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Estudando a série André Luiz
Ano 6 - N° 257 - 22 de Abril de 2012

MARCELO BORELA DE OLIVEIRA
mbo_imortal@yahoo.com.br
Londrina, Paraná (Brasil)
 

Evolução em Dois Mundos

André Luiz

(Parte 21)

Damos continuidade ao estudo da obra Evolução em Dois Mundos, de André Luiz, psicografada pelos médiuns Waldo Vieira e Francisco Cândido Xavier e publicada em 1959 pela Federação Espírita Brasileira.

Antes de ler as questões e o texto indicado para leitura, sugerimos ao leitor que veja, primeiro, as notas constantes do glossário pertinente ao estudo desta semana.

Questões preliminares

A. Que fato se dá com o selvagem logo que se vê no plano espiritual?

Fora do corpo denso, qual menino aterrado incapaz da separação para arrostar o desconhecido, ele permanece tímido, ao pé dos seus, em cuja companhia passa a viver noutras condições vibratórias, em processos multifários de simbiose, ansioso por retornar à vida física que lhe surge à imaginação como sendo a única abordável à própria mente.  (Evolução em dois Mundos, Primeira Parte, cap. XII, pp. 89 e 90.)

B. Nas condições em que se encontra no plano espiritual, qual é a aspiração do selvagem desencarnado?

Sua aspiração é ressurgir na própria taba e renascer na carne, cujas exalações lhe magnetizam a alma. Estabelece-se, então, o monoideísmo pelo qual os outros desejos se lhe esmaecem no íntimo.  (Evolução em dois Mundos, Primeira Parte, cap. XII, pp. 90 e 91.) 

C. O corpo espiritual do selvagem desencarnado sofre alguma mutação relevante?

Sim. Em virtude do pensamento fixo-depressivo que lhe define o anseio de retorno ao abrigo fisiológico, seu corpo espiritual transubstancia-se num corpo ovoide, como ocorre, aliás, a inúmeros desencarnados em situação de desequilíbrio, cabendo-nos notar que essa forma expressa o corpo mental da individualidade, a encerrar consigo, conforme os princípios ontogenéticos da Criação Divina, todos os órgãos virtuais de exteriorização da alma, nos círculos terrestres e espirituais. (Evolução em dois Mundos, Primeira Parte, cap. XII, pp. 90 e 91.) 

Texto para leitura 

81. O selvagem desencarnado – Entretanto, o homem selvagem, que se reconhece dominador na hierarquia animal, cruel habitante da floresta, que apura a inteligência, através da força e da astúcia, na escravização dos seres inferiores que se lhes avizinham da caverna, fora do corpo denso, qual menino aterrado incapaz da separação para arrostar o desconhecido, permanece tímido, ao pé dos seus, em cuja companhia passa a viver noutras condições vibratórias, em processos multifários de simbiose, ansioso por retornar à vida física que lhe surge à imaginação como sendo a única abordável à própria mente. Não dispõe ele, nessa fase, de suprimento espiritual que o ajude a pensar em termos diferentes da vida tribal em que se apoia. O espetáculo da vastidão cósmica perturba-lhe o olhar, e a visita de seres extraterrestres, mesmo benevolentes e sábios, infunde-lhe pavor, crendo-se à frente de deuses bons ou maus, cuja natureza ele próprio se incumbe de fantasiar, na exiguidade das próprias concepções. Acuado na choça, onde a morte lhe furtou o veículo físico, respira a atmosfera morna em que se acasalam os seus herdeiros do sangue, para somente ausentar-se do reduto doméstico quando a família se afasta, instada pelas duras necessidades de subsistência e de asilo. E o homem primitivo que desencarnou, suspirando pelo devotamento dos pais e, notadamente, pelo carinho do colo materno, expulso do vaso fisiológico, não tem outro pensamento senão voltar – voltar ao convívio revitalizante daqueles que lhe usam a linguagem e lhes comungam os interesses. (Evolução em dois Mundos, Primeira Parte, cap. XII, pp. 89 e 90.) 

