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O Espiritismo responde
Ano 5 - N° 251 - 11 de Março de 2012
ASTOLFO O. DE OLIVEIRA FILHO
aoofilho@oconsolador.com.br
Londrina, Paraná (Brasil)



O leitor Paulo Henrique Rodrigues, de Astolfo Dutra-MG, enviou-nos uma carta contendo questionamentos feitos por um amigo a propósito de informações contidas em obras mediúnicas que, na opinião de seu amigo, não teriam suporte nos livros de Allan Kardec. Ele refere-se especificamente ao Umbral e às Colônias Espirituais, cuja existência não aceita. A carta foi publicada na edição 250 desta revista.

Eis os questionamentos apresentados:

1) Se nas Colônias espirituais convivem Espíritos mais ou menos esclarecidos, ou seja, moralmente um pouco menos ignorantes, como podem ser avistadas ou assediadas pelos supostos Espíritos do suposto Umbral? Se estão em ‘faixas de sintonia diferentes’, como um umbralino consegue detectar um colonial e até tentar invadir-lhe a tal colônia?

2) Se o Espiritismo ensina a humildade e discrição, por que as descrições das tais colônias se referem a ‘palácios’, ‘mansões’ e a uma suntuosidade nos templos, se tais colônias seriam para Espíritos moralmente esclarecidos?

3) Se o Espiritismo demonstra que o apego à matéria subsiste e que ainda o estado de perturbação é volátil ao Espírito desencarnado, por que logo o Umbral, que reuniria os mais ambiciosos, os mais apegados à matéria, os mais vaidosos, é formado por "construções em ruínas", edificações lúgubres e apenas castelos toscos à moda medieval? Não seria mais lógico crer que Espíritos elevados morariam em choupanas e que Espíritos vaidosos ergueriam para si palácios suntuosos com todos os luxos?

4) Os Espíritos não são todos dotados de capacidade de manipulação fluídica, bem como após a perturbação têm plena consciência do que fazem? 

Vamos ater-nos nesta edição à questão do Umbral e das Colônias Espirituais, que nosso confrade afirma não existir porque Kardec não os menciona. Os questionamentos serão tratados na edição da próxima semana.

Em primeiro lugar, é preciso que se diga que Allan Kardec não pôde, por razões inúmeras, aprofundar-se em determinados assuntos que estariam reservados para as gerações futuras, porque a revelação espírita é progressiva e deve seguir, conforme proposto pelo próprio Codificador, o avanço da ciência. 

Mas, embora sem os pormenores que outros autores nos trariam, Kardec alude ao assunto em alguns momentos de seu livro “O Céu e o Inferno”.

Assim é que no cap. VII da 1ª Parte da obra citada, no tópico 25º, ele informa que existem Espíritos  mergulhados em densa treva; outros se encontram em absoluto insulamento no Espaço, atormentados pela ignorância da própria posição, como da sorte que os aguarda. Os mais culpados padecem torturas muito mais pungentes por não lhes entreverem um termo. Alguns são privados de ver os seres queridos, e todos, geralmente, passam com intensidade relativa pelos males, pelas dores e privações que a outrem ocasionaram. Esta situação perdura até que o desejo de reparação pelo arrependimento lhes traga a calma para entrever a possibilidade de, por eles mesmos, pôr um termo à sua situação.

Em outro trecho do mesmo livro, no cap. IV da 2ª Parte, ele reproduz uma comunicação do Espírito de Claire que se refere ao marido, que muito a martirizara, e à posição em que ele se encontrava no mundo espiritual. Eis o trecho: “Queres saber qual a situação do pobre Félix? Erra nas trevas entregue à profunda nudez de sua alma. Superficial e leviano, aviltado pelo sensualismo, nunca soube o que eram o amor e a amizade. Nem mesmo a paixão esclareceu suas sombrias luzes. Seu estado presente é comparável ao da criança inapta para as funções da vida e privada de todo o amparo. Félix vaga aterrorizado nesse mundo estranho onde tudo fulgura ao brilho desse Deus por ele negado.”

Quando surgiu o livro “Nosso Lar”, primeira obra escrita por André Luiz, dúvidas inúmeras foram levantadas por personalidades importantes, a exemplo de Leopoldo Machado, que tiveram dificuldade em aceitar parte das informações que o livro apresentava.

Sabemos hoje que tais dúvidas não tinham fundamento nenhum porque, a rigor, André Luiz não trazia novidades sobre o tema, que já fora examinado anteriormente por inúmeros autores.

Se o amigo do leitor que nos escreveu tivesse lido o livro “A Vida no Outro Mundo”, obra de Cairbar Schutel publicada antes do surgimento do médium Chico Xavier, saberia disso, o que implica dizer que negar a existência do chamado Umbral e das Colônias Espirituais mencionadas por André Luiz significa refutar a contribuição inestimável de autores consagrados como, por exemplo, Conan Doyle, Oliver Lodge, Carl du Prel, Swedenborg, Winifred Moyes, Ernesto Bozzano, Cairbar Schutel e Lilian Walbrook, dentre muitos outros.

Eis, a propósito, algumas informações que colhemos no livro “A Vida no Outro Mundo”, de Cairbar Schutel:

1. Há no Outro Mundo diversos planos de existência, e não poderia ser de outro modo, porque os Espíritos, revestidos de seu corpo espiritual, não podem viver num meio que não esteja de acordo com sua vestimenta espiritual, que vibra sempre ao ritmo da elevação de cada um, em sabedoria e moralidade. Uma região isenta de oxigênio seria hostil a Espíritos ainda necessitados de oxigênio. Os círculos que envolvem a Terra se diferenciam pela fluidez da matéria que os compõe. (A Vida no Outro Mundo, 5ª. edição, pp. 82, 83, 85 e 107.)

