WEB

BUSCA NO SITE

Edição Atual Edições Anteriores Adicione aos Favoritos Defina como página inicial

Indique para um amigo


O Evangelho com
busca aleatória

Capa desta edição
Biblioteca Virtual
 
Biografias
 
Filmes
Livros Espíritas em Português Libros Espíritas en Español  Spiritist Books in English    
Mensagens na voz
de Chico Xavier
Programação da
TV Espírita on-line
Rádio Espírita
On-line
Jornal
O Imortal
Estudos
Espíritas
Vocabulário
Espírita
Efemérides
do Espiritismo
Esperanto
sem mestre
Divaldo Franco
Site oficial
Raul Teixeira
Site oficial
Conselho
Espírita
Internacional
Federação
Espírita
Brasileira
Federação
Espírita
do Paraná
Associação de
Magistrados
Espíritas
Associação
Médico-Espírita
do Brasil
Associação de
Psicólogos
Espíritas
Cruzada dos
Militares
Espíritas
Outros
Links de sites
Espíritas
Esclareça
suas dúvidas
Quem somos
Fale Conosco

Crônicas e Artigos

Ano 5 - N° 253 - 25 de Março de 2012

ROGÉRIO COELHO
rcoelho47@yahoo.com.br
Muriaé, MG (Brasil)
 

Demoniomania,
obsessões & loucura

Amiúde se confunde obsessão com loucura

“(...) Em toda obsessão, simples ou subjugadora, como quer que se apresente, a trama dos destinos se situa no passado espiritual dos litigantes[1] em forma de fatores causais.” - Manoel Philomeno de Miranda[2]


Em todas as épocas e em todos os lugares, existiram loucos e obsidiados... No tempo em que Jesus aqui esteve, Ele fez inúmeras curas de casos de loucura e/ou obsessão na Judeia. Sua influência sobre os obsessores era tão exuberante, tão ostensiva quão incoercível que os fariseus, Seus ferrenhos inimigos, chegaram a afirmar que Ele tinha parte com “Belzebu”
[3].

Todas essas demoniomanias, obsessões e loucuras de hoje e de todos os tempos foram exaustivamente estudadas por Allan Kardec e, em consequência disso, os meios ensinados pelo Espiritismo (quando bem e devidamente aplicados), bastam para conhecer e fazer cessar esses fenômenos anômalos.

Segundo o ínclito Mestre Lionês[4], “(...) Está provado pela experiência que os Espíritos malévolos agem não só sobre o pensamento, mas também sobre o corpo, com o qual se identificam, e do qual se servem como se fosse o seu; que provocam atos ridículos, gritos, movimentos desordenados, ten­do todas as aparências da loucura ou da monomania. Encon­trar-se-á a explicação no nosso O Livro dos Médiuns, no ca­pítulo da Obsessão. É bem, com efeito, uma espécie de loucura, uma vez que pode se dar esse nome a todo estado anormal em quem o Espírito não age livre­mente; neste ponto de vista, a embriaguez é uma verdadeira loucura acidental.

É preciso, pois, distinguir a loucura patológica da loucura ob­sessional. A primeira é produzida por uma desordem nos órgãos da manifestação do pensamento. Notemos que, nesse estado de coisas, não é o Espírito que está louco; ele conserva a plenitu­de das suas faculdades, assim como a observação o demons­tra; somente, o instrumento de que se serve para se manifestar, estando desorganizado, o pensamento, ou antes, a expressão do pensamento é incoerente.

Na loucura obsessional, não há lesão orgânica; é o próprio Espírito que está afetado pela subjugação de um Espírito es­tranho, que o domina e o dirige. No primeiro caso, é preciso tentar curar o órgão enfermo; no segundo, basta livrar o Espí­rito enfermo de um hóspede importuno, a fim de lhe devolver a liberdade. Os casos semelhantes são muito frequentes, e, amiúde, se toma pela loucura o que não era em realidade senão uma obsessão, para a qual seria preciso empregar meios mo­rais e não duchas. Para os tratamentos físicos, e, sobretudo pa­ra o contato dos verdadeiros alienados, frequentemente, tem sido determinada uma verdadeira loucura ali onde ela não existia.

