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Estudando as obras de Manoel Philomeno de Miranda
Ano 6 - N° 256 - 15 de Abril de 2012

THIAGO BERNARDES
thiago_imortal@yahoo.com.br
 
Curitiba, Paraná (Brasil)
 

Tramas do Destino

Manoel Philomeno de Miranda 

(Parte 10)

Damos continuidade ao estudo do livro Tramas do Destino, de Manoel Philomeno de Miranda, obra psicografada por Divaldo P. Franco.

Questões preliminares

A. Quem era o Espírito que perseguia Lisandra?

Ele chamara-se, em anterior encarnação, Ermínio Lopez, que fora amante de Lisandra, que então se chamava Annette. A perseguição se devia ao fato de que, no pensamento dele, fora ela responsável por sua morte em condições realmente aflitivas. (Tramas do Destino, cap. 12, págs. 115 a 117.)

B. Hermelinda lembrou-se em estado de vigília dos momentos vividos na noite anterior?

Sim. Hermelinda lembrou-se até da con­vulsão de Lisandra e da pessoa cujo nome ela chamava, um certo senhor Ermínio... E descreveu a cena do médico que as acompanhara na viagem e, na hora da crise, socorreu a sobrinha. Na verdade, como Adelaide havia planejado, ela e Artêmis conservavam lembrança quase integral dos momentos vivi­dos na noite anterior. Hermelinda despertara também com uma visão dife­rente acerca do Espiritismo, tendo certeza absoluta de que os chamados mortos interferem realmente em nossas vidas. "Estou muito inclinada a crer que, em todo esse processo, há  uma terrível vingança de alguém in­visível...", acrescentou a tia de Lisandra. (Obra citada, cap. 13, págs. 119 a 121.)

C. Ao falar sobre o Espiritismo à família Ferguson, que disse Cândido a respeito das tramas obsessivas?

Ele disse que as tramas obsessivas são decorrências dos conflitos e consórcios inditosos do passado, demons­trando em seguida, mediante as informações do Evangelho de Jesus, a longa e tormen­tosa história dos que caíram nas redes da alienação por interferência dos desencarnados. Por fim, exaltou a ação da prece, da oração em fa­mília e do estudo das lições espirituais em conjunto, de que se recolhem resultados inesperados, comprovando a excelsa bondade de Deus, através do mecanismo das "leis de causa e efeito". (Obra citada, cap. 14, págs. 127 e 128.)

Texto para leitura

50. O sonho - No dia seguinte, Artêmis comentou com Hermelinda o sonho que tivera na noite anterior. Sua recordação era nítida e ela registrara não apenas as pessoas que encontrou, mas as palavras de exortação à co­ragem e à perfeita confiança em Deus que ali ouviu. Lembrou-se de quando Lisandra penetrou o recinto e da crise que a acometeu, e seu despertar fora acompanhado de inefável bem-estar. Hermelinda também tivera um sonho parecido, no qual conduzira Lisandra a um local, onde estavam a cunhada, o irmão e outras pessoas, como numa reunião de família. A se­nhora Adelaide, disse Hermelinda, parecia ter sido a anfitriã, tal o contentamento que dela se irradiava. Hermelinda lembrou-se até da con­vulsão de Lisandra e da pessoa cujo nome ela chamava, um certo senhor Ermínio... E descreveu a cena do médico que as acompanhara na viagem e, na hora da crise, socorreu a sobrinha. Na verdade, como Adelaide havia planejado, ambas conservavam lembrança quase integral dos momentos vivi­dos na noite anterior. Hermelinda despertara também com uma visão dife­rente acerca do Espiritismo, tendo certeza absoluta de que os chamados mortos interferem realmente em nossas vidas. "Estou muito inclinada a crer que, em todo esse processo, há  uma terrível vingança de alguém in­visível...", acrescentou a tia de Lisandra. (Cap. 13, págs. 119 a 121) 

51. Pesadelos - Hermelinda confessou, ainda, que sentia a presença no lar da senhora Adelaide: "É tão forte a impressão, que experimento a sensa­ção de vê-la, não com os olhos, é claro, mas com a alma. Percebo-lhe o balbuciar, que não consigo entender; todavia, experimento a inefável paz que somente os bem-aventurados, consoante penso, podem transmitir". O encontro daquela noite produziu em ambas uma transformação muito grande, auxiliando-as a sair do labirinto de incertezas e de dificuldades em que viviam até então. Artêmis, pouco depois, foi levar a primeira refeição do dia a Lisandra, encontrando-a imersa em reflexão. Havia no seu sem­blante, normalmente vago, uma expressão de lucidez inusitada. As duas então conversaram e Lisandra relatou ter tido, na noite passada, um es­tranho pesadelo. "Eu me encontrava, não sei bem em que lugar... Certo que era um local muito agradável", disse a filha. "Havia várias pessoas de que não me recordo, conversando a meu respeito, como se fossem médi­cos discutindo o meu problema de saúde. Eu me achava algo anestesiada, com o raciocínio tardo, embora o prazer que experimentava, interior­mente, por encontrar-me ali, quando ouvi alguém chamar-me de forma acu­sadora e temerosa. Receando, não sei o quê, desmaiei..." Lisandra contou então que sempre sonhava com um homem horrível, que ameaçava destruí-la aos poucos, como ela fizera com ele... Artêmis disse-lhe que não se pre­ocupasse. Eram pesadelos... Lisandra respondeu: "Não, mamãe. Eu creio que há nisso alguma verdade. Não que eu o haja destruído, pois você sabe que nunca fiz mal a ninguém. Nem sequer odeio quem quer que seja, ex­ceto..." Artêmis pediu que ela concluísse a frase, pois isso lhe faria bem, e Lisandra revelou então que havia momentos, antigamente, em que a presença de seu pai lhe inspirava muito ódio... "Eu experimentava a sen­sação – disse a jovem – de que ele me havia destruído algo muito caro, dentro de mim... Procurava, então, reagir e superava. Meditando, concluo que esse homem horroroso tem alguma coisa a ver com isto, ou nós temos algum problema muito sério com ele, não sei". (Cap. 13, págs. 122 e 123) 