2. O primeiro plano do Mundo Espiritual é bem parecido com o plano terráqueo. Pode-se dizer que o nosso plano aqui na Terra é uma cópia materializada desse plano, o que explica a existência ali de habitações semelhantes às nossas. (Obra citada, pp. 87 a 89.)

3. Muitas obras e estudiosos falam sobre a existência de cidades, casas, hospitais, templos e palácios no Outro Mundo e Conan Doyle menciona em seu livro “História do Espiritismo” vários casos, a exemplo de sir Oliver Lodge, Carl du Prel, Swedenborg, Winifred Moyes e Lilian Walbrook. (Obra citada, pp. 54, 56, 57, 78, 92, 95, 96, 97, 102 e 103.)

4. Nas mensagens transcritas por Conan Doyle, além da referência à existência de casas lindas e flores, um dos comunicantes fala do alimento utilizado no plano em que vivia, o qual não se parece com o nosso porque é muito mais agradável e delicado. (Obra citada, pp. 95 a 97.)

5. Nas obras de Swedenborg faz-se menção a casas, templos, salões, palácios. As crianças são bem recebidas no Outro Mundo, sejam ou não batizadas, e ali elas crescem cuidadas por mulheres jovens, até que lhes apareçam suas mães verdadeiras. (Obra citada, pp. 98 a 100.)

6. No livro “O Caso de Lester Coltman”, de Lilian Walbrook, Coltman (Espírito) dá-nos a seguinte informação: “Meu trabalho continua aqui como se iniciou na Terra, ou seja, no terreno científico. Para progredir em meus estudos, visito frequentemente um laboratório, onde encontro facilidades tão completas como extraordinárias para a realização de experiências. Tenho casa própria, verdadeiramente bela, com uma grande biblioteca, na qual existe toda a classe de livros de consulta: históricos, científicos, de Medicina, e de todos os gêneros da Literatura. Para nós, estes livros são tão interessantes como para vós, os da Terra. Tenho uma sala de música com toda a sorte de instrumentos. Tenho quadros de rara beleza e móveis de gosto apurado.” Na sequência, Lester Coltman refere-se a uma paisagem extraordinariamente bela que ele podia descortinar de suas janelas e diz haver ali magníficas escolas para instrução dos Espíritos de crianças. (Obra citada, pp. 93 a 95.)

As informações de Cairbar Schutel não são diferentes das que Ernesto Bozzano nos trouxe em seu livro “A Crise da Morte”, obra publicada em 1926 pela Federação Espírita Brasileira.

Eis trechos da referida obra:

1. Segundo esclarecimentos ditados pelo Espírito de Celfra: a) existem esferas espirituais de transição, em que os Espíritos guardam a forma humana e se veem num meio análogo ao terrestre; b) o peso do Espírito recém-chegado ao mundo espiritual provém das condições de pecado em que toda gente aí chega; c) enquanto a alma do recém-vindo estiver ligada, de alguma sorte, ao mundo dos vivos, o Espírito não pode deixar de existir numa condição quase terrena; d) após a morte do corpo físico, nas altas esferas espirituais a faculdade de pensar experimenta uma transformação e uma expansão prodigiosas. (A Crise da Morte, pp. 159 a 161.)

2. Jim Nolan disse que, ao entrar no mundo espiritual, parecia-lhe caminhar sobre um terreno sólido, quando encontrou sua avó, que o levou para longe dali, para sua morada. A morada da avó, onde ele repousou e dormiu naquela noite, tinha o aspecto de uma casa. “No mundo dos Espíritos – explicou ele –, há a força do pensamento, por meio do qual se podem criar todas as comodidades desejáveis...” (Obra citada, p. 32.)

3. O Espírito, pensando na forma humana, se veria de novo em forma humana; pensando em estar vestido, achar-se-ia coberto de roupas que, sendo tão etéreas como o seu próprio corpo, lhe pareceriam tão substanciais como as vestes terrenas. É assim que ele encontra, no mundo espiritual, um meio e uma morada correspondentes a seus hábitos terrestres, morada que lhe preparariam os seus familiares, tornados antes dele à existência espiritual. (Obra citada, p. 36.)

4. Felicia Scatcherd diz ter sido conduzida a uma maravilhosa morada que os próprios Espíritos haviam criado pela força do pensamento. (Obra citada, pp. 117 a 121.)

5. A mensagem do Espírito trouxe notícias sobre as habitações existentes no mundo espiritual, construídas por Espíritos que se especializaram em modelar, pelo pensamento, a matéria espiritual. (Obra citada, pp. 137 a 143.)

6. Os Espíritos se encontram novamente, na vida espiritual, com a forma humana. Todos se acham num meio espiritual radioso e maravilhoso (no caso de mortos moralmente normais) e num meio tenebroso e opressivo (no caso de mortos moralmente depravados).  Todos reconhecem que o meio espiritual é um novo mundo objetivo, real, análogo ao meio terrestre espiritualizado. Eles aprendem que isso se deve ao fato de que, no mundo espiritual, o pensamento constitui uma força criadora, por meio da qual o Espírito existente no “plano astral” pode reproduzir em torno de si o meio de suas recordações.  Os Espíritos dos mortos gravitam fatalmente e automaticamente para a esfera espiritual que lhes convém, por virtude da “lei de afinidade”. (Obra citada, pp. 164 a 166.)

Sobre a região chamada Umbral e as esferas espirituais que circundam a Crosta terrestre recomendamos ao leitor que leia o texto publicado nesta mesma seção na edição 226 de nossa revista. Eis o link: http://www.oconsolador.com.br/ano5/226/oespiritismoresponde.html


 


 
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