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Estudando a série André Luiz
Ano 5 - N° 252 - 18 de Março de 2012

MARCELO BORELA DE OLIVEIRA
mbo_imortal@yahoo.com.br
Londrina, Paraná (Brasil)
 

Evolução em Dois Mundos

André Luiz

(Parte 16)

Damos continuidade ao estudo da obra Evolução em Dois Mundos, de André Luiz, psicografada pelos médiuns Waldo Vieira e Francisco Cândido Xavier e publicada em 1959 pela Federação Espírita Brasileira.

Antes de ler as questões e o texto indicado para leitura, sugerimos ao leitor que veja, primeiro, as notas constantes do glossário pertinente ao estudo desta semana.

Questões preliminares

A. Dos cinco sentidos que conhecemos no ser humano, qual foi o primeiro a se consolidar?

Foi o tato, fruto de um longo período de trabalho durante o qual, no transcurso dos séculos, a consciência fragmentária acrisolou os sentidos. (Evolução em dois Mundos, Primeira Parte, cap. IX, pp. 69 e 70.)

B. Em que momento da evolução surgiu a linguagem?

A linguagem surgiu entre os animais, sob o patrocínio dos Gênios Veneráveis que nos presidem a existência. Ela é, portanto, uma faculdade que teve seu início quando a consciência fragmentária estagiava no chamado reino animal. (Evolução em dois Mundos, Primeira Parte, cap. X, pág. 73.)

C. Nessa ocasião como os animais se comunicavam?

Inicialmente, o fonema e a mímica foram os processos indispensáveis ao intercâmbio de impressões ou para o serviço de defesa, como, por exemplo, o silvo de vários répteis, o coaxar dos batráquios, as manifestações sonoras das aves e o mimetismo de alguns insetos e vertebrados, a se modificarem subitamente de cor, preservando-se contra o perigo. À medida que se lhe acentuava a evolução, a consciência fragmentária investia-se na posse de mais amplos recursos. O lobo grita pelos companheiros na sombra noturna, o gato encolerizado mostra fúria característica, miando raivosamente, o cavalo relincha de maneira particular, expressando alegria ou contrariedade, a galinha emite interjeições adequadas para anunciar a postura, acomodar a prole, alimentar os pintainhos ou rogar socorro quando assustada. (Evolução em dois Mundos, Primeira Parte, cap. X, pág. 73.)

Texto para leitura 

61. Formação dos sentidos - No corpo dos animais superiores, obra-prima de supervisão e construção dos Arquitetos do Espírito, no transcurso dos séculos, a consciência fragmentária acrisola, então, os sentidos. Findo longo período de trabalho, afirma-se o tato, por sentido cutâneo essencial, a espraiar-se por toda a pele. Esta se converte em superfície receptora, com variadas terminações nervosas que se salientam por extrema complexidade, desde as arborizações simples até os corpúsculos especializados que se localizam dentro da derme, utilizando células especiais, em comunicação incessante com o cérebro, para que as sensações táteis constantes possam defender os patrimônios da vida. Adestrada a atenção, o animal  – na esfera física e na esfera extrafísica – elabora, por atividades reflexas, várias   substâncias que lhe excitam os centros receptivos, definindo os chamados sentidos químicos, a culminarem no olfato e no gosto. No epitélio olfatório, as células basais, as de sustentação e as olfativas, sobre as glândulas de Bowman, que se encarregam de fornecer o muco necessário à discriminação dos elementos odoríferos, operam a seleção das propriedades aromáticas das substâncias, e, no dorso da língua, na epiglote, na face posterior da faringe como no véu do paladar, os corpúsculos gustativos, guardando as células epiteliais de sustentação e as células gustativas, fazem, associados às pequenas glândulas salivares, o registro das substâncias destinadas à nutrição. (Evolução em dois Mundos, Primeira Parte, cap. IX, pp. 69 e 70.) 