82. Monoideísmo e reencarnação – Ressurgir na própria taba e renascer na carne, cujas exalações lhe magnetizam a alma, constituem aspiração incessante do selvagem desencarnado. Estabelece-se o monoideísmo pelo qual os outros desejos se lhe esmaecem no íntimo. Pela oclusão de estímulos outros, os órgãos do corpo espiritual se retraem ou se atrofiam, por ausência de função, e se voltam, para a sede do governo mental, onde se localizam, ocultos e definhados, no fulcro dos pensamentos em circuito fechado sobre si mesmos, quais implementos potenciais do germe vivo entre as paredes do ovo. Em tais circunstâncias, se o monoideísmo é somente reversível através da reencarnação, a criatura humana desencarnada, mantida a justa distância, lembra as bactérias que se transformam em esporos quando as condições de meio se lhes apresentam inadequadas, tornando-se imóveis e resistindo admiravelmente ao frio e ao calor, durante anos, para regressarem ao ciclo de evolução que lhes é peculiar, tão logo se identifiquem, de novo, em ambiente propício. Sentindo-se em clima adverso ao seu modo de ser, o homem primitivo, desenfaixado do envoltório físico, recusa-se ao movimento na esfera extrafísica, submergindo-se lentamente, na atrofia das células que lhe tecem o corpo espiritual, por monoideísmo auto-hipnotizante, provocado pelo pensamento fixo-depressivo que lhe define o anseio de retorno ao abrigo fisiológico. Nesse período, afirmamos habitualmente que o desencarnado perdeu seu corpo espiritual, transubstanciando-se num corpo ovoide, como ocorre, aliás, a inúmeros desencarnados em situação de desequilíbrio, cabendo-nos notar que essa forma, segundo nossa maneira atual de percepção, expressa o corpo mental da individualidade, a encerrar consigo, conforme os princípios ontogenéticos da Criação Divina, todos os órgãos virtuais de exteriorização da alma, nos círculos terrestres e espirituais, assim como o ovo, aparentemente simples, guarda hoje a ave poderosa de amanhã, ou como a semente minúscula, que conserva nos tecidos embrionários a árvore vigorosa em que se transformará no porvir. (Evolução em dois Mundos, Primeira Parte, cap. XII, pp. 90 e 91.) 

83. Forma carnal – Assim como o germe, para desenvolver-se no ovo, precisa aquecer-se ao calor da ave que o acolha maternalmente ou do ambiente apropriado, no recinto da chocadeira, e assim como a semente, para liberar os princípios germinativos do vegetal gigantesco em que se converterá, não prescinde do berço tépido no solo, os Espíritos desencarnados, sequiosos de reintegração no mundo físico, necessitam do vaso genésico da mulher que com eles se harmoniza, nas linhas da afinidade e da herança. A esse vaso, eles aglutinam, maquinalmente, e operam em alguns dias todas as ocorrências de sua evolução nos reinos inferiores da Natureza. Assimilando recursos orgânicos com o auxilio da célula feminina, fecundada e fundamentalmente marcada pelo gene paterno, a mente elabora, por si mesma, novo veículo fisiopsicossomático, atraindo para os seus moldes ocultos as células físicas a se reproduzirem por cariocinese, de conformidade com a orientação que lhe é imposta, isto é, refletindo as condições em que ela, a mente desencarnada, se encontra. Plasma-se, então, com a nova forma carnal, novo veículo ao Espírito, que se refaz ou se reconstitui em formação recente, entretecido de células sutis, veículo esse que evoluirá igualmente depois do berço e que persistirá depois do túmulo. (Evolução em dois Mundos, Primeira Parte, cap. XII, pp. 91 e 92.) 

