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Estudando a série André Luiz
Ano 5 - N° 253 - 25 de Março de 2012

MARCELO BORELA DE OLIVEIRA
mbo_imortal@yahoo.com.br
Londrina, Paraná (Brasil)
 

Evolução em Dois Mundos

André Luiz

(Parte 17)

Damos continuidade ao estudo da obra Evolução em Dois Mundos, de André Luiz, psicografada pelos médiuns Waldo Vieira e Francisco Cândido Xavier e publicada em 1959 pela Federação Espírita Brasileira.

Antes de ler as questões e o texto indicado para leitura, sugerimos ao leitor que veja, primeiro, as notas constantes do glossário pertinente ao estudo desta semana.

Questões preliminares

A. Que providência precedeu o advento da palavra articulada no homem infraprimitivo?

Para lograr esse objetivo, o corpo espiritual do homem infraprimitivo necessitou demorar-se longo tempo em regiões espaciais próprias, sob a assistência dos Instrutores Espirituais, recebendo destes intervenções sutis nos petrechos da fonação, a fim de que a palavra articulada pudesse assinalar novo ciclo de progresso. A laringe sofreu então, nas mãos sábias dos Condutores Espirituais, à maneira de um órgão precioso entre os dedos de cirurgiões exímios no serviço de plástica, delicadas operações no curso dos séculos, para que os músculos mencionados se fizessem simétricos e para que se vinculassem, tão destros quanto possível, à produção fisiológica da voz. (Evolução em dois Mundos, Primeira Parte, cap. X, pp. 73 e 74.)

B. Os Instrutores Espirituais auxiliaram também o homem na constituição mecânica das palavras?

Sim. Foi com o amparo deles que o homem aprendeu a constituição mecânica das palavras, provindo da mente a força com que aciona os implementos da voz, para a criação da linguagem convencional, com que reforçava a linguagem mímica e primitiva por ele adquirida na longa viagem através do reino animal. (Evolução em dois Mundos, Primeira Parte, cap. X, pp. 75 e 76.)

C. Que progresso para o homem adveio do exercício constante da palavra?

Com esse exercício o homem primitivo conquistou insopitável desenvolvimento, porque isso permitiu-lhe adquirir gradativamente a mobilidade e a elasticidade imprescindíveis à expansão do pensamento, que então paulatinamente se dilatou, estabelecendo no mundo tribal todo um oceano de energia sutil, em que as consciências encarnadas e desencarnadas se refletem, sem dificuldade, umas às outras. (Evolução em dois Mundos, Primeira Parte, cap. X, pp. 76 e 77.)

Texto para leitura 

65. Intervenções espirituais - É assim que, atingindo os alicerces da Humanidade, o corpo espiritual do homem infraprimitivo demora-se longo tempo em regiões espaciais próprias, sob a assistência dos Instrutores do Espírito, recebendo intervenções sutis nos petrechos da fonação para que a palavra articulada pudesse assinalar novo ciclo de progresso. A laringe, situada acima da traqueia e adiante da faringe, consubstanciada num esqueleto cartilaginoso, urdido em fibras e ligamentos, com uma seta de pequenos músculos, sofre, nas mãos sábias dos Condutores Espirituais, à maneira de um órgão precioso entre os dedos de cirurgiões exímios no serviço de plástica, delicadas operações no curso dos séculos, para que os músculos mencionados se façam simétricos e para que se vinculem, tão destros quanto possível, à produção fisiológica da voz. Em sua contextura interna aglutina-se uma mucosa ciliada que se destina ao trabalho de lançamento do som e que verte pelos estreitamentos, transformando-se em pavimentosa-estratificada na borda livre das cordas vocais verdadeiras. Fora da ação das cordas vocais, a laringe revela no pescoço movimentos de ascensão e descensão, elevando-se na expiração e na deglutição e baixando na inspiração, na sucção e no bocejar, salientando-se no corpo qual perfeito instrumento de efeitos musicais. (Evolução em dois Mundos, Primeira Parte, cap. X, pp. 73 e 74.) 