62. Visão e audição - O sentido da vista, uma vez fixado, passa a permitir a constituição das imagens dos objetos na retina, segundo um sistema dióptrico particular, aperfeiçoando-se as células receptoras da luz, cujo impulso nervoso alcança as vias ópticas, transportando as imagens captadas até à profundez do cérebro, onde a mente incorpora as interpretações que lhe são próprias e analisa-as, plasmando observações para o arquivo da memória e da experiência. A audição consolida-se no ouvido interno (protegido pelo ouvido externo e pelo ouvido médio), alicerçando-se assim em órgão complexo. No ouvido interno, o tubo coclear, a dividir-se em três compartimentos, vai encontrar as células evoluídas dos órgãos de Corti e as fibras nervosas do acústico encarregadas de transmitir as vibrações sonoras que atingem o ouvido médio, em estímulos nervosos, a saírem através do nervo auditivo na direção da mente, que realiza a seleção dos valores atinentes às sensações de tom, intensidade e timbre, estabelecendo em seu próprio favor vasta rede de reflexos condicionados com expressão decisiva em seu desenvolvimento. Sob a orientação das Inteligências Sublimes, cada sentido se instala em organização especial, formada de vários aparelhos e implementos. O cérebro integral se organiza em lobos diversos, com vasta margem de recursos para o futuro, quando a alma então nascente, em atividade instintiva na construção de seu próprio veículo, se erigirá em consciência desperta com capacidade de utilizar as vantagens potenciais que a Divina Sabedoria lhe oferta. (Evolução em dois Mundos, Primeira Parte, cap. IX, pp. 70 e 71.) 

63. Microcosmo prodigioso - Com o tempo, a Direção Espiritual da vida consegue organizar, por fim, com mais eficiência, o sistema nervoso autônomo, regulando e coordenando as funções das vísceras. Estruturam-se, assim, primorosamente, a inervação visceral aferente e eferente e os centros coordenadores, os sistemas simpático e parassimpático e as fibras pré e pós-ganglionares de Langley, com os neurônios a edificarem vias eletromagnéticas de comunicação entre o governo espiritual e as províncias orgânicas.  Em todos os ângulos do cérebro, esse microcosmo prodigioso, células especiais permanecem sob o controle do Espírito, assimilando-lhe os desejos e executando-lhe as ordens no automatismo que a evolução lhe confere. Desde o grupo tectobulbar das fibras pré-ganglionares, saindo com os pares cranianos, tecidas com neurônios no mesencéfalo, protuberância e bulbo, e incluindo os núcleos supra-ópticos, paraventriculares e a parede anterior do infundíbulo, até o grupo sacro, com neurônios localizados na medula sacra, nervos especiais funcionam como estações emissoras e receptoras, manipulando a energia mental, projetada ou recolhida pela mente, em ação constante, nos domínios da sensação e da ideia, em conexões e trajetos que a ciência do homem mal começa a perceber, atuando nos demais centros do corpo espiritual e nas zonas fisiológicas que os configuram no veículo somático, através de circuitos reflexos. No diencéfalo, campo essencialmente sensitivo e vegetativo, parte das mais primitivas do sistema nervoso central, o centro coronário, por fulcro luminoso, entrosa-se com o centro cerebral, a exprimir-se no córtex e em todos os mecanismos do mundo cerebral, e, dessa junção de forças, o Espírito encontra no cérebro o gabinete de comando das energias que o servem, como aparelho de expressão dos seus sentimentos e pensamentos, com os quais, no regime de responsabilidade e de autoescolha, plasmará no espaço e no tempo o seu próprio caminho de ascensão para Deus. (Evolução em dois Mundos, Primeira Parte, cap. IX, pp. 71 e 72.) 

64. Linguagem animal - Aperfeiçoando as engrenagens do cérebro, o princípio inteligente sentiu a necessidade de comunicação com os semelhantes e, para isso, a linguagem surgiu entre os animais, sob o patrocínio dos Gênios Veneráveis que nos presidem a existência. De início, o fonema e a mímica foram os processos indispensáveis ao intercâmbio de impressões ou para o serviço de defesa, como, por exemplo, o silvo de vários répteis, o coaxar dos batráquios, as manifestações sonoras das aves e o mimetismo de alguns insetos e vertebrados, a se modificarem subitamente de cor, preservando-se contra o perigo. À medida que se lhe acentuava a evolução, a consciência fragmentária investia-se na posse de mais amplos recursos. O lobo grita pelos companheiros na sombra noturna, o gato encolerizado mostra fúria característica, miando raivosamente, o cavalo relincha de maneira particular, expressando alegria ou contrariedade, a galinha emite interjeições adequadas para anunciar a postura, acomodar a prole, alimentar os pintainhos ou rogar socorro quando assustada, e o cão é quase humano, em seus gestos de contentamento e em seus ganidos de dor. (Evolução em dois Mundos, Primeira Parte, cap. X, pág. 73.)