84. Desencarnação natural - Por milênios consecutivos o homem ensaia a desencarnação natural, progredindo vagarosamente em graus de consciência, após a decomposição do corpo somático. Recordando as anteriores comparações com o domínio dos insetos, a matriz uterina oferece-lhe novas formas e, assim como a larva se alimenta, assegurando a esperada metamorfose, a alma avança em experiência, enquanto no corpo carnal, adquirindo méritos ou deméritos, segundo a própria conduta, e entregando-se em seguida, no fenômeno da morte ou histólise do invólucro de matéria física, à pausa imprescindível nas próprias atividades ou hiato de refazimento, que pode ser longo ou rápido, para ressurgir, pela histogênese espiritual, senhoreando novos órgãos e implementos necessários ao seu novo campo de ação, demorando-se nele, à medida dos conhecimentos conquistados na romagem humana. É assim que a consciência nascente do homem pratica as lições da vida, no plano espiritual, pela desencarnação ou libertação da alma, como  praticou essas mesmas lições da vida no plano físico, pelo renascimento ou internação do elemento espiritual na matéria densa, evoluindo, degrau a degrau, desde a excitabilidade rudimentar das bactérias até o automatismo perfeito dos animais superiores em que se baseia o domínio da inteligência. (Evolução em dois Mundos, Primeira Parte, cap.XII, pp. 92 e 93.) 

 

Glossário: 

Bactéria: designação de organismos microscópicos, unicelulares (uma só célula), de numerosas espécies, que se reproduzem por cissiparidade (divisão transversal), havendo as bactérias essenciais ao sustento da vida e as patogênicas (geram doenças).

Cariocinese: modo de manipulação das células, por divisão indireta; mitose.

Célula Feminina: a célula sexual ou germinal (reprodutora) feminina; óvulo.

Corpo Espiritual: o psicossoma ou perispírito.

Esporo: forma de alta resistência que as bactérias podem assumir.

Fisiopsicossomático: que pertence, simultaneamente, aos domínios do corpo físico e do corpo psicossomático, sendo este o psicossoma (corpo espiritual ou perispírito)

Histogênese: formação e desenvolvimento dos tecidos orgânicos.

Histólise: destruição ou dissolução dos tecidos orgânicos.

Intra-uterino: que se situa ou ocorre dentro do útero.

Larva: o primeiro estágio por que passam certas espécies animais antes de atingirem a fase adulta; lagarta (nos insetos).

Mamífero: designação dos animais vertebrados de corpo provido de pelos e que possuem glândulas mamárias.

Metamorfose: mudança de forma ou de estrutura, como a que ocorre durante as fases da vida de alguns animais, como os insetos e anfíbios. Pode ser completa (integral) ou incompleta. A completa ocorre nos insetos que, entre o estado larval e o definitivo, apresentam o estado de pupa; a incompleta ocorre nos insetos em que as diferenças entre a larva e a forma definitiva não são muito evidentes.

Monoideísmo: estado de alma dominado por uma ideia central, fixa.

Ontogenético: referente à ontogênese, que é o desenvolvimento do indivíduo desde a fecundação até a maturidade para reprodução.

Ovoide: em morfologia, ovoide é a qualificação de órgão ou parte maciça em forma de ovo, a que se assemelha o “corpo ovoide” resultante da deformação perispiritual causada por uma ideia fixa.

Psicossomático: que pertence, simultaneamente, aos domínios do corpo físico e do psicossoma (corpo espiritual ou perispírito).

Simbiose: associação de dois seres de espécie distinta, com influência de um sobre o outro, ou de ambos entre si, podendo, essas relações, ser úteis ou prejudiciais às duas partes, favorável ou nocivas para uma delas apenas.

Somático: referente ao corpo físico.

Transubstanciar: transformar em outra substância; transformar uma coisa em outra.

 

Nota:

Muitos termos técnicos usados na obra em estudo não se encontram nos dicionários que comumente consultamos. Clicando no link abaixo, o leitor terá acesso ao texto integral do livro Elucidário de Evolução em Dois Mundos, elaborado e publicado com esse propósito:
http://www.OCONSOLADOR\linkfixo\estudosespiritas\andreluiz\Elucidario.pdf

 

 


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