66. Mecanismo da palavra - Com extremo carinho, os Técnicos da Espiritualidade Superior compõem a cartilagem situada em plano inferior, a cricoide, que representa um anel modificado da traqueia, sustentando uma placa na parte posterior, sobre a qual, no bordo superior e de ambos os lados da linha média, se apoiam as duas aritenoides, que se permitem, assim, a conjunção ou o afastamento entre si. Cada uma possui na base uma apófise: a interna, vocal, em que está inserida a parte posterior da corda vocal verdadeira do mesmo lado, e a outra, que é externa, muscular. Com a mesma habilidade, os Técnicos tecem a cartilagem localizada na região anterior ou cartilagem tireoide, a destacar-se sob a pele no chamado Pomo de Adão, em suas lâminas verticais que se conjugam na linha mediana, traçando um ângulo diedro que se volta para a retaguarda e onde se fixam as cordas vocais verdadeiras, cartilagem essa que, por baixo, se une com o anel da cricoide e, por cima, com o osso hioide, através de membranas e ligamentos, o qual fornece apoio para a implantação da laringe. Acima das cordas vocais verdadeiras, surgem as cordas vocais falsas a limitarem com a parede os ventrículos laterais de Morgagni. Os músculos que garantem o movimento das cordas são pares, exceto o ariaritenoide, assegurando as funções da glote vocal e formando, com avançado primor de previsão e eficiência, a abóbada de precioso condicionamento, onde a pressão do ar pode fazer-se com segurança, para separar as cordas vocais em serviço. (Evolução em dois Mundos, Primeira Parte, cap. X, pp. 74 e 75.) 

67. Linguagem convencional - O homem aprende então, com o amparo dos Tutores Espirituais que o inspiram, a constituição mecânica das palavras, provindo da mente a força com que aciona os implementos da voz, gerando vibrações nos músculos torácicos, incluindo os pulmões e a traqueia como num fole, e fazendo ressoar o som na laringe e na boca, que exprimem também cavidades supraglóticas, para a criação da linguagem convencional, com que reforça a linguagem mímica e primitiva, por ele adquirida na longa viagem através do reino animal. A esse modo natural de exprimir-se por gestos e atitudes silenciosos, em que derrama as suas forças acumuladas de afetividade e satisfação, desagrado ou rancor, em descargas fluídico-eletromagnéticas de natureza construtiva ou destrutiva, a criatura humana superpõe os valores do verbo articulado, com que acrisola as manifestações mais íntimas, habilitando-se a recolher, por intermédio de sinalética especial na escala dos sons, a experiência dos irmãos que caminham na vanguarda e aprendendo a educar-se para merecer esse tipo de assistência que lhe outorgará o estado de alegria maior, ante as perspectivas da cultura com que a vida lhe responde às indagações. (Evolução em dois Mundos, Primeira Parte, cap. X, pp. 75 e 76.) 

68. Pensamento contínuo - Com o exercício constante da palavra, a energia mental do homem primitivo encontra insopitável desenvolvimento, por adquirir gradativamente a mobilidade e a elasticidade imprescindíveis à expansão do pensamento que, então, paulatinamente se dilata, estabelecendo no mundo tribal todo um oceano de energia sutil, em que as consciências encarnadas e desencarnadas se refletem, sem dificuldade, umas às outras. Valendo-se dessa instituição de permuta constante, os Instrutores Espirituais dosam os recursos da influência e da sugestão e convidam o Espírito terrestre ao justo despertamento na responsabilidade com que lhe cabe conduzir a própria jornada... Pela compreensão progressiva entre as criaturas, por intermédio da palavra que assegura o pronto intercâmbio, fundamenta-se no cérebro o pensamento contínuo e, por semelhante maravilha da alma, as ideias-relâmpagos ou as ideias-fragmentos da crisálida de consciência, no reino animal, se transformam em conceitos e inquirições, traduzindo desejos e ideias de alentada substância íntima. Começando a fixar o pensamento em si mesmo, fatigando-se para concatená-lo e exprimi-lo, o homem confiou-se a novo tipo de repouso – a meditação compulsória ante os problemas da vida –, passando a exteriorizar, inconscientemente, as próprias ideias e, com isso, a desprender-se do carro denso da carne, desligando as células de seu corpo espiritual das células físicas, durante o sono comum, para receber, junto do próprio corpo adormecido, a visita dos Benfeitores Espirituais que o instruem sobre as questões morais. O continuísmo da ideia consciente acende a luz da memória sobre o pedestal do automatismo. (Evolução em dois Mundos, Primeira Parte, cap. X, pp. 76 e 77.) 

