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Estudando a série André Luiz
Ano 5 - N° 254 - 1º de Abril de 2012

MARCELO BORELA DE OLIVEIRA
mbo_imortal@yahoo.com.br
Londrina, Paraná (Brasil)
 

Evolução em Dois Mundos

André Luiz

(Parte 18)

Damos continuidade ao estudo da obra Evolução em Dois Mundos, de André Luiz, psicografada pelos médiuns Waldo Vieira e Francisco Cândido Xavier e publicada em 1959 pela Federação Espírita Brasileira.

Antes de ler as questões e o texto indicado para leitura, sugerimos ao leitor que veja, primeiro, as notas constantes do glossário pertinente ao estudo desta semana.

Questões preliminares

A. Em que período da evolução nasceu o princípio da responsabilidade na criatura humana?

No paleolítico. Foi quando o homem rude aprendeu a chorar, amando e perguntando para ajustar-se às Leis Divinas a se lhe esculpirem na face imortal e invisível da própria consciência. Foi aí, então, que – reconhecendo-se ínfimo e frágil diante da vida – compreendeu que, perante Deus, seu Pai e Criador, estava entregue a si mesmo. O princípio da responsabilidade havia nascido. (Evolução em dois Mundos, Primeira Parte, cap. X, pág. 78.)

B. Que fato importante se deu com o advento da responsabilidade?

Com o advento da responsabilidade, que o separara da orientação direta dos Benfeitores Espirituais, o homem entregou-se a múltiplos tentames de progresso no campo do espírito. Conferindo asas audaciosas ao pensamento, mais se acentuava o seu poder de imaginar, o que facilitava a mentalização e o desprendimento do corpo espiritual. (Evolução em dois Mundos, Primeira Parte, cap. XI, pp. 79 e 80.)

C. Quando nasceu entre os homens a noção do direito?

Ao instituir a propriedade da faixa de solo em que se lhe encravava a moradia, o homem traçou a si próprio determinadas regras de conduta, para que não se impusessem aos semelhantes ofensas e prejuízos que não desejava receber. Aconteceu, assim, o inesperado. O homem selvático, que não pretendia abandonar os apetites e prazeres da experiência animal, fabricou para si mesmo os freios que lhe controlariam a liberdade, a fim de que se lhe enobrecesse o caráter iniciante. Estabelecendo a posse tirânica em tudo o que julgava seu, desistiu de aproveitar o que pertencia ao vizinho, sob pena de expor-se a penalidades cruéis. Nascia, desse modo, para ele a noção do direito sobre o alicerce das obrigações respeitadas. (Evolução em dois Mundos, Primeira Parte, cap. XI, pág. 80.) 

Texto para leitura 

69. Luta evolutiva - Entre a alma que pergunta, a existência que se expande, a ansiedade que se agrava e o Espírito que responde ao Espírito, no campo da intuição pura, esboça-se imensa luta. O homem que lascava a pedra e que se escondia na furna, escravizando os elementos com a violência da fera e matando indiscriminadamente para viver, instado pelos Instrutores Amigos que lhe amparam a senda, passou a indagar sobre a causa das coisas. Constrangido a aceitar os princípios de renovação e progresso, refugia-se no amor-egoísmo, na intimidade da prole, que lhe entretém o campo íntimo, ajudando-o a pensar. Observa-se tocado por estranha metamorfose. Percebe, instintivamente, que não mais poderia guiar-se pela excitabilidade dos seus tecidos orgânicos ou pelos apetites furiosos herdados dos animais. Desligado lentamente dos laços mais fortes que o prendiam às Inteligências Divinas, a lhe tutelarem o desenvolvimento, para que se lhe afirmem as diretrizes próprias, sente-se sozinho, esmagado pela grandeza do Universo. A ideia moral da vida começa a ocupar-lhe o crânio. O Sol propicia-lhe a concepção de um Criador, oculto no seio invisível da Natureza, e a noite povoa-lhe a alma de visões nebulosas e pesadelos imaginários, dando-lhe a ideia do combate incessante em que a treva e a luz se digladiam. Abraça os filhinhos com enternecimento feroz, buscando a solidariedade possível dos semelhantes na selva que o desafia. Mentaliza a constituição da família e padece na defesa do lar. Os porquês a lhe nascerem fragmentários, no íntimo, insuflam-lhe aflição e temor. Percebe então que não mais pode obedecer cegamente aos impulsos da Natureza, ao modo dos animais que lhe comungam a paisagem, mas sim que lhe cabe agora o dever de superar-lhes os mecanismos, como quem vê no mundo em que vive a própria moradia, cuja ordem lhe requisita apoio e consideração. (Evolução em dois Mundos, Primeira Parte, cap. X, pp. 77 e 78.) 