 

Glossário: 

Aferente: no sistema nervoso, classe de fibras nervosas que conduzem o impulso dos órgãos sensoriais para o sistema nervoso central.

Bulbo: o bulbo raquiano, parte do eixo cérebro espinhal, entre a medula e cérebro.

Célula Basal: célula da camada inferior do epitélio, situada na membrana basal, que delicada membrana composta de uma única camada de células planas.

Célula Epitelial: célula que compõe o epitélio.

Célula Gustativa: célula que constitui o corpúsculo gustativo, especializada na percepção do paladar.

Célula Nervosa: célula constituída de um corpo central, contendo o núcleo, e de vários prolongamentos, que constituem as fibras nervosas; neurônios.

Centro Cerebral: centro de força vital, no perispírito; relacionada com os lobos frontais do cérebro e hipófise (pituitária), no corpo físico; exerce influência decisiva sobre os demais centros de força vital, sendo responsável pelo funcionamento do sistema nervoso central e dos centros superiores do processo intelectivo.

Centro Coronário: centro de força vital, no perispírito, relacionado com a epífise (glândula pineal), no corpo físico; supervisiona todos os demais centro de força vital, porque recebe em primeiro lugar os estímulos do espírito.

Centro Nervoso: conjunto de nervos centrais do encéfalo com funções unitárias.

Cerebelo: parte do encéfalo que ocupa a posição póstero-inferior do crânio; atua na conservação do equilíbrio do corpo e na atividade sexual.

Cérebro: parte principal do sistema nervoso, na qual as sensações se transformam em percepções, e onde são elaboradas e ativadas as ideias, representações e impressões espirituais externas. O cérebro é o instrumento essencial das funções motoras e espirituais; está unida ao cerebelo pelo mesencéfalo e medula oblonga (parte superior da medula), centro de regulação circulatória e respiratória que segue pela medula espinhal.

Consciência Fragmentária: consciência intermitente ou descontínua, própria dos animais inferiores.

Córtex: córtice, camada externa dos órgãos, de estrutura mais ou menos arredondada.

Derme: tecido conjuntivo sobre o qual se apoia a epiderme, comunicando-a com a hipoderme; córion. 

Diencéfalo: parte do cérebro situada entre o procencéfalo (porção anterior do cérebro) e mesencéfalo (porção mediana do cérebro).

Dióptrico: relativo aos efeitos de refração da luz, e, em óptica, a medida de convergência de uma lente.

Eferente: relativo à fibra nervosa que conduz a ordem motora do sistema nervoso central para um órgão responsável pela resposta ao impulso sensorial, denominado órgão efetor.

Encéfalo: parte do sistema nervoso central contida na cavidade do crânio, e que abrange o cérebro, o cerebelo, a protuberância e o bulbo raquiano. É a região de centralização dos nervos que percorrem o corpo.

Epiglote: válvula que fecha a glote (abertura da laringe) no momento da deglutição.

Epitélio: camada celular que reveste todos as superfícies (peles e mucosas) externas e internas do corpo.

Faringe: cavidade muscolomembranosa que se estende da abertura posterior das fossas nasais e da parte posterior da boca ao estômago, sendo este o canal que comunica a faringe com o estômago.

Fibra Nervosa: cada uma das estruturas alongadas que, dispostas em feixes, constituem os nervos.

Fibra Pós-ganglionar: prolongamento de uma célula nervosa cujo corpo se situa dentro do gânglio (centro de conexão) do sistema nervoso vegetativo.

Fibra Pré-ganglionar: fibra nervosa eferente que sai do corpo de uma célula no sistema nervoso central, e que determina em gânglio (centro de conexão) do sistema nervoso vegetativo.