O Espiritismo, que abre horizontes novos a todas as ciên­cias, vem, pois, também clarear a questão tão obscura das en­fermidades mentais, assinalando-lhe uma causa a qual, até es­te dia, não se teve em conta; causa real, evidente, provada pela experiência, e da qual se reconhecerá mais tarde a ver­dade. Mas como fazer admitir essa causa por aqueles que são muito prontos a enviarem aos hospícios quem tenha a fraque­za de crer que temos uma alma, que essa alma desempenha um papel nas funções vitais, que ela sobrevive ao corpo e po­de agir sobre os vivos?! Para o bem da Hu­manidade, as ideias espíritas fazem mais progressos entre os médicos do que se poderia esperar, e tudo faz prever que, em futuro pouco distante, a medicina sairá, enfim, da rotina ma­terialista.

Os casos isolados de obsessão física ou de subjugação, es­tando averiguados, compreende-se que, semelhante a uma nu­vem de gafanhotos, um bando de maus Espíritos pode se abater sobre certo número de indivíduos, apoderar-se deles e pro­duzir uma espécie de epidemia moral... A ignorância, a fraque­za das faculdades, a falta de cultura intelectual lhes dão natu­ralmente mais ação; por isso maltratam, de preferência, certas classes, embora as pessoas inteligentes e instruídas deles não estejam isentas. Provavelmente, como disse Erasto, é uma epi­demia desse gênero que reinava no tempo do Cristo, e da qual frequentemente se falou no Evangelho.  Mas por que só a Sua palavra bastava para expulsar o que eram chamados então de demônios? Isso prova que o mal não podia ser curado senão por uma influência moral; ora, quem pode negar a influência moral do Cristo?! Entretanto, dir-se-á, empregou-se o exorcismo, que é um remédio moral, e nada produziu.  Se nada produziu, é que o remédio nada vale, e que é preciso procurar um ou­tro; isto é evidente. Estudai o Espiritismo, e compreender-lhes­-eis a razão.  Só o Espiritismo, assinalando a verdadeira cau­sa do mal, pode dar os meios de combater os flagelos des­sa natureza. Mas, quando dissemos para estudá-lo, enten­demos que é preciso fazê-lo seriamente, e não na esperança de aí encontrar uma receita banal para o uso do primeiro que chegue”. 

Segundo o nobre Espírito Manoel P. de Miranda[5], “(...) Auto-obsessões, obsessões e subjugações são capítulos que merecem da patologia médica estudo simultâneo, à base dos postulados do Espiritismo. A reencarnação é a chave para a explicação dos seus enigmas.

Ao lado das terapêuticas valiosas, ora aplicadas nos obsessos de vário porte, impõem-se os recursos valiosos e salutares da fluidoterapia e das expressivas contribui­ções doutrinárias da Terceira Revelação, que traz de volta os insuperáveis métodos evangélicos de que se fez expoente máximo Jesus, o Divino Médico de todos nós.

O amor e a prece, o perdão e a caridade, a tolerância e a confiança, a fé e a esperança não são apenas virtudes vinculadas às religiões passadas, porém, insubstituíveis va­lores de higiene mental, de psicoterapia, de laborterapia, que se fazem de urgência para neutralizar as ondas cres­centes do ódio e da revolta, da vingança e da mágoa, da intolerância e da suspeita, da descrença e da desesperança, que irrompem e se instalam no homem, tudo avassalando intempestivamente.

A Doutrina Espírita dispõe de valiosos tesouros para a aquisição da felicidade na Terra e depois da desencar­nação. Conhecê-la e praticar-lhe os ensinos representa uma ensancha ditosa para aqueles que aspiram a melhores dias, anelam por paz e laboram pelo bem”.


 


[1] - As técnicas para lidar-se com obsessões estão estudadas nos livros: “Nos Bastidores da Obsessão” e “Grilhões Partidos”, respectivamente, editados pela FEB e pela LEAL. Psicografados por Divaldo Franco.

[2] - FRANCO, Divaldo. Tramas do destino. 2. ed. Rio [de Janeiro]: FEB, 1981, p. 20.

[3] - Mateus, 12:24.

[4] - KARDEC, Allan. Revue Spirite. Abril de 1862. Araras: IDE, 1993. p. p.112-113.

[5] - FRANCO, Divaldo. Tramas do destino. 2. ed. Rio [de Janeiro]: FEB, 1981, p.p. 14 -15.



 


Voltar à página anterior


O Consolador
 Revista Semanal de Divulgação Espírita