70. Nascimento da responsabilidade - A ideia de Deus iniciando a Religião, a indagação prenunciando a Filosofia, a experimentação anunciando a Ciência, o instinto de solidariedade prefigurando o amor puro, e a sede de conforto e beleza inspirando o nascimento das indústrias e das artes, eram pensamentos nebulosos torturando-lhe a cabeça e inflamando-lhe o sentimento. Nesse concerto de forças, a morte passou a impor-lhe angustiosas perquirições e, enterrando os seus entes amados em sepulcros de pedra, o homem rude, iniciando-se na evolução de natureza moral, perdido na desértica vastidão do paleolítico, aprendeu a chorar, amando e perguntando para ajustar-se às Leis Divinas a se lhe esculpirem na face imortal e invisível da própria consciência. Foi aí, então, que – reconhecendo-se ínfimo e frágil diante da vida – compreendeu que, perante Deus, seu Pai e Criador, estava entregue a si mesmo. O princípio da responsabilidade havia nascido. (Evolução em dois Mundos, Primeira Parte, cap. X, pág. 78.) 

71. Evolução morfológica e moral - A evolução morfológica prosseguiu, emparelhando-se com a evolução moral. O crânio avançou, com vagar, no rumo de aprimoramento maior, os braços refinavam-se, as mãos adquiriam excelência táctil não sonhada, e os sentidos, todos eles, progrediam em acrisolamento e percepção. Contudo, com o advento da responsabilidade que o separara da orientação direta dos Benfeitores Espirituais, o homem entregou-se a múltiplos tentames de progresso no campo do espírito. Conferindo asas audaciosas ao pensamento, mais se acentuava o seu poder de imaginar, o que facilitava a mentalização e o desprendimento do corpo espiritual, cujas células em conexão com as células do corpo físico se automatizavam, assim, na emancipação parcial, através do sono, para acesso da alma a ensinamentos de estrutura superior. A criatura humana guarda, assim, consigo, na tessitura dos próprios órgãos, a herança dos milhões de estágios diferentes, nos reinos inferiores, e, no fundo, sente-se inclinada a viver no plano dos outros mamíferos que lhe respiram a vizinhança, com o instinto absoluto dominando sem restrições. Com a evolução irreversível, porém, o amor agigantou-se-lhe no ser, sugerindo-lhe novas disposições à própria existência. (Evolução em dois Mundos, Primeira Parte, cap. XI, pp. 79 e 80.) 

72. Noção do direito - Em razão do apego aos rebentos da própria carne, o homem institui a propriedade da faixa de solo em que se lhe encrava a moradia e, atendendo a essa mesma raiz de afetividade, traça a si próprio determinadas regras de conduta, para que não imponha aos semelhantes ofensas e prejuízos que não deseja receber. Acontece, assim, o inesperado. O homem selvático, que não pretende abandonar os apetites e prazeres da experiência animal, fabrica para si mesmo os freios que lhe controlarão a liberdade, a fim de que se lhe enobreça o caráter iniciante. Estabelecendo a posse tirânica em tudo o que julga seu, desiste de aproveitar o que pertence ao vizinho, sob pena de expor-se a penalidades cruéis. Nasce, desse modo, para ele a noção do direito sobre o alicerce das obrigações respeitadas. (Evolução em dois Mundos, Primeira Parte, cap. XI, pág. 80.) 

 

Glossário: 

Metamorfose: mudança de forma ou de estrutura, como a mudança que ocorre durante as fases da vida de alguns animais, como os insetos e os anfíbios. 

Paleolítico: período pré-histórico que principia no final do pleistoceno, com o aparecimento dos mais antigos fósseis humanos, e se caracteriza pela presença de artefatos de osso e/ou de pedra fragmentada ou lascada, datando do final desse período notáveis desenhos e pinturas rupestres; divide-se este período em 3 fases: inferior, médio e superior, conforme os graus de complexidade dos artefatos. É também chamado de período da pedra lascada, idade da pedra lascada.  

Pleistoceno: o mesmo que quaternário, período em que surgiu o homem. 

Tessitura: contextura; organização. 


Nota
:

Muitos termos técnicos usados na obra em estudo não se encontram nos dicionários que comumente consultamos. Clicando no link abaixo, o leitor terá acesso ao texto integral do livro Elucidário de Evolução em Dois Mundos, elaborado e publicado com esse propósito:
http://www.OCONSOLADOR\linkfixo\estudosespiritas\andreluiz\Elucidario.pdf

 

 


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