Glândula de Bowman: glândula localizada na região da mucosa olfativa, no interior nasal.

Inervação: modo de distribuição dos nervos nas diversas partes do organismo.

Infundíbulo: saliência cônica de matéria cinzenta, à qual está vinculado o corpo da pituitária, glândula situada sob a face inferior do cérebro, também conhecida como hipófise.

Lobo Cerebral: parte da superfície cerebral demarcada por uma fenda formando uma saliência (lobo).

Lobo: em Anatomia, porção de um órgão demarcada com maior ou menor nitidez, podendo a demarcação ser estabelecida por fissuras, sulcos, tecido conjuntivo saliente, ou, então, pela forma. 

Mesencéfalo: porção mediana do cérebro, resultante da evolução da vesícula média do embrião.

Neurônio: a célula nervosa com seus prolongamentos chamados dendritos, que formam uma espécie de arborização, e, no pólo oposto, um só prolongamento, diferente, denominado axônio ou cilindro-eixo, que termina em finas ramificações. O estimulo nervoso passa do axônio de um neurônio para os dendritos de outro, e esse ponto de transmissão da excitação tem o nome de sinapse.

Órgão de Corti: órgão constituído de células auditivas, e que capta as ondas sonoras.

Ouvido Interno: conjunto de cavidades sinuosas entre o tímpano e o canal auditivo interno, e que constitui o labirinto.

Parassimpático: relativo a uma das partes do sistema nervoso autônomo. As fibras nervosas parassimpáticas retardam os batimentos cardíacos, contraem a pupila, aumentam as secreções digestivas e aceleram os movimentos peristálticos (dos músculos interiores dos órgãos ocos).

Paraventricular: referente ao grupo de células nervosas situadas nas adjacências dos ventrículos cerebrais.

Protuberância: a protuberância anular, órgão situado na parte inferior do encéfalo, adiante do bulbo e atrás dos pedúnculos cerebrais (feixe de fibras nervosas que fazem ligação com a medula).

Sacro: que se realiza na região do osso sacro, ou na medula sacra. O osso sacro está situado na parte posterior da bacia, na continuação da coluna vertebral.

Simpático: parte do sistema nervoso autônomo, que regula a atividade da musculatura cardíaca, da musculatura lisa e de várias glândulas.

Sistema Nervoso Autônomo: também conhecido como sistema nervoso vegetativo, é o que regula, independentemente da vontade, as funções orgânicas, tais como, a atividade cardíaca, a distribuição do sangue pelo corpo, os processos digestivos, a secreção das glândulas, e a dilatação da pupila. É constituído por dois sistemas de atuação antagônica: o simpático e o parassimpático.

Sistema Nervoso Central: é o sistema constituído do eixo cérebro-espinhal, formado pelo encéfalo e a medula espinhal.

Sistema Nervoso: constitui o mecanismo que permite ao animal um contato permanente com o meio. No homem, como nos animais vertebrados, o sistema nervoso compreende o sistema central e o sistema periférico.

Supra-óptico: referente ao núcleo nervoso constituído pelo grupo de células situadas por cima das camadas ópticas do cérebro.

Tectobulbar: que se localiza na região superior do bulbo raquiano.

Tubo Coclear: tubo da Cóclea, sendo esta a parte anterior do labirinto ou ouvido interno.

Ventrículos cerebrais: são cavidades existentes no âmago do cérebro, as quais estão ligadas com o canal central da medula espinhal.

Víscera: designação comum dos órgãos alojados nas cavidades cranianas, na torácica e na abdominal.

Visceral: relativo à víscera, designação comum dos órgãos alojados nas cavidades craniana, torácica e abdominal.
 

Nota:

Muitos termos técnicos usados na obra em estudo não se encontram nos dicionários que comumente consultamos. Clicando no link abaixo, o leitor terá acesso ao texto integral do livro Elucidário de Evolução em Dois Mundos, elaborado e publicado com esse propósito:
http://www.OCONSOLADOR\linkfixo\estudosespiritas\andreluiz\Elucidario.pdf

 

 


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