseverou a palestrante, "libertando a ave cativa que é o espírito, ou segurando, em tormentoso constrangi­mento, a alma que se deseja evadir..."  O comportamento mental é tão im­portante para a desencarnação quanto para a vivência física. "Cada um de­sencarna conforme se encontra reencarnado. Os conflitos não equaciona­dos, como os ódios e os amores, prosseguem com maior volúpia", explicou a oradora. E ela continuou: "Desarticulado o corpo e sentindo-se sem o invólucro em que se sustentava para expressar as sensações, o recém-de­sencarnado, em alucinação, experimenta o impositivo das cargas magnéti­cas da matéria e acompanha-lhe a desintegração, experimentando toda a decomposição do corpo, como se ela estivesse ocorrendo nas fibras mais íntimas da sua organização espiritual. Alguns seres recém-libertos, em tal estado, convidados insistentemente pelos pensamentos do afeto dese­quilibrado, da mágoa ou do ódio injustificáveis que ficaram na reta­guarda, são arrancados da sepultura e se imantam às mentes que os sevi­ciam, mesmo não intencionalmente, produzindo infinito mal-estar, e, por­que ignorem o que ocorre, passam a sofrer indescritível turbação espiri­tual..."  A Entidade que se valia de Epifânia afirmou, no entanto, que outra é a situação dos Espíritos felizes, cuja vida se padronizava nos sentimentos superiores, os quais são recebidos pelos seus afetos, que os precederam ou os aguardavam, responsáveis ou não pelo investimento reen­carnatório, então concluído. "Não bastassem as ocorrências da leviandade que ligam os trêfegos e irresponsáveis entre si, formando grupos e colô­nias de parasitas, de viciosos e perniciosos a se locupletarem na insâ­nia e nas obsessões simples com tendência a agravamento, em decorrência da sintonia que lhes facultem os cômpares encarnados, exigindo vigilân­cia e cuidados, especial atenção merecem os inimigos desencarnados", asseverou a palestrante. (Cap. 15, págs. 137 e 138) (Continua no próximo número.)



 


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