 

Glossário: 

Apófise: eminência ou saliência em uma parte do organismo.

Ariaritenoide: referente a um músculo ímpar da laringe, que atua sobre as cartilagens cricoide e tireoide.

Aritenoide: cada uma das duas cartilagens a que estão ligadas as cordas vocais, e que estão situadas na parte posterior e superior da laringe.

Cartilagem: tecido branco ou cinzento, de consistência menos dura que a do tecido ósseo.

Consciência Fragmentária: consciência intermitente ou descontínua, própria dos animais inferiores.

Corda Vocal Falsa: cada um dos dois ligamentos superiores, no interior da laringe, que não influem na fonação.

Corda Vocal Verdadeira: cada um dos dois ligamentos inferiores, no interior da laringe, cuja vibração produz a voz.

Cricoide: cartilagem que constitui a parte inferior da laringe, onde forma uma espécie de anel, e com a qual se articula a cartilagem aritenoide.

Diedro: relativo ao ângulo formado pelo encontro de dois planos.

Faringe: cavidade musculomembranosa que se estende da abertura posterior das fossas nasais e da parte posterior da boca ao esôfago, sendo este o canal que comunica a faringe com o estômago.

Fonação: produção fisiológica da voz.

Glote Vocal: glote é a abertura da laringe, circunscrita pela cordas vocais inferiores (verdadeiras); é vocal porque as cordas vocais vibram graças ao ar expelido, e, abrindo e fechando a glote, produzem a voz.

Hioide: pequeno osso entre a laringe e a base da língua, o único que não se articula com qualquer outro osso.

Ideia Fragmento: lampejo de ideia rudimentar que ocorre na fase de desenvolvimento da consciência.

Ideia Relâmpago: o mesmo que “Ideia Fragmento”.

Infraprimitivo: referente a organismo em começo de evolução. O que se encontra em estágio de evolução abaixo do que se considera primitivo.

Laringe: parte superior modificada da traqueia e órgão essencial da fonação.

Ligamento: tecido de consistência resistente, porém flexível, que, em si, constitui órgão, ou serve para ligar órgãos contíguos.

Mucosa Ciliada: mucosa é a membrana que reveste as cavidades do organismo e secreta muco; é ciliada por apresentar filamentos finíssimos (cílios vibráteis).

Pensamento Contínuo: pensamento constante, ininterrupto, que caracteriza a capacidade mental do homem, em oposição ao pensamento fragmentário (descontínuo), próprio dos animais irracionais.

Pomo-de-adão: a saliência do corpo hioide, na parte anterior do pescoço, formada pela cartilagem tireoide.

Silvo: som agudo e relativamente prolongado produzido por certos animais, como o assobio de serpentes.

Sinalética: processo de fazer-se uma descrição por meio de sinais característicos.

Supraglótico: que se situa acima da glote.

Tireoide: Cartilagem situada na parte anterior e superior da laringe.

Traqueia: canal que comunica a laringe com os brônquios, e dá passagem ao ar durante a inspiração e expiração.

Ventrículo de Morgagni: cavidade ou bolsa de cada lado da laringe, entre as corda vocais falsas (acima) e as cordas vocais verdadeiras (abaixo).

Vertebrado: animal com esqueleto ósseo ou cartilaginoso, e com coluna vertebral dividida em vértebras (ossos que formal a espinha dorsal).
 

Nota:

Muitos termos técnicos usados na obra em estudo não se encontram nos dicionários que comumente consultamos. Clicando no link abaixo, o leitor terá acesso ao texto integral do livro Elucidário de Evolução em Dois Mundos, elaborado e publicado com esse propósito:
http://www.OCONSOLADOR\linkfixo\estudosespiritas\andreluiz\Elucidario.pdf

 

 


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