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Crônicas e Artigos

Ano 5 - N° 250 - 4 de Março de 2012

LEDA MARIA FLABOREA
ledaflaborea@uol.com.br
São Paulo, SP (Brasil)

E os fins?

É necessário meditar no bem, todavia, é imprescindível executá-lo

“Mas nem todas as coisas edificam
.” – Paulo (I Coríntios, 10:23.)


Aprendemos com Kardec e os Espíritos amigos que não basta não fazer o mal; é preciso fazer o bem; e para fazer o bem é necessário atitude firme, vontade real de pensar e agir, com vistas à utilidade de suas ações, em benefício do próximo...  

Todo discípulo sincero do Evangelho compreende, antes de tudo, as obrigações que lhe são devidas e que recolherá aquilo que houver semeado.

Afirma André Luiz, estimado orientador espiritual, no livro Estude e Viva, capítulo 21, psicografado por Chico Xavier, que não há vida sem responsabilidade, porque todo ser tem direitos e obrigações; que não há ação sem testemunha, uma vez que somos todos participantes da Vida Universal; reafirma ele que não há bem ou mal gerado espontaneamente, pois todo ato surge após o autor; como também não há erro com razão, porque só a verdade é lógica.

Sob esse ponto de vista, podemos dizer que sempre existiram homens indefiníveis, que se não fizeram o mal a alguém, também não beneficiaram pessoa alguma.  Por essa razão, as coisas do caminho precisam ser analisadas com bom senso, para que não se percam na inutilidade.  Como Deus não cria nada inútil, melhor será revermos nossos pontos de vista nas escolhas que fazemos.

O apóstolo Paulo lembra-nos que “nem todas as coisas edificam”. Assim, no momento de repouso do corpo, seria interessante que cada um de nós perguntasse a si próprio, quanto à qualidade de sua colaboração no serviço, nas palestras, nas relações afetivas, nessa ou naquela preocupação da vida comum, do nosso dia-a-dia...

A criatura necessita indagar a si mesma o que fez, o que deseja, a que propósito atende e a que finalidade se destina. Faz-se indispensável examinar-se, sair da vida voltada somente para interesses materiais e erguer-se para tomar conta, ser dona, do próprio caminho.

Compreendemos com Emmanuel que é lícito ao homem dedicar-se a este ou àquele campo de atividade.  Por exemplo: um homem pode “dedicar-se à literatura ou aos negócios honestos do mundo, e ninguém poderá contestar o caráter nobre daqueles que escolhem, conscientemente, a linha de ação individual no serviço útil.” ¹ Entretanto, será justo conhecer os fins daquele que escreve e os objetivos de quem negocia.  Esse questionamento é válido, porque nada adiantará uma obra literária repleta de belas palavras, de entusiastas teorias, se essas palavras vierem vazias de pensamentos construtivos, que possam elevar a alma de quem a produz.  De que adianta uma obra literária ser um sucesso se nada acrescenta no crescimento moral e intelectual de quem a lê? De que adianta o cofre do negociante estar repleto com valores conquistados honestamente se está parado, aguardando as disputa dos herdeiros? Sabemos do quanto as obras não edificantes podem trazer de desequilíbrios às mentes mais frágeis!  

Evidentemente, nesses casos, as realizações foram lícitas e ninguém pode duvidar; mas, em ambas as oportunidades, seus autores perderam tempo precioso, esquecendo-se da utilidade benéfica de suas obras, porque ambos só serão beneficiados nos Céus se libertarem os valores que administram, em louvor do trabalho que dignifica, da educação que eleva, da beneficência que restaura e da fraternidade que sublima.

“Ainda não se viu um homem no mundo, cercado de tesouros infrutíferos, que se livrasse, tão-somente por isso, das leis que regem o sofrimento e a enfermidade, a velhice e a morte”², recorda Emmanuel. E alerta, ainda, para a necessidade de respeitarmos os princípios divinos do bem para todos; de confiarmos trabalhando e de caminharmos servindo, porque o Senhor jamais nos deixará ou nos desamparará...

Todavia, sabedores dos nossos deveres e atentos às leis que regem nossas livres escolhas, estejamos certos de que cada um de nós, independentemente da posição que ocupemos no mundo – social, profissional ou econômica –, saberemos aproveitar essa liberdade. Aprenderemos, com o tempo, a realizar com dignidade, honestidade e desvelo as tarefas que nos foram confiadas, sejam elas de juízes, administradores ou simples subalternos.

Assim, se respeitarmos o outro na sua “tarefa de progresso e ordem, luz e bem, no lugar que lhe é próprio”³, também nós receberemos da Providência divina as possibilidades para nossa evolução, e entenderemos que se formos aplicados nas boas obras, estaremos multiplicando nossos talentos, aproveitando as infinitas oportunidades das quais nos fizemos responsáveis ante o Pai Celestial.

Outro aspecto que precisamos observar é que existe o homem bem-intencionado, refletindo em melhores caminhos, alimentando ideias superiores, inclinando-se à bondade e à justiça. Porém se essa boa intenção não se ligar à esfera da realização imediata, na ação reta, não haverá qualquer benefício para si e para os outros, porque as conquistas enobrecidas que o Espírito imortal houver conquistado, ele carregará para onde for.  São os inalienáveis valores morais que suavizarão sua caminhada no futuro.

Por tudo isso, não podemos nos esquecer das doações da nossa esfera íntima. Assim, é importante perguntarmos a nós mesmos: – Que temos de nós próprios para dar?   Que distribuímos com nossos companheiros de luta diária?  Que espécie de emoção estamos comunicando aos outros?  Que reações provocamos no próximo?  Qual é o estoque de nossos sentimentos?  Que tipo de vibração espalhamos?!

É necessário meditar no bem, todavia, é imprescindível executá-lo. Assim, usando e abusando do livre-arbítrio, do direito de escolher seu caminho de progresso espiritual, vamos colhendo derrotas amargas ou vitórias, de acordo com o grau de experiência conquistada. Por isso mesmo é importante observarmos o que estamos fazendo, não nos esquecendo de subordinar nossos desejos a Deus, nas tarefas que por algum tempo nos foram confiadas no mundo.

E a Misericórdia Divina vai permitindo, dessa forma, que todas essas vivências venham para enriquecer nossa sensibilidade, aprimorar nosso caráter, fazendo desabrochar novas faculdades, a fim de que nossas alegrias, conquistadas nas árduas lutas evolutivas, se dilatem, e conquistemos, assim, nossa almejada felicidade.                       

 

Bibliografia:

1 - EMMANUEL (Espírito). “Pão Nosso” – [psicografado por] F. C. Xavier, 17ª ed. Edição - FEB – RIO DE JANEIRO/RJ – lição 28.

2 - “Palavras de Vida Eterna” – [psicografado por] F. C. Xavier – 20ª ed., Edição CEC, UBERABA/MG – 1995 – lição 142.

3- EMMANUEL (Espírito). “Fonte Viva” – [psicografado por] F. C. Xavier- 31ª ed., FEB – RIO DE JANEIRO/RJ – 2005 - lição 60.

“Vinha de Luz” – [psicografado por F. C. Xavier – 14ª ed., FEB – RIO DE JANEIRO/RJ – 1996 – lição 03.

CALLIGARIS, Rodolfo. “As Leis Morais” – 6ª ed., FEB, RIO DE JANEIRO/RJ – p. 37.


 

 


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 Revista Semanal de Divulgação Espírita