52. Cândido explica o sonho a Rafael - Artêmis disse à filha que sua in­formação era muito esclarecedora, porque também ela e Hermelinda tiveram um sonho mais ou menos parecido; contudo, não havia motivo para afligir-se com isso. A Divina Misericórdia sempre dispõe de meios para solucio­nar todas as incógnitas. Contou-lhe então que o Dr. Armando estava oti­mista com a sua recuperação, existindo boas possibilidades próximas. A jovem ficou feliz com as novidades, e o ambiente no lar dos Fergusons continuou impregnado dos bons fluidos, em clima de paz, otimismo e irrestrita fé em Deus. Na Colônia, a recordação do encontro da noite era, no entanto, bem diferente. Enquanto Cândido contou a Rafael haver sonhado com ele, o hanseniano aludia a uma certa cena que, na verdade, acontecera no passado: "Tratava-se de um sedutor que espoliava minha filha", disse com azedume, "a quem tive de matar ali mesmo". Cândido ex­plicou-lhe então que os Bons Espíritos conduziram a ambos a uma região de bênçãos, onde Rafael pôde rever a esposa e confraternizar com a famí­lia. Recomendou-lhe, por isso, deixar de lado aquelas reminiscências amargas, acrescentando que, como já  haviam conversado anteriormente, to­dos nós possuímos delitos no passado que devem ser ressarcidos no pre­sente. "Certamente, a cena que lhe fez ressuscitar lembranças se funda­menta em ocorrência real, não, porém, como você a recorda", acentuou o enfermeiro. Dito isto, ele revelou a Rafael ter tido uma ideia. "Diga-a, homem, por favor", propôs o enfermo. Cândido informou-o então de que es­tava disposto a visitar os seus familiares, para levar uma mensagem de sua parte e, em caráter de visita informal, dar-lhes notícias suas, fa­zendo uma delicada abordagem em torno da Doutrina Espírita. Rafael con­cordou no ato: "Bravos! A ideia me parece acertada. Não há  por que adiar mais o momento e é melhor agora, antes que tardiamente. Irei escrever a Artêmis e lhe darei ciência dos seus cuidados para comigo, conforme já lhe narrei antes..." Rafael pretendia contar à esposa o bem que a luz do Evangelho trouxera aos seus atormentados dias... (Cap. 13, págs. 123 a 125) 

53. A visita - Era outubro, um mês muito querido para os espiritistas, pois nele ocorreram o nascimento de Allan Kardec, nascido a 3/10/1804, e o auto-de-fé de Barcelona, que aconteceu em 9/10/1861, quando foram queimados em praça pública 300 volumes de obras e opúsculos espíritas, um atentado que comoveu a opinião pública da cidade, do país e do mundo. Num domingo radioso, tal como fora combinado, Cândido evocou desde cedo a figura ímpar do Codificador na prece matinal, rogando a proteção dos Numes Tutelares para a família Ferguson, que deveria visitar à tarde, o que de fato ocorreu. Cândido levou consigo Clarice, sua esposa, e foram ambos recebidos cordialmente, com manifestas expressões de contenta­mento. Depois de dar notícias de Rafael, que passava por um período ex­celente, narrou, sem artificialismo nem falsa modéstia, os esforços en­vidados junto a ele no sentido de aliviá-lo das cargas de animosidade e dos conflitos que o mortificavam, concluindo por asseverar que o ini­ciara no estudo e na meditação da consoladora Doutrina dos Espíritos. Com voz pausada e clara, o enfermeiro explicou a finalidade precípua do Espiritismo, no contingente da reforma moral do indivíduo e na sua real posição perante a vida. "A quem acredita na imortalidade – argumentou, conciso –, o Espiritismo consegue consolidar essa fé, e, a quem não acredita, a esmagadora cópia dos fatos espíritas impele ao exame da rea­lidade imortalista, auxiliando lograr a sua aceitação". Na sequência, teceu considerações oportunas sobre a reencarnação, utilizando argumen­tação simples e profunda, com que os interlocutores, sinceramente con­cordes, anuíam de bom grado. Comentou as tramas obsessivas como sendo decorrências dos conflitos e consórcios inditosos do passado, demons­trando, mediante as informações do Evangelho de Jesus, a longa e tormen­tosa história dos que hão caído nas redes da alienação por interferência dos desencarnados. E exaltou, por fim, a ação da prece, da oração em fa­mília e do estudo das lições espirituais em conjunto, de que se recolhem resultados inesperados, comprovando a excelsa bondade de Deus, através do mecanismo das "leis de causa e efeito". (Cap. 14, págs. 127 e 128) (Continua no próximo número.)



 


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