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Estudando a série André Luiz
Ano 5 - N° 255 - 8 de Abril de 2012

MARCELO BORELA DE OLIVEIRA
mbo_imortal@yahoo.com.br
Londrina, Paraná (Brasil)
 

Evolução em Dois Mundos

André Luiz

(Parte 19)

Damos continuidade ao estudo da obra Evolução em Dois Mundos, de André Luiz, psicografada pelos médiuns Waldo Vieira e Francisco Cândido Xavier e publicada em 1959 pela Federação Espírita Brasileira.

Antes de ler as questões e o texto indicado para leitura, sugerimos ao leitor que veja, primeiro, as notas constantes do glossário pertinente ao estudo desta semana.

Questões preliminares

A. Que significa a expressão consciência desperta?

Esta expressão é usada na obra ora em estudo para indicar uma nova fase na evolução do homem, quando este, após incorporar a noção do direito, passa a entender que existe uma relação de causa e efeito nas coisas que fazemos. A partir daí a vida mental se lhe revela mais surpreendente e mais rica e, assim, retrata com relativa segurança as ideias dos Espíritos abnegados que lhe custodiam a rota. Desde então, não guarda a existência circunscrita à romagem berço-túmulo, por alongá-la, do ponto de vista de causa e efeito, para além do sepulcro em que se lhe guarda o invólucro anulado ou imprestável. Incorporando a responsabilidade, a consciência vibra desperta e, pela consciência desperta, os princípios de ação e reação funcionam, dentro do próprio ser, assegurando-lhe a liberdade de escolha e impondo-lhe, mecanicamente, os resultados respectivos, tanto na esfera física quanto no Mundo Espiritual. (Evolução em dois Mundos, Primeira Parte, cap. XI, pp. 80 e 81.)

B. Quando o inseto, atendendo à lei biológica, abandona o casulo?

Ele o abandona somente quando as ocorrências da metamorfose se realizam. É então que, integralmente renovado, sai do casulo, revelando-se por falena leve e ágil, com o sistema bucal transformado, como acontece na borboleta de tipo sugador. A borboleta alada e multicor é, todavia, o mesmo indivíduo, que soma em si as experiências dos três aspectos fundamentais de sua existência de larva-ninfa-inseto adulto. (Evolução em dois Mundos, Primeira Parte, cap.XI, pp.82 e 83.)

C. Que devemos entender por histogênese espiritual?

No ciclo de cadaverização do corpo material, sob o governo dinâmico de seu corpo espiritual, o homem padece extremas alterações que, na essência, correspondem à histólise das células físicas, ao mesmo tempo que elabora órgãos novos. É a esse fenômeno que o autor da obra ora em estudo chama de histogênese espiritual. Segundo André Luiz, pela histogênese espiritual, os tecidos citoplasmáticos se desvencilham em definitivo de alguns dos característicos que lhes são próprios, voltando temporariamente, qual se atendessem a processo involutivo, à condição de células embrionárias multiformes que se dividem, através da cariocinese, plasmando, em novas condições, a forma do corpo espiritual, segundo o tipo imposto pela mente. (Evolução em dois Mundos, Primeira Parte, cap. XI, pp. 83 a 85.)

Texto para leitura 

73. Consciência desperta – A partir daí o homem terreno, transformado, interpreta sob novo prisma a importância de sua presença na Terra. Não mais o seduzem a despreocupação e o nomadismo, do mesmo modo que para o adulto é já passado o ciclo da infância. Ele sabe então que o berço carnal se reveste de significação mais profunda. Compreende, a pouco e pouco, que a vida lhe registra as contas pessoais, porque aprende que pode negar o braço ao companheiro necessitado de apoio, sabendo, porém, que o companheiro poderá recusar-lhe o seu, no momento em que o desequilíbrio lhe bata à porta. Entende que dispõe de liberdade para matar seu desafeto, mas não ignora que o desafeto pode igualmente, a seu turno, exterminar-lhe o corpo ou amargar-lhe o caminho. Percebe que seus gestos e atitudes, para com os outros, criam nos outros atitudes e gestos semelhantes para com ele. Com esse novo cabedal de observação, revela-se-lhe a vida mental mais surpreendente e mais rica e, por essa mais intensa vida íntima, retrata com relativa segurança as ideias dos Espíritos abnegados que lhe custodiam a rota. Desde então, não guarda a existência circunscrita à romagem berço-túmulo, por alongá-la, do ponto de vista de causa e efeito, para além do sepulcro em que se lhe guarda o invólucro anulado ou imprestável. Incorporando a responsabilidade, a consciência vibra desperta e, pela consciência desperta, os princípios de ação e reação funcionam, dentro do próprio ser, assegurando-lhe a liberdade de escolha e impondo-lhe, mecanicamente, os resultados respectivos, tanto na esfera física quanto no Mundo Espiritual. (Evolução em dois Mundos, Primeira Parte, cap. XI, pp. 80 e 81.) 

