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Correio Mediúnico
Ano 5 - N° 252 - 18 de Março de 2012
 

 

A sentença cristã

Neio Lúcio 


Um juiz cristão, rigoroso nas aplicações da lei humana, mas fiel no devotamento ao Evangelho, encontrando-se em meio duma sociedade corrompida e perversa, orou, implorando a presença de Jesus.

Tantas sentenças condenatórias devia proferir diariamente, que se lhe endurecera o coração.

Atormentado, porém, entre a confiança que consagrava ao Divino Mestre e as acusações que se acreditava compelido a formular, rogou, certa noite, ao Senhor, lhe esclarecesse o espírito angustiado.

Efetivamente, sonhou que Jesus vinha desfazer-lhe as dúvidas aflitivas. Ajoelhou-se aos pés do Amoroso Amigo e perguntou:

— Mestre, que normas adotar perante um homicida? Não estará logicamente incurso nas penas legais?

O Cristo sorriu, de leve, e respondeu:

— Sim, o criminoso está condenado a receber remédio corretivo, por doente da alma.

O juiz considerou estranha a resposta; contudo, prosseguiu indagando:

— Como agir ante o delinquente rude, Senhor?

— Está condenado a valer-se de nosso auxílio, através da educação pelo amor paciente e construtivo — explicou Jesus, bondoso e calmo.

— Mestre, e que corrigenda aplicar ao preguiçoso?

— Está condenado a manejar a enxada ou a picareta, conquistando o pão com o suor do rosto.

— Que farei da mulher pervertida? — interrogou o jurista, surpreso.

— Está condenada a beneficiar-se de nosso amparo fraterno, a fim de que se reerga para a elevação no trabalho e para a dignidade humana.

— Senhor, como julgar o ignorante?

— Está condenado aos bons livros.

— E o fanático?

— Está condenado a ser ouvido e interpretado com tolerância e caridade, até que aprenda a libertar a própria alma.

— Mestre, e que diretrizes adotar ante um ladrão?

— Está condenado à oficina e à escola, sob vigilância benéfica.

— E se o ladrão é um assassino?

— Está condenado ao hospício, onde se lhe cure a mente envenenada.

O magistrado passou a meditar gravemente e lembrou-se de que deveria modificar todas as peças do tribunal, substituindo a discriminação de castigos diversos por remédio, serviço, fraternidade e educação. Todavia, não se sentindo bem com a própria consciência, endereçou ao Senhor suplicante olhar e perguntou, depois de longos instantes:

— Mestre, e de mim mesmo, que farei?

Jesus sorriu, ainda uma vez, e disse, sereno:

— O cristão está condenado a compreender e ajudar, amar e perdoar, educar e construir, distribuir tarefas edificantes e bênçãos de luz renovadora, onde estiver.

Nesse momento, o juiz acordou em lágrimas e, de posse da sublime lição que recebera, reconheceu que, dali em diante, seria outro homem.

 

Do cap. 32 do livro Alvorada Cristã, de Neio Lúcio, obra psicografada pelo médium Francisco Cândido Xavier. 



 


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