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Crônicas e Artigos

Ano 5 - N° 250 - 4 de Março de 2012

JOSÉ LOURENÇO DE SOUSA NETO
lourencobh@gmail.com
Belo Horizonte, MG (Brasil)
 

 

Sucesso e felicidade

 

“Não te mortifiques pela obtenção do ensejo de aparecer nos cartazes enormes do mundo. Isso pode traduzir muita dificuldade e perturbação para
teu espírito, agora ou depois.”
– Emmanuel (Vinha de Luz, cap. 32).

 
 

A busca angustiosa por sucesso e felicidade tem sido fator de obsessão dos mais renitentes e resistentes.


Renitentes porque, de maneira pouco inteligente, somos habilíssimos no desenvolvimento de justificativas para nossos atos, mesmo os mais perniciosos. Facilmente explicamos nossos comportamentos viciosos e, pior ainda, os fomentamos porque “acreditamos” nessas justificativas. Assim, teimosamente, repetimos velhos erros e colhemos as mesmas dores.
 

Resistentes porque esses atos, fortemente enraizados em nosso psiquismo, são de difícil combate. Não raro, compondo nossa paisagem mental, passam-nos despercebidos, até que uma queda mais dolorosa nos leve a uma reflexão sobre causas e efeitos, ou algum amigo caridoso, e corajoso, nos aponte o erro.


Fator obsedante porque escancara as portas a Espíritos enganadores que se aproveitam dos desejos infelizes do incauto e, facilmente, o iludem com promessas de falsa felicidade e sucesso efêmero. Lembramos a advertência de Tiago (1:14) – cada um é “atraído e engodado pela sua própria concupiscência”. Uma vez na teia, a mosca não se desprende sozinha.


Mas, se faltarem os agentes externos, o indivíduo providencia a própria obsessão, como alerta Kardec: “Alguns estados doentios e certas aberrações que se lançam à conta de uma causa oculta derivam do Espírito do próprio indivíduo”1. Vítima de autoilusão e perseguindo quimeras, a pessoa acaba presa num processo auto-obsessivo sem que haja, necessariamente, o concurso de um perseguidor. Mas de toda forma se expõe, pela sua própria condição mental, à ação de entidades oportunistas, que não tardam em reforçar-lhe o desequilíbrio.


É ainda mais triste constatar que as vítimas dessa busca frenética sequer sabem dizer, claramente, o que entendem por sucesso e felicidade.


Indagados, costumam referir-se a sucesso como sendo símbolos externos de ostentação ou a situações fugazes, que se vão mais rapidamente do que vieram. Um título, uma posição profissional, os famosos quinze minutos de fama... Circunstâncias que custaram, às vezes, um alto preço e demandam um investimento ainda maior na manutenção, que nem sempre se efetiva.


Muita gente se mata pelo holofote do mundo, esquecidas que a prescrição do Mestre é muito diferente: “Tenho-vos dito isto, para que em mim tenhais paz; no mundo tereis aflições, mas tende bom ânimo, eu venci o mundo”. (Jo, 16:33.) (Destaques nossos.)

 

Por felicidade entendem um estado de alma de fruição permanente e incompatível com a ideia de eternidade e de evolução incessante do ser; um gozo infinito que não coaduna com a dinâmica da vida, que é um eterno vir-a-ser. Iludidos, têm o comportamento das mariposas que, como na música popular, dão voltas ao redor da lâmpada até morrerem queimadas.


Os Espíritos deixam claro que “a felicidade na Terra é coisa tão efêmera para aquele que não tem a guiá-lo a ponderação, que, por um ano, um mês, uma semana de satisfação completa, todo o resto da existência é uma série de amarguras e decepções”2.


Entregando-se, deslumbrados, a demonstrações teatrais de uma alegria que cheira a crise de loucura, não se dão conta de que se jogam nos braços da desgraça, quando julgam estar no regaço da felicidade. E, novamente, os Espíritos nos esclarecem: “A infelicidade é a alegria, é o prazer, é o tumulto, é a vã agitação, é a satisfação louca da vaidade, que fazem calar a consciência, que comprimem a ação do pensamento, que atordoam o homem em relação ao seu futuro. A infelicidade é o ópio do esquecimento que ardentemente procurais conseguir”3.


André Luiz nos orienta para a autovigilância: “Para a sua felicidade, resguarde-se de toda contemporização com os enganos que nascem de você mesmo”4.


E Jesus é ainda mais efetivo: “Buscai primeiro o reino de Deus, e a sua justiça, e todas estas coisas vos serão acrescentadas”. (Mt, 6:33).

 
 

Notas:


1.                
Obras Póstumas – 1ª. parte, item 58; FEB.

2.                 O Evangelho segundo o Espiritismo, cap. V – item 20.

3.                 Idem, cap. V – item 24.

4.                 Estude e Viva, FEB, cap. Resguarde-se.


 

 


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O Consolador
 Revista Semanal de Divulgação Espírita