74. A larva e a criança – Nesse sentido,  importa lembrar o símile que a vida assinala – guardadas as devidas proporções – entre as alterações da existência para a alma humana e para os insetos sujeitos à metamorfose integral. A larva que se afasta do ovo ingressa em novo período de desenvolvimento, que pode perdurar por muito tempo, como ocorre entre os efemerídeos, mostrando, no começo, a membrana do corpo ainda amolecida e conservando no tubo digestivo os remanescentes de gema da fase embrionária, para iniciar, depois da excreção, os processos de alimentação e digestão. A criança recém-nascida retira-se do útero e entra em nova fase de evolução, que se firma através de alguns anos. A princípio, tenra e frágil, retém na própria organização os recursos sanguíneos que lhe foram doados, por manutenção endosmótica, no organismo materno, para, somente depois, eliminar, quanto possível, esses mesmos recursos, gerando os que lhe são próprios. Avançando na execução dos programas traçados para a sua existência, a larva cresce e recorre a matérias nutritivas que lhe garantam o aumento do corpo e, conforme a espécie, promove por si mesma a mudança da pele, indispensável ao condicionamento de seu próprio volume. A criança desenvolve-se,  tomando o alimento preciso à expansão de sua maquina orgânica, passando a realizar por si, isto é, ao comando da mente, a renovação celular dos tecidos e órgãos que lhe constituem o campo somático, de maneira a que se lhe ajuste a forma física aos moldes do corpo espiritual. (Evolução em Dois Mundos, Primeira Parte, cap.XI, pp. 81 e 82.) 

75. Metamorfose do inseto -  A larva dos insetos de transformação completa experimenta vários períodos de renovação para atingir a condição de adulto. Em semelhante estágio acusa progressiva diminuição de atividade, até que não mais suporte a alimentação. Esvaziam-se-lhe os intestinos e paralisam-se-lhe os movimentos. A larva protege-se, então, no solo ou na planta, preparando a própria liberação. Permanece, desse modo, imóvel, e não se alimenta do ponto de vista fisiológico, encrisalidando-se, segundo a espécie, em fios de seda por ela própria constituídos com a secreção das glândulas salivares, agregadas a pequeninos tratos de terra ou a tecidos vegetais, formando assim o casulo em que repousa, durante certo tempo, fixado em alguns dias e até meses. Na posição de pupa, ao impacto das vibrações de sua própria organização, sofre essencial modificação em seu organismo, modificação essa que, no fundo, equivale a verdadeiro aniquilamento ou histólise, ao mesmo tempo que elabora órgãos novos pelo fenômeno da histogênese, valendo-se dos tecidos que perduraram. A histólise, que se efetua por ação dos fermentos, verifica-se notadamente nos músculos, no aparelho digestivo e nos tubos de Malpighi, com reduzida atuação no sistema nervoso e circulatório. Pela histogênese, os remanescente dos músculos estriados perdem, gradativamente, a sua estriação, até que se convertam, qual se obedecessem a processo involutivo, em células embrionárias fusiformes, com núcleo exclusivo, ou mioblastos, que se dividem por segmentação, plasmando novos elementos estriados para a configuração dos órgãos típicos. Somente então, quando as ocorrências da metamorfose se realizam, é que o inseto, integralmente renovado, abandona o casulo, revelando-se por falena leve e ágil, com o sistema bucal transformado, como acontece na borboleta de tipo sugador, na qual as maxilas se alongam, convertendo-se numa trompa, enquanto o lábio superior e as mandíbulas se atrofiam. A borboleta alada e multicor é, todavia, o mesmo indivíduo, que soma em si as experiências dos três aspectos fundamentais de sua existência de larva-ninfa-inseto adulto. (Evolução em dois Mundos, Primeira Parte, cap.XI, pp.82 e 83.) 

76. Histogênese espiritual – Do mesmo modo, a criatura humana, depois do período infantil, atravessa expressivas etapas de renovação interior, até alcançar a madureza corpórea, não obstante apresentar-se com a mesma forma exterior, porquanto somente após o esgotamento da força vital no curso da vida, através da senectude ou da caquexia por intervenção das enfermidades, é que se habilita à transformação mais profunda. Nesse período característico da caducidade celular ou da moléstia irreversível, demonstra gradativa diminuição de atividade, não mais tolerando a alimentação. Suas atividades fisiológicas declinam pouco a pouco e a inércia substitui-lhe os movimentos. Protege-se então no repouso horizontal em decúbito, quase sempre no leito, preparando o trabalho liberatório. Chega, assim, o momento em que se imobiliza na cadaverização, mumificando-se à feição da crisálida, mas envolve-se no imo do ser com os fios dos próprios pensamentos, conservando-se neste casulo de forças mentais, tecido com as sua próprias ideias reflexas dominantes, ou secreções de sua própria mente, durante um período que pode variar entre minutos, horas, dias, meses ou decênios. No ciclo de cadaverização da forma somática, sob o governo dinâmico de seu corpo espiritual, padece extremas alterações que, na essência, correspondem à histólise das células físicas, ao mesmo tempo que elabora órgãos novos pelo fenômeno que podemos nomear, por falta de termo equivalente, como sendo histogênese espiritual, aproveitando os elementos vivos, desagregados do tecido citoplasmático, que se mantinham até então ligados à colmeia fisiológica entregue ao desequilíbrio ou à decomposição. A histólise ou processo destrutivo na desencarnação resulta da ação dos catalisadores químicos ou de outros recursos do mundo orgânico que operam a mortificação dos tecidos e, do ponto de vista do corpo espiritual, afetam principalmente a morfologia e os aparelhos da nutrição, com escassa influência sobre os sistemas nervoso e circulatório. Pela histogênese espiritual, os tecidos citoplasmáticos se desvencilham em definitivo de alguns dos característicos que lhes são próprios, voltando temporariamente, qual se atendessem a processo involutivo, à condição de células embrionárias multiformes que se dividem, através da cariocinese, plasmando, em novas condições, a forma do corpo espiritual, segundo o tipo imposto pela mente. (Evolução em dois Mundos, Primeira Parte, cap. XI, pp. 83 a 85.) 

 

Glossário: 

Cadaverização: ato ou efeito de cadaverizar, isto é, reduzir a cadáver, de extinguir a ação vital de um órgão.

Caquexia: enfraquecimento geral, estado de debilidade orgânica.

Cariocinese: modo de multiplicação das células, por divisão indireta (mitose).

Casulo: Invólucro construído por larvas ou insetos.

Catalisador: substância que produz catálise (desencadeia reação).

Citoplasmático: Relativo ao citoplasma, que é o protoplasma (massa celular), excluído o núcleo da célula.

Crisálida: analogia com o estado intermediário por que passam certos insetos para se transformarem de lagarta (larva) em borboleta, durante o qual se desenvolve no casulo.

Custodiar: manter sobre guarda ou proteção, de modo de assegurar o objetivo visado.

Efemerídeo: grupo de insetos de vida curta que serve de alimento para pequenos peixes.

Endosmóstico: relativo à endosmose, corrente de fora para dentro entre dois líquidos de densidades diversas, separados por uma membrana ou placa porosa.

Estriação: formação de estrias, sulcos finíssimos na superfície de um corpo.

Excreção: ação pela qual, normalmente, se expelem do corpo os resíduos inúteis à economia animal.

Falena: nome comum a um grupo de borboletas noturnas.

Fusiforme: semelhante ao fuso, peça roliça, adelgada gradualmente do meio para uma das extremidades, usada para fiar e enrolar fio.

Histogênese: formação e desenvolvimento dos tecidos orgânicos.

Histólise: destruição ou dissolução de tecidos orgânicos.

Larva: o primeiro estágio por que passam certas espécies animais antes de atingirem a fase adulta; lagarta (nos insetos).

Metamorfose: mudança de forma ou de estrutura, como a mudança que ocorre durante as fases da vida de alguns animais, como os insetos e os anfíbios.

Mioblasto: célula do folheto germinativo médio do embrião, que se converte em fibra muscular.

Mortificação: paralisia parcial.

Ninfa: forma intermediária entre a larva e o inseto adulto.

Nomadismo: vida nômade ou errante, em que há constantes deslocamentos de uma região para outra.

Núcleo da Célula: parte essencial da célula, que contém os cromossomos, portadores dos genes (pelos quais se transmitem os caracteres hereditários).

Pupa: estado intermediário entre a larva e a forma definitiva, nos insetos que tem metamorfose completa (com profundas alterações), como, por exemplo, na lagarta das mariposas.

Segmentação: divisão da célula germinativa, que costuma verificar-se simetricamente.

Senectude: decrepitude, sensibilidade, velhice.

Sistema Circulatório: sistema de movimentação do sangue desde o coração até as diferentes partes do corpo e destas ao coração (grande circulação), e do coração ao pulmão e deste ao coração (pequena circulação).

Sistema Nervoso: constitui o mecanismo que permite ao animal um contato permanente com o meio. No homem, como nos animais vertebrados, o sistema nervoso compreende o sistema central e o sistema periférico. O sistema central é constituído do eixo cérebro-espinhal, formado pelo encéfalo (parte contida na cavidade do crânio) e a medula espinhal.

Trompa: órgão oco e alongado, como o de inseto sugador, e que serve como órgão de sucção.

Tubo de Malpighi: órgão de excreção do inseto, o qual consiste em longos e tortuosos condutos que desembocam no tubo digestivo, no limite entre o intestino médio e o posterior.


Nota
:

Muitos termos técnicos usados na obra em estudo não se encontram nos dicionários que comumente consultamos. Clicando no link abaixo, o leitor terá acesso ao texto integral do livro Elucidário de Evolução em Dois Mundos, elaborado e publicado com esse propósito:
http://www.OCONSOLADOR\linkfixo\estudosespiritas\andreluiz\Elucidario.pdf